SILVA, José Bonifácio de Andrada e (1763-1838)
Professor da Faculdade de Filosofia
Naturalidade -
Santos (Brasil), 13.6.1763 - Rio de Janeiro (Brasil), 6.4.1838.
Filiação - Coronel
Bonifácio José de Andrada e Maria Barbosa da Silva.
Matrículas - Leis,
8.10.1783; Matemática, 11.10.1784; Filosofia, 12.10.1784.
Graus - Bacharel
em Leis, 3.7.1787; Formatura, 5.7.1788. Bacharel em Filosofia, 16.7.1787.
Cadeiras -
Metalurgia (1801-1814), 5º lente.
Jubilação
– Por Cartas Régias de 29.7.1813 e 13.2.1814.
Publicações - Obra vasta, incluindo artigos em jornais, discursos e
obras literárias e científicas, entre as quais se destacam as seguintes: Memória sobre a necessidade e utilidade do
plantio de novos bosques em Portugal (Lisboa, 1815); A Primavera: Idílio traduzido do grego em português (Lisboa, 1816);
O Reino da Estupidez: poema herói-cómico
em quatro cantos (Paris, 1819); Estatutos
para a sociedade económica da província de S. Paulo (Rio de Janeiro, 1821);
Carta do Governo provisório da província
de S. Paulo a Sua Alteza Real o Príncipe Regente, de 20 de Agosto de 1821, em
resposta à carta régia que o mesmo Príncipe lhe mandara expedir, em 30 de Julho
do mesmo ano (Rio de Janeiro, 1821); Representação
que à augusta presença de Sua Alteza Real o Príncipe Regente do Brasil levaram
o Governo, o Senado da Câmara, e clero de S. Paulo, por meio de seus
respectivos deputados; com o discurso que, em audiência pública do dia 26 de
Janeiro de 1822, dirigiu, em nome de todos, ao mesmo augusto Senhor o
conselheiro... (Rio de Janeiro, 1822); Representação
à Assembleia geral constituinte e legislativa do império do Brasil sobre a
escravatura (Paris, 1825); Relato à
nação brasileira e ao mundo inteiro (Rio de Janeiro, 1831); Apontamento para a civilização dos índios
Oracos do império do Brasil (Rio de Janeiro, 1823); Poesias avulsas de Américo Elísio (Bordéus, 1825); Poesias de Américo Elísio (Rio de
Janeiro, 1861).
Observações -
Irmão dos políticos e oradores António Carlos de Andrada e Silva e Martim
Francisco Ribeiro de Andrada e Silva. Viajou entre 1790 e 1800 por França,
Itália, Alemanha, Dinamarca, Holanda e Suécia, como bolseiro da Academia Real
das Ciências, de que era sócio. Intendente Geral das Minas e Metais do Reino em
1800. Sendo Bacharel, foi incorporado na Universidade como Doutor em 20.6.1802,
conforme as Cartas Régias de 15.4.1801 e 20.5.1801. Major do Corpo de
Voluntários Académicos em 1808; promovido depois a Tenente-Coronel. Intendente
da Polícia do Porto em 1809. Desembargador da Relação do Porto. Superintendente
do Mondego e Obras Públicas de Coimbra. Secretário Geral da Academia Real das
Ciências em 1812. Regressou ao Brasil em 1819. Deputado à Assembleia Geral Constituinte
do Brasil, Nomeado Ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros do Império do
Brasil em 1822. O seu vencimento de jubilado foi suprimido por portaria de
12.10.1822. Publicou em 1823 no Rio de Janeiro um Projecto de constituição para o império do Brasil. Grão-Mestre do
Grande Oriente do Brasil em 1822 e 1831-1838, e Grão-Mestre Adjunto em 1823.
Deve-se-lhe o Manifesto do Grande Oriente
do Brasil, com data aproximada de 1831. De 1823 a 1829 esteve exilado
em França, por desavenças com D. Pedro I do Brasil; reconciliado, foi nomeado
tutor dos filhos do Imperador. Membro das Academias de Estocolmo, Copenhaga eTurim,
da Sociedade de Investigadores da Natureza de Berlim, das de História Natural e
Filomética de Paris, da Geológica de Londres, da Wermerícia de Edimburgo, das Mineralógica
e Linneana de Iena, da de Física e História Natural de Genebra, da Filosófica
de Filadélfia, e da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro. Cavaleiro
da Ordem de Cristo. Foram publicados os seus discursos mais importantes.