O que fazer em Dublin, Irlanda ⋆ Viajoteca
Pubs no Temple Bar, Dublin

O que fazer em Dublin, Irlanda

Vai viajar, fazer intercâmbio ou precisa de algumas dicas sobre o que fazer em Dublin, na Irlanda? Você chegou no lugar certo, pois vou apresentar para vocês um pouquinho dessa cidade recheada de história e muitos pubs para curtir o dia ou a noite!

A Irlanda é um dos destinos preferidos de brasileiros que querem fazer intercâmbio no exterior, porém um destino ainda pouco explorada por brasileiros a turismo. Fiz uma viagem pela Irlanda e Irlanda do Norte de 14 dias e me surpreendi. Sendo assim, venha comigo descobrir Dublin, a principal cidade da Irlanda e onde provavelmente será seu ponto de chegada e partida no país.

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O que fazer em Dublin
Temple Bar, o bairro mais boêmio de Dublin!

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Dicas de Dublin, Irlanda

Alguns pontos interessantes sobre Dublin

  • Dublin é a capital da Irlanda.
  • A moeda é o Euro, pois é a Irlanda faz parte da União Européia.
  • As línguas faladas são o inglês e o gaélico irlandês.
  • A cidade de Dublin foi fundada pelos vikings em 841.
  • O bairro mais famoso de Dublin, “Temple Bar”, parece e é nome de um bar (pub), mas é um bairro também!
  • PUB em inglês é o apelido de “public house”, ou seja casa pública, que eram/são os estabelecimentos que podem vender e se consumir bebidas alcóolicas.
  • A palavra Dublin se origina do gaélico Dubh Linn, que significa “lago negro”.

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Quantos dias em Dublin?

Essa deve ser uma das perguntas mais lógica para quem vai conhecer a cidade e minha resposta é: depende.

Um dia em Dublin é o suficiente para conhecer as principais atrações. Contudo, se puder ficar dois dias em Dublin, aí sim, vai ter tempo de explorar a cidade com mais calma e conhecer mais atrações interessantes que seria impossível visitar com somente um dia.

Dito isso, muitas pessoas acabam usando Dublin como base para fazer day trips para as famosas atrações da Irlanda como: Kilkenny e Rock of Cashel, Cobh, Cork e Kinsale, região de Killarney e Ring of Kerry, e claro, Cliffs of Moher. Dá até para encarar fazer day trip para Belfast, na Irlanda do Norte.

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E antes de viajar para a Irlanda, não esqueça de providenciar o seguro viagem, ele é obrigatório para passeios na Europa e precisa ter cobertura mínima de 30.000 euro. Clique aqui para fazer uma cotação sem compromisso e garantir pelo menos 5% de desconto no seu seguro viagem.

Clima na Irlanda

O clima na Irlanda é imprevisível, quase sempre frio e muitas vezes nublado. Certamente, o clima é o grande defeito da Irlanda, na minha opinião. Mas por outro lado, é esse mesmo clima úmido e chuvoso que garante sua beleza natural toda verde e linda.

Assim como em todo hemisfério norte, as estações do ano na Irlanda são o oposto do Brasil. Sendo assim, o inverno vai de dezembro a fevereiro, a primavera de março a maio, o verão de junho a agosto e o outono de setembro a novembro.

A média de temperatura em Dublin varia de 3°C a 16°C. Então, nunca viagem para a Irlanda sem uma boa jaqueta, pois mesmo no verão (junho a agosto), raramente a temperatura fica acima dos 20°C.

Onde ficar em Dublin

Uma das coisas que me surpreendeu (negativamente) em Dublin foi o preço dos hotéis! Eu achei tudo bem caro, especialmente os locais mais bem localizados, que é onde a maioria das pessoas querem ficar, inclusive euzinha!

Tive a oportunidade de me hospedar em dois hotéis em Dublin, ambos 4 estrelas e que recomendo bastante. Primeiramente fiquei no The Alex por três noites; um hotel boutique descolado, com atendimento legal e muito bem localizado. Depois, no meu retorno a Dublin fiquei no Hilton Garden Inn por uma noite; esse é um hotel de rede americana, para quem gosta e está acostumado sabe exatamente o que vai encontrar, faltou personalidade, mas não decepcionou.

Dublin é uma cidade boêmia, especialmente nos arredores do bairro Temple Bar. Então, para quem não gosta de barulho e agitação, melhor evitar ficar dentro desse bairro. Todavia, os arredores são ótimos, e foi exatamente o que fizemos.

Outra coisa para se notar é que Dublin é dividida por um rio (River Liffey), e na parte central da cidade, recomendo ficar atento ao reservar hotéis do lado oposto (norte) ao Temple Bar. Veja bem, a região é tranquila, inclusive o segundo hotel que fiquei era lá, mas quando se vai adentrando, algumas ruas e becos são estranhos a noite. Sendo assim, ligue o senso de aranha para evitar surpresas desagradáveis.

Deixo abaixo o mapa do hotéis disponíveis em Dublin para você procurar o local ideal dentro do seu orçamento:

Booking.com

O que fazer em Dublin, Irlanda

Agora, vamos a lista das principais atrações e o que tem de interessante para se fazer em Dublin! Mas antes, acredito que devo ressaltar que Dublin está longe de ser a cidade mais bonita da Europa que eu já fui, sendo bem sincera, tá? Por outro lado, a biblioteca Longroom foi uma das mais fascinantes e fotogênicas que já vi! Sem contar que o povo é festeiro, adora uma cerveja Guinness e acho que existe um pub em cada esquina! (risos)

Então, vá com as expectativas certas e aproveite!


Dublin Pass vale a pena?

O Dublin Pass é um “pacote de ingressos” com 35 atrações de Dublin que você pode comprar e usar o quanto quiser dentro do período adquirido, de 1 a 5 dias. O Dublin Pass custa de €69 a €115 por pessoa.

Vale muito a pena se você quiser entrar em várias atrações pagas de Dublin e ainda usar o ônibus turístico para circular pela cidade. Dentre as principais atrações do Dublin Pass, destaco a Guinness Storehouse (€ 30), a Christchurch Cathedral (€ 10) e a Jameson Distillery (€ 25), que já dão quase €69! Mas o Dublin Pass não inclui o Book of Kells, ok?


1- Trinity College

(atração gratuita)

A primeira universidade de Dublin foi fundada pelo Papa em 1320 e era chamada de “Universidade Medieval de Dublin”, isso quando a monarquia britânica ainda era católica. Porém, essa iniciativa não sobreviveu à reforma anglicana de Henrique VIII.

Agora, o início do Trinity College Dublin, como conhecemos hoje, foi fundada pela Queen Elizabeth I em 1592, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, a última monarca da era dos Tudors. Isso aconteceu na mesma época em que muitas universidades da Europa começaram a florescer. Devido a reforma anglicana, somente protestantes podiam estudar no Trinity College naquela época. Essa realidade só começou a mudar em 1793, mas a inimizade entre católicos e protestantes continuou até o século XX, e talvez até hoje, para ser bem franca. Já as mulheres, só começaram a serem aceitas na universidade em 1904. Hoje, mais da metade dos estudantes são estrangeiros!

A parte mais antiga do Trinity College, isto é a parte que interessa aos turistas (risos) são prédios do século XIX. Sendo o Campanille, ou torre do sino, a peça central dentre os edifícios da universidade. Esse monumento foi erguido em 1853. Contudo, a principal atração do Trinity certamente é o Livro de Kells (atração paga) e a Old Library (antiga biblioteca), falo deles abaixo.

Curiosidade: Oscar Wilde foi um dos notáveis estudantes do Trinity College.

Chegue no Trinity College em Dublin pela entrada principal, no Parliament Square.

Trinity College Dublin

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2- Livro de Kells e a Biblioteca The Longroom

(Atração paga – compre aqui)

Tanto o Livro de Kells, quanto a Old Library, a biblioteca onde se localiza o The Longroom, ficam dentro do Trinity College. Mas para entrar é preciso comprar ingresso para entrar e recomendo fazê-lo com antecedência. A partir de outubro/2023 está programado uma reforma de 3 anos da biblioteca, então, conheça o quanto antes, do contrário somente depois de 2026.

O Livro de Kells, ou Book of Kells em inglês, não é um livro para pegar, sentar e ler. Na verdade, ele é um livro para se apreciar de longe, pois é um manuscrito evangélico datado do século IX. Uma relíquia medieval que demorou mais de 100 anos para ser “escrito” (decorado).

No Livro de Kells você encontrará uma cópia dos quatro evangelhos do Novo Testamento da Bíblia. É tanta arte nesse manuscrito que ele é considerado o artefato cultural mais importante da Irlanda e uma das maiores obras de arte da Idade Média da Europa. Mas sinceramente, eu não amei ter conhecido, pois ele fica em uma redoma de vidro e podemos ver apenas uma página! Tipo a Monalisa no Louvre, sabe?

A palavra “Kells” vem da Abadia de Kells, há 60 km de Dublin, onde o livro foi guardado por séculos. Dizem que ele foi levado para lá por causa das constantes invasões e saqueamento dos Vikings. O livro de Kells foi para o Trinity College em 1661.

O Livro de Kells fica dentro da belíssima biblioteca (Old Library), construída em 1712, onde também fica o suntuoso e longo corredor de livros, o Long Room, uma sala com 65 metros.

Não deixe de observar a harpa de madeira do século XV, certamente um instrumento símbolo da cultura gaélica. E como curiosidade, o design dessa mesma harpa representa o logo da cerveja Guinness. 

The Longroom, Trinity College

3- Temple Bar

(atração gratuita, mas as cervejas Guinness que você tomar pelo caminho precisa pagar! Ahahah!)

Como disse anteriormente, Temple Bar parece nome de bar, inclusive é nome de um pub, mas na verdade é o nome do bairro mais famoso de Dublin! A curiosidade é que o nome “bar” não foi dada em função dos inúmeros pubs que existem por ali, mas sim, por sua localização que fica as margens do rio, no “sandbar river” (banco de areia do rio).

Impossível ir para Dublin e não se perder pelas ruelas do Temple Bar. Um bairro super boêmio, mas também cheio de galerias, teatros, festivais, música ao vivo, lojas, restaurantes e MUITOS PUBS, os famosos bares irlandeses.

Alguns bares para conhecer:

  • PUB famoso e super turístico: The Temple Bar Pub
  • PUB com música ao vivo: Gogarty’s 
  • PUB mais antigo de Dublin: The Brazen Head, 20 Lower Bridge St
  • PUB para uma boa Guinness: Mulligan’s, Grogan’s, Kehoe’s ou Davy Byrne’s
  • PUB para bons coquetéis: VCC
  • PUB para os melhores whiskey: The Palace Bar

Aqui agradeço o James Kenny, do Tourism Ireland, que me mandou essas dicas de PUB um dia antes da minha viagem quando solicitei um help! Valeu James!

Temple Bar, Dublin - Irlanda

4- Ha’penny Bridge (ponte)

(atração gratuita)

A Ha’penny Bridge fica ali pertinho do Temple Bar. Esta é uma ponte de ferro fundida para pedestre que a mais de duzentos anos cruza o rio Liffey, unindo a cidade de norte a sul.

Originalmente, ela foi inaugurada em 1816 sob o nome “Ponte Wellington”, mas como tinha pedágio de 1 centavo para cruzar a ponte, logo ela foi apelidada pelos dublinenses de Ponte Ha’penny. Para quem não sabe, penny é o apelido de 1 centavo em inglês. O pedágio foi cobrado por cem anos, mas hoje você pode passar por ali gratuitamente quantas vezes quiser!

Ha’penny Bridge

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5- Estátua Molly Malone

(atração gratuita)

Outra atração praticamente dentro do Temple Bar e impossível de perder é a querida Molly Malone. A estátua da Molly Malone é recente, ou seja , ela foi inaugurada em 1988 para comemorar o milênio de Dublin. Mas Molly foi e continua sendo uma personagem como nenhuma outra para a cidade. Tanto é que ela foi eternizada em uma canção e se tornou um dos hinos nacionais da Irlanda.

Diz a lenda, ou a canção, que Molly Malone foi uma linda mulher que viveu em Dublin entre a metade e final do século 17.  Uma pessoa comum, pobre e belíssima, sendo que durante o dia ela trabalhava como peixeira e a noite se prostituía para conseguir sobreviver. Rumores sugerem que ela que morreu de cólera ou de doença venérea, ou seja, vítima da própria beleza e pobreza. 

A música “Molly Malone”, também conhecida como “Cockles and Mussels” ou “In Dublin’s Fair City”, se popularizou com os The Dublinners, porém Bono Vox (U2), Sinead O’Connor e tantos outros irlandeses já a interpretaram. Dá um google e ouça a música, ela é triste, mas retrata a fortaleza da mulher e da história da Irlanda. Minha versão favorita é da Sinead O’Connor.

Uma coisa que você vai notar ao ver a estátua é o “polimento” dos seios da Molly, isso acontece porque dizem que dá sorte tocar nos peitos dela! Essa mulher não tem paz nem quando vira estátua. Coitada!

Molly Malone, O que fazer em Dublin

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6- Dublin Castle (castelo)

(atração gratuita no exterior e paga no interior)

Em comparação com o que encontramos em algumas cidadezinhas irlandesas no interior do país, devo confessar que Castelo de Dublin não se parece em nada com um castelo. Então, coloque as expectativas no lugar antes de chegar lá!

No entanto, o Castelo de Dublin tem sido um importante local para o governo na Irlanda a mais de sete séculos de história (o castelo data do século XIII).

Para quem tem pouco tempo, uma visita rápida pelo exterior e atrium central é gratuita. Mas se você estiver interessado em aprender um pouco da história irlandesa, recomendo uma visita guiada para conhecer partes do castelo que não tem acesso ao público.

Embora ainda existam alguns elementos do antigo castelo, a maior parte do que está de pé hoje foi reconstruído depois do grande incêndio em 1684. Para quem gosta de arquitetura, o castelo de Dublin tem estilo georgiano.

Castelo de Dublin, Irlanda

7- Christ Church Cathedral (Catedral da Santíssima Trindade)

(atração gratuita no exterior e paga no interior – compre aqui)

A Christ Church Cathedral, ou Catedral da Santíssima Trindade, é incrivelmente bela por dentro e por fora. Ela se localiza a região medieval de Dublin. Na verdade, onde a cidade começou e exatamente no lugar onde os vikings construíram uma igreja. De lá pra cá, os prédios sagrados desse local já caíram, se reconstruíram e cresceram.

Aliás, ao caminhar pela calçada ao redor da catedral, tente encontrar no chão algumas placas de metal com imagens de artefatos vikings, eles tem a intenção de relembrar que esse mesmo local já houveram outras construções religiosas há mais de 1.000 anos!

A catedral por dentro é um grande labirinto e comprando o ingresso você pode conhecer com um guia ou por um áudio-guia.

Catedral da Santíssima Trindade, Dublin

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8- Guinness Storehouse

(atração paga – compre aqui)

Conhecer a cervejaria Guinness é uma das coisas que você precisa fazer em Dublin, mesmo se não beber cerveja (como eu!). A Guinness Storehouse fica localizada no St James’s Gate, um pouco afastado do centro da cidade, mas é tranquilo de chegar a pé ou com o ônibus hop-on hop-off, se você tiver comprado o Dublin Pass, por exemplo.

>>> Compre o ingresso da Guinness aqui!

A fábrica da Guinness pertence a família Guinness desde 1759 e você estará pisando no local onde tudo começou. Mas não espere conhecer a fábrica propriamente dita, pois a empresa criou um centro de visitação interativo muito legal com mais de 3 andares! Lá você vai conhecer a história da Guinness, etapas da fabricação e o ingresso dá direito a uma degustação. Não deixe de subir até o último andar (rooftop), pois a vista da cidade é linda!!!

Além de tudo isso, tem shows de sapateado aleatórios e banda. Sem contar a loja que dá vontade de comprar tudo. Uma das coisas interessantes é ver os bartenders tirando o chopp da Guinness, até eu que não sou da turma da cerveja me animei em experimentar, super cremoso! Perfeição.

Eu adorei a visita e recomendo mesmo.

Guiness Storehouse

9 – Grafton Street

(atração gratuita, dependendo da sua tentação em entrar nas lojas!)

Grafton Street é uma das ruas mais famosas de Dublin, especialmente para quem gosta de compras, flanar e ver e ser visto. Dedicada apenas para pedestres, ela tem um pouco de tudo, ou seja agrada todos os bolsos. São apenas alguns quarteirões para percorrer entre mais ou menos o Trinity College até o parque St. Stephen’s Green.

Tem várias lojas interessantes, inclusive algumas marcas exclusivas irlandesas. Para quem gosta de literatura, que tal uma paradinha no Bewley’s Oriental Café, fundado em 1927? James Joice não somente o frequentou, como também o mencionou em seu clássico Dublinenses.

No final da Grafton Street, praticamente ao lado do Stephen’s Green Park, tem um Shopping Center com uma arquitetura bem bonita, nada imperdível, mas acho que vale dar uma olhadinha. E no último andar tem banheiro público para quem precisar!

Grafton Street, Dublin

10- Parque St. Stephen’s Green

(atração gratuita)

Eu adoro encontrar “oásis verdes” durante minhas viagens pelas capitais européias, e o Parque St. Stephen’s Green é uma dessas belezinhas que nos convida a sentar, descansar e diminuir o passo.

A área do parque originalmente era uma pastagem, mas ao longo do século 17 casas foram construídas ao redor e o lugar virou uma parque privado somente acessível para residentes. Contudo, no século 19 a família Guinness (a mesma da cerveja) comprou a área, renovou e abriu para o público.

Lá você verá jardins, lago, gramado, patinhos, mas também encontrará cicatrizes da história violenta da história da Irlanda. Ou seja, durante a Revolta da Páscoa, em 1916, os separatistas tomaram o parque, cavaram trincheiras e lutaram contra os militares britânicos, com uma pausa na luta para que um jardineiro pudesse alimentar os patos (acho que até a guerra precisa de um pouco de leveza!). O monumento chamado Arco do Fusileiro ainda tem buracos de bala datadas desse evento.

Parque St. Stephen’s Green

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11- Praça Merrion e a Estátua do Oscar Wilde

(atração gratuita)

A Praça Merrion foi fundada em 1762 e é onde se localiza a estátua do famoso escritor Oscar Wilde. Foi na Merrion Square que Wilde cresceu. Na verdade, a casa da família foi a primeira a ser construída no quarteirão.

Realmente precisa ver a estátua com Oscar Wilde com atenção, e segue abaixo algumas curiosidades para você observar:

  1. Ele está usando seu anel de casamento.
  2. As duas estátuas em frente a Wilde é de seu esposa, Constance Lloyd, grávida de um de seus filhos. E o torso de Dionysus, o deus grego do vinho e drama. 
  3. Você precisa ver a estátua dos dois lado. Ou seja, vista do lado direito ele está sorrindo e se pode observar seu espírito livre e um homem da alta sociedade curtindo a vida. Porém do lado esquerdo surge um rosto amargo e triste de quando ele saiu da prisão. 

Oscar Wilde foi um escritor irlandês e autor da obra “O Retrato de Dorian Gray”, apesar de ser seu único romance, ele é um clássico da literatura inglesa (super recomendo a leitura).

Oscar Wilde (1854 a 1900) nasceu em Dublin. Filho do médico Willian Wilde e da escritora Jane Francesca Elgee, defensora do movimento para independência irlandesa, e cresceu rodeado de intelectuais. Foi casado e teve dois filhos, mas sua vida foi bem diferente de um “homem de família”. Ele tinha espírito livre e uma intelectualidade invejável. Contudo, foi o relacionamento com Lord Alfred Douglas, um jovem que o apresentou à cena gay underground de Londres, que levou Wilde para prisão por dois anos, ele foi acusado de sodomia e indecência grosseira.

Criado no protestantismo converteu-se ao catolicismo, um comportamento muito típico entre a aristocracia irlandesa com mente progressista e anti-monarquista da época.

Oscar Wilde, Merrion Square

12- Destilaria de whisky (Jameson ou Pearse Lyons)

(atração paga)

A Irlanda está passando por um momento de redescoberta das destilarias de uísque irlandeses e todo mundo só tem a ganhar com isso. Inclusive, recomendo muito escolher alguma destilaria para visitar durante sua passagem por Dublin.

Particularmente, eu recomendo a Jameson por ela ser famosa mundialmente. Mas se preferir uma visita mais intimista, não deixe de ir “pagar seus pecados” na Pearse Lyons, uma destilaria que abriu onde se localizava uma antiga igreja e fica pertinho da Guinness Storehouse, eu gostei demais. Uma terceira opção seria a Teeling.

Para te situar na história, o uísque irlandês sempre foi uma potência. Veja, por exemplo, a Jameson que é um dos nomes mais reconhecidos de destilados do mundo, e Bushmills, na Irlanda do Norte, que é a destilaria licenciada mais antiga do mundo, com mais de quatro séculos.

No entanto, as destilarias de whiskey estavam à beira da extinção na década de 1960. As Guerras Mundiais, a Guerra da Independência da Irlanda, a Lei Seca, a ascensão do uísque escocês e depois da vodka, certamente, contribuiram para o colapso da indústria. Mas agora tudo está ganhando força novamente e os uísques irlandeses estão voltando a ser referência! Thank God!

Destilaria na Irlanda

13- GPO, Spire & a estátua de James Joice

(atração gratuita, paga para entrar no GPO)

Todas essas atrações ficam do lado norte do rio, na O’Connell Street.

O GPO (General Post Office, isso mesmo, o prédio do correio) tem uma importância histórica imensa na Revolta da Páscoa de 1916, pois foi o quartel general dos líderes irlandeses e onde a Proclamação da República Irlandesa foi lida por Patrick Pearse. A Revolta da Páscoa foi o evento que mobilizou os irlandeses a aderirem e apoiarem a luta para a Irlanda se tornar república livre e independente da coroa britânica.

Para entender melhor essa história e fatos, dentro do GPO, que também tem uma fachada belíssima, tem uma exibição dedicado a Revolta da Páscoa.

Já a Spire é um monumento super alto (121 metros de altura) em formato de agulha pontuda que dá para se ver de praticamente todo lugar em Dublin. Ele foi inaugurado em 2013 e como todo novo monumento, há aqueles que adoram e os que odeiam.

Por fim, ali do ladinho, para quem gosta de literatura, precisa conhecer a estátua do James Joice, um escritor irlandês que escreveu alguns clássicos da literatura inglesa, entre eles: Ulisses e Dublinenses.

GPO e The Spire, Dublin

14- Portas coloridas

(atração gratuita)

Impossível falar Dublin e não mencionar suas portas coloridas, que são chamadas de Georgian door em inglês. Sem dúvida, as portas coloridas são marca registrada da cidade e embora ninguém saiba ao certo a origem dessa “mania irlandesa”, é impossível negar seu charme.

O curioso é que tem várias teorias relacionadas ao motivos dos irlandeses começarem a pintar suas portas coloridas. Uma delas é política, claro! Sendo assim, quando a Rainha Victoria faleceu, foi ordenado que os cidadãos irlandeses pintassem suas portas de preto para demonstrar o luto. Mas como forma de rebeldia, muita gente foi lá e pintou as portas de colorido! Certíssimos, especialmente depois que a Rainha Victoria pouco fez para ajudar os irlandenses durante o período da “grande fome da batata”, entre 1845 e 1849.

A outra razão é mais suave e engraçada. Diz a lenda que as mulheres começaram a pintar suas portas coloridas para que os maridos conseguissem entrar na casa certa depois de voltarem dos pubs bêbados! (nem sei se é engraçada ou lamentável! Mas enfim…). Quem me contou essa história foi a Barbara, do Enjoy the Ride.

Tem outras teorias e lendas em torno das portas coloridas da Irlanda, mas independe de qualquer coisa, elas são lindas e você precisa tirar muitas fotos com elas.

Portas coloridas de Dublin

15- Catedral de St. Patrick

(atração gratuita no lado exterior e paga para entrar)

São Patrick, ou São Patrício em português, foi o grande propagador do cristianismo católico na Irlanda, tanto que é que a maioria da população é católica. Impossível não falar da Irlanda e não tentar entender os motivos políticos-religiosos que impactaram e ainda impactam o país.

Sendo St. Patrick um santo e um ícone irlandês, nada mais justo que sua capital ter uma catedral dedicada a ele. Diz-se que a catedral medieval, construída nesse local há de 800 anos, era um poço onde São Patrício costumava batizar os convertidos ao cristianismo.

A igreja de madeira original do século V foi elevada ao status de Catedral em 1191 e uma igreja de pedra foi construída em seu lugar. A Catedral de St. Patrick é a maior e mais alta igreja da Irlanda. Renovações foram feitas ao longo de sua história, incluindo uma grande reforma para evitar seu colapso, financiada pela família Guinness no século XIX.

Vale a pena conhecer, nem que seja apenas pelo lado de fora, como eu fiz.

St Patrick Cathedral, Dublin

16- Prisão Kilmainham Gaol Museu

(atração paga)

Kilmainham Goal foi construída em 1796. Para os irlandeses ela tem uma importância histórica muito significativa e triste, pois foi lá que aconteceu muitas execuções públicas dos revolucionários envolvidos na Insurreição de 1916, a revolta da Páscoa. Ela foi fechada em 1924 pelo governo do Estado Livre Irlandês e foi reaberta como museu em 1971.

Eu não visitei, mas para entender um pouco mais da história de como a Irlanda se tornou independente, recomendo o seriado do Netflix chamada Rebellion.

Mapa da Irlanda – principais atrações e o que fazer em Dublin

Para fechar esse post do Viajoteca sobre o que fazer na Irlanda, deixo aqui um mapa indicando todos esses lugares que destaquei aqui. Assim vocês já conseguem se localizar e montar um roteiro de Dublin para sua viagem. 😉

Curtiram as Dicas de Dublin?

Espero que tenham curtido essas dicas sobre o que fazer em Dublin! Com certeza tem muito mais coisas para conhecer e aproveitar, mas na minha opinião essas são as principais.

Depois me conta como foi sua viagem e não esqueça de usar nossos links para fazer suas reservas! Isso nos ajuda a manter o blog sempre atualizado e cheio de novas dicas de viagem.

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