História do funk no Brasil, conheça a trajetória
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Conheça a história do funk no Brasil!

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15:00 21.08.2022
Curiosidades

Conheça a história do funk no Brasil!

Funk no Brasil é, atualmente, um dos estilos musicais mais populares do país e ao longo dos anos, ele saiu das favelas cariocas, conquistou todos os estados e desbancou artistas consagrados até então. Além disso, após a apresentação de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de 2021, na qual a ginasta se apresentou ao som de Baile … Continued

F.Content - 21.08.2022 - 15:00
Conheça a história do funk no Brasil!
O Funk no Brasil: Saiba tudo sobre essa música brasileira. | Foto: Reprodução.

Funk no Brasil é, atualmente, um dos estilos musicais mais populares do país e ao longo dos anos, ele saiu das favelas cariocas, conquistou todos os estados e desbancou artistas consagrados até então. Além disso, após a apresentação de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de 2021, na qual a ginasta se apresentou ao som de Baile de Favela, o funk ganhou todo o globo. Mas, você conhece a história do funk? Sabe onde ele surgiu e quem criou esse estilo musical? 

A resposta é provavelmente não, e tudo bem! Muitas pessoas, até mesmo aquelas que fazem parte desse movimento, desconhecem sua origem. Além disso, existem muitas ideias preconcebidas a respeito do funk, sem falar dos estigmas que esse estilo musical carrega.

O Funk no Brasil: Saiba tudo sobre essa música brasileira
O Funk no Brasil: Saiba tudo sobre essa música brasileira. | Foto: Reprodução.

Pensando nisso, decidimos contar um pouco da história do funk, além de abordar a importância desse estilo para a juventude brasileira. Conheceremos agora tudo sobre o estilo musical que conquistou o Brasil e o mundo! 

História do funk no Brasil

O funk surgiu no Brasil na década de 1970, na cidade do Rio de Janeiro. Ou melhor, esse estilo musical chegou no país nesse período, uma vez que já era muito popular nos Estados Unidos. Lá, ele surgiu no final da década de 50 e início da década de 60, sendo a união de diversos estilos – todos conhecidos e muito populares entre a população negra – como a black music, soul, jazz e o rhythm and blues (R&B). Os principais nomes do funk norte-americano eram James Brown e Miles Davis. 

Aqui, entretanto, o funk chegou quase duas décadas após sua criação nos Estados Unidos, tocando no Rio de Janeiro. Na época, esse estilo musical conquistou a Zona Sul do Rio, parte nobre da cidade, ganhando todos os bailes. Com um ritmo agitado e contagiante, todos se entregavam aos passos sincronizados daquele estilo. É preciso frisar que quando chegou no Brasil, o funk nada mais era do que a reprodução do que se ouvia nos Estados Unidos. Sendo assim, ainda não tínhamos nossos próprios cantores e compositores do gênero. 

Com o decorrer dos anos, o funk brasileira foi ganhando alguns acordes, mas pouco se distanciava de sua origem. Além disso, com a repercussão da MPB em todo o país, o funk foi sendo substituído nas zonas nobres do Rio de Janeiro, e adentrando nos bailes de periferia, conhecidos como os Bailes da Pesada. No final da década de 70, o funk ganha a imprensa e passa a repercutir em todo o Brasil. 

Anos 80 e o nascimento do funk brasileiro

Como dissemos, quando o funk chegou no Brasil, ele nada mais era que a reprodução dos funks clássicos norte-americanos. Ou seja, as músicas tão conhecidas por lá se tornaram populares aqui. Além disso, aqueles que se aventuravam a criar suas próprias canções, seguiam o mesmo ritmo tão conhecido por Brown e Davis.  

Quando chegou às periferias, ele passou a ter uma entonação diferente e, a partir de então, passou a ter um estilo mais brasileiro. Acontece que o funk brasileiro surgiu apenas na década de 80, mais especificamente no final da década. O responsável por tal mudança no gênero, e pela caracterização que conhecemos tão bem atualmente, foi Fernando Luís Mattos da Matta, vulgo DJ Marlboro. Ele introduziu a bateria eletrônica no gênero musical, algo que caracteriza o nosso funk e que é usado até hoje.  

Em 1989, ele lança o seu primeiro álbum, intitulado Funk Brasil. Esse é o primeiro álbum de funk brasileiro, ou seja, 100% nacional, com letras e melodia feitas em solo tupiniquim. As letras do DJ Marlboro falavam sobre a realidade das favelas cariocas. 

Depois disso, a partir da década de 90, a história do funk no Brasil mudou completamente. A partir de então, esse era um gênero feito na periferia para a periferia, retratando sua realidade e desejos. Além disso, foi nesse momento que o funk realmente se tornou popular em todo o país, se destacando em diversos estados. São Paulo, por exemplo, se tornou o segundo berço desse estilo musical.  

Na época, duplas como Claudinho e Buchecha, com o sucesso “Só Love” e “Quero te Encontrar”, e Cidinho e Doca, com o “Rap Da Felicidade”, se destacavam no meio.  

Anos 2000: A Era dos MCs e do Furacão 2000

Os anos 2000 foram uma verdadeira guinada para o funk e sua história no Brasil, isso porque foi a partir desse ano que ele se consagrou como um ritmo brasileiro. Além disso, a partir de então sua sonoridade se tornou única e um verdadeiro marco para a música brasileira. O funk se popularizou em festas, academias, programas de televisão e em todos os cantos possíveis.  

E todo esse alvoroço foi causado pela produtora Furacão 2000, responsável pelos maiores sucessos da época e pela propagação do funk no Brasil. Para se ter noção, eles lançaram nomes como “Gaiola das Popozudas” – grupo responsável por popularizar Valesca Popozuda – e “Os Havaianos”. Além disso, em 2001, o “Bonde do Tigrão” surgiu como um verdadeiro divisor de águas e, até hoje, está presente na maioria das festas.

É preciso apontar que foi nos anos 2000 que também surgiram os MCs. A ideia dos mestres de cerimônia já era algo antigo, porém, sua ligação com o funk surgiu nesse período. Então, diversos artistas se lançaram naquele período como MC e cantavam funks que falavam sobre suas vidas nas comunidades.  

Além disso, foi nos anos 2000 que as mulheres adentraram o funk e nomes como MC Tati Quebra Barraco ganharam a mídia. Graças a essas personalidades, muitas mulheres se sentiram livres para ingressar no funk e hoje temos nomes como Ludmilla, Anitta, MC Tati Zaqui, Lexa, Pocah, entre tantas outras. 

Atualmente, o funk é visto como parte da cultura brasileira. Nos últimos anos, ele ganhou subgêneros, um número cada vez maior de artistas surgiram, ganhou destaque internacional e até mesmo se tornou tema de série. 

O que poucos compreendem é que esse é um ritmo que tem uma importância muito grande para o Brasil. Isso porque é por meio do funk que artistas expressam, também, sobre a realidade das periferias brasileiras, uma das camadas mais mais vulneráveis de nossa sociedade.  

Além disso, é a forma como jovens encontraram de falar sobre si mesmos, sobre seus desejos e sobre o seu dia a dia. Outro ponto fundamental é que por meio desse estilo, muitos encontram uma forma de expandir oportunidades de vida, como ingressar no meio cultural.

O próprio Tom Zé, compositor, cantor, arranjador e importante nome do tropicalismo brasileiro, em entrevista ao saudoso Jô Soares no Programa do Jô, exibido em 2008, na TV Globo, falou sobre a importância do funk brasileiro, o qual chamou de “manifestação vital forte, que merece vários ângulos de observação” em seu perfil nas redes sociais. 

Em trecho da entrevista divulgado em seus perfis, Tom Zé explica o porquê disse que o refrão da música “Atoladinha”, funk que ficou famoso na voz do grupo Bonde do Tigrão, era uma “uma das ondas concêntricas que a Bossa Nossa tinha feito desencadear.” Confira o recorte completo divulgado pelo músico aqui.

A história do funk se tornou um marco da música brasileira, além de um catalisador social e que transforma vidas em todo o país! Então, se você gosta de música brasileira e valoriza nossa cultura, não deixe de acompanhar nossas publicações e ficar sempre ligado na Novabrasil.

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