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O ódio que você semeia Capa comum – 4 julho 2017
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Dizem que a justiça é cega, e é isso que Starr está prestes a descobrir. O ódio que você semeia conta uma história juvenil repleta de choques de realidade. É um livro contra o racismo em tempos tão cruéis e extremos. 1º lugar na lista do New York Times e com roteiro adaptado para filme, estrelado por Amandla Stenberg.
Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
Não faça movimentos bruscos.
Deixe sempre as mãos à mostra.
Só fale quando te perguntarem algo.
Seja obediente.
Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.
Não demora e a morte do amigo é manchete em todos os jornais. Alguns o chamam de bandido, outros de traficante, e que fazia parte de uma gangue. O julgamento ainda não ocorreu, mas não há quem não julgue ― no bairro, na escola, na TV. Protestos começam a tomar as ruas. Traficante? Negro. Bandido? Desarmado.
Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.
Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa.
Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. O ódio que você semeia é um livro que não se pode ignorar.
- Número de páginas378 páginas
- IdiomaPortuguês
- EditoraGalera
- Data da publicação4 julho 2017
- Dimensões22.61 x 14.99 x 2.29 cm
- ISBN-108501110817
- ISBN-13978-8501110817
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- As pessoas agem como se eu fosse a representante oficial da raça negra e me devessem uma explicação. Mas acho que entendo. Se eu ficar de fora de um protesto, é uma declaração, mas se eles ficarem de fora de um protesto, vão parecer racistas.256 leitores do Kindle destacaram isso
- Mas é engraçado como funciona com os adolescentes brancos. É maneiro ser negro até ser difícil ser negro.236 leitores do Kindle destacaram isso
- Esse é o ódio que estão semeando, filha, um sistema elaborado contra nós. Essa é a vida bandida, a vida marginal, a Thug Life.221 leitores do Kindle destacaram isso
Descrição do produto
Sobre o Autor
Angie Thomas nasceu, foi criada e ainda vive em Jackson, no Mississipi, o que se percebe pelo sotaque. Quando adolescente, era rapper e sua maior conquista foi ter escrito um artigo sobre si mesma na Right-On Magazine (com foto). É bacharel em Creative Writing pela Belhaven University e possui um diploma não oficial em Hip Hop. Ela ainda sabe fazer rap, se for preciso. Seu livro de estreia, O ódio que você semeia (The hate U give), foi o primeiro a vencer o Walter Dean Meyers Grant, em 2015, na categoria We Need Diverse Books. O romance será adaptado para o cinema, pela Fox, e chegou ao primeiro lugar da lista do The New York Times na semana do seu lançamento.
Detalhes do produto
- Editora : Galera; 20ª edição (4 julho 2017)
- Idioma : Português
- Capa comum : 378 páginas
- ISBN-10 : 8501110817
- ISBN-13 : 978-8501110817
- Dimensões : 22.61 x 14.99 x 2.29 cm
- Ranking dos mais vendidos: Nº 4.204 em Livros (Conheça o Top 100 na categoria Livros)
- Avaliações dos clientes:
Sobre o autor
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Primeiro quero falar da capa dessa edição que ficou extremamente linda. É igual a dos EUA, mas ter deixado o "the hate u give" lá embaixo deixou mais bonita ainda. Eu amo capa com ilustração, acho muito melhor que capas com fotos, esse traço então, é lindo.
Falando sobre as personagens, achei todas incríveis e importantes dentro do contexto da situação e da história em si. Diferentemente das últimas histórias que li e assisti, as personagens de Angie Thomas não estão só para cumprir um papel em uma cena e depois sumir, todas tem camadas, umas mais trabalhadas que outras, mas a gente em entende que o tema principal do livro é o racismo e a violência policial e que diante disso, nem todo drama de personagem é importante o bastante.
A história segue o fluxo extremamente agradável de leitura e fixação na mente. Eu levei aproximadamente uma semana para ler esse livro - as vezes a gente não está bem né? - mas era incrível que mesmo depois de passar um dia ou dois sem ler, parecia que eu tinha fechado o livro a pouco tempo. Acho que a escrita da autora é assim mesmo, mas não posso deixar de dizer que o trabalho de Regiane Winarski como tradutora fez toda a diferença. Dá gosto de ler.
Outra coisa que eu gostei muito foi a organização da história. Há um caminho muito bem trabalhado que segue desde a morte de Khalil até o julgamento. Depois disso tudo eu achei que seriam apenas resoluções de final de história, mas o clímax estava escondido nos últimos capítulos.
Diante de um livro tão completo, não poderia deixar de favoritá-lo, mais do que por qualquer outro motivo, a história sobre união que este livro traz é muito necessária. Cada página é uma lição sobre ter orgulho de si mesmo, da sua cultura, das pessoas que o cercam, da valorização das pessoas ao seu redor, das duas raízes, das coisas que constroem que você é e daqueles que já vieram antes de nós e que teve muito a ensinar. Não basta não ser racista, tem que ser anti racista. E precisamos usar nossas vozes para combater toda repressão, violência física e/ou psicológica, racismo e homofobia.
T.H.U.G. L.I.F.E.
"The Hate U Gave Little Infants F**ks Everybody"
"O Ódio Que Você Semeia entre as Crianças F**e com Todo Mundo
TUPAC
Alguns livros vão além de seu tempo. Eles existem e vão ser importantes para sempre. Essas obras atemporais falam sobre temas importantes, têm críticas que precisam ser discutidas, dão voz a situações que precisamos ver em destaque mais vezes. O ódio que você semeia, best-seller da Angie Thomas, é esse tipo de história; atemporal, importante e que sempre será necessária.
O livro acompanha a adolescente Starr. Ela e Khalil, seu melhor amigo, saem de uma festa e são parados por uma viatura da polícia durante a noite. Starr aprendeu desde cedo como uma pessoa negra deve se comportar frente a um policial: sem movimentos bruscos, mãos onde ele possa ver. A triste realidade do que o ódio e o julgamento podem fazer por causa da cor da sua pele. Um movimento errado, uma suposição e Khalil é assassinado, deixando para trás o trauma na garota e o peso da injustiça. Starr é a única testemunha do crime, e precisa aprender a própria voz para clamar justiça antes que as investigações levem a culpa para cima do garoto.
O impacto que essa leitura trouxe é difícil de explicar. Não é um livro fácil, não é uma história simples. É a realidade nua e crua, é a ficção falando sobre o mundo em que vivemos, expondo os muitos lados dele - e um desses lados é corroído pelo ódio, pela discriminação, pelo preconceito. Starr vive a mesma realidade que muitos outros jovens. Khalil foi assassinado pela mesma realidade que a de muitos outras vítimas. A narrativa simpática e bem humorada de Angie bate de frente com os acontecimentos pesados que a trama explora, e aí está o ponto-chave do livro, o que o torna tão profundo: é verdadeiro. É verídico. Existe como tudo que aconteceu nele, como todos que viveram nele.
Starr é uma das melhores protagonistas que já li. Ela tem muita presença em cena, cheia de atitude e bom humor, dedicada à família e presente pelos amigos. É uma garota doce, gentil, enfezada e brusca. Ela vive grandes dilemas dentro da narrativa e tem alguns arcos de crescimento absurdamente bem trabalhados; Starr experimenta duas realidades todos os dias: a do seu bairro, pobre e marginalizado, mas cheio de pessoas com quem ela se importa, carregado de memórias que fizeram dela quem é, e a da sua escola, particular e elitista, onde Starr é 1 entre poucos alunos negros. Mas tudo está muito bem no dia a dia dela, conciliando a realidade da família com a da escola - onde ela é um pouco menos expressiva, com medo que as amigas e os conhecidos julguem seu comportamento como o "da garota negra que veio do gueto", certa de que se controlar e esconder alguns detalhes sobre sua casa e sua vivência não é ruim.
Aí Khalil é assassinado e toda a tormenta começa. Starr vive o medo, a tormenta, o luto e a raiva tudo em intervalos bem intercalados. Ela não pode descarregar suas emoções com as amigas da escola porque Maya e Hailey não sabem sobre o assassinato - e, quando elas descobrem, é através dos olhos do policial branco, aparentemente "injustamente" acusado. E, do lado da família, do bairro e da sua própria consciência, Starr vê sua raiva dando lugar à sede por justiça. Essa justiça pede que Starr fale, que erga sua voz, que mostre o crime e o responsável por ele, que mostre ao mundo que Khalil era só um garoto e que nada, absolutamente nada justificaria sua morte. Mas, claro, a vida não é fácil e encontrar justiça menos ainda.
Eu amei a interação da Starr com a sua família, e como eles foram o alicerce para ela encontrar sua coragem e aceitar seus medos como parte dela. Seu pai, Maverick, principalmente, foi um personagem chave para o crescimento da garota. O relacionamento deles foi tão natural e emocionante, cheio de altos e baixos, mas construído em cima de um amor incondicional que nada poderia quebrar. Sua mãe, Lisa, é o coração da família, mas também uma parte bem racional dela. Ela e o marido têm um relacionamento lindo, um elo que equilibra todos os perrengues pelos quais a Starr e os outros dois filhos passam - os irmãos da Starr, inclusive, são maravilhosos. Seven é o mais velho, o primeiro filho do Maverick e praticamente adotado pela Lisa como seu, já que a mãe está em um relacionamento perigoso e deu as costas aos filhos - e Sekani ainda é a alma inocente em toda a situação. Ele é muito ativo e cheio de comentários afiados, mas em relação à realidade que a família vive, ao pesadelo que a Starr enfrentou e vem enfrentando, ainda é ingênuo. E não dá pra deixar de citar o tio Carlos que, apesar de não dividir mais a realidade do bairro com eles, divide seu coração com todo mundo, especialmente a Starr. Ele ajudou a Lisa a criá-la e está ali pela garota nos momentos em que ela mais precisa.
Tudo que a Starr era e se tornou dentro do livro aconteceu por causa do apoio da família. Acho que foi o primeiro livro que li em que isso foi 100% trabalhado, que a família era mais do que personagens coadjuvantes ao lado da protagonista, mas parte do protagonismo dela. Chorei e ri abertamente com eles em vários momentos da trama, e com certeza me apaixonei pelo amor que saltou das páginas entre eles.
Quanto aos outros personagens que aparecem, há muitos nomes a serem citados, uma vez que todos ganham importância na trama. Chris, namorado da Starr, vive algumas realizações importantes com ela - a relação entre os dois tem alguns receios, uma vez que Starr vive hesitações a respeito da cor de suas peles, do julgamento alheio, do que seu pai e as outras pessoas pensarão ao ver um garoto branco com uma garota negra. Foram dúvidas e questionamentos legais e bem trabalhados dentro do psicológico e emocional da personagem, e eu amei os dois. Chris é um bobão apaixonado muito gentil e atencioso.
"Qual é o sentido de ter voz se você vai ficar em silêncio nos momentos que não deveria?"
As amigas de escola da Starr também ganharam destaque nos momentos certos - especialmente a Maya. Hailey, por outro lado, foi o suprassumo de tudo que há de desprezível em uma pessoa. Junte "all lives matter" + "nem todo homem" + "racismo reverso" em uma personagem e você tem a Hailey. Sim, deu vontade de esfregar a cara dela no asfalto algumas vezes, mas a Starr tirou todas as situações de letra. Minha neném!
Toda a questão em cima do julgamento do policial e do clamor por justiça desenvolve uma tensão interessante no livro. O que esse crime ergueu sobre a sociedade, sobre os olhos de quem não assistiu, mas ouviu sobre a história, tudo gera desconforto para o leitor, mas é um desconforto bem-vindo porque traz empatia. Nos faz pensar, questionar e, principalmente, entender. É um livro importante porque não é fácil, não é gentil. É engraçado, é simples e é questionador. É um soco no estômago porque aconteceu. Porque é real. Impõe situações horríveis do dia a dia, discute o alcance do preconceito, critica a visão de uma maioria sobre as minorias, e está muito certo em fazer tudo isso.
Queria ficar falando sobre como essa história me impactou, sobre como a jornada da Starr e dos outros personagens, do bairro em que ela vive, da voz que ela carrega, como tudo isso foi importante e magistral, mas esse é um livro difícil de descrever. É uma trama complexa que precisa ser lida. Precisa.
O ódio que você semeia vai ser adaptado para os cinemas - as gravações já estão em andamento, inclusive, e o elenco é estelar. Tem nomes como Amandla Stenberg, Regina Hall, Russell Hornsby, Common, Anthony Mackie e Issae Rae.
Vou terminar essa resenha com uma frase do livro, porque ela destrincha tudo o que esse título e essa obra trazem para o público: The Hate U Give Little Infants Fucks Everybody, ou "o ódio que você passa pras criancinhas fode com todo mundo."
Em, O ódio que você Semeia, Starr aprender com os pais,ainda muito nova,como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
- Não faça movimentos bruscos.
- Deixe sempre as mãos a mostra.
- Só fale quando te perguntarem algo.
- Seja obediente.
Um livro que é um tapa na cara da sociedade. Uma história repleta de choques de realidade contra o racismo. Um livro necessário, que me fez refletir a quantidade de privilégios que tenho por ser branca. E como o racismo velado pode acabar com uma vida.
Assisti ao filme, por várias vezes lavei meus olhos de dentro para fora. . Incrível o filme, perfeito o livro.
Caso queira assistir o filme, possue o mesmo nome do livro. Preparem os lencinhos. Vocês vão precisar.