Em 18 de junho de 1908, por volta das 17 horas, o Porto de Santos, no litoral paulista, recebeu o primeiro navio com imigrantes vindos do Japão. Desde o fim da escravatura, a mão de obra escassa obrigava o Governo brasileiro a estabelecer acordos com outros países para suprir a falta de trabalhadores nas lavouras de café. Foi nesta ocasião que os japoneses começaram a chegar.
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A propaganda exagerada das empresas de transporte marítimo faziam com que os imigrantes acreditassem que o ouro brotava dos ramos de café.
Havia uma linha exclusiva de trem que transportava os imigrantes de Santos, para São Paulo. Os trens vinham direto do Porto de Santos para uma hospedaria onde os imigrantes aguardavam uma nova requisição até que fossem enviados de volta para o interior de São Paulo, nas fazendas de café.
A hospedaria servia de refúgio para os imigrantes japoneses, enquanto aguardavam pelo destino certo. Inicialmente foram alocados em seis fazendas de café. No campo, a dura realidade. O trabalho árduo era feito diante da vigília de capatazes armados. As antigas senzalas serviam de moradias.
A partir de 1914, o governo japonês incentiva a compra de terras pelos imigrantes. Sugiram as primeiras colônias agrícolas. A primeira etapa da imigração durou até 1925. Calcula-se que até este período, cerca de 188 mil imigrantes japoneses já haviam se instalado em vários estados do Brasil.
Entre 1925 e 1941 o Governo japonês pagou a passagem para que imigrantes viessem ao Brasil. Em 1941, a imigração foi interrompida pela II Guerra Mundial. O processo retornou em 1953 e vai até 1973, quando as viagens entre os dois países passaram a ser feitas de avião.
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