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Casa de Jorge Amado – Patrimônio histórico do Brasil, apresenta estruturas abaladas

Tienne Almeida

A casa onde viveu o escritor Jorge Amado, falecido em agosto de 2021, pode estar em risco, segundo relatos da população e da museóloga Anarleide Cruz Menezes. O local, conhecido como “Casa de Cultura Jorge Amado” funciona como centro cultural e reúne objetos da vida do escritor, o que atrai turistas e fãs, além de visitas agendadas, como de organizações e escolas. Por essas e outras razões, a preservação do local se mostra cada vez mais urgente devido ao seu valor histórico, cultural e simbólico, tanto para a população da região, quanto para os visitantes.

Conheça mais sobre a história do local

Antes lar do escritor, a Casa de Cultura Jorge Amado, foi construída por seu pai, João Amado Faria, nos anos 1920. No entanto, a propriedade acabou sendo vendida devido à crise de 1929 e apostas feitas por João. Anos mais tarde, foi transformada em um clube para bancários. Além disso, por mais de uma década, serviu como palco da Faculdade de Direito de Ilhéus. A casa também foi transformada em escritório da Receita Federal e, depois de restaurada pela Prefeitura e pela Petrobrás, se tornou, enfim, uma Casa de Cultura.

Desde o dia 07 de Março de 1987, restaurada como um local de preservação à obra de Jorge Amado, o local conta com mais de 250.000 documentos pertencentes à vida do escritor, sendo considerada um ponto de referência no que diz respeito ao valor cultural e histórico da região. O café e a loja/livraria foram melhorados com mais acessibilidade, exposições são feitas em seu interior e do alto da Casa é possível apreciar uma vista única do Pelourinho. Visitar o local é como viajar no tempo, acessar outra época, outro cenário e outra perspectiva da cidade. Não se trata apenas de um museu, mas de uma peça-chave ainda viva da história do país.

Lindíssima, porém, abandonada

A casa, que passou por um período fechada devido a reformas depois da pandemia, recebeu alguns ajustes e foi reinaugurada em novembro de 2021. Porém, segundo informações, o telhado está prejudicado devido às chuvas e ao impacto causado pelos carros que passam pela rua. O grupo Preserva Ilhéus, cuja luta é pela preservação de patrimônios históricos da região, alertou o Conselho de Cultura a respeito das más condições da local e mais alguns pontos, como o Palácio Paranaguá e a casa onde funcionou a Marinha Marcante, que está com risco de desabamento, mas ainda não recebeu resposta das autoridades.  

Luciene das Graças, em um depoimento sobre o ponto turístico, relata: “A casa tem muitas informações de Jorge Amado, foi onde cresceu com a família, mas está muito abandonada. É Lindíssima, com azulejos ingleses, lustres franceses, uma linda escadaria de madeira, mas infelizmente, está em péssima conservação. Merecia mais cuidado e uma manutenção que trouxesse à tona toda a beleza do lugar.”. Relatos como esse, reforça que a necessidade de preservação não se atém, somente, às estruturas, mas é algo visivelmente perceptível.

O local fica na Rua Jorge Amado, 21 – Centro. O horário de funcionamento é de segunda à sexta, das 09hs às 12hs/ 14hs às 18hs. Aos sábados, o público pode visitar a casa das 9hs às 13hs. O valor cobrado é de R$ 5,00 e o telefone para contato é (73) 99107-5036.

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