Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, António Louçã, Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Ataque russo contra Pokrovsk, Ucrânia, dia 4 de agosto 2022 Alkis Konstantinidis - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h20 - Kiev compromete-se a não exportar armamento fornecido pela Alemanha

A Ucrânia comprometeu-se a não exportar o armamento fornecido pela Alemanha para combater a Rússia, após a invasão de 24 de fevereiro, revelou hoje o Governo alemão.

A garantia foi dada em resposta a um conjunto de questões colocadas pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, relativamente às garantias obtidas pelo executivo em relação a uma possível proliferação de armas na Ucrânia.

A Alemanha apoia a Ucrânia na sua "legítima defesa contra a agressão russa, através do envio de armas, apoio financeiro e sanções", mas o Governo de Kiev está obrigado a não exportar essas armas nem vendê-las a terceiros, de acordo com a resposta do Governo alemão.

Além disso, "todas as entregas de armas estão documentadas em detalhe" pelo ministério da Defesa e da Economia, frisou o executivo, que se diz consciente da responsabilidade associada ao fornecimento de armas.

Berlim manifestou, também, o seu apoio aos planos da União Europeia para criar uma base de dados para registo de armas de fogo exportadas para a Ucrânia, de forma a facilitar o rastreio do armamento.

(Agência Lusa)

22h05 - Zelensky acusa Amnistia Internacional de "amnistiar" a Rússia

O presidente ucraniano, Volodimyr Zelensky, acusou a Amnistia Internacional de "tentar amnistiar o estado terrorista" da Rússia, na sua habitual comunicação vídeo diária.

A Aministia Internacional "transfere a responsabilidade do agressou para a vítima", acrescentou.

Já antes o responsável pela diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, tinha-se mostrado "indignado" com as acusações "injustas" da ONG.

21h55 - Amnistia Internacional Ucrânia demarca-se de denúncia contra Kiev

Numa carta aberta publicada nas redes sociais, Oksana Pokalchuk, diretora da Amnistia Internacional Ucrânia, demarcou-se do relatório publicado esta quinta-feira pela ONG a denunciar o uso de locais civis como proteção para alvos militares.

"O escritório ucraniano não esteve envolvido na preparação ou redação do texto da publicação", escreveu Pokalchuk, acrescentando que "infelizmente, já na fase inicial deste relatório", enfrentaram um muro "onde não foram levados em conta os argumentos da nossa equipa sobre a inadmissibilidade e falta de informações desse material."

Depois de apontar o dedo à Federação Russa pelos "crimes de agressão cometidos contra a Ucrânia", a diretora afirmou que, "desde 24 de fevereiro, colegas ucranianos e eu trabalhamos incansavelmente para garantir que todos os crimes de guerra sejam verificados e registados para a comunidade internacional".

"Publicámos mais de duas dezenas de matérias sobre crimes cometidos pela Federação Russa na Ucrânia. Muitos dos materiais tiveram ressonância internacional e serão repetidamente utilizados em instituições internacionais no processo de Restauração da Justiça", acrescentou.

Oksana Pokalchuk denunciou a "burocracia, má compreensão do contexto local, sistema flexível de trabalho, ignorando a opinião da equipe ucraniana e a posição da comunidade de direitos humanos na Ucrânia, tudo isso nos impediu de parar o lançamento de hoje".

"No entanto, com todos os fenómenos mencionados, lutamos até ao fim. E vamos continuar lutando de diferentes formas e posições diferentes, custe o que isso nos custar", prometeu.

"Eu e a equipa do escritório ucraniano acreditamos nos direitos humanos, acreditamos na vitória da Ucrânia, acreditamos que todos os autores de crimes de guerra devem ser levados à justiça.

Equipe da Amnistia Internacional na Ucrânia."



21h00 - Casa Branca confirma acreditar que Rússia irá forjar provas no ataque em Olenivka

Os Estados Unidos esperam que responsáveis russos tentem incriminar as forças ucranianas pelo ataque à cidade da linha da frente Olenivka que matou prisioneiros ucranianos detidos pelos separatistas pró-russos, afirmou o porta-voz da Casa Branca para a Segurança Nacional Kohn Kirby, confirmando notícias avançadas durante a tarde, sob anonimato.

"Antecipamos que os responsáveis russos tentem incriminar as forças armadas ucranianas em antecipação às investigações jornalísticas e a potenciais investigadores que visitem o local do ataque", afirmou Kirby em conferência de imprensa.

O secretário-geral da ONU, António Guterres anunciou quarta-feira o envio de uma missão de inquérito ao ataque da semana passada que vitimou quase 60 prsioneiros de guerra.

Moscovo afirma que o bombardeamento do local foi ucraniano, Kiev contrapõe e acusa Moscovo de ordenar o ataque de artilharia para destruir provas de tortura e de assassínio.

Tanto a Rússia como a Ucrânia exigiram uma investigação da ONU ao incidente.

20h25 - Amnistia Internacional acusa Ucrânia de usar civis como escudos humanos

A Ucrânia já reagiu. Um dos acontecimentos que marca o dia.

20h10 - UE sanciona ex-presidente da Ucrània Viktor Yanukovich

Os Estados-membros da União Europeia impuseram sanções ao ex-presidente pró-russo da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e ao filho Oleksandre pelo seu alegado papel na ameaça securitária contra a Ucrânia.

O Conselho Europeu indiciou em comunicado que os dois homens foram adicionados a uma lista de sanções europeias elaborada “em resposta à agressão militar russa injustificada da Ucrânia”.

20h00 - Linha da frente vista do Espaço

A imagem foi publicada pela NASA

19h47 - Condenação de Brittney Griner por tribunal russo é "inaceitável"

O presidente norte-americano, Joe Biden, considerou hoje que a condenação da basquetebolista Brittney Griner a nove anos de prisão por um tribunal russo, acusada de alegado tráfico de drogas, é "inaceitável" e exigiu à Rússia que a liberte imediatamente.

"É inaceitável e peço à Rússia que a liberte imediatamente para que ela possa encontrar a sua esposa, os seus parentes e os seus companheiros de equipa", pediu Joe Biden, através de um comunicado, alguns momentos após o anúncio do veredicto.

A estrela dos Phoenix Mercury deslocou-se à Rússia para jogar durante a paragem competitiva da WNBA, uma prática corrente para as basquetebolistas daquela competição, que auferem, muitas vezes, mais no estrangeiro do que nos Estados Unidos. Foi detida quando as relações russo-chinesas se deterioraram devido à guerra na Ucrânia.

(Agência Lusa)

19h40 - Macedónia do Norte entrega quatro aviões Su-25 à Ucrânia

Os quatro aparelhos Su-25, três monolugares e um duplo, tinham sido comprados em 2001 pela Macedónia do Notre por quatro milhões de euros durante a guerra no território e, este verão foram preparados em segredo para serem transferidos de novo para Kiev, indicou a imprensa do país.

O departamento do Ministério da Defesa da Macedónia do Norte afirmou apenas que “os detalhes exatos” da operação serão “desclassificados e publicados”, sem especificar quando.

O país já tinha confirmado o envio para a Ucrânia de parte dos seus 30 tanques T-72 soviéticos. Tal como os aviões estes estariam armazenados em bases e seriam já pouco utilizados, desde a formação das Forças Armadas Macedónias em 2003.

A notícia divulgada refere que, “de acordo com a informação recebida, as reparações foram feitas por engenheiros militares ucranianos, o que indica que isto está a ser feito para os entregar à Ucrânia, como doação da nossa parte, para eles puderem ser usados na frente”.

A Defesa do país referiu somente, a pedido de várias publicações, que “os detalhes exatos das três decisões, o seu conteúdo e explicações serão desclassificados e publicados de forma transparente”. O departamento garantiu que a decisão tomada não irá afetar a prontidão de combate da Macedónia do Norte.

18h53 - Mais três navios carregados de cereais partirão amanhã de portos ucranianos

O ministro turco da Defesa fez saber, em declaração citada pela agência noticiosa turca Anadolu, que partirão amanhã, sexta feira, de portos ucranianos mais três navios ao abrigo do acordo com a Rússia para a exportação de cereais ucranianos.

18h03 - EUA advertem que Moscovo vai forjar provas de bombardeamento contra prisão

Um responsável da Administração Biden, falando a coberto do anonimato e citado pela Agência France Presse, afirmou: "Estamos a contar com que responsáveis russos falsifiquem provas para atribuir às forças ucranianas o bombardeamento sobre a prisão de Olenivkaa 29 de julho (...) Pensamos que os russos vão tentar acusá-los (...) antes da chegada ao sítio do ataque de jornalistas e de potenciais investigadores".

Em Washington, manifesta-se repetidamente a convicção de que as autoridades russas "irão ao ponto de fazer crer" que as vítimas foram foram mortas por um míssil Himars, fornecido precisamente pelos EUA". Foi de meia centena o número de prisioneiros ucracianos abatidos durante o bombardeamento.

17h50 - Chegou à Síria navio acusado de transportar cereais ucranianos roubados

Um navio sírio, apreendido no Líbano após alegações de que transportava cereais ucranianos roubados, foi autorizado a sair do país e chegou hoje à Síria, anunciaram as autoridades dos dois países. A agência oficial libanesa ANI anunciou que o navio ‘Laodicée’ “deixou na quinta-feira o porto de Tripoli [a maior cidade do norte do país e a segunda maior do Líbano] às 08:00 da manhã [06:00 em Lisboa]” após uma decisão judicial.

A agência noticiosa precisou que a capitania do porto de Tripoli também autorizou o navio a deixar o porto “em conformidade com os princípios jurídicos libaneses”. O ministro dos Transportes libanês, Ali Hamié, declarou hoje de manhã que o navio já se encontrava fora das águas territoriais libanesas.

(Agência Lusa)

17h05 - NATO trabalha com empresas de defesa para aumentar o fornecimento de armas para a Ucrânia

A Aliança Atlântica está a trabalhar em estreita colaboração com empresas de defesa para garantir que a Ucrânia recebe mais armas e equipamentos para enfrentar a guerra com a Rússia, disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, esta quinta-feira.

"Estamos a fornecer muito apoio, mas temos de fazer ainda mais e estar preparados a longo prazo", disse Stoltenberg à Reuters numa entrevista. "Portanto, agora também estamos em contacto próximo e a trabalhar de perto com a indústria de defesa para produzir mais e entregar mais tipos diferentes de munição, armas e equipamento", disse.

16h21 - Canadá vai ajudar a treinar soldados ucranianos no Reino Unido

O Canadá vai enviar perto de 225 militares para o Reino Unido para treinar recrutas militares ucranianos, anunciou a ministra canadiana da Defesa, Anita Anand, esta quinta-feira.

15h24 - Ucrânia “indignada” após acusações “injustas” da Amnistia Internacional

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, disse esta quinta-feira que estava "indignado" com as acusações "injustas" da Amnistia Internacional, que acusou Kiev de colocar civis em perigo durante a invasão russa à Ucrânia.

"Estou indignado com o relatório da Amnistia Internacional. Considero injusto", disse Kuleba num comentário em vídeo, divulgado no Facebook.



14h31 - Nord Stream está a funcionar com uma turbina em vez de seis

O gasoduto Nord Stream 1 está a operar atualmente com apenas uma turbina em vez de seis, informou a empresa estatal russa de gás Gazprom esta quinta-feira. Segundo a entidade, citada pela Reuters, as sanções ocidentais estão a impedir a entrega de uma das turbinas vinda da Alemanha depois de ter ido para manutenção no Canadá. Além disso, há mais turbinas a necessitar de reparações.

14h16 - Ucrânia prevê chegada de primeiro navio turco desde que começou guerra

Está prevista a chegada de um navio turco ao porto ucraniano de Chornomorsk, no Mar Negro, na sexta-feira, para recolher novas colheitas de cereais do país. Segundo fonte oficial da administração regional de Odessa, citada pela Reuters, é o primeiro navio a chegar a portos ucranianos desde que começou a ofensiva russa no território.

"O navio turco Osprey S, com bandeira da Libéria, está a dirigir-se do Estreito de Dardanelos para o porto de Chornomorsk", escreveu Serhiy Bratchuk, o porta-voz, no Telegram na noite de quarta-feira.

"Este será o primeiro navio que não foi bloqueado nos nossos portos desde 24 de fevereiro, que vem para [recolher] cereais ucranianos para exportação", acrescentou.

14h01 - Ucrânia diz que forças russas já perderam cerca de 41.500 militares

Segunda a atualiação das autoridades ucranianas, após 162 dias de guerra na Ucrânia, Moscovo já perdeu 41.500 soldados.


13h35 - Ucrânia receia que Rússia lance ofensiva no sul do país para recuperar impulso

A Rússia pode lançar uma ofensiva na região de Kherson, no sul da Ucrânia, para tentar recuperar o impulso da guerra e tem juntado militares nessa área, afirmou o general ucraniano Oleksiy Gromov numa conferência de imprensa, quinta-feira. Segundo o mesmo, a Ucrânia melhorou a posição tática em redor da cidade oriental de Sloviansk e reconquistou duas vilas, mas as forças russas estão a tentar tomar a cidade oriental de Avdiivka e a vila de Pisky.

13h18 - UE prepara pacote de 8 mil milhões de euros para ajudar Ucrânia até setembro

A União Europeia está a preparar novo pacote de financiamento para a Ucrânia até setembro num total de oito mil milhões de euros, segundo fontes do Governo alemão citadas pela Reuters.

13h02 - Ataque russo a paragem de autocarros em Donetsk causa 8 mortos

Pelo menos oito pessoas morreram devido a um ataque russo numa paragem de autocarros da cidade ucraniana de Toretsk, na região de Donetsk (leste da Ucrânia), controlada por Kiev, informaram as autoridades regionais. O ataque também causou quatro feridos, incluindo três crianças, segundo informações das autoridades regionais, citadas pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Segundo o chefe da administração militar regional, Pavlo Kyrylenko, o ataque aconteceu ao fim da manhã e entre os feridos conta-se o padre de uma igreja próxima, que também foi danificada, juntamente com outros edifícios residenciais próximos.

C/ Lusa

12h50 - Kremlin quer manter acordo com a Turquia sobre exportação de cereais ucranianos

O Kremlin disse, esta quinta-feira, que o acordo mediado pela Turquia para desbloquear as exportações de cereais da Ucrânia e transportá-los através do Mar Negro não é um "mecanismo único" e que espera que continue a funcionar de forma eficaz. O acordo é, recor-se, renovado a 120 dias com a aprovação de todas as partes envolvidas.

12h41 - Bruxelas apoia condenação da Rússia por “violação deliberada” de regras da aviação

A Comissão Europeia saudou hoje a decisão da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) de condenar as ações da Rússia para contornar as sanções da União Europeia (UE) na aviação, criticando a “violação deliberada” de requisitos de segurança.

Num comunicado divulgado um dia após ter sido informado sobre tal condenação, o executivo comunitário “congratula-se com a decisão da ICAO, a agência das Nações Unidas responsável pela regulamentação do transporte aéreo, de apelar à Federação Russa para cessar imediatamente as suas infrações às regras da aviação internacional, a fim de preservar a segurança e a proteção da aviação civil”.

“A decisão da ICAO refere-se à violação do espaço aéreo soberano da Ucrânia no contexto da guerra de agressão da Rússia e à violação deliberada e continuada de vários requisitos de segurança, numa tentativa do Governo russo de contornar as sanções da UE”, acrescenta.

De acordo com a instituição, em causa estão ações russas como o duplo registo ilegal na Rússia de aeronaves roubadas de companhias de ‘leasing’ e a autorização de companhias aéreas russas a operar estas aeronaves em rotas internacionais sem um certificado de navegabilidade válido.

(Agência Lusa)

12h29 - Presidentes turco e russo reúnem-se 6ª feira para discutir Ucrânia e Síria

A guerra na Ucrânia e a posição da Turquia na Síria serão os dois principais temas da agenda do encontro que se realiza na sexta-feira entre o Presidente turco e o russo, na cidade de Sochi.

Recep Tayyip Erdogan irá assegurar a Vladimir Putin que pretende continuar a atuar como mediador para um cessar-fogo duradouro na Ucrânia, segundo avançou hoje a estação pública turca TRT.

O seu mais recente esforço de mediação levou à assinatura, em 22 de julho, de um acordo para permitir a retoma das exportações de cereais de três portos ucranianos, coordenada a partir de Istambul e com a participação de delegados russos, ucranianos, turcos e das Nações Unidas.

Erdogan, como garante do acordo, irá assegurar, na sexta-feira na cidade russa de Sochi, que Putin mantém a sua aprovação às exportações de cereais enquanto são discutidos aspetos das sanções financeiras europeias à Rússia.

Outra questão em cima da mesa será a tentativa de Erdogan de obter a aprovação de Putin para uma nova operação militar turca no norte da Síria contra as milícias curdas, as Unidades de Proteção Popular (YPG), que o Presidente turco está a anunciar há semanas.

(Agência Lusa)

11h55 - Várias cidades ucranianas bombardeadas

Pelo menos quatro civis morreram e outros 10 ficaram feridos em bombardeamentos nas últimas 24 horas, com nove regiões ucranianas debaixo de fogo.

Além da cidade de Nikopol, atacada pelos russos, fortes explosões ocorreram na quinta-feira na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia. Duas áreas da cidade foram bombardeadas.

No norte da Ucrânia, Kharkiv está novamente a ser bombardeada pelas tropas russas. Várias instalações industriais foram afetadas na cidade. Na cidade vizinha de Chuhouiv, um rocket atingiu um prédio residencial de cinco andares.

Já na região de Donetsk, onde os combates se concentraram nas últimas semanas, prédios residenciais foram bombardeados em todas as principais cidades e uma escola foi destruída na vila de Ocheretyne. O abastecimento de gás é difícil e a região vive parcialmente sem água e sem eletricidade. Os habitantes estão a ser retirados.

Autoridades separatistas pró-Rússia na cidade de Donetsk também relataram um bombardeio ucraniano no centro da cidade que provocou dois mortos e três feridos.

11h21 - Novo aviso de Stoltenberg. "Se Putin pensar em fazer algo a um país da NATO, toda a aliança vai reagir"

O secretário-geral da NATO advertiu que é do "interesse mundial" que a Rússia não vença a guerra na Ucrânia e que a "política agressiva" não tenha sucesso. Num discurso no acampamento de verão da Liga da Juventude dos Trabalhadores, na ilha norueguesa de Utøya, Jens Stoltenberg deixou claro também que, se as forças russas atacarem algum país da Aliança Atlântica, a NATO reagirá.

11h00 - Zelensky quer falar com Xi Jinping para acabar com a guerra

O presidente ucraniano quer falar “diretamente” com o seu homólogo chinês e pedir-lhe para que use a sua influência sobre a Rússia para acabar com a guerra.

“Gostaria de falar com Xi Jinping”, afirmou Zelensky em entrevista ao jornal South China Morning Post, sediado em Hong Kong.

O presidente ucraniano recordou que falou com Xi “há um ano” e que o líder chinês “é um dos poucos líderes mundiais que visitaram a Ucrânia pelo menos uma vez”.

Zelensky frisou que a China, além de ser “um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, é “um país com uma economia muito poderosa”, o que faz com que “tenha influência económica e política na Rússia”.

10h22 - Denúncia da Amnistia Internacional. Táticas de combate ucranianas põem em risco a vida de civis

Amnistia Internacional denuncia que as tropas ucranianas estão a realizar táticas de combate que colocam em perigo a vida de civis e violam o direito humanitário.

O exército ucraniano está alegadamente a operar muito frequentemente em áreas residenciais, incluído hospitais e escolas, transformando áreas civis em alvos humanitários, afirmou a organização.
“Documentámos em padrão das forças ucranianas que põem em perigo os civis e violam as leis da guerra quando operam em áreas povoadas”, afirmou Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional.

9h50 - MNE da Estónia apela a mais sanções contra a Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia apelou a mais sanções ocidentais contra a Rússia para pressionar Vladimir Putin a colocar um ponto final na guerra.

“A minha mensagem é de facto uma necessidade imediata de um novo pacote de sanções, ou de vários pacotes”, afirmou Ernas Reinsalu, em entrevista ao jornal Politico's National Security Daily.
Ernas Reinsalu vai encontrar-se hoje com Volodymyr Zelensky em Kiev.

A Estónia, que gasta 0,8 por cento do PIB em ajuda militar à Ucrânia, está na vanguarda de uma ação mais dura contra Moscovo.

9h15 - Autoridades reportam ataques em Zaporizhia e três mortos em Donetsk

As autoridades ucranianas reportaram hoje vários ataques aéreos nos arredores da cidade de Zaporizhia, região onde está localizada a central nuclear ocupada por tropas russas, bem como a morte de três civis em Donetsk, no leste.

Dois mísseis atingiram um bloco de apartamentos naquela cidade e outros alvos civis, segundo fontes do município, citadas pelo portal Ukrinform.

As autoridades regionais de Donetsk, no leste, também relataram vários ataques nas cidades de Bakhmut, Marinka e Shevchenko, nos quais três civis foram mortos e outros cinco ficaram feridos.

As tropas ucranianas estão a tentar conter o avanço russo nesta região leste e também no sul.

O portal Ukrinform também relatou novos ataques de mísseis na região de Járkov, no noroeste.

(Agência Lusa)

8h48 - Rússia repeliu ataques ucranianos na ponte Antonovsky em Kherson

As forças russas afirmaram que tinham evitado ataques com mísseis ucranianos na ponte Antonovsky uma estrutura chave que atravessa o rio Dnieper em direção à cidade de Kherson.

“Não houve ataques na ponte. Houve tentativas que foram repelidas pelo sistema de defesa aérea”, afirmou Kirill Stremousov, responsável da administração militar na região à agência estatal russa Tass.

O trânsito na ponte Antonovsky foi interrompido a 27 de julho.


8h21 - AIEA quer ter acesso à central de Zaporizhia

Rafael Grossi, responsável pela Agência Internacional de Energia Atómica, afirmou que o contacto com a central nuclear é “frágil” e que as comunicações não funcionam diariamente.

“Não podemos ter uma comunicação deficiente com a central. Existem contradições entre os dois lados. Recebo informações, mas não tenho forma de determinar se correspondem ao que se passa na central”, afirmou Rossi em entrevista ao jornal suíço Tages-Anzeiger.

A central de Zaporizhia tem dois dos seis reatores em funcionamento.

7h57 - Suíça proíbe importações de ouro da Rússia

A Suíça é o segundo destino principal do outro de origem russa com mais de 600 milhões de euros em transações. A Suíça, que possui muitas refinarias para derreter barras de outro, voltou a alinhar com as sanções da União Europeia.
O Conselho Federal Suíço proíbe "a compra, importação ou transporte de ouro e produtos de ouro da Rússia" e "qualquer serviço relacionado a estes bens".

7h50 - Rússia à defesa em Kherson

O mais recente relatório sobre a evolução da guerra compilado pelo Ministério britânico da Defesa refere que as unidades de mísseis e artilharia da Ucrânia "continuam a atingir bastiões militares russos, concentrações de pessoal, bases de apoio logístico e depósitos de munições". O que deverá acarretar impactos para o reabastecimento das tropas de Moscovo e "colocar pressão sobre elementos de apoio ao combate".


Londres afirma ainda que a Rússia está a defender ativamente as travessias sobre o Rio Dnieper que ligam a cidade ocupadade Kherson e o sul desta região.

7h35 - Schröder garante que Putin quer negociar a paz

Em entrevista à revista alemã Stern, Gerhard Schröder confirmou que esteve reunido, na semana passada, com o presidente russo em Moscovo
O porta-voz do Kremlin confirmou o encontro entre Vladimir Putin e o antigo chanceler alemão, mas acrescentou que num eventual acordo negociado o Governo ucraniano terá de fazer concessões.

As autoridades ucranianas diz que só aceita negociar depois de um cessar-fogo e da retirada das tropas russas do território ucraniano.

7h17 - Ponto de situação


  • As Nações Unidas estão a levar a cabo uma missão de recolha de factos em resposta a solicitações da Rússia e da Ucrânia, depois de 53 prisioneiros de guerra ucranianos terem morrido numa explosão em Olenivka. Moscovo e Kiev responsabilizam-se mutuamente por este ataque.

  • Washington acredita que a Rússia possa estar a forjar provas sobre o ataque da semana passada contra o centro de detenção de Olenivka, que causou as mortes de 53 prisioneiros de guerra ucranianos.

  • O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pretende falar diretamente com o presidente chinês, Xi Jinping, manifestando a esperança de que Pequim possa empregar a sua influência sobre Moscovo no sentido de um fim das hostilidades. “É um Estado muito poderoso. É uma economia poderosa. Por isso, pode influenciar política e economicamente a Rússia. E a China é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, apontou Zelensky, em declarações citadas pelo jornal South China Morning Post.

  • O Senado norte-americano ratificou as candidaturas da Suécia e da Finlândia à adesão à NATO. Noventa e cinco senadores votaram a favor. Apenas um votou contra. Os Estados Unidos são o 23.º membro da Aliança Atlântica a carimbarem os processos de adesão dos dois países nórdicos.

  • A Ucrânia decidiu retirar os 40 soldados que integram a missão de manutenção de paz liderada pela NATO no Kosovo. Foi em março passado que o presidente ucraniano emitiu um decreto a pôr termo a todas as missões externas das Forças Armadas, tendo em vista a defesa do país contra a invasão russa.

  • Um responsável russo na Ucrânia, citado pela edição online do jornal britânico The Guardian, alega que as forças ucranianas estão a utilizar armamento ocidental para atacar a central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa. Esta estrutura está sob controlo das forças russas.

  • O antigo chanceler alemão Gerhard Schröder está debaixo de fortes críticas de Kiev, depois de ter mantido um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscovo. Numa entrevista à comunicação social alemã, Schröder disse não ter de se desculpar pela amizade com Putin.

  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, insiste que a Rússia não tem qualquer razão para suster o regresso de uma turbina ao gasoduto Nord Stream 1. Esta peça está parada na Alemanha, depois de ter sido reparada no Canadá. É mais um capítulo do impasse que já levou os abastecimentos de gás russo à Europa a uma queda para 20 por cento da capacidade total.