Barack Obama: quem é, sua história e mais | InvestNews
Siga nossas redes
Barack Obama

Perfis

Barack Obama

Descubra a história do ex-presidente dos EUA, desde sua formação à vida política, até os dias atuais.

Perfil de Barack Obama


Nome Completo Barack Hussein Obama II
Local de Nascimento Honolulu, Havaí, Estados Unidos
Filhos Malia Ann e Natasha, que nasceram, respectivamente, em 1998 e 2001
Nacionalidade havaiano
Formação Ciências Políticas na Universidade de Columbi e Direito por Harvard
Ocupação Organizador comunitário, advogado, professor, autor e político
Conhecido como Obama
Estado Civil casado com Michelle Obama

Biografia de Barack Obama


Quem é Barack Obama

Barack Hussein Obama II foi o 44º presidente dos Estados Unidos e o primeiro afro-americano a ocupar o cargo, entre 2009 e 2017.

Caso prefira, confira o conteúdo abaixo em áudio:

Infância e formação

Barack Obama nasceu no dia 4 de agosto de 1961 em Honolulu, Havaí. Ele é filho do queniano Barack Obama e da norte-americana Ann Dunham, de ascendência inglesa e nascida no Kansas.

 

Os pais de Obama se conheceram em 1960, em uma aula de russo, na Universidade do Havaí, em Manoa. O pai era um estudante bolsista. Eles se casaram em 2 de fevereiro de 1961, em Waikulu, também no Havaí, lugar em que a união de pessoas de cores diferentes não era proibida.

 

Quando garoto, passou parte da infância no Havaí e na Indonésia. Ann Dunham mudou-se com o filho recém-nascido para estudar na Universidade de Washington, em Seattle, após de divorciar do pai do futuro presidente dos Estados Unidos

 

Dos seis aos dez anos ele estudou em escolas locais de língua indonésia, Escola Católica São Francisco de Assis, por dois anos, e na Escola Pública Besuki, por um ano e meio, complementando a língua inglesa na Escola Calvert e tendo aulas com sua mãe, em casa.

 

Ela se casou novamente. E, aos 10 anos, o menino voltou para o Havaí, para morar com os avós maternos, Madelyn e Stanley Dunham. O pai de Obama só viu o filho mais uma vez antes de morrer, em 1982, num acidente de automóvel.

 

O adolescente Barack Obama se mudou para Nova York, onde cursou ciências políticas na Universidade Colúmbia. Logo depois da formatura decidiu cursar Direito na Universidade de Harvard.

Início na política

Obama começou a carreira na política na cidade de Chicago, Illinois. Ele foi líder comunitário e professor de direito constitucional. Em 1996 Obama foi eleito para o Senado de Illinois (poder legislativo local), cargo que ocupou até 2004.

 

Em 2000 ele tentou se eleger para a House of Representatives, instituição que equivale à Câmara dos Deputados do Congresso dos Estados Unidos, mas não obteve êxito.

 

Em maio de 2002 Obama encomendou uma pesquisa para avaliar suas chances na eleição para o Senado em 2004. Ele criou um comitê de campanha, começou a levantar fundos e alinhou-se ao consultor político David Axelrod em agosto de 2002. Obama anunciou formalmente sua candidatura ao Senado em janeiro de 2003.

 

Desde o início Obama foi contra à invasão ao Iraque, em 2003. Em 2 de outubro de 2002, quando o presidente Bush e o Congresso concordaram com a resolução conjunta, autorizando a Guerra do Iraque, Obama discursou no primeiro grande comício em Chicago sobre o assunto, e posicionou-se contrário a ele.

 

Obama participou de outro comício antiguerra em março de 2003, quando disse à multidão que “não é tarde demais” para parar a guerra.

 

As escolhas de não concorrer na eleição feitas pelo senador republicano Peter Fitzgerald e por sua antecessora, a democrata Carol Moseley Braun, fizeram com que as primárias de ambos os partidos tivessem quinze candidatos.

 

Na eleição primária realizada em março de 2004, a vitória inesperada de Obama fez com que ele se tornasse uma figura em ascensão dentro do Partido Democrata, começando, a partir deste momento, as especulações sobre uma futura candidatura presidencial.

 

Em julho de 2004 Obama fez o principal discurso da Convenção Nacional Democrata daquele ano, e foi visto por 9,1 milhões de telespectadores. O discurso foi bem recebido e elevou seu status dentro do Partido Democrata.

 

O oponente esperado de Obama na eleição geral, o vencedor da primária republicana Jack Ryan, desistiu da eleição em junho de 2004, devido a um escândalo conjugal. Seis semanas depois, Alan Keyes aceitou o pedido do Comitê Republicano para substituir Ryan. Na eleição geral de novembro, Obama venceu com 69,97% dos votos. Ele assumiu o cargo em 4 de janeiro de 2005.

Trajetória no Senado

Chegando ao Senado, Obama integrou várias comissões e obteve destaque por conta da sua atuação. Ele tomou posse no cargo em 3 de janeiro de 2005.

 

Com base na análise de todos os votos de Obama enquanto senador, entre 2005 e 2007, a CQ Weekly o caracterizou como um “Democrata leal”. Obama anunciou em 13 de novembro de 2008 que iria renunciar a sua cadeira no Senado, em 16 de novembro do mesmo ano, para se concentrar no período da transição para a presidência.

 

O destaque no Senado foram os degraus para a sua candidatura à presidência da República dos Estados Unidos, em fevereiro de 2007.

 

A campanha de Obama era formada por três pilares e foi construída em cima do slogan “Yes, We Can” (Sim, Nós Podemos): o fim da guerra no Iraque, a autossuficiência energética dos Estados Unidos e a universalização dos serviços de saúde no país. Outras prioridades eram o fechamento da polêmica prisão de Guantánamo, em Cuba, e a mudança no trato com os imigrantes ilegais.

 

Mas o embate precisava ser vencido, antes de mais nada, dentro do partido. A senadora Hillary Clinton queria ser também candidata ao cargo mais poderoso do mundo.

Eleições de 2008

Em 10 de fevereiro de 2007, Obama anunciou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos em frente ao edifício Old State Capitol, em Springfield, Illinois. A escolha do local foi vista como simbólica. Foi ali que Abraham Lincoln fez o Discurso da Casa Dividida, em 1858, quando aceitou ser o candidato do Partido Republicano ao senado por Illinois.

 

Em julho de 2008 a campanha de Obama ganhou cenário internacional: ele foi ao Afeganistão, ao Iraque, Jordânia e Israel, e também à Inglaterra, França e Alemanha.

 

Em Berlim, capital alemã, ele reuniu aproximadamente 200 mil pessoas. Em razão das evidências de que a economia norte-americana entrava numa crise de proporções ainda não dimensionadas, o que desgastou definitivamente o presidente George W. Bush e o Partido Republicano, Obama começou a se impor sobre o adversário John McCain nas pesquisas de opinião pública.

 

Em novembro, apenas quatro meses depois, Barack Obama vencia o pleito, foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos, e aclamado como o primeiro negro a governar o país.

 

O próprio Obama, porém, dizia que a questão racial não era uma prioridade. “Não há uma América negra e uma América branca; e uma América Latina e uma América asiática. Há os Estados Unidos da América”, afirmou ele, à época.

O primeiro presidente afro-americano dos EUA

Barack Obama foi o primeiro negro a ser o candidato de um dos dois principais partidos dos EUA. E com sucesso na eleição.
“Minhas raízes estão na comunidade afro-americana, mas não sou definido por isso. Estou confortável com minha identidade racial, mas isso não é tudo que sou”, disse Obama durante as eleições.

Em uma entrevista ao programa 60 Minutos, afirmou que, se eventualmente perdesse as eleições, não seria por causa do racismo: “Será porque eu não terei conseguido mostrar ao povo americano qual a direção que o país precisa seguir”, disse o então candidato.

 

Crise Financeira de 2008

A crise financeira que explodiu nos Estados Unidos, em 2008, impactou os mercados no mundo e foi a pauta de todos os setores da administração de Obama, em seu primeiro mandato.

 

O alerta para a crise teve início em 2008, por conta do longo período de juros baixos e empréstimos, inclusive, para inadimplentes, os chamados subprimes. Esses consumidores pararam de honrar as dívidas, e os bancos também não conseguiram pagar as suas, gerando um efeito dominó – a quebra do Lehman Brothers no dia 15 de setembro de 2008 foi um dos pontos altos.

 

Investidores de todo o mundo passaram a tirar as aplicações de ações de empresas, de bancos e de títulos de governos, incluindo os do Brasil. Isso porque houve uma incerteza sobre a veracidade de balanços de alguns bancos e empresas e, além disso, os aplicadores precisaram resgatar investimentos para cobrir prejuízos com a crise.

 

– Veja também: descubra como Jordan Belfort, o “Lobo de Wall Street” conseguiu sua fortuna com a crise de 2008

 

Retirada das tropas do Iraque

Em agosto de 2010 Obama ordenou o fim do envolvimento norte-americano na guerra do Iraque. Do total de soldados, 50 mil ficaram até o fim de 2011 para auxiliar as forças iraquianas e proteger os interesses dos Estados Unidos no país.

 

“Pouco depois de assumir o cargo, anunciei a nova estratégia para o Iraque, a transição para responsabilidade total iraquiana e deixei claro que até 31 de agosto, a missão americana no Iraque acabaria”, disse Obama em um discurso no Estado da Geórgia, à época. “E é exatamente o que estamos fazendo, como prometido e dentro do prazo.”

 

Anos depois, com o objetivo de conter a ameaça do Estado Islâmico na região do Oriente Médio, ele ordenou a volta de tropas militares ao Iraque.

 

Osama Bin Laden 

O governo Obama lançou uma operação bem-sucedida, que resultou na morte de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, responsável pelos ataques de 11 de setembro e vários outros ataques terroristas.

 

A operação, sigilosa, foi executada na noite de um domingo (madrugada de segunda no horário afegão). Um pequeno grupo de soldados conseguiu matar Bin Laden em uma fortaleza na cidade de Abbotabad, próximo a Islamabad, capital paquistanesa.

 

As investigações apontavam o local que seria o esconderijo de Bin Laden no Paquistão. O diretor da CIA, Leon Panetta, reportou essas informações a Obama em março de 2011. Em uma reunião com seus assessores de segurança nacional, Obama rejeitou um plano de bombardear o complexo, e autorizou um “ataque cirúrgico”, que seria conduzido por uma força de operações especiais da Marinha.

 

As reações ao anúncio da bem sucedida operação, ocorrida em 1º de maio de 2011, foram positivas em todas as linhas partidárias e em muitos países ao redor do mundo.

 

“Nesta noite, posso relatar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al-Qaeda, e um terrorista que é responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes”, disse o presidente americano. “Justiça foi feita”, acrescentou Obama, ao anunciar a morte de Bin Laden no discurso transmitido da Casa Branca.

Eleições de 2012 e a reeleição

Apesar de ter conseguido a reeleição, em 2012, a vitória que permitiu que Obama permanecesse no cargo foi mais apertada. Em 6 de novembro de 2012, ele teve 50% dos votos, contra 48% do candidato republicano Mitt Rommey.

 

Obama tornou-se o primeiro presidente democrata, desde Franklin Roosevelt, a ganhar duas vezes a maioria dos votos populares. O presidente Obama dirigiu-se aos apoiantes e voluntários no McCormick Place, em Chicago, após o anúncio da sua reeleição, e disse: “Hoje à noite você votou pela ação, não pela política como de costume. Você nos elegeu para nos concentrarmos em seus trabalhos, não nos nossos. E eu estou ansioso para, nas próximas semanas e meses, trabalhar com líderes de ambos os partidos para enfrentar os desafios que só juntos nós podemos resolver”.

 

Para o sucesso de Obama, mais uma vez, pesaram o trabalho engajado dos voluntários da campanha e o voto das minorias. O principal desafio do segundo mandato do presidente Obama foi lutar pela recuperação econômica dos Estados Unidos, o que implicou em cortes de projetos sociais e aumento de impostos sem, no entanto, permitir que o país enfrentasse uma grave recessão.

 

Casamentos LGBTs

Obama sempre deixou claro que uma das prioridades no governo dele eram os direitos dos homossexuais. Em outubro de 2009 o presidente sancionou uma lei que passou a considerar os crimes motivados por identidade de gênero ou orientação sexual como crime de ódio.

 

No final de 2010 revogou a política Don’t ask, don’t tell, de 1993, que impedia que gays e lésbicas assumidos servissem nas Forças Armadas. Em 9 de maio de 2012 Obama tornou-se o primeiro presidente no exercício de suas funções a declarar publicamente seu apoio pessoal à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

 

Em seu discurso de posse de 2013 ele pediu plena igualdade para os gays norte-americanos. Foi a primeira vez que um presidente mencionou os direitos dos homossexuais ou a palavra “gay” em um discurso de posse.

 

Reforma do Sistema de Saúde

O que foi conhecido como Obamacare, a Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente, foi sancionado por Obama em 2010.

 

O objetivo era ampliar o acesso de cidadãos dos Estados Unidos à cobertura de saúde. A rigor, não havia no país um sistema de saúde pública, mas sim planos privados. O então presidente queria diminuir as barreiras desses planos.

 

Com a lei, as seguradoras ficaram proibidas de recusar planos de saúde (ou cobrar taxas extras) de pessoas com histórico de doenças ou que não atendessem a determinados critérios prévios.

 

Os democratas apoiaram a lei, enquanto nenhum republicano na Câmara e apenas alguns no Senado votaram a favor. Os republicanos, principalmente na Câmara do Representantes, tentaram revogar ou atrasar a reforma sessenta vezes durante o mandato de Obama, mas não obtiveram sucesso.

 

Os críticos ao Obamacare alegavam que a lei era uma tentativa de controlar excessivamente a vida privada das pessoas, aumentaria os custos dos planos de saúde e o déficit do país, e que era inconstitucional. Em junho de 2015, a Suprema Corte decidiu, por seis votos a três, que a lei era constitucional.

O que Obama faz atualmente

A presidência de Obama se encerrou formalmente ao meio-dia de 20 de janeiro de 2017, com a posse do seu sucessor, o empresário republicano Donald Trump. Ele tinha um índice de aprovação de 60%.
O ex-presidente, recentemente, produziu uma série para a Netflix, sobre a mão de obra norte-americana. E segue dando entrevistas sobre temas como a guerra Hamas-Israel.