História Protect Her - Winrina - Capítulo quatro - História escrita por softapple_ - Spirit Fanfics e Histórias
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História Protect Her - Winrina - Capítulo quatro


Escrita por: softapple_

Capítulo 4 - Capítulo quatro


Enquanto dirigia, Minjeong olhou de relance para a mulher sentada ao seu lado.

Jimin estava quieta e um pouco encolhida no banco, observando a paisagem em silêncio desde que elas entraram no carro da Kim. Como a investigadora ainda não conhecia os gostos da morena, ela optou por deixar o rádio desligado o percurso todo.

Querendo ter uma garantia maior de que não estavam sendo seguidas, a Kim virou o volante, pegando um atalho para a mansão da modelo. Jimin estava tão absorta em seus pensamentos que nem ao menos notou a mudança de direção que o Audi A8 preto tomou depois que elas passaram pelo quebra-molas.

Minjeong se lembrava que mais cedo a Yu havia dito que não se incomodava com seu toque, mas ela resistiu ao impulso de segurar a mão de Jimin para a confortar. Não queria ser intrusiva de forma alguma, muito menos deixar a modelo desconfortável com alguma ação sua.

Apesar de ter isso em mente, seu coração insistia que ela deveria fazer algo, nem que fosse um gesto mais simples. Ela não queria ver a Yu triste. Por isso pensou em algo para distrair a mais velha.

— Qual é a sua cor favorita?

— O que? — Jimin olhou na direção da investigadora, as sobrancelhas franzidas em confusão com a pergunta repentina.

— É que... Somos um casal de mentira por um curto período de tempo, temos que nos conhecer em alguns aspectos para não levantarmos suspeitas. — Minjeong disse depois de pensar em uma resposta plausível o suficiente para convencer a modelo. — Então, agora que estamos a sós, é hora das perguntas.

Minjeong abriu um pequeno sorriso, incentivando silenciosamente a Yu a participar daquilo.

Aquilo fez Jimin relaxar os ombros — ela nem mesmo tinha percebido que seus músculos estavam tensionados até aquele momento. A mais velha pensou por alguns segundos antes de virar o rosto na direção da Kim para dar sua resposta.

— Gosto da cor azul. E você?

— Preto. — Minjeong sorriu, contente por conseguir fazer Jimin interagir com ela. — Fique à vontade para fazer perguntas também. Prometo que vou responder todas elas.

— Mesmo?

— Sim.

— Ok, então... Quanto você tem de altura?

— Sério isso? — Minjeong olhou brevemente para a mais velha com a sobrancelha arqueada.

— Sim. — Jimin deu de ombros, segurando um sorrisinho. — Acho que pode ter alguma situação em que pode ser necessário eu saber a altura da minha namorada, não é?

A Kim resmungou com aquela desculpa boba, mas respondeu mesmo assim.

— 1,66.

— Ah, é? Eu tenho 1,70! — Jimin disse animada.

— Está se gabando por apenas 4 centímetros de diferença, sério?

— Sim, minha pequena guarda-costas, estou.

Minjeong revirou os olhos, pressionando os lábios um no outro para não sorrir da mesma maneira que a Yu.

— Minha vez. — Minjeong batucou os dedos no volante, pensando um pouco. — Gênero de filme e série favorito?

— Romance e ação. E você? Gosta de algum desses também?

— Romance não é a minha praia, só ação. Também tenho preferência por suspense e terror slasher.

— Entendi. E qual é a sua idade?

— Fiz 24 anos no começo do ano.

Um sorrisinho, dessa vez convencido, surgiu nos lábios de Jimin. Ao ver aquele sorriso, Minjeong já sabia que escutaria mais alguma provocação da mulher, mas aquilo estava sendo melhor do que o silêncio anterior.

— Eu sou mais velha! Tenho 26 anos, gracinha.

— É, eu sei. — Minjeong soltou um riso nasal. — Estava na sua ficha.

— Minha ficha? Você me estudou antes de nos conhecermos? — Jimin perguntou com um sorrisinho malicioso. — É minha fã por acaso?

— Convencida. — Minjeong revirou os olhos, o sorriso não abandonando seus lábios. — Se quer saber, eu só tive acesso a algumas informações básicas sobre a princesa que vou proteger. Afinal, você não dá muitas entrevistas e sua mãe forneceu só o necessário quando entramos em contato com ela.

— Entendi. — Jimin virou o corpo o máximo que conseguiu na direção da Kim. — Já foi guarda-costas antes, investigadora Kim?

— Já, senhorita Yu. — Minjeong respondeu de um jeito brincalhão.

— Resposta muito vaga. — Jimin estreitou os olhos. — Quem você protegeu? Já se envolveu romanticamente com alguém como nos filmes?

A Yu, na verdade, estava mais curiosa para saber a resposta da segunda pergunta.

— Quanta imaginação. — Minjeong riu soprado.

— Me conta, por favor, sou curiosa. — Jimin deu um tapinha fraco na coxa da mulher mais nova.

— Ouch, cada vez mais agressiva. — Minjeong fez um beicinho, fingindo que aquilo tinha doído.

— Minjeong... Para de fugir da minha pergunta. — Jimin balançou o joelho da mais nova de leve. — Você prometeu que ia responder todas as minhas perguntas!

— Ok, ok. — Minjeong umedeceu os lábios para segurar o sorriso. — Não, nunca me envolvi com ninguém. Nem colega, nem alguém que protegi.

Por Minjeong ser uma mulher encantadora, Jimin ficou surpresa com a resposta. E algo em seu íntimo queria muito que ela desse um sorriso satisfeito com aquilo, mas a Yu se segurou.

Seria tão difícil assim conquistar o coração de Kim Minjeong? Jimin pensou consigo mesma que talvez, só talvez, ela quisesse descobrir a resposta daquela pergunta por conta própria.

— E quem você protegeu antes de mim?

— A atriz Jang Wonyoung, porque ela foi testemunha de um crime como você sabe, e também protegi a filha do presidente, Hong Eunchae. — Minjeong balançou a cabeça em negação, soltando uma risada baixa quando surgiu algumas lembranças em sua mente. — Aquela loirinha tem cara de anjinho mas é uma pestinha! Me deu um belo de um trabalho ficar de babá daquela garota quando ela tinha 16 anos.

— Uau, então você é bem... — Jimin ficou alguns segundos pensando na palavra certa. — Competente.

— Sou a melhor do meu departamento, sem querer me gabar. — Minjeong sorriu convencida, trocando um breve olhar com a Yu.

Quando a Kim parou o veículo por causa do sinal vermelho, os olhos de Jimin pararam no revólver colocado estrategicamente embaixo da coxa da mulher mais nova.

— Seu trabalho é difícil... — Jimin comentou.

— É sim. — Minjeong percebeu para onde a Yu olhava. — Se não estiver secando minhas coxas, pode fazer a pergunta que quer fazer.

— Não estava te secando! — Jimin desviou o olhar, envergonhada, o que fez a Kim rir.

— Pode perguntar, princesa, isso está estampado na sua cara. — Minjeong falou assim que começou a dirigir novamente.

Jimin se remexeu no assento, virando o corpo totalmente para frente.

— Você já matou alguém?

A modelo percebeu uma breve expressão sombria surgindo no rosto da investigadora. Mas foi rápido. Em questão de segundos, um sorrisinho para deixar o clima leve já se formava em seus lábios.

— Não vou mentir para você. A resposta é sim. — Minjeong respondeu, ela mesma se surpreendendo com sua sinceridade. — Por quê? Você... por acaso quer que eu mate ele? — perguntou, querendo mudar o foco da conversa.

— Eu seria uma pessoa ruim se disse que sim? — Jimin respondeu meio incerta, seus dedos se movimentando nervosamente no estofado do banco.

O enorme portão duplo da mansão se abriu no instante que Minjeong apertou o botão do controle. Ela adentrou o carro no lugar, seus olhos sempre atentos em todas as direções, até que o portão se fechasse atrás delas.

— Não, Jimin, isso não te tornaria uma pessoa ruim. — disse Minjeong depois que percorreram o jardim e pararam o veículo na garagem, ao lado do carro vermelho da Yu.

Jimin assentiu com a cabeça, lentamente.

— Você... — Jimin alternou seu olhar entre a grande casa e a Kim. — Você vai ficar, não é?

— Pelo jeito a Yizhuo não comentou com você sobre isso também. — Minjeong retirou o cinto de segurança e virou seu corpo na direção da modelo. — Pode ficar tranquila. Como sua guarda-costas, eu vou morar com você até pegarmos ele. E a Aeri vai ficar na casa da Yizhuo cuidando da segurança dela.

A Yu não conseguiu esconder seu alívio ao escutar aquilo.

— Você ficou cuidando de mim a noite toda, conseguiu arrumar suas coisas?

— Não, minhas malas ainda estão no porta-malas. — Minjeong apontou para a traseira de seu carro com o polegar.

— Ok, eu te ajudo então. — A modelo sorriu.

Jimin retirou seu cinto de segurança e saiu do veículo acompanhada da investigadora. Cada uma pegou uma mala de rodinhas e seguiram juntas para dentro da enorme mansão. Como não havia nenhum empregado circulando pela casa, e pelo que Yizhuo informou, apenas alguns funcionários iam ali cuidar da casa e do jardim em dias específicos, Minjeong não conseguiu evitar pensar o quanto deveria ser solitário viver sozinha em uma casa tão grande como aquela. Se era o que Jimin sentia, ela escondia muito bem.

— Jimin, você está segura aqui. — disse Minjeong ao ver que Jimin não desgrudava dela desde que deixaram as malas na sala. Elas veriam o quarto mais tarde, pois ambas estavam com fome. — Mas, se te deixa mais tranquila, pega uma muda de roupa e se troque no banheiro aqui debaixo. Eu estarei na cozinha. Vou estar perto de você, qualquer problema é só me chamar.

— Certo.

— O que gosta de comer? — Minjeong sorriu para tentar deixar a Yu menos preocupada. — Serei sua chefe de cozinha hoje.

— Aceito qualquer sugestão. — Jimin também sorriu. — Não faço dieta, nem nada do tipo. Pode fazer qualquer coisa.

— Ok, senhorita Yu. Estarei as suas ordens. — Minjeong piscou um olho para a modelo e saiu a caminho da cozinha.

Enquanto a Yu trocava de roupa, Minjeong começou a vasculhar os armários e a geladeira, a procura de ingredientes. A mulher colocou as mãos na cintura, anotando mentalmente em fazer algumas compras para poder ter mais variedade de escolha quando fosse cozinhar.

— Como diz dona Tiffany, temos que trabalhar com o que temos. — disse a Kim para si mesma colocando o avental bege que encontrou pendurado ao lado da geladeira.

Minjeong começou a pegar algumas batatas, cenouras, cebolas e alhos. Iria fazer eles assados com frango depois de temperá-lo com alecrim e azeite. Separou os ingredientes em cima da pia e os lavou com cuidado, um por um. Descascou e os cortou, colocando todos temperados com um pouco de sal em uma grande forma untada com azeite. Enquanto temperava o frango, deixou o forno ligado para o pré-aquecer.

Assim que fechou o forno pré-aquecido, começou a limpar a bagunça e foi atrás de uma panela grande.

Ao que observava a água dentro da panela começando a esquentar, ela percebeu Jimin se sentando em um banquinho. A modelo agora usava roupas largas e confortáveis, e não tinha mais nenhum resquício de maquiagem no rosto. Minjeong não conseguiu evitar pensar em como Jimin estava linda.

— Gosta de cozinhar? — Jimin perguntou, colocando os cotovelos em cima da bancada de mármore enquanto observava a Kim com fascínio.

— Sim, cozinho bastante lá em casa. Aprendi com a minha mãe Tiffany. — Minjeong sorriu para a Yu. — E você? Gosta de se aventurar na cozinha?

— Eu me viro. — Jimin deu de ombros. — Pelo menos ninguém nunca reclamou ou morreu intoxicada pela minha comida.

— Isso é um ponto positivo.

As duas deram risada juntas.

Quando as risadas cessaram, a campainha tocou, e isso fez as duas arrumarem a postura e trocarem olhares.

— Está esperando alguém? — Minjeong perguntou, levando instintivamente a mão até o revólver em sua cintura.

— Não... — Jimin se levantou para ir até o hall de entrada, para averiguar na câmera de segurança quem seria. — Ah, pode relaxar. São só as minhas mães. — Minjeong retirou a mão do revólver no mesmo instante. — Vou abrir o portão para elas entrarem.

A investigadora engoliu em seco e coçou a parte de trás da nuca, de repente se sentindo nervosa ao ter que conhecer as mães da Yu naquele momento.

— Preciso fazer mais molho para o macarrão... — Minjeong sussurrou para si mesma, se virando para começar o preparo do molho branco.

Nesse meio tempo, enquanto a investigadora Kim terminava de fazer o almoço, repetindo diversas vezes em sua cabeça que não tinha motivo nenhum para ela ficar nervosa — céus, nem mesmo para conhecer o presidente ela ficou nervosa daquele jeito —, as mães de Jimin eram recebidas pela filha.

— Que cheiro bom é esse? — Seulgi perguntou baixinho para Jimin enquanto elas seguiam juntas para a cozinha.

— Minjeong está cozinhando. — Jimin respondeu.

— Sua guarda-costas, além de bonita, parece que cozinha bem. — Joohyun comentou. — Ela tem a idade perto da sua, aliás. Já sabe se ela está solteira, filha?

— Mamãe! — Jimin repreendeu a mulher.

— O que foi? — Joohyun se fez de desentendida quando adentraram no cômodo.

Jimin balançou a cabeça em negação, agradecendo mentalmente por Minjeong não ter escutado aquilo. A modelo deu um tapinha fraco no ombro de Seulgi, pedindo para ela parar de rir e ajudar ela para que Joohyun não dissesse nada de constrangedor na frente da investigadora. A loira cobriu a boca com a mão para esconder o sorriso e assentiu com a cabeça, deixando Jimin levemente desconfiada de que ela na verdade não faria nada.

— Jimin, onde estão os pratos... Oi! — Minjeong sorriu, tentando não parecer nervosa, ao ver as duas mulheres mais velhas. — Prazer, sou Kim Minjeong, guarda-costas da sua filha.

Minjeong estava finalizando os preparativos quando as mães de Jimin apareceram para a cumprimentar, com dois investigadores logo atrás delas.

— Deixa que eu te ajudo. — Jimin seguiu até um armário, pegando os pratos branquinhos para colocá-los em cima da bancada. — Quantos pratos eu coloco? — perguntou, se referindo aos dois colegas de Minjeong acompanhando suas mães.

— Gaeul e Minhyuk, vocês já almoçaram? — Minjeong perguntou para seus colegas.

— Agradecemos, mas almoçamos mais cedo, investigadora Kim. — O Lee respondeu com um breve sorriso. — Vamos aproveitar e dar uma volta no perímetro.

— Tudo bem, mas tomem cuidado e qualquer coisa me alertem.

Os dois assentiram e deixaram as mulheres sozinhas no cômodo.

Com a ajuda de Minjeong, a Yu arrumou a mesa.

— Elas não formam um belo casal? — Joohyun comentou com Seulgi.

— Jimin vai ficar com vergonha se te escutar. — A loira riu baixinho.

— E daí? — Joohyun sorriu. — Elas têm uma química boa, já deu para notar isso.

— Vamos conversar com a Minjeong durante o almoço para ver se ela pode ser aprovada. — Seulgi tentou fazer uma cara séria, mas isso arrancou mais uma risada baixa de sua esposa, que disse que ela não metia medo em ninguém com aquela carinha.

Minjeong olhou para Jimin, percebendo que ela estava sorrindo ao olhar para as duas mulheres mais velhas conversando e rindo baixinho.

— Elas são fofas. — Minjeong comentou em voz baixa, chamando a atenção da modelo.

— São sim. E elas se amam muito. — Jimin soltou um pequeno suspiro. — Quero viver isso um dia.

Aproveitando que as mais velhas estavam distraídas, Minjeong sorriu para Jimin, esticando a mão para segurar a mão dela parada em cima da bancada. A Yu não recuou, e acabou sorrindo com o gesto da Kim.

— Você vai viver isso um dia. — disse Minjeong.

— Como pode ter certeza? — Jimin perguntou genuinamente curiosa. — Você viu como eu sou com os toques dos outros.

— Eu sei disso porque você merece isso, princesa. Acredite em mim, você vai encontrar a mulher perfeita para você.

Ao escutar aquilo, Jimin sorriu mais ainda assim como Minjeong.

E também, a Yu sentiu que algo diferente aconteceu com ela naquele instante: seu coração acelerou de uma forma como nunca tinha acontecido antes — e tudo por causa de Kim Minjeong. 

 



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