A importância de Maria Antonieta para a história da moda
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Por Thalita Peres (@thalita__peres)

Nascida em 2 de novembro de 1755, Maria Antonieta é uma das personagens históricas que mais perpetuam na memória dos fashionistas. Sendo personagens de inúmeros filmes, desfiles e livros, a rainha consorte da França foi condenada a morte por traição, e guilhotinada em 1793.

De acordo com a história mundial, a austríaca era detestada pela corte de Versalhes e, aos poucos, ganhou também a antipatia do povo, que passou a acusá-la de promiscuidade, além de influenciar o marido, o Rei Luís XVI, a favor do interesse do país natal. Muitos historiadores ainda atribuem a rainha consorte como um dos estopins para o começo da Revolução Francesa, que acabou com a monarquia no país.

Photo Credit: Sofia Coppola

**ALL IMAGES ARE PROPERTY OF SONY PICTURES ENTERTAINMENT INC. FOR PROMOTIONAL USE ONLY.  SALE, DUPLICATION OR TRANSFER OF THIS MATERIAL IS STRICTLY PROHIBITED. (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Photo Credit: Sofia Coppola **ALL IMAGES ARE PROPERTY OF SONY PICTURES ENTERTAINMENT INC. FOR PROMOTIONAL USE ONLY. SALE, DUPLICATION OR TRANSFER OF THIS MATERIAL IS STRICTLY PROHIBITED. (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Interpretada por Kirsten Dunst na obra de Sofia Coppola, Maria Antonieta entendeu como se tornar um ícone de estilo na corte francesa. No livro "Rainha da Moda", assinado por Caroline Weber, remete ao uso da moda pela rainha como influência aos nobres. "A rainha mudava constantemente sua aparência. Ia dos penteados extravagantes aos rústicos camisetes que usava em seu retiro particular, passando pelas andrógenas silhuetas masculinas de montaria. Ela se reinventava constantemente. Uma maneira de manter o público curioso sobre sua próxima faceta", disse em entrevista.

Aos 19 anos, Luís XVI se tornou rei da França e Maria Antonieta virou atração no palácio devido ao look que escolheu: um vestido bordado, incrustado de safiras, além do penteado que formava uma pirâmide em degraus, o que aos poucos virou uma das marcas registradas: o penteado pouf, que chegava até um metro de altura, que começava com um forma de arame forrada de lã, tecido, pelo de cavalo e gaze, sendo entrelaçada o cabelo da rainha com fios postiços. Quando o penteado já estava endurecido, devido a quantidades absurdas de fixador, a armação era coberta com pó-de-arroz. Ao ver o quadro pintado da filha na coração, a imperatriz Maria Teresa teria dito: "Não, este não é o retrato de uma rainha da França. É o retrato de uma atriz".

Maria Antonieta com look de montaria — Foto: Getty Images
Maria Antonieta com look de montaria — Foto: Getty Images

Ela, que é um símbolo do estilo rococó, tinha 38 anos quando foi retirada da cela na Torre do Templo, sendo transportada de carroça aberta até a Place de la Révolution, hoje Place de la Concorde, cerca de um quilômetro e meio dali para ser guilhotinada.

Maria Antonieta — Foto: Getty Images
Maria Antonieta — Foto: Getty Images

Maria Antonieta, que passou a usar apenas preto após a morte do marido nove meses antes, quis impressionar até no dia da morte. Em vez do vestido luto - na ocasião, usar preto também foi um ato rebelde da então rainha porque um edital jacobina proibia a cor, que era considerada simpatizante da monarquia -, ela conseguiu uma produção completa branca: camisola, culotes, vestido e gorro. Ao subir as escadas, perdeu um dos sapatos, que atualmente faz parte da coleção do Musée des Beuax-Arts de Caen.

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