Qual a origem das palavras “Rosário” e “Terço”?

Fotos: Thiago Leon

A12 explica a razão para chamarmos dessa forma, as populares orações cristãs ao pedir a intercessão da Virgem Maria

Por Escrito por Alberto Andrade / A12 Redação

“Rezem o Rosário todos os dias para alcançar a paz no mundo e o fim da guerra”.

Esta foi a primeira mensagem da Virgem de Fátima no primeiro dia das aparições aos pastorinhos, em 13 de maio de 1917. Na segunda aparição, Nossa Senhora apareceu depois que eles rezaram o Santo Rosário.

E na terceira ocasião, a Mãe de Deus lhes disse:

“Quando rezarem o Rosário, digam depois de cada mistério: ‘Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai todas as almas ao céu, especialmente as mais necessitadas’”.

Desta forma, entendemos que nossa Mãe do Céu sempre desejou que pudéssemos contemplar os mistérios do terço, meditando toda a vida pública de Jesus Cristo, Seu nascimento até Sua morte e ressurreição. Ela apresentou o Rosário a São Domingos de Gusmão em 1214, como forma de enfrentar as heresias da época.

Mas muitos ainda se perguntam: Por que utilizamos as palavras “Rosário” e “Terço” para orar à Virgem Maria?

O significado para “Rosário” tem como origem o costume de alguns povos em oferecer coroas de rosas à sua rainha. Assim, os cristãos transferiram esta ação para Nossa Senhora, a Rainha do Céu e da Terra: oferecemos uma coroa de 150 rosas, as Ave-Marias.

Desta forma, foi atendido o pedido de Maria para que São Domingos rezasse um rosário, pois antigamente era rezado com 150 salmos. Como as pessoas dificilmente sabiam os salmos de cabeça, então começaram a rezar com o Pai-Nosso e as Ave-Marias.

Durante muito tempo, tivemos apenas três grupos de mistérios: os gozosos, dolorosos e gloriosos. É neste contexto que surge o termo “terço”: podíamos rezar o rosário inteiro ou um terço dele a cada dia. Por isso, foi consolidada a tradição de orarmos em dias específicos: às segundas e sábados, os mistérios da alegria (gozosos); às terças e sextas, a Paixão e Morte de Cristo (dolorosos); às quartas e domingos a vitória de Cristo e da participação de Maria nela (gloriosos).

Como ainda não estava sendo abordada a vida pública de Jesus e Sua pregação, São João Paulo II, em 16 de outubro de 2002, acrescentou os cinco mistérios da luz (luminosos). Assim, o Santo Rosário passou a ter 200 Ave-Marias (duzentas rosas) e cada série de cinco mistérios passa a ser um quarto. Mas, pela força da tradição, continuamos a dizer que podemos rezar um Terço ou um Rosário.

Ao final de cada Terço, ou após o Rosário completo, estamos acostumados a rezar a Salve-Rainha, pois assim dedicamos diariamente flores a Maria, com toda nossa fé, esperança e caridade. E como neste artigo do Irmão André Luiz, C.Ss.R., da Academia Marial, pedimos “que Ela os apresente ao seu divino Filho e, assim, no jardim da virtude humana, o Criador volte a passear (Gn 3,8) por entre as flores espirituais colhidas pelo Rosário”.

Por isso, o Rosário é uma devoção mariana legítima, ajudando a todos nós fiéis a adorarem a Deus, venerarem a Mãe e contemplarem os mistérios da vida de seu Filho Jesus. Devemos orar sempre com o coração aberto e com uma boa preparação, para assim ofertarmos as rosas à Rainha do Céu e da Terra.

Padre Antônio Maria orienta que rezar o Terço é essencial para nossas famílias

Artigo anteriorSanto do dia 15 de maio: Santo Isidoro
Próximo artigoTerceira Idade: Apoio familiar é essencial para se enfrentar o envelhecimento