Planear uma viagem a Malta não é tarefa de grande complexidade mas, ainda assim, há algumas dicas de Malta que em muito contribuirão para uma viagem sem percalços. Falo, nomeadamente, de como chegar; da melhor época para visitar; dicas para usar os transportes locais; informações sobre a melhor região para se hospedar; e muitas outras dicas úteis. Vamos a isso.
Dicas de viagem a Malta
Regime de entrada
Malta faz parte do Espaço Schengen e, como tal, os cidadãos portugueses apenas precisam do cartão de cidadão para entrar no país. Não é, pois, necessário passaporte (e muito menos um visto de entrada).
Quando ir
Uma das mais importantes dicas de viagem a Malta que posso dar é evitar o verão. Principalmente os meses de julho e agosto (mas também junho, se possível). Isto porque o turismo tem sofrido um grande incremento nos últimos anos e é manifestamente exagerado no pico do verão.
Em resumo, se prefere evitar as multidões e quer ter alguma hipótese de ser bem atendido em restaurantes, não passar horas preso no trânsito e, claro, gastar menos dinheiro, opte pelos meses de primavera e outono (ou fim do inverno). Não vai encontrar Malta vazia, mas pelo menos fará uma viagem mais tranquila.
Onde fica Malta
Malta é um arquipélago localizado no Mar Mediterrâneo, bem perto da região da Sicília, no sul de Itália.
Como chegar a Malta
Desde o segundo trimestre de 2018 que a forma mais cómoda e barata de chegar a Malta a partir de Portugal é usando os voos diretos da low cost Ryanair (do Porto) e da Air Malta (de Lisboa). Eu paguei 70€ por um bilhete de ida e volta entre Porto e Malta, comprado com alguma antecedência e, principalmente, tendo flexibilidade de datas – regra fundamental do post como comprar voos baratos.
Para ir do aeroporto de Malta para Valletta, saiba que há autocarros relativamente frequentes. Uma viagem de táxi ronda os 20€.
Dinheiro
A moeda de Malta é o Euro e, por isso, em teoria bastaria levar cartões bancários para levantar dinheiro nos muitos ATM existentes pelas ilhas. Tome, no entanto, atenção que isso pode ter custos desnecessários. Isto porque alguns bancos locais cobram taxas pela utilização das máquinas de levantamento automático – pelo que recomendo que leve uma parte do dinheiro em notas, para diminuir as eventuais taxas a pagar. Até porque Malta é um país muito seguro.
Por último, caso resida fora da zona euro, veja também o Revolut, um cartão pré-pago que lhe permitirá poupar dinheiro em Malta.
Transportes em Malta
Para quem não gosta de alugar carro, saiba que em Malta os transportes públicos são abundantes. Há autocarros a percorrer as ilhas de Malta e Gozo, a preços acessíveis; vale a pena visitar o site oficial dos transportes públicos de Malta para consultar o mapa de rotas (imagem acima).
O único senão é o facto do intervalo entre eles, em algumas linhas, ser de 30, 45 ou mesmo 60 minutos, especialmente ao fim de semana. Apesar disso, recomendo sem hesitar que use os transportes públicos durante o seu roteiro de viagem em Malta. Foi o que eu fiz.
Cartão Tallinja Explore
Assim, caso decida viajar de transportes públicos em Malta, saiba que há um cartão chamado Tallinja Explore que permite viagens ilimitadas durante sete dias nos autocarros das ilhas de Malta e Gozo. Recomendo vivamente, pelo descanso que proporciona e pelo dinheiro que poupa (custa apenas 21€).
Note que há um outro cartão, chamado Tallinja Explore Plus, que inclui por exemplo a utilização dos autocarros turísticos ;hop on – hof off, mas os 39€ não compensam. Use o Tallinja Explore!
Para comprar o Tallinja Explore, basta dirigir-se a um revendedor oficial, seja à chegada ao aeroporto, seja no terminal de autocarros de Valletta (junto à fonte Triton).
O que fazer
Veja o post sobre as praias de Malta e, mais importante, o meu roteiro de 7 dias em Malta. Neles encontra muita inspiração e dicas úteis sobre o que visitar no destino (incluindo nas ilhas de Gozo e Comino).
Passe para visitar museus e património arqueológico
Para quem pretender visitar muitos museus e locais arqueológicos, saiba que existe um passe chamado Heritage Malta Multisite Pass que pode – ou não – compensar. Custa 50€ e dá acesso à maioria dos locais classificados pela UNESCO como Património Mundial em Malta, incluindo os principais templos megalíticos de Malta. Lamentavelmente, o passe não permite visitar o Hipogeu.
Eu não comprei o passe, mas faça as contas e veja se compensa. Custa 50€ e é válido para 30 dias (sendo por isso mais útil para quem ficar bastante tempo em Malta).
Onde ficar
Para compreender melhor a dinâmica da ilha, sugiro que espreite as minhas sugestões detalhadas sobre onde ficar em Malta, que incluem recomendações sobre a melhor zona da ilha para se hospedar em função do seu estilo de viagem.
Dessa lista, eis alguns dos hotéis que recomendo sem reservas na ilha de Malta: em Valletta, a agradável Casa Lapira e o carismático Tano’s Boutique Guesthouse; nas Três Cidades, os acolhedores bed & breakfast Julesy’s, Nelli’s e Casa Birmula, ou ainda o mais simples No. 17 Birgu; e, por fim, em Sliema, o Backstage Boutique Townhouse e o fantástico Two Pillows Boutique Hostel.
Dito isto, não deixe de ficar uns dias em Gozo (vale mesmo a pena). Sugiro os excecionais The Duke Boutique Hotel e Casa Gemelli Boutique Guesthouse (não são baratos, mas são fan-tás-ti-cos); ou os amorosos Ikhaya Lami e Anna Karistu. Alternativamente, se prefere o ambiente rural de uma quinta tradicional maltesa, dificilmente encontrará melhor relação qualidade/preço do que na Tavern Farmhouse.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.