A Chave de Vidro / The Glass Key


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 2007, com complemento em 2008: Dez tostões furados para quem conseguir entender essa trama ilógica, absurda, irracional, sobre um político fodão (Brian Donlevy) e seu fiel escudeiro (Alan Ladd) que se envolvem com a filha linda e loura (Veronica Lake, com aquela voz mais rouca que a do Tom Waits) de um ricaço.

Não sei como é a história original de Dashiell Hammett; as histórias de Hammett costumam mesmo ter tramas confusas, mas essa é pior – ela carece de sentido. Devem ter feito asneira no roteiro – só pode ter sido isso.

A dupla Lake-Ladd fez um sucesso do cão, na sua época, em vários filmes dos anos 40. Juntos, tinham o que se costuma chamar de química.

Ou eu estava num dia de mau humor quando vi o filme? Vamos a outras opiniões.

Leonard Maltin gostou muito; deu 3.5 estrelas em 4: “Refilmagem acelerada do filme de 1935, com chefão político Donlevy acusado de assassinato, capanga Ladd pagando a fiança. Lake ótima como o objeto de amor, Bendix efetivo como guarda-costas brutal. Akira Kurosawa diz que este filme foi a inspiração para fazer Yojimbo. Novela de Dashiell Hammett caprichosamente adaptada por Jonathan Latimer.”

Pauline Kael diz que o filme não é particularmente memorável, mas mas é razoavelmente fiel à novela de Hammett.

É, é um daqueles filmes que eu teria que rever, então.

A Chave de Vidro/The Glass Key

De Stuart Heisler, EUA, 1942.

Com Brian Donlevy, Alan Ladd, Veronica Lake, William Bendix

Roteiro John Latimer

Baseado em história Dashiel Hammett

Produção Paramount.

P&B, 85 min.

*

6 Comentários para “A Chave de Vidro / The Glass Key”

  1. O filme eu ainda não vi; o livro eu li este ano e, como aprendi a gostar de Hammett como contista, porque cheguei à conclusão que é na história curta que ele dá seu melhor, surpreendi-me por gostar tanto.
    O livro é exercício de estilo; rostos, olhares e movimentos de mãos frequentemente descritos; diálogos onde mais se sugere do que se diz. Não sei o que fizeram quanto a isso na adaptação.
    Sabe “Todos os homens do Rei”, de Robert Penn Warren (também filmado, tmbém ainda não vi)? A relação dos dois personagens masculinos assemelha-se à do político e seu assessor na história de Hammett. Uma história de amizade contaminada – ou corrompida – pelo exercício do poder; ou , o que o poder faz com as amizades antigas. Bom, é a minha impressão. Quanto disso terá aparecido no filme?

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