Renata Vasconcellos | Renata Vasconcellos | memoriaglobo

Por Memória Globo

Fabrício Mota/Memória Globo

Renata Vasconcellos saiu direto da universidade para a bancada de um telejornal. Mais do que isso: sua estreia coincidiu com a do primeiro canal de notícias 24h no ar, a GloboNews. A jornalista estreou em 1996, ao lado de Eduardo Grillo no boletim 'Em Cima da Hora' do turno da tarde. De lá para cá, passou pelas bancadas do 'Bom Dia Brasil', 'Jornal Hoje' e 'Fantástico'. A partir de 2005, a jornalista passou a ser apresentadora substituta do 'Jornal Nacional', cuja bancada assumiria oficialmente, ao lado de William Bonner, em 2014.

Além de apresentar o 'Jornal Nacional', Renata Vasconcellos assume a função de editora-executiva do telejornal. É dela a responsabilidade pela elaboração das chamadas exibidas ao longo do dia durante a programação. Os primeiros anos de bancada foram intensos e históricos. Noticiou a crise que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, a série de denúncias envolvendo seu sucessor Michel Temer e o atentado ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, além de duas tragédias socioambientais: Mariana e Brumadinho.

Com a velocidade da internet, hoje, a notícia não espera mais.

EXCLUSIVO MEMÓRIA GLOBO

Entrevista exclusiva da jornalista Renata Vasconcellos ao Memória Globo, sobre o início da sua carreira.

Entrevista exclusiva da jornalista Renata Vasconcellos ao Memória Globo, sobre o início da sua carreira.

Entrevista exclusiva da jornalista Renata Vasconcellos ao Memória Globo, sobre sua trajetória desde a estreia na GloboNews até a apresentação do Bom Dia Brasil na Globo.

Entrevista exclusiva da jornalista Renata Vasconcellos ao Memória Globo, sobre sua trajetória desde a estreia na GloboNews até a apresentação do Bom Dia Brasil na Globo.

Início da carreira

Renata Fernandes Vasconcellos nasceu no Rio de Janeiro em 10 de junho de 1972. Ela e sua irmã gêmea, a estilista Lanza Mazza, são filhas do engenheiro civil Renato da Fonseca Vasconcellos e da advogada Fernanda Saraiva Fernandes. Cursou publicidade e jornalismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Rio de Janeiro e fez estágios em agências de publicidade, até ser aprovada no concurso que selecionou a equipe pioneira da GloboNews.

Da entrada na GloboNews, em 1996, para cá, passou pelas bancadas do boletim 'Em Cima da Hora', mais tarde substituído pelo 'Jornal da GloboNews', do 'Bom Dia Brasil', 'Jornal Hoje' e 'Fantástico'. Desde 2014, apresenta, ao lado de William Bonner, o 'Jornal Nacional'.

A jornalista estreou ao lado de Eduardo Grillo no boletim 'Em Cima da Hora' do turno da tarde. Na GloboNews, Renata Vasconcellos participou de grandes coberturas e perdeu a conta do número de vezes que ficou horas seguidas no ar para narrar os acontecimentos em tempo real. Só em 1997, isso aconteceu com a vinda do Papa João Paulo II ao Brasil, a morte da princesa Diana e a libertação da residência do embaixador japonês no Peru.

A entrada na rede

A primeira aparição de Renata Vasconcellos na Globo foi numa reportagem – a primeira de sua carreira – que fez sobre uma exposição do estilista Yves Saint Laurent. Na matéria, usou alguns dos seus conhecimentos sobre moda, assunto que estudou antes de se dedicar ao jornalismo. Logo foi convidada para apresentar o 'Jornal Hoje' nos plantões de sábado.

Renata Vasconcellos sucedeu Leilane Neubarth na bancada do 'Bom Dia Brasil', ao lado de Renato Machado, em 02 de dezembro de 2002. Em depoimento ao Memória Globo, a jornalista destacou o perfil diferente do telejornal, que lhe permitia desempenhar o papel de âncora, amarrando as reportagens e destacando a importância das notícias. A partir de setembro de 2011, com a transferência de Renato Machado para o escritório da Globo em Londres, passou a dividir a apresentação do telejornal com Chico Pinheiro. Os dois conduziam o programa em parceira com a equipe de comentaristas e com os apresentadores que entravam de Brasília e de São Paulo.

Para a análise dos acontecimentos do Brasil e do mundo, a apresentadora ressaltou a importância de ter especialistas como Miriam Leitão, Alexandre Garcia e Renato Machado, que em 2011 assumiu o posto de comentarista internacional. Renata destacou o formato mais informal do telejornal. O estúdio amplo permitia aos apresentadores circular entre a bancada e o set de entrevistas, montado como uma sala de estar, por onde já passaram convidados tão diferentes quanto a presidente Dilma Rousseff e conjuntos de rock.

O trabalho da jornalista começava bem cedo. Como o 'Bom Dia Brasil' era exibido de segunda a sexta às 7h30, Renata costumava chegar à redação por volta das cinco da manhã. E muitas vezes, já teve que ir para o trabalho ainda mais cedo, como na ocasião das coberturas do tsunami de 2004 no Sudeste Asiático e do acidente nuclear de 2011 no Japão.

Em 29 de abril de 2011, o 'Bom Dia Brasil' começou às 6h50, para mostrar toda a cerimônia do casamento do príncipe William, neto da rainha da Inglaterra e segundo na linha de sucessão para o trono britânico, com Kate Middleton. Com a ajuda de comentaristas convidados, Renata Vasconcellos e Renato Machado explicaram em detalhes a cerimônia real, com direito à análise das roupas e das joias dos noivos e convidados.

Por vários anos, Renata Vasconcellos produziu para o 'Bom Dia Brasil' a coluna 'Coisas do Gênero', com matérias sobre comportamento feminino, que abordavam assuntos como moda, mulheres de 50 anos e a relação de avós com os netos.

A partir de 2005, a jornalista passou a ser apresentadora substituta do 'Jornal Nacional'. Em janeiro de 2011, quando ocorreu a tragédia causada pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, ela estava cobrindo as férias de Fátima Bernardes. Renata ancorou o telejornal de Teresópolis, em cima de uma tábua colocada sobre os escombros, tendo como cenário a completa destruição da área. Renata relembra: “Foi um evento que pegou de surpresa todo mundo. Até porque foi chuva atípica, um volume de chuva incomensurável. Fui mandada para lá na manhã seguinte e, ao longo do dia, vimos a dimensão daquela tragédia. Todos os jornais de rede ancoraram do local. Durante o dia, fazia matérias que entrariam no ar no 'Jornal Nacional', enquanto à noite eu ancorava o jornal. Foi o pior desastre natural da história da região serrana. Havia lugares completamente devastados, um cenário de destruição completa. As pessoas viravam errantes, porque não tinham para onde ir. Foi dramático. A gente montou um cenário para fazer ao vivo a ancoragem, no meio da lama e escombros… Entrei de Teresópolis, uma das cidades mais atingidas. Foi uma experiência muito importante para mim”.

Renata Vasconcellos ganhou pela primeira vez o Prêmio Comunique-se em 2009. Tornaria a vencer a premiação dois anos depois e em 2013. Nas três ocasiões, foi eleita a melhor âncora de TV.

'Fantástico'

A partir de 6 de outubro de 2013, a jornalista trocou as manhãs dos dias de semana pelas noites de domingo. Ela assumiu a apresentação titular do 'Fantástico', formando dupla com Tadeu Schmidt. Essa não foi sua primeira experiência no programa: já havia produzido um quadro de serviços ao consumidor em 2000.

Fantástico: Estreia de Renata Vasconcellos (2013)

Fantástico: Estreia de Renata Vasconcellos (2013)

No 'Jornal Nacional'

No dia 15 de setembro de 2014, Patrícia Poeta anunciou, no final da edição do 'Jornal Nacional' daquele dia, que em novembro deixaria a bancada do telejornal para se dedicar a um projeto no entretenimento. Com isso, a partir do dia 3 de novembro, Renata Vasconcellos passou a dividir a bancada do 'JN' com William Bonner, acumulando a função de editora-executiva.

Jornal Nacional: Estreia de Renata Vasconcellos (2014)

Jornal Nacional: Estreia de Renata Vasconcellos (2014)

Os primeiros anos na bancada do 'JN' foram intensos. “Com a velocidade da internet, hoje, a notícia não espera mais”, afirma ela, que é responsável pela elaboração das chamadas exibidas ao longo do dia durante a programação. “Num dia normal, são três chamadas. Mas já chegamos a entrar de dez em dez minutos”, conta Renata que, logo nos primeiros dois anos, testemunhou eventos históricos. Da bancada, noticiou a crise que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, a série de denúncias envolvendo seu sucessor Michel Temer e o atentado ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, além de duas tragédias socioambientais: Mariana e Brumadinho.

A eleição presidencial de 2018 foi um desafio para Renata Vasconcellos. Além do atentado sofrido por Bolsonaro, a jornalista comandou, ao lado de William Bonner, as entrevistas com candidatos na bancada do jornal.

Eu já havia coberto outras eleições em outros telejornais, mas as entrevistas do JN são peculiares. Elas muito esperadas, pela sua importância e pela seriedade com que são tratadas. São entrevistas ao vivo em que todos os candidatos são cobrados.

Mas o período não se destacou apenas pelos momentos de tensão. Ao lado de Galvão Bueno, Renata ancorou os dois eventos esportivos mais importantes do mundo. “A Olimpíada de 2016 no Rio foi a minha primeira grande cobertura de esporte. Logo no 'Jornal Nacional', uma tremenda responsabilidade!”. De um estúdio montado no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, viveu a emoção de entrevistar medalhistas brasileiros, como a judoca brasileira Rafaela Silva, as duplas de vôlei de praia Ágata e Bárbara e Alison e Bruno, e os canoístas Isaquias Queiroz e Erlon de Souza, primeiros ganhadores do país na modalidade.

Dois anos depois, na Copa do Mundo da Rússia, pôde sair um pouco da rotina de bancada ao ir às ruas de Moscou para fazer matérias: “Foi outra experiência incrível. Você se permite literalmente viajar, não só fisicamente. Você se permite ter um olhar mais descansado, mais livre e criativo para o que está acontecendo em volta”.

William Bonner e Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional nos bastidores da entrevista do candidato à presidência da República, Fernando Haddad, 2018. — Foto: Renato Velasco/Memória Globo

Fontes

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