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Morre o cantor Jair Rodrigues aos 75 anos em São Paulo

Músico estava em sua casa em Cotia quando sofreu um infarto agudo no miocárdio

Por Da Redação
8 Maio 2014, 11h49

O cantor Jair Rodrigues, 75 anos, morreu nesta quinta-feira em sua casa em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Segundo exame preliminar do Instituto Médico Legal (IML) a causa da morte foi um infarto agudo no miocárdio. As informações foram confirmadas pela produtora do artista ao site de VEJA. Jair deixa dois filhos, os cantores Jair de Oliveira e Luciana Mello.

A cerimônia do velório será realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Parque Ibirapuera, às 19h. O enterro está marcado para as 11h da sexta-feira no cemitério do Morumbi.

Nascido em Igarapava, em São Paulo, no dia 6 de fevereiro de 1939, Jair Rodrigues começou a carreira em 1957 em casas noturnas e logo foi para o rádio, participando de programas de calouro.

Gravou seu primeiro disco em 1962, com as canções Brasil Sensacional e Marechal da Vitória, com temática da Copa do Mundo. Rodrigues ficou realmente conhecido a partir de 1964, com a música Deixa Isso pra Lá, que misturava samba, MPB e uma pitada de funk.

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Boa praça, o cantor conquistou muitos amigos no meio musical, como Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Sua amizade mais frutífera foi ao lado da cantora Elis Regina, que conheceu em 1965. Ao lado da pimentinha, ele lançou três discos ao vivo, o Dois na Bossa, volumes 1, 2 e 3. Formou-se então a dupla Jair e Elis, que comandou o programa O Fino da Bossa, exibido pela rede Record.

Em 1966, defendeu a canção Disparada no II Festival de Música Popular Brasileira, também na Record, e dividiu o primeiro lugar com Nara Leão, com a música A Banda, de Chico Buarque.

‘Deixa Isso pra Lá’

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Jair Rodrigues ficou famoso com a música Deixa Isso pra Lá na década de 1960. Composição de Alberto Paz e Edson Menezes, música foi considerada precursora do rap brasileiro por causa do refrão falado

‘Disparada’

Composta por Geraldo Vandré e Théo de Barros, a canção foi interpretada por Jair Rodrigues no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1966. O cantor conquistou o primeiro lugar, mas o dividiu com A Banda, de Chico Buarque, interpretada por Nara Leão

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‘Tristeza’

A música Tristeza, composta por Niltinho e Haroldo Lobo, foi marcante na carreira de Jair Rodrigues e se tornou destaque no carnaval de 1966 

‘O Morro Não Tem Vez’

A parceria de Jair Rodrigues com Elis Regina rendeu três discos e um programa de televisão, além de uma carreira internacional. No vídeo, a dupla canta O Morro Não Tem Vez no Cassino Estoril, em Portugal

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‘A Majestade, o Sabiá’

Interpretada por diversos cantores, A Majestade, o Sabiá, de Roberta Miranda, ganhou o tempero e a alegria de Jair Rodrigues nesta versão ao lado da dupla Chitãozinho e Xororó

No Rancho Fundo

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Em uma de suas últimas apresentações, no início de abril de 2014, Jair Rodrigues subiu ao palco com os filhos Jair Oliveira e Luciana Mello para entoar a canção sertaneja No Rancho Fundo

É a década de 1970 que vê Jair Rodrigues se transformar em um dos maiores nomes da música brasileira. Produtivo, o cantor grava mais de um disco por ano, entre eles Festa para um Rei Negro, que continha o samba-enredo da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro, com o famoso refrão “Ô lê lê, ô lá lá / pega no ganzê / pega no ganzá”. Álbuns como Eu Sou o Samba, Minha Hora e Vez e Pisei Chão também foram lançados nos anos 1970.

A carreira de Jair Rodrigues continuou a se proliferar nos anos seguintes, com discos novos do cantor quase a cada ano, com direito a algumas coletâneas, como 500 anos de folia – 100% Ao Vivo, lançada em 1999. Em 2000, chegaria às lojas o segundo volume do álbum e Jair faria parte da trilha sonora da novela O Cravo e a Rosa, exibida na faixa das 18 horas na Rede Globo, interpretando a canção título do folhetim.

Duas gravações de Jair Rodrigues nos anos 2000 deixaram o negócio musical do cantor em família: em 2004, ele cantou Falso Amor/Fake Love junto com seu filho, o músico Jair Oliveira, para o disco A Nova Bossa, já no ano seguinte, ele gravou a canção Alma Negra com a filha, a cantora Luciana Mello, para o disco de mesmo nome.

No total, sua discografia contém 44 discos, entre álbuns de inéditas e coletâneas. Apesar da idade, o cantor continuava na ativa. O disco Alma Negra, lançado em 2005 lhe rendeu, no ano seguinte, uma indicação ao Grammy Latino, na categoria de melhor álbum de samba brasileiro.

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