Caso Nardoni: 15 anos após o crime, como estão os condenados pela morte da menina Isabella | Vale do Paraíba e Região | G1

Por Carlos Santos, g1 Vale do Paraíba e região


Caso Nardoni: 15 anos após o crime, como estão os condenados pela morte da menina Isabella — Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo e Luiza Veneziani/g1/Arquivo

O assassinato de Isabella Nardoni, crime de grande repercussão que chocou o país, completa 15 anos. O caso aconteceu na noite do dia 29 de março de 2008, quando a menina de apenas cinco anos foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento na capital.

Isabella caiu do sexto andar do apartamento onde morava o casal Nardoni, no Edifício London. Para a investigação, porém, não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. A menina foi agredida e, achando que estava morta, foi arremessada.

O pai foi condenado a mais de 30 anos de cadeia e a madrasta a 26 anos de prisão. Os dois estão presos em Tremembé, no interior de São Paulo. O casal sempre negou a acusação, mas foi condenado na Justiça pelo crime em 2010. O g1 mostra como estão os dois condenados atualmente.

Alexandre Nardoni — Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo

Alexandre Nardoni

Condenado a mais de 30 anos de cadeia, o pai da menina Isabella cumpre pena desde 2008 na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé.

O local é conhecido por abrigar presos de casos de grande repercussão. Em 2019, Nardoni e outros detentos da P2 chegaram a deixar a unidade juntos para procedimento que apurava uma infração de Acir Filló, ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos (SP), que escreveu um livro com depoimentos de detentos enquanto estava na prisão. O livro foi contestado.

Alexandre Nardoni, Mizael Bispo de Souza, Gil Rugai, Cristian Cravinhos, Guillherme Longo e Lindenberg Alves em sala no fórum de São José — Foto: Hernane Lélis/ TV Vanguarda

Alexandre Nardoni atualmente cumpre pena no regime semiaberto. O regime mais brando dá direito a ele às saidinhas temporárias, benefício usado como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional.

A progressão ao regime mais brando foi concedida à Nardoni em 2019. Inicialmente, ele ficou cerca de quatro meses no semiaberto até o Tribunal de Justiça revogar progressão em agosto, quando teve a 'saidinha' do Dia dos Pais interrompida. Depois, no entanto, conseguiu reverter a situação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na prisão, Nardoni também tem se dedicado a trabalhos e estudos na própria unidade, com objetivo de remir dias da pena.

Ana Carolina Jatobá deixa prisão em saída temporária em 2022 — Foto: Laurene Santos/TV Vanguarda

Anna Carolina Jatobá

Anna Carolina Jatobá foi condenada a mais de 26 anos de prisão e cumpre pena na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP).

Assim como a unidade de Nardoni, a P1 é conhecida por abrigar presas de casos de grande repercussão e já recebeu presas Suzane Richthofen, condenada pela morte dos pais, e Elize Matsunaga, que matou o marido esquartejado.

Jatobá progrediu ao regime semiaberto em 2017 e desde então é beneficiada com as saidinhas temporárias. As atividades fora do presídio, no entanto, são discretas e raramente ela é vista nas ruas.

Quando foi submetida a testes para progressão do regime, Jatobá afirmou ser inocente e disse desejar que a verdade sobre o caso apareça.

Disse também planejar após ter a liberdade definitiva buscar apoio dos familiares, manter o relacionamento com o marido Alexandre Nardoni, fazer um curso de moda e abrir um ateliê de costura.

Anna Carolina Jatobá deixou a Penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier em Tremembé (SP) em 2019 — Foto: Luiza Veneziani/G1

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