Vida de Mandela é marcada por tragédias pessoais

Nelson e Zenani Mandela
Legenda da foto, Dos quatro filhos de Mandela, apenas a mais nova continua viva.

A vida de Nelson Mandela, que completa 92 anos em julho, foi marcada não apenas pela luta e vitória contra o regime do apartheid como também por tragédias pessoais.

A mais recente delas foi a morte de sua bisneta, Zenani Mandela, de 13 anos, em um acidente de carro na noite desta quinta-feira, após o show de abertura da Copa do Mundo, em Johannesburgo.

Aos 9 anos, Rolihlahla Dalibhunga, seu nome de batismo, perdeu o pai, vítima de tuberculose.

Mandela, nome que recebeu de uma professora na escola, se casou três vezes, teve seis filhos, 20 netos e 9 bisnetos.

O sul-africano teve quatro filhos com sua primeira esposa, Evelyn Mase, mas apenas a última filha, fruto dessa primeira união, continua viva.

O filho mais velho, Madiba Thembekile, morreu aos 25 anos em um acidente de carro, enquanto Mandela cumpria pena de prisão que duraria 27 anos. Não foi permitida sua presença no enterro do filho. Sua mãe também morreu no período em que esteve preso.

O segundo filho do casal, Makgatho Mandela, morreu em 2005 vítima de complicações relacionadas à Aids. A perda contribuiu para que Mandela se lançasse em várias campanhas de combate à epidemia no continente.

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A terceira filha de Mandela com a primeira esposa morreu aos nove meses de idade, o que fez com que o casal batizasse a filha seguinte com o nome da irmã falecida, Malaziwe Mandela.

Seu carisma, bom humor e ausência de amargura apesar de todos as dificuldades que enfrentou, em parte, explicam sua extraordinária popularidade global.

Desde que deixou a Presidência, em 1999, Mandela se transformou em uma espécie de embaixador do país, liderando campanhas contra a Aids e batalhando para que a África do Sul sediasse a Copa do Mundo.

Em seu aniversário de 80 anos, Mandela se casou pela terceira vez com a moçambicana Graça Machel. Em 2001, descobriu que tinha câncer de próstata.

Em 2004, Mandela, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1993, anunciou que se retiraria da vida pública para passar mais tempo com a família e os amigos.

"Não me telefone. Eu ligarei para você", alertou, em tom de brincadeira, referindo-se aos inúmeros convites que recebe.