“Ray of Light” é o segundo single e faixa-título do sétimo álbum de estúdio de Madonna. A canção estreou na posição #5 na Billboard Hot 100, sendo a maior estreia da cantora na parada até então.

Liricamente, a música fala sobre liberdade, sobre se sentir pequeno em comparação com o vasto universo e sobre como a vida passa rápido, mais rápido do que a luz, como Madonna comentou:

Quero dizer, você às vezes não para e se sente muito consciente de quem você é no momento? E então pensa, ‘Deus, eu estou habitando minha carne e meus ossos, dizendo minhas palavras, respirando o ar que respiro’ mas você também está do lado de fora e pensando, ‘Mas por quê? Por que eu sou eu? Por que… por que… qual é o meu lugar aqui?’. Bem, isso acontece comigo o tempo todo.

Seu videoclipe, dirigido pelo sueco Jonas Åkerlund, conta com imagens aceleradas e borradas da vida cotidiana, tendo sido inspirado pelo documentário Koyaanisqatsi – Uma Vida Fora de Controle (1982). Åkerlund comentou sobre o vídeo em entrevista a um jornal sueco:

Eu tive duas ideias que não se encaixaram na música. Ela disse ‘não’ mesmo eu tendo uma ideia muito clara de como ela ficaria no vídeo. Eu trabalhei em outra ideia e trouxe uma banda para ela ver. (…) Em retrospecto, parece bom, o vídeo que nós fizemos ficou muito mais adequado para a faixa do que as primeiras ideias. Ela tem uma trajetória incrível em tudo o que está fazendo. Estilo, música, negócios — ela tem um trajeto mental de cada coisa e não desiste até que esteja completamente satisfeita, e em vídeos musicais, não há nada que ela faça com uma mão amarrada nas costas — ela fica totalmente engajada.

Madonna acrescentou que o clipe retrata

um dia na vida da Terra para mostrar que estamos correndo para a frente até o fim do século de 1900 e a toda velocidade. Acho que Jonas fez uma excelente interpretação da canção, embora ele tenha me obrigado a dançar como louca por dois dias. Ele é um diretor forte.

O clipe de “Ray of Light” ganhou 5 de suas 8 indicações no MTV Video Music Awards de 1998, nas categorias de Vídeo do Ano, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção, Melhor Coreografia e Melhor Edição. Sendo as outras três categorias Melhor Cinematografia, Melhor Vídeo de Dance e Vídeo Inovador.

Já a canção ganhou no Grammy Awards de 1999 os prêmios de Melhor Gravação Dance e Melhor Videoclipe de Formato Curto, tendo sido nomeada também ao de Gravação do Ano.