Empresário foi preso antes de operação ser deflagrada | Gazeta Digital

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02.10.2009 | 03h00

Empresário foi preso antes de operação ser deflagrada

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O empresário Alexandre Zangarini foi preso na noite de segunda-feira (28) no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), quando tentava embarcar para a cidade de Caracas, na Venezuela. Ele estava acompanhado do empresário Maurício Ali de Paula, que também foi preso. A Polícia Federal não confirma se Maurício também embarcaria para o mesmo país. A prisão dos empresários ocorreu antes da deflagração da Operação Maranello, na terça-feira (29), porque a PF teve informações de que o empresário sairia do Brasil.

Também estava prevista para a véspera da operação, em São Paulo, a prisão do advogado Edesio Ribeiro Neto, 31, o "Binho". Ele é considerado o líder do grupo pelo Ministério Público Federal (MPF), já que era responsável pela articulação entre os integrantes da quadrilha. Binho está foragido.

Zangarini é apontado pela PF como o financiador da quadrilha desarticulada pela Operação Maranello. Ele foi denunciado pelo MPF pelos crimes de tráfico de drogas e evasão de divisas. A maior parte dos veículos importados, de luxo, apreendidos pela Polícia Federal durante a operação pertenciam à empresa Gold M2 Investimentos e Participações S/A, que tem como sócios 2 membros da família Zangarini.

Esses veículos, segundo a Polícia, eram usados como pagamento da droga ou para lavagem de dinheiro. O empresário também utilizava "fantasmas", pessoas físicas ou jurídicas, para pagar os fornecedores. Zangarini teria financiado a compra dos 383 kg de cocaína apreendidos na Fazenda Sete Irmãos, em Barão de Melgaço (113 km ao Sul da Capital), em junho deste ano.

Ele também é investigado pela Fiscalia da Bolívia, o equivalente ao Ministério Público no Brasil, por manter máquinas caça-níqueis em locais proibidos. Na Bolívia, o jogo é legalizado, mas sofre restrições, já que as máquinas só podem ser utilizadas por adultos. No caso de Zangarini, que tem 5 mil máquinas distribuídas em várias cidades da Bolívia, a Fiscalia investiga o fato das máquinas dele estarem em lan houses, restaurantes, bares e lanchonetes frequentados por menores de 18 anos.

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