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Mrs. Dalloway eBook Kindle
- IdiomaPortuguês
- EditoraAntofágica
- Data da publicação5 junho 2020
- Tamanho do arquivo14498 KB
- Tinha a estranha sensação de ser ela própria invisível; imperceptível; desconhecida; sem mais casamento ou filhos no horizonte, apenas este progresso espantoso e um tanto solene junto a todos os demais, subindo a Bond Street, sendo esta a Mrs. Dalloway; não era mais sequer Clarissa; sendo Mrs. Richard Dalloway.279 leitores do Kindle destacaram isso
- Não dá para ter filhos num mundo assim. Não dá para perpetuar o sofrimento, multiplicar essa raça de feras devassas, desprovidas de emoções duradouras, reféns do capricho e da vaidade que as compõem e as conduzem ora para um lado, ora para o outro.250 leitores do Kindle destacaram isso
- A morte era um ato de rebeldia. A morte era uma tentativa de comunicar, era sentir a impossibilidade de alcançar o âmago que, misticamente, evade-se de nós; a proximidade cindia; o arrebatamento se evanescia; ficamos sozinhos. Havia um enlace na morte.173 leitores do Kindle destacaram isso
Descrição do produto
Sobre o Autor
Detalhes do produto
- ASIN : B088VKDSPH
- Editora : Antofágica; 1ª edição (5 junho 2020)
- Idioma : Português
- Tamanho do arquivo : 14498 KB
- Leitura de texto : Habilitado
- Leitor de tela : Compatível
- Configuração de fonte : Habilitado
- Dicas de vocabulário : Não habilitado
- Número de páginas : 393 páginas
- Ranking dos mais vendidos: Nº 15,792 em Loja Kindle (Conheça o Top 100 na categoria Loja Kindle)
- Nº 418 em Ficção clássica
- Nº 892 em Clássicos de Ficção
- Avaliações dos clientes:
Sobre o autor
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Virginia Woolf (1882 - 1941) é uma das mais proeminentes figuras do Modernismo na literatura e este romance, lançado em 1925, é considerado sua obra-prima. Curiosamente, ele foi criado a partir de dois contos: um concluído, Mrs Dalloway In Bond Street, e outro inacabado, Prime Minister.
Outro aspecto interessante é que Mrs. Dalloway cobre um único dia, ou melhor, os preparativos de uma recepção que acontecerá à noite, na casa de uma socialite cinquentona chamada Clarissa. Sem dúvida, um dia agitado, pois enquanto ela cuida de cada detalhe para a ocasião, ela também recebe uma visita inesperada que lhe desperta antigas lembranças.
Enfim, um vida passada a limpo em aproximadamente 350 páginas que remetem em boa parte as preocupações da própria escritora, uma mulher atormentada que acabou cometendo o suicídio. Em linhas gerais, por intermédio do fluxo de consciência, Mrs. Woolf cria uma prosa labiríntica que no âmago carrega seus problemas mais íntimas. Aliás, a protagonista assemelha-se em alguns aspectos a ela, isto é, afastada dos ideais de mocidade, Clarissa aparenta resignação a velhice que se avizinha e ao casamento por conveniência, assombrado pelo desejo homossexual.
“Mrs. Dalloway” apresenta um interessante retrato da sociedade britânica no entreguerras, inclusive, traz à pauta um tema delicado que ganhou bastante repercussão na época: o estresse pós-traumático. A vítima é o ex-combatente Septimus Smith e o objetivo da escritora era tecer uma severa crítica ao tratamento das doenças mentais, um assunto que ela vivenciara devido a seus próprios problemas psiquiátricos.
Provavelmente, ela sofria de distúrbio bipolar e o desenrolar do romance também traz um inesperado paralelismo entre Virginia e Septimus. Resumidamente, enquanto Clarissa e à luz, o porto seguro de Virginia, ele é a escuridão, as águas lodosas que a convidam para as profundezas da loucura.
Entretanto, é impossível abordar qualquer ficção de escritora, sem mencionar o tempo. Em Miss Dalloway, o filósofo francês Paul Ricoeur afirma que há dos tempos: um reflexivo, feito de considerações e memórias, e outro real ou melhor “monumental”, isto é, “o dia vai sendo marcado pelas badaladas do Big Ben e por todos os relógios e sinos da cidade de Londres”, anunciando a aproximação do “grand finale”: a festa.
Em linhas gerais, Mrs. Dalloway” é um romance que deve ser lido sem pressa e com atenção. Complexo, denso e até mesmo, algumas vezes, cansativo, também é tanto um clássico como uma ousadia literária que merece ser o sucesso e respeito que desfruta.
Nota: O primeiro nome escolhido para esse romance foi "The Hours" ou "As Horas", mas Mrs. Woolf acabou por rejeitá-lo. O escritor norte-americano Michael Cunningham ganhou o prêmio Pulitzer em 1999, com um romance assim intitulado e inspirado em "Mrs. Dalloway". Indico a leitura, assim como vale a pena assistir a adaptação para o cinema. O filme homônimo foi lançado em 2003 e, dirigido por Stephen Daldry, deu o Oscar de Melhor Atriz à Nicole Kidman.
Quanto à edição:
Foi a partir desta narrativa que a escritora rompeu com as convenções formais da literatura, começando a dar forma a uma estética pessoal que usaria em outras obras. Influenciada por Flaubert, Proust e Dostoiévski, Mrs. Woolf distingue-se não só pela escrita elegante, como pelo emprego de uma sintaxe e pontuação peculiares, exigindo da tradução respeito e atenção ao seu estilo. Qualquer tentativa para facilitar a leitura, pode descaracterizar o texto e a escolha de duas tradutoras conhecedoras do seu estilo — Thaís Paiva e Stephanie Fernandes — foi imprescindível para obter um bom resultado.
Como é peculiar à Antofágica, acompanha o romance, recheado de notas, cinco extras que ampliam o entendimento de texto:
* Mapa de um trecho de Londres onde transcorre a história.
* Apresentação por Mellory Ferraz
* Nota da Ilustradora: Sabrina Gevaerd
* Toda A Vida Em Um Só Dia por Ana Carolina Mesquita
* O Êxtase Das Pequenas Coisas por Carola Saavedra
Finalmente, comprei tanto o livro quanto o e-book Miss Dalloway e garanto que a qualidade da editoração e das ilustrações é a mesma, o resultado é irretocável, não há diferença e cabe ao leitor optar sobre qual é de sua preferência. Contudo, aqui cabe um aparte, não li o e-book no Kindle, mas no meu IPad por intermédio do Aplicativo Gratuito de Leitura da Amazon que possibilita visualizar as diferentes cores empregadas, em especial, os belos tona de rosa. 🌹
Virginia Woolf (1882 - 1941) é uma das mais proeminentes figuras do Modernismo na literatura e este romance, lançado em 1925, é considerado sua obra-prima. Curiosamente, ele foi criado a partir de dois contos: um concluído, Mrs Dalloway In Bond Street, e outro inacabado, Prime Minister.
Outro aspecto interessante é que Mrs. Dalloway cobre um único dia, ou melhor, os preparativos de uma recepção que acontecerá à noite, na casa de uma socialite cinquentona chamada Clarissa. Sem dúvida, um dia agitado, pois enquanto ela cuida de cada detalhe para a ocasião, ela também recebe uma visita inesperada que lhe desperta antigas lembranças.
Enfim, um vida passada a limpo em aproximadamente 350 páginas que remetem em boa parte as preocupações da própria escritora, uma mulher atormentada que acabou cometendo o suicídio. Em linhas gerais, por intermédio do fluxo de consciência, Mrs. Woolf cria uma prosa labiríntica que no âmago carrega seus problemas mais íntimas. Aliás, a protagonista assemelha-se em alguns aspectos a ela, isto é, afastada dos ideais de mocidade, Clarissa aparenta resignação a velhice que se avizinha e ao casamento por conveniência, assombrado pelo desejo homossexual.
“Mrs. Dalloway” apresenta um interessante retrato da sociedade britânica no entreguerras, inclusive, traz à pauta um tema delicado que ganhou bastante repercussão na época: o estresse pós-traumático. A vítima é o ex-combatente Septimus Smith e o objetivo da escritora era tecer uma severa crítica ao tratamento das doenças mentais, um assunto que ela vivenciara devido a seus próprios problemas psiquiátricos.
Provavelmente, ela sofria de distúrbio bipolar e o desenrolar do romance também traz um inesperado paralelismo entre Virginia e Septimus. Resumidamente, enquanto Clarissa e à luz, o porto seguro de Virginia, ele é a escuridão, as águas lodosas que a convidam para as profundezas da loucura.
Entretanto, é impossível abordar qualquer ficção de escritora, sem mencionar o tempo. Em Miss Dalloway, o filósofo francês Paul Ricoeur afirma que há dos tempos: um reflexivo, feito de considerações e memórias, e outro real ou melhor “monumental”, isto é, “o dia vai sendo marcado pelas badaladas do Big Ben e por todos os relógios e sinos da cidade de Londres”, anunciando a aproximação do “grand finale”: a festa.
Em linhas gerais, Mrs. Dalloway” é um romance que deve ser lido sem pressa e com atenção. Complexo, denso e até mesmo, algumas vezes, cansativo, também é tanto um clássico como uma ousadia literária que merece ser o sucesso e respeito que desfruta.
Nota: O primeiro nome escolhido para esse romance foi "The Hours" ou "As Horas", mas Mrs. Woolf acabou por rejeitá-lo. O escritor norte-americano Michael Cunningham ganhou o prêmio Pulitzer em 1999, com um romance assim intitulado e inspirado em "Mrs. Dalloway". Indico a leitura, assim como vale a pena assistir a adaptação para o cinema. O filme homônimo foi lançado em 2003 e, dirigido por Stephen Daldry, deu o Oscar de Melhor Atriz à Nicole Kidman.
Quanto à edição:
Foi a partir desta narrativa que a escritora rompeu com as convenções formais da literatura, começando a dar forma a uma estética pessoal que usaria em outras obras. Influenciada por Flaubert, Proust e Dostoiévski, Mrs. Woolf distingue-se não só pela escrita elegante, como pelo emprego de uma sintaxe e pontuação peculiares, exigindo da tradução respeito e atenção ao seu estilo. Qualquer tentativa para facilitar a leitura, pode descaracterizar o texto e a escolha de duas tradutoras conhecedoras do seu estilo — Thaís Paiva e Stephanie Fernandes — foi imprescindível para obter um bom resultado.
Como é peculiar à Antofágica, acompanha o romance, recheado de notas, cinco extras que ampliam o entendimento de texto:
* Mapa de um trecho de Londres onde transcorre a história.
* Apresentação por Mellory Ferraz
* Nota da Ilustradora: Sabrina Gevaerd
* Toda A Vida Em Um Só Dia por Ana Carolina Mesquita
* O Êxtase Das Pequenas Coisas por Carola Saavedra
Finalmente, comprei tanto o livro quanto o e-book Miss Dalloway e garanto que a qualidade da editoração e das ilustrações é a mesma, o resultado é irretocável, não há diferença e cabe ao leitor optar sobre qual é de sua preferência. Contudo, aqui cabe um aparte, não li o e-book no Kindle, mas no meu IPad por intermédio do Aplicativo Gratuito de Leitura da Amazon que possibilita visualizar as diferentes cores empregadas, em especial, os belos tona de rosa. 🌹
A principio, não foi tão fácil ler e entrar no ritmo de Mrs. Dalloway, pois essa prosa com fluxo de consciência - característica da escrita da autora ao romper com a estrutura comum da literatura formal - era novidade para mim.
Mas depois me acostumei e me apaixonei por essa obra. Desde o modo como todo o contexto é explorado - as características da sociedade inglesa - até parte psicológica - seja pela escrita que explora a mente humana, ou seja pelas abordagens sobre os traumas de guerra.
E ler nessa edição maravilhosa é melhor ainda. Diagramação impecável, com várias notas que são super úteis e interessante. Além dessa estética e trabalho artístico que eu amei muito. Super recomendo!
"Ela gostava de ir para o jardim, pois encontrava nas flores uma paz que jamais encontraria nos homens e nas mulheres."
Avaliado no Brasil em 20 de novembro de 2021
A principio, não foi tão fácil ler e entrar no ritmo de Mrs. Dalloway, pois essa prosa com fluxo de consciência - característica da escrita da autora ao romper com a estrutura comum da literatura formal - era novidade para mim.
Mas depois me acostumei e me apaixonei por essa obra. Desde o modo como todo o contexto é explorado - as características da sociedade inglesa - até parte psicológica - seja pela escrita que explora a mente humana, ou seja pelas abordagens sobre os traumas de guerra.
E ler nessa edição maravilhosa é melhor ainda. Diagramação impecável, com várias notas que são super úteis e interessante. Além dessa estética e trabalho artístico que eu amei muito. Super recomendo!
"Ela gostava de ir para o jardim, pois encontrava nas flores uma paz que jamais encontraria nos homens e nas mulheres."
A escrita não tem do que falar, perfeita!
E a aparência é divina, um material de ótima qualidade, folhas amarelas e grossas; capa dura que além de proteger é muito resistente; sem falar do cartão que é tocante (Darkside tem uma concorrente a altura.)
Minha experiência de compra com este vendedor foi excelente e recomendo.
Quanto ao livro não há o que falar. Um clássico perfeito editado pela antofágica que já é uma editora reconhecida pelo seu excelente trabalho gráfico, ilustrações e textos e videoaulas de apoio.
Hoje, felizmente, despido dessa pré-concepção, me permiti iniciar a leitura da obra de Virginia Woolf por "Ms. Dalloway" e só posso dizer que estou deslumbrado. Mais do que o enredo em si, é a forma narrativa da autora que destaca todo o seu poder com as palavras. Como Clarissa Dalloway costurando em sua sala de estar enquanto comanda os preparativos para a festa que dará em sua residência, Virginia Woolf costura com palavras uma teia de sentimentos, paixões e emoções que interliga todas as suas personagens, tudo isso em um espaço temporal de um dia (uma quarta-feira londrina de junho de 1923, para ser mais preciso).
É fascinante como a ausência de linearidade narrativa explorada por Virginia lhe confere a liberdade de muito bem explorar o íntimo de suas personagens, com uma profundidade sentimental peculiar. De fato, esse ir e vir por vezes demanda atenção redobrada do leitor, sendo bastante comum a necessidade de se reler trechos para se compreender sobre qual personagem a autora está narrando. Isso, porém, não atrapalha o ritmo da leitura; em verdade, é um deleite, pois a cada releitura se desvenda, tal como flor desabrochando, a beleza incutida em suas palavras.
"Ms. Dalloway disse que iria ela mesma comprar as flores." (p. 14)