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O supermacho - romance moderno eBook Kindle

por Alfred Jarry (Autor), Paulo Leminski (Tradutor) Formato: eBook Kindle

4,6 13 avaliações de clientes

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"Fazer amor é um ato sem importância, já que se pode repeti-lo indefinidamente" é a frase de abertura deste romance provocador. A narrativa se passa em 1920, dezoito anos à frente da data de publicação, o que ajuda a explicar o subtítulo romance moderno. Irreverente, erótico, repleto de jogos de linguagem e de elementos que o fazem flertar com a ficção científica, o livro relata a saga de um homem capaz de realizar o ato amoroso em escala sobre-humana.

Embora tenha importância indiscutível, a sexualidade não é a única questão debatida. A disputa entre um trem capaz de atingir velocidades inimagináveis e uma equipe de ciclistas – cuja energia provém unicamente do inovador Perpetual Motion Food –, bem como a invenção de um dispositivo teoricamente capaz de incutir sentimentos, colocam o amor e a relação entre homem e máquina lado a lado. Por meio do corpo, testam-se limites, sejam eles sexuais ou esportivos, e confundem-se o prazer físico e o desejo de quebrar recordes.

A obra de Jarry expõe uma sociedade em que o ser humano se fortalecia pelos avanços da ciência e, ao mesmo tempo, ficava cada vez mais submetido a ela. Em sua busca pelo absoluto, teria o homem, ele próprio, se transformado em máquina? Situando fora de seu tempo uma discussão que, paradoxalmente, encontrava eco nas reflexões da época sobre o amor e o desejo, Jarry compôs um romance cuja atualidade permanece intocada e onde se ouvem ecos do super-homem de Nietzsche.

Descrição do produto

Resenha Especializada

“O mais belo romance de amor já visto” Annie Le Brun, crítica literária

Sobre o Autor

Dramaturgo, romancista e poeta, é conhecido sobretudo pela peça Ubu Rei, cuja estreia em 1896 causou furor em Paris e ajudou a criar sua imagem de enfant terrible, reforçada pelo seu consumo de álcool e drogas e pela sua morte prematura, aos 34 anos, em 1907. Influência decisiva sobre os autores surrealistas, dadaístas e do Teatro do Absurdo, tinha como admiradores Marcel Duchamp, Pablo Picasso e André Breton, entre inúmeros outros artistas e escritores. Foi o inventor da ‘Patafísica – ou “ciência das soluções imaginárias” –, ilustrada em Gestos e opiniões do doutor Faustroll, patafísico (1911). Autor de inúmeras outras obras, Jarry era um grande entusiasta da bicicleta – segundo ele “um prolongamento mineral do sistema ósseo do homem” –, sobre a qual deixou diversos escritos, embora nunca tenha pago por sua Clément luxe 96, episódio que se tornou célebre. Costumava sair munido de uma pistola, que foi adquirida por Picasso depois de sua morte.