20 anos de Homogenic Pular para o conteúdo principal

20 anos de Homogenic


Em 22 de Setembro de 1997, Björk lançou mais um álbum icônico para a sua coleção que já era repleta de clássicos. Pegue seus fones de ouvido e escolha sua plataforma musical preferida e acompanhe uma matéria especial sobre os 20 anos de "Homogenic".


  Comercial do álbum

CURIOSIDADES:

- O disco foi gravado no estúdio "El Cortijo" de Trevor Morais, localizado no sul da Espanha
- Para a edição japonesa de "Homogenic",  "Jóga (Howie B Version)", "Immature" (Björk’s Version), "So Broken", "Nature Is Ancient" e "Jóga (Alec Empire Mix)" serviram de bônus track.
- "Jóga" também é o nome de uma das melhores amigas de Björk.
As letras em braille na capa e no encarte do CD single/Boxset de "Alarm Call" não significam absolutamente nada.
- Um livro especial em comemoração aos 20 anos de "Homogenic" será lançado em Outubro deste ano. 
- O incrível documentário do programa de TV "South Bank Show" foi exibido na época do lançamento do álbum e é Imperdível! 
Björk veio ao Brasil em Agosto de 1998 com a turnê de "Homogenic" como parte do festival "Close-Up Planet". A cantora se apresentou no Rio de Janeiro. O show em São Paulo foi cancelado após o palco ter desmoronado.
- O DVD da "Homogenic Tour", "Live in Cambridge", foi lançado em Novembro de 2001.

A CAPA:



"Este personagem representa alguém que nunca quis e nunca teve uma uma vida fácil (...) Eu tinha acabado de fazer dois álbuns, "Debut" e "Post", viajado pelo mundo e feito entrevistas me tornando meio que uma representante da Islândia. E existia aquele clichê, como se eu fosse um elfo, o que não é verdade, sabe? Eu fui para a Espanha e escrevi este álbum. Eu queria que as cordas soassem como vulcões. Para mim, é um disco muito patriótico. Quando estou na Islândia, sou cosmopolita, enquanto quando estou em Nova York, eu sou a pessoa islandesa. É um contraste interessante. 

Minha ideia era chamar o álbum de "Homogenic", que é sobre eu ser de um lugar, mas ao mesmo tempo de outros 10 diferentes. 

Então, aquilo na capa é como uma pessoa indígena, mexicana, japonesa, uma manicure europeia, usando lentes de contato que fizeram parecer com que os olhos fossem de algum tipo de robô. Estávamos tentando criar uma rainha guerreira. Também foi ideia de Alexander McQueen". (Time, março de 2015).

Capa: Alexander McQueen // Foto: Nick Knight // Equipe de Design: MeCompany // Composições: Björk, Sjón, Guy Sigsworth, Mark Bell // Programação: Mark Bell, Markus Dravs, Richard Brown, Marius De Vries, Howie B // Arranjos de Cordas: Eumir Deodato, Björk // Produção: Björk, Guy Sigsworth, Mark Bell, Howie B.

AS CANÇÕES:

"Jóga": Lançada como o 1° single do álbum. 

"Nunca estive tão longe da Islândia, então, quando comecei a me preparar para "Homogenic", era meio óbvio que deveria ser um álbum de amor para a natureza da Islândia. Aprendi o suficiente sobre estúdios para fazer música pop islandesa moderna. Não é música islandesa tentando ser inglesa ou americana. Com "Jóga", eu realmente tinha uma espécie de hino nacional em mente. Não o hino nacional em si, mas algumas canções islandesas clássicas". (Record Collector, agosto de 2002).


"Bachelorette": Lançada como o 2° single do álbum.

"Porque eu queria que a letra dessa canção fosse épica, pedi ao meu amigo Sjón, que é um poeta na Islândia, para me ajudar a escrevê-la. Nós nos sentamos juntos em frente a mesa da cozinha e bebemos muito vinho tinto e eu lhe contei toda a história que eu havia pensado". (Record Collector, agosto de 2002).
 
"É como uma continuação de "Isobel", que decide voltar para a cidade ao pegar um trem, como nos anos 30, na América do Sul ou em algum outro lugar. Ela decide confrontar o amor com o amor e confronta os covardes que não têm coragem de se apaixonar pelo o que é o amor". (Paper Magazine, setembro de 1997).


  
"Hunter": Lançada como o 3° single do álbum.

"Eu acho que essa música é sobre quando você tem muitas pessoas que trabalham para você, e por isso é importante escrever músicas ou elas ficarão desempregadas, sabe? Na maioria dos casos, é inspirador, mas nessa canção em particular eu estava chateada e pronta para uma pausa, mas não parecia justo com quem eu trabalhava na época". (Record Collector, agosto de 2002).



"Alarm Call": Lançada como o 4° single do álbum.

"Eu acredito no poder da música para mudar as coisas. Às vezes eu sinto que sou a única pessoa que acredita nisso". (Record Collector, agosto de 2002). 

Esta música seria uma homenagem a Michael Jackson, de quem Björk sempre foi uma grande fã.



"Unravel": Uma das canções que mais esteve presente nos setlists de shows da islandesa. Ganhou um vídeo especial usado como backdrop na "Greatest Hits Tour" (2003):



"All Neon Like": Uma versão espetacular desta canção esteve presente na "Vulnicura Tour" e fã que é fã não pode deixar de conhecer:





"5 Years": Entre as favoritas dos fãs, já foi apresentada 113 vezes nos shows de Björk:





"Immature": How could I be so immature to think he would replace the missing elements in me? How extremely lazy of me... A gente começa a se tremer só com a letra dessa música.



"Pluto": Uma bela canção para encerrar um grande show! Quem aí arrisca uns passinhos ou colocá-la como despertador? Rs.




"All is Full of Love": Lançada como o 5° e último single do álbum, ganhou um dos videoclipes mais incríveis e amados da carreira de Björk:

"A versão original seria usada no vídeo, mas decidi perguntar a Howie B se ele podia fazer uma que capturasse a atmosfera de quando o sol aparece depois de uma tempestade". (Entrevista presente no encarte de "Livebox", agosto de 2003).

"Eu acho que acordar na Espanha por 6 meses e com poucas pessoas ao meu redor era muito solitário. Essa música é sobre quando você foi muito teimoso ao dar uma direção particular ao amor". (bjork.com webchat, junho de 2000). 


"
Na mitologia islandesa, existe uma história onde os deuses ficam agressivos e o mundo explode e tudo morre, e então o sol aparece e tudo começa de novo. "All is Full of Love" é a última faixa e vem logo após "Pluto", que representa a morte. "All is Full of Love" é como os pássaros que saem após uma grande tempestade. De certa forma, na minha cabeça, "All Is Full Of Love" é a primeira música no "Vespertine". (Record Collector, agosto de 2002).



via bjork.fr 

Postagens mais visitadas deste blog

Björk explica antiga declaração sobre bissexualidade

- Anos atrás, falando em sexualidade fluida, você declarou que escolher entre um homem e uma mulher seria como "escolher entre bolo e sorvete". O que você acha disso hoje? "Acho que foram os anos 90, mas é uma frase tirada de contexto. Era um discurso muito maior. Ainda acredito que somos todos bissexuais em certo grau, cerca de 1%, cerca de 50% ou 100%, mas nunca compararia gênero com comida, isso seria desrespeitoso. Havia muitos repórteres homens na época, que queriam me pintar como uma "elfo excêntrica". Eles colocavam palavras na minha boca que eu não disse. Infelizmente, não havia muitas jornalistas mulheres. A boa notícia é que agora as coisas mudaram muito! É um mundo totalmente diferente, não comparável [ao da época]. Felizmente, muito mais mulheres escrevem artigos e há mais musicistas". - Björk em entrevista para Vanity Fair, março de 2023.

Debut, o primeiro álbum da carreira solo de Björk, completa 30 anos

Há 30 anos , era lançado "Debut", o primeiro álbum da carreira solo de Björk : "Esse disco tem memórias e melodias da minha infância e adolescência. No minuto em que decidi seguir sozinha, tive problemas com a autoindulgência disso. Era a história da garota que deixou a Islândia, que queria lançar sua própria música para o resto do mundo. Comecei a escrever como uma estrutura livre na natureza, por conta própria, na introversão". Foi assim que a islandesa refletiu sobre "Debut" em 2022, durante entrevista ao podcast Sonic Symbolism: "Eu só poderia fazer isso com algum tipo de senso de humor, transformando-o em algo como uma história de mitologia. O álbum tem melodias e coisas que eu escrevi durante anos, então trouxe muitas memórias desse período. Eu funcionava muito pelo impulso e instinto". Foto: Jean-Baptiste Mondino. Para Björk, as palavras que descrevem "Debut" são: Tímido, iniciante, o mensageiro, humildade, prata, mohair (ou ango

Björk e a paixão pelo canto de Elis Regina: "Ela cobre todo um espectro de emoções"

"É difícil explicar. Existem várias outras cantoras, como Ella Fitzgerald , Billie Holiday , Edith Piaf , mas há alguma coisa em Elis Regina com a qual eu me identifico. Então escrevi uma canção, Isobel , sobre ela. Na verdade, é mais uma fantasia, porque sei pouco a respeito dela".  Quando perguntada se já viu algum vídeo com imagens de Elis, Björk respondeu:  "Somente um. É um concerto gravado no Brasil, em um circo, com uma grande orquestra. Apesar de não conhecê-la, trabalhei com ( Eumir ) Deodato e ele me contou várias histórias sobre ela. Acho que tem algo a ver com a energia com a qual ela canta. Ela também tem uma claridade no tom da voz, que é cheia de espírito.  O que eu gosto em Elis é que ela cobre todo um espectro de emoções. Em um momento, ela está muito feliz, parece estar no céu. Em outro, pode estar muito triste e se transforma em uma suicida".  A entrevista foi publicada na Folha de São Paulo , em setembro de 1996. Na ocasião, Björk divulgava o

Saiba tudo sobre as visitas de Björk ao Brasil

Relembre todas as passagens de Björk por terras brasileiras! Preparamos uma matéria detalhada e cheia de curiosidades: Foto: Reprodução (1987) Antes de vir nos visitar em turnê, a cantora foi capa de algumas revistas brasileiras sobre música, incluindo a extinta  Bizz,  edição de Dezembro de 1989 . A divulgação do trabalho dela por aqui, começou antes mesmo do grande sucesso e reconhecimento em carreira solo, ainda com o  Sugarcubes . 1996 - Post Tour: Arquivo: João Paulo Corrêa SETLIST:  Army of Me One Day The Modern Things Venus as a Boy You've Been Flirting Again Isobel Possibly Maybe I Go Humble Big Time Sensuality Hyperballad Human Behaviour The Anchor Song I Miss You Crying Violently Happy It's Oh So Quiet.  Em outubro de 1996, Björk finalmente desembarcou no Brasil , com shows marcados em São Paulo (12/10/96) e no Rio de Janeiro (13/10/96) , como parte do Free Jazz Festival . Fotos:  André Gardenberg, Folhapres

Björk nega história envolvendo o músico argentino Charly Garcia: "Não sei quem é"

O livro "100 veces Charly" compila histórias que ocorreram na vida de Charly Garcia . Um desses relatos foi muito comentado ao longo dos anos. Após uma apresentação da "Volta Tour" na Argentina, o cantor e compositor teria tentado chamar a atenção de Björk em um jantar. Foi relatado que o músico era um grande fã e queria algum tipo de colaboração musical. Estava animado em conhecê-la, e junto de sua equipe descobriu o lugar que ela estaria e foi até lá para tentar tocar com ela e outros músicos argentinos. Pedro Aznar, Gaby Álvarez, Gustavo Cerati e Alan Faena. No entanto, Björk não apareceu de imediato e ficou em seu camarim no Teatro Gran Rex. Algumas horas depois, ela quis sair para comer. Assim, uma longa mesa foi montada para ela, sua equipe e banda. E então os músicos argentinos se juntaram a eles. Apesar das tentativas de Charly de iniciar uma conversa, Björk o teria ignorado completamente, conversando apenas com a amiga islandesa ao lado dela. A história fo