26.07.2018 | 17h57
Por 13 votos a 1, o Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou recurso de agravo de instrumento que pedia revogação da prisão do empresário José Kobori, sócio da JK Desenvolvimento Humano e Treinamento Gerencial e réu na ação penal derivada da operação Bereré. Ele é acusado de ter agido como intermediador de propina paga ao ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques e ao advogado Pedro Jorge Taques, ambos primos do governador Pedro Taques (PSDB).
João Vieira José Kobori |
O esquema ocorreu no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), entre 2009 e 2016. Kobori teria entrado no caso em 2015, quando iniciou a atual gestão do Estado. Ele foi preso desde 9 de maio, na operação Bônus (2ª fase da Bereré), deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
A defesa de Kobori alegou que o empresário havia sido preso por conta de declarações de 2 delatores premiados (os sócios da EIG Mercados José Ferreira Neto e José Henrique Gonçalves) e que a prisão não estaria baseada em provas. Em maio, quando foi interrogado pelos promotores de Justiça sobre a citação de seu nome, o réu afirmou que possuía amizade com os irmãos Taques, mas negou as negociações ilícitas.
Também foi argumentado que o réu está colaborando com as investigações, ao oferecer a quebra de seu sigilo bancário, já que é apontado como destinatário de R$ 6 milhões em propina, e também que ele é o mantenedor de sua família e que por isso, não poderia seguir preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Kobori teria repassado propina da EIG Mercados para Paulo Taques em troca da manutenção do contrato de concessão que a empresa tem junto ao Estado, referente ao serviço de registro de contratos de financiamentos de veículos em Mato Grosso. Atualmente, o contrato está sob intervenção.
Além de Kobori e Paulo Taques, foram presos na Operação Bônus o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o irmão de Paulo, o advogado Pedro Jorge Zamar Taques, além dos empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos. Por conta das investigações do esquema, o Ministério Público denunciou 58 pessoas, entre elas sete deputados estaduais.
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