Bilionário, casado com brasileira: quem é Bernie Ecclestone, ex-CEO da F1 preso em Campinas por porte ilegal de arma | Campinas e Região | G1

Por Patrícia Teixeira, g1 Campinas e Região


Bernie Ecclestone no GP de Abu Dhabi de 2018 — Foto: Getty Images

O empresário britânico bilionário Bernard Charles Ecclestone, famoso e polêmico ex-CEO da Fórmula 1 mais conhecido como Bernie Ecclestone, ganhou destaque nesta quinta-feira (26) após ser preso por porte ilegal de arma de fogo em Campinas (SP). Aos 91 anos, ele carregava uma pistola sem documentação e foi pego no raio-x do Aeroporto Internacionald e Viracopos. Ele pagou fiança e foi solto.

Mas quem é o ex-vendedor de carros usados que fez fortuna, foi dono da F1 e está entre as pessoas mais ricas do mundo? O g1 listou alguns pontos sobre a vida de Bernie.

Homem de US$ 3,4 bilhões

Segundo a revista Forbes, Bernie Ecclestone acumulou uma fortuna líquida de US$ 3,4 bilhões ao longo da carreira, consagrada como CEO da Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo.

Apesar de ter deixado o cargo em 2017 após ser demitido, ele segue influente no ramo.

Bernie Ecclestone, ex-CEO da Fórmula 1 — Foto: Getty Images

Vendedor de carros polêmico

Bernie começou sua carreira no automobilismo vendendo carros usados, e já era polêmico. Segundo o portal ge, negociava a venda de veículos que ainda não tinha à disposição por um preço mais alto. Antes de entregá-los, comprava por valores mais baixos.

Fazenda de café em Amparo, SP

O empresário e ex-dirigente se refugiou durante a pandemia na sua fazenda em Amparo, no interior do estado, onde a família cultiva café. Em 2020, ele e a esposa, a brasileira Fabiana Flosi Ecclestone, passaram temporada na propriedade, já que ele pertence ao grupo de risco para Covid-19 e ela estava grávida.

Fabiana é 45 anos mais jovem que o marido, e teve seu primeiro filho com ele em julho de 2020, na Suíça. É o quarto herdeiro do empresário - o único homem, Alexander Charles Ecclestone.

A mulher também é a atual vice-presidente para a América do Sul da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Bernie Ecclestone, Fabiana Flosi e Ace Ecclestone — Foto: Reprodução/Twitter

Tentou se lançar piloto

O ano era 1958 e o carro, um Connaught-Alta, modelo fabricado pela construtora de carros de corrida Connaught Engineering no Reino Unido.

Segundo o portal ge, Bernie se inscreveu como piloto para disputar o GP de Mônaco, mas não conseguiu se classificar para a prova. Décadas depois, ele disse que não tinha sido uma tentativa séria para entrar no esporte.

Bernie Ecclestone tentou em vão se classificar para o GP de Mônaco de 1958 — Foto: Reprodução — Foto: Reprodução

Negócios no automobilismo

Bernie foi sócio em uma concessionária de motocicletas após a Segunda Guerra Mundial e chegou a participar de algumas competições. Na década de 1960, investiu seu tempo como empresário de pilotos, teve pausas na carreira após acidentes e entrou para outro patamar nos negócios da Fórmula 1 em 1971.

Na ocasião, ele assumiu a equipe Brabham - que contratou o brasileiro Nelson Piquet em 1978 -, conquistou patrocinadores importantes, se tornou chefe da Associação das Equipes (Foca) e chegou ao comando da Fórmula 1.

Convenceu as equipes de que a TV era uma forma de ampliar os lucros com os direitos de transmissão e premiações. Décadas depois, em janeiro de 2017, ele deixou o posto de CEO.

Amigo de Senna

Bernie Ecclestone e Ayrton Senna tinham bom relacionamento e o empresário chegou a passar férias na casa do ídolo brasileiro em Angra dos Reis (RJ). Quando o piloto morreu, Bernie não foi ao enterro por conta de um mal-estar junto à família. Ele tinha antecipado a notícia da morte para o irmão de Senna, quando o piloto ainda estava vivo.

Bernie Ecclestone com Ayrton Senna no Canadá, em 1993 — Foto: Reprodução

Polêmica com Hamilton

O empresário causou revolta ao se pronunciar após o assassinato do americano George Floyd por policiais em 2020. Enquanto o piloto Lewis Hamilton se engajava em cobrar a prisão dos responsáveis pela morte, Bernie disse que "muitas vezes os negros são mais racistas que os brancos".

O direção da Fórmula 1 manifestou repúdio à fala do ex-dirigente, e Hamilton também.

Bernie Ecclestone e Lewis Hamilton no GP do México de 2015 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

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