Sonata de Outono é um filme produzido por Ingmar Bergman em 1978. O longa é uma verdadeira obra prima: ganhou diversos prêmios e um deles é o Oscar de melhor atriz para Ingrid Bergman.
Possui 1 hora e 39 minutos de duração.
Sobre o Enredo
Eva (Ingrid Bergman), esposa do pastor protestante Viktor (Halvar Björk), ajuda o marido nos assuntos da paróquia e no serviço religioso.
Em casa, isolada da comunidade, a jovem dedica seu tempo a sua irmã Helena (Lena Lyman), imobilizada por uma enfermidade grave e progressiva, e vive o luto pela perda de seu filho Eric, afogado no fiorde próximo de sua casa, no dia em que completou quatro anos.
Com o consentimento de Viktor, Eva convida sua mãe Charlotte (Liv Ullmann), que não via há 7 anos, para ficar com eles por uma temporada. Charlotte está constantemente em movimento: ela é uma pianista mundialmente famosa que nunca para em casa.
Após a chegada da mãe, Eva a recebe com carinho e comunica a presença de Helena, sua irmã, na sala ao lado. Charlotte entra com relutância, sem saber ao certo o que fazer depois de ter estado ausente por tanto tempo.
Em um primeiro encontro entre mãe e filha, a onda de lembranças induz Eva a repreender o egoísmo de Charlotte. O jantar parece apaziguar o confronto.
Mas é apenas uma interrupção, porque à noite, devido à insônia de Charlotte, Eva retoma um doloroso discurso, em que narra todos os sentimentos de sua infância.
Charlotte irá compreender a dor das filhas?
Elenco e Personagens
O elenco é composto por artistas maravilhosos, escolhidos a dedo pelo diretor.
Eva é magistralmente interpretada por Ingrid Bergman, que consegue representar com perfeição todo o sofrimento de uma filha abandonada pela própria mãe e que, claramente, ainda não superou esse trauma.
Liv Ullmann, por sua vez, dá voz a figura de Charlotte: uma mulher que, tomada por toda a sua fama, não consegue enxergar mais nada além disso e não consegue compreender aquilo que causou em suas duas filhas.
E o que dizer também da atuação de Lena Nyman, que interpreta Helena? Excelente e angustiante, sem dúvidas.
Direção e Fotografia
Ingmar Bergman está, sem dúvidas, na lista dos grandes diretores de cinema. A forma como ele conduz o filme, com base em um roteiro também escrito por ele, como se fosse uma verdadeira peça de teatro, consegue transpor para o público todos os sentimentos dos personagens.
O sueco sabe muito bem utilizar a fotografia a seu favor. De fato, a câmera permanece, muitas vezes imóvel, nos dois rostos: o da pianista, completamente tomado e transfigurado pelas palavras que ouve e o da filha, sentada ao lado dela, com um olhar indescritível, perdida no rosto da mãe enquanto os seus sentimentos se confundem entre ódio e amor.
Predominam tons sempre mais escuros e terrosos, além do clássico azul-acinzentado das paisagens suecas, também como elementos que compõem a dramaticidade da trama.
Cenografia e Figurinos
A gelada e solitária Suécia se comporta como o cenário perfeito para os diversos acontecimentos que irão se desenvolver ao longo da narrativa.
Os fiordes, a neve e a paisagem monótona se confundem com os sentimentos angustiantes e controversos dos seus personagens.
Os figurinos foram escolhidos para, além de completar o gélido cenário, criar um contraste entre a situação mais humilde de Eva e Helena, as filhas, e a mais rica e luxuosa de sua mãe, uma pianista célebre, que a todo momento se veste como se estivesse a caminho de um concerto.
E você, o que achou do filme Sonata de Outono? Conte pra gente!
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