GUERRA AO MINUTO | Joe Biden e Macron chegam a acordo sobre ativos russos congelados
O que está a acontecer
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Joe Biden e Macron chegam a acordo sobre ativos russos congelados
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A investigadora Laetitia Spetschinsky diz que é sempre preciso "levar a sério" os avisos de Vladimir Putin. Veja a entrevista em excluviso no Radar CNN Internacional
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Zelensky diz que operação russa em Kharkiv foi um fracasso
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“Estes são os meses para tomar decisões estratégicas” - Zelensky agradece apoio francês e norte-americano
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Pelo menos 26 mortos em áreas controladas pela Rússia
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Rússia prende cidadão francês acusado de coletar dados militares
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Rússia abre processo criminal por terrorismo após ataque que fez 22 mortos em Kherson
Joe Biden e Macron chegam a acordo sobre ativos russos congelados
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse este domingo que chegou a um acordo com o homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre a utilização dos ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia.
Questionado pelos jornalistas se discutiu os ativos numa reunião com o Presidente francês em França e se foi alcançado um acordo sobre a forma de os utilizar, Joe Biden disse “sim, sim”.
O encontro com a imprensa seguiu-se a uma visita ao cemitério de Aisne-Marne, nos arredores de Paris, para homenagear os soldados norte-americanos que morreram durante a Primeira Guerra Mundial.
Durante a cerimónia, Joe Biden aproveitou a oportunidade para defender o trabalho da NATO e afirmou que hoje é importante “reforçar as alianças” e “fortalecer” a união transatlântica.
Este possível acordo com a França surge duas semanas depois de os ministros das finanças do G7 (países mais industrializados) se terem reunido em Itália para discutir a forma de utilizar os ativos russos congelados para apoiar a Ucrânia.
Na reunião, os EUA terão proposto utilizar as receitas dos ativos russos congelados sob a forma de um empréstimo.
Apesar dos progressos registados nessa reunião, as potências não chegaram a acordo sobre o eventual quadro jurídico ou o montante a atribuir, tendo qualquer decisão sido adiada para os líderes do G7.
O G7 congelou cerca de 300 mil milhões de dólares em ativos russos, a maioria dos quais na Europa, pouco depois de Moscovo ter invadido o país vizinho em fevereiro de 2022.
"A entrada da Ucrânia na União Europeia vai ser o grande tema após as eleições"
Ana Miguel dos Santos, especialista em assuntos de Segurança e Defesa, não considera que este tema tenha estado suficientemente em cima da mesa durante a campanha para as eleições europeias, “dentro daquilo que era expectável”. “Não só em Portugal, mas um pouco por toda a Europa, até pela questão da incerteza e da gestão muito diplomática que se está a fazer do conflito Rússia-Ucrânia”, explica a convidada.
Divergências no apoio à Ucrânia e retrocesso democrático: os futuros desafios do projeto europeu
Sónia Sénica entende que há uma “clara preocupação” por parte da Ucrânia face às eleições europeias, uma vez que “os partidos eurocéticos não estão, de facto, alinhados com a posição ucraniana”. A comentadora da CNN Portugal afirma que “são vários” os desafios que se colocam ao projeto europeu, entre eles “claramente as divergências no apoio à Ucrânia e o retrocesso democrático”.
Correspondente de guerra - 9 de junho
Com Sérgio Furtado, Sónia Sénica e o major-general Isidro de Morais Pereira.
"Está em causa um teste à noção que cada europeu tem ou não sobre a forma como a Rússia ameaça todos"
Daniela Nunes, especialista em Relações Internacionais, sublinha a importância das eleições europeias para a guerra da Ucrânia e para a ameaça que a Rússia pode vir a assumir.
"Poderemos vir a ter um Parlamento Europeu cuja constituição será mais hostil com a Ucrânia"
Helena Ferro Gouveia, comentadora da CNN Portugal, analisa quais as consequências das eleições europeias para a guerra na Ucrânia.
Guerra na Ucrânia: "Estamos numa batalha de perceções, onde assistimos a notícias contraditórias"
Agostinho Costa, comentador da CNN Portugal, sublinha que a palavra que descreve as discussões em torno da guerra na Ucrânia é ambiguidade. Isto porque, "assistimos a noticías contraditórias".
Zelensky diz que operação russa em Kharkiv foi um fracasso
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu o fracasso da operação russa em Kharkiv como muito significativo, na sua mensagem noturna diária, acrescentando que essa frente de combate será ainda mais reforçada.
"Falei com o comandante-chefe sobre a situação geral. Um resultado muito significativo é que o exército russo falhou na sua operação em Kharkiv. Agora estamos a contê-los ao máximo e a destruir unidades russas que entram no nosso território e aterrorizam a região de Kharkiv", afirmou o presidente ucraniano.
Zelensky acrescentou que “a frente (de Kharkiv) foi reforçada e será ainda mais fortalecida”.
O chefe de Estado ucraniano também se referiu às frentes em Donetsk, onde a situação é mais difícil.
Zelensky enfatizou que estão a ser feitos trabalhos para fornecer mais reservas às forças de defesa ucranianas.
Declarou ainda que, graças às negociações e reuniões em França, existem novas decisões para a defesa ucraniana por parte da França e dos Estados Unidos, aos quais expressou a sua gratidão.
O presidente ucraniano especificou que também há avanços na artilharia, incluindo a produção de projéteis calibre 155 na Ucrânia e acrescentou que está a ser preparada uma nova plataforma de produção.
"Também haverá maior capacidade para a nossa aviação de combate e guerra eletrónica. Obrigado à França e a Emmanuel [Macron, presidente francês] pessoalmente pela sua iniciativa e apoio às nossas propostas para treinar os nossos soldados e abastecer as nossas brigadas. Juntos estamos a preparar uma nova estratégia sistemática para unidades ferroviárias do exército ucraniano", declarou.
Zelensky acrescentou que “já existem acordos com parceiros sobre sistemas adicionais de defesa aérea para a Ucrânia e algumas dessas decisões serão implementadas mais cedo, e outras - mais perto do outono”.
“Os novos acordos de segurança para a Ucrânia estão quase prontos”, acrescentou, sem especificar quais os países envolvidos.
Kriegstüchtig. A palavra que toda a Europa tenta evitar colocar em prática
Numa análise àquelas que devem ser as prioridades dos Estados-membros nestas eleições europeias, o major-general Isidro de Morais Pereira defende que, "sem dúvida alguma", a prontidão para a guerra deve passar a ser uma questão, até mesmo para lá da Europa.
“Macron percebeu que não pode liderar a Europa sem o apoio dos Estados Unidos”
Diana Soller considera que, "tendo em conta os discursos destes dias", quer Joe Biden, quer Emmanuel Macron "perceberam coisas diferentes" e, “pela primeira vez”, diz, um presidente francês "agradece repetidamente" a um homólogo norte-americano.
“Estes são os meses para tomar decisões estratégicas” - Zelensky agradece apoio francês e norte-americano
Numa mensagem de agradecimento à França e aos Estados Unidos, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky diz que “há progressos na artilharia, incluindo o fabrico de munições de artilharia calibre 155” e que “uma nova plataforma de produção” está a ser preparada. “Sou grato a todos os líderes e Estados que nos apoiam. Novos acordos de segurança para a Ucrânia também estão quase prontos. Estes são os meses para tomar decisões estratégicas”, escreveu numa publicação feita na rede social X, antigo Twitter.
As a result of negotiations and meetings in France, we now have new decisions from France and the United States regarding Ukrainian defense. I thank our friends.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 8, 2024
There is progress in artillery, including the manufacture of 155-calibre artillery ammunition in Ukraine. A new… pic.twitter.com/Iddp1n2cIi
França e EUA apoiam utilização de lucros dos ativos russos para a Ucrânia
O presidente francês Emmanuel Macron e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, anunciaram este sábado que apoiam os esforços para usar lucros excecionais de ativos russos congelados para beneficiar a Ucrânia, avança a agência Reuters.
Num documento conjunto divulgado durante a visita de Biden à França, os dois líderes também expressam preocupação com as transferências de armas para a Rússia por parte do Irão e da Coreia do Norte, bem como de materiais de dupla utilização da China, apoiando medidas para restringir esses envios que passam pelos sistemas financeiros dos EUA e da França.
Envio de armas para inimigos de aliados da Ucrânia? Especialista diz que avisos de Putin devem ser "sempre levados a sério"
É sempre preciso "levar a sério" os avisos de Vladimir Putin. Esta é a opinião de uma especialista em assuntos russos, a propósito do alegado envio de armas para os inimigos dos aliados da Ucrânia.
Uma conversa entre Laetitia Spetschinsky e o jornalista João Póvoa Marinheiro para o CNN Radar Internacional, numa semana de muitas ameaças em plenas celebrações dos 80 anos do Dia D.
Pelo menos 26 mortos em áreas controladas pela Rússia
Pelo menos 26 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, esta sexta-feira, na sequência de vários atentados ucranianos contra áreas controladas pela Rússia de Lugansk e Kherson, no leste e no sul da Ucrânia. As informações foram avançadas pelas autoridades russas nas regiões ocupadas.
Rússia prende cidadão francês acusado de coletar dados militares
Um tribunal de Moscovo ordenou, esta sexta-feira, a detenção de um cidadão francês acusado de coletar informações sobre assuntos militares russos, enquanto aguarda investigação e julgamento.
Laurent Vinatier foi detido quinta-feira na capital russa, numa altura em que as tensões entre Moscovo e Paris se intensificaram, depois das declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia.
Ucrânia abate nove dos 13 drones lançados pela Rússia em quatro regiões
A força aérea ucraniana informou este sábado que as defesas aéreas abateram nove dos 13 drones lançados pela Rússia sobre quatro regiões do país. Os drones Shahed foram abatidos sobre a região central de Poltava, as regiões sudeste de Zaporizhia e Dnipropetrovsk e a região nordeste de Kharkiv, de acordo com o comunicado. Um míssil russo X-59 lançado da região russa de Kursk também foi abatido, de acordo com a mesma fonte.
Rússia abre processo criminal por terrorismo após ataque que fez 22 mortos em Kherson
Investigadores russos abriram um processo criminal por terrorismo, na sequência do ataque ucraniano a uma cidade da região de Kherson controlada pelas forças russas, informou este sábado o Comité de Investigação Russo. O ataque fez 22 mortos e 15 feridos na noite de sexta-feira.
“De acordo com a informação agora disponível, na sequência do ataque desumano e selectivo contra uma infra-estrutura civil, 22 civis foram mortos e 15 pessoas ficaram feridas”, refere uma nota oficial.
O governador russo de Kherson, Vladimir Saldo, relatou ontem à noite um ataque ucraniano contra uma loja na cidade de Sadove com “muitos visitantes e funcionários”.
"Putin é um malabarista. A sua diplomacia de guerra assenta na criação de drama e contenção"
Ana Miguel dos Santos, especialista em Segurança e Defesa, avalia a declaração de Vladimir Putin a propósito das armas nucleares. A especialista diz que se trata de "Putin no seu melhor", que é "um malabarista".
"Putin não é um ator novo na política internacional. As suas ameaças têm o intuito de gerar dissuasão do Ocidente"
Joana Ricarte, especialista em relações internacionais, analisa as declarações de Vladimir Putin relativas à utilização de armas nucleares. O presidente da Rússia declarou que o país não precisa de as utilizar para ganhar a guerra. E ainda avalia o apoio americano anunciado esta semana por Joe Biden.
"Única vantagem da produção maciça de armamento russo é a produção de emprego a curto prazo"
João Rodrigues dos Santos avalia de que forma a guerra afeta a economia da Rússia. O economista explica que a economia da Rússia está a passar por "um processo de adaptação em função de uma crise militar".