EUA e Rússia discutiram “o que fazer com Ucrânia“, diz chefe da espionagem russa | CNN Brasil
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    EUA e Rússia discutiram “o que fazer com Ucrânia”, diz chefe da espionagem russa

    Sergei Naryshkin afirmou que teve uma conversa com seu colega da CIA, William Burns, no final do mês passado; eles mantiveram uma linha de comunicação desde o início da guerra 

    Sergei Naryshkin, chefe da inteligência estrangeira russa, em Moscou
    Sergei Naryshkin, chefe da inteligência estrangeira russa, em Moscou , Rússia9/5/2021 REUTERS/Evgenia Novozhenina

    Da Reuters

    O chefe da inteligência estrangeira russa, Sergei Naryshkin, disse nesta quarta-feira (12) que ele e seu colega da CIA, William Burns, discutiram “o que fazer com a Ucrânia” em um telefonema no final do mês passado, segundo a agência de notícias russa Tass.

    Os jornais New York Times e Wall Street Journal reportaram em 30 de junho que Burns ligou para Naryshkin para assegurar ao Kremlin que os Estados Unidos não tiveram nenhum papel no breve motim do chefe mercenário russo Yevgeny Prigozhin e de seus combatentes do Grupo Wagner uma semana antes.

    Naryshkin confirmou que Burns levantou a questão dos “eventos de 24 de junho”, quando os mercenários assumiram o controle de uma cidade do sul da Rússia e avançaram em direção a Moscou antes de chegar a um acordo com o Kremlin para encerrar a revolta.

    Mas ele disse que durante a maior parte da ligação, que durou cerca de uma hora, “consideramos e discutimos o que fazer com a Ucrânia”.

    A CIA se recusou a comentar as declarações de Naryshkin.

    A Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022, diz que outros países não devem negociar seu futuro em seu nome, e os Estados Unidos têm apoiado repetidamente esse princípio, descrito como “nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”.

    Burns e Naryshkin mantiveram uma linha de comunicação desde o início da guerra na Ucrânia, em um momento em que outros contatos diretos entre Moscou e Washington são mínimos, com as relações em seu ponto mais baixo desde a crise dos mísseis cubanos de 1962.

    (Reportagem de Mark Trevelyan e Anna Dabrowska)