Sergio Rochet será o oitavo goleiro estrangeiro da história do Inter; veja a lista | internacional | ge

Por Bruno Ravazzolli — Porto Alegre


A julgar pelo primeiro treino de Eduardo Coudet, o Inter tem um novo goleiro titular: Sergio Rochet. O uruguaio de 30 anos será o oitavo goleiro estrangeiro a vestir a camisa do clube. O mais recente foi o argentino Abbondanzieri em 2010, ano que traz boas lembranças para os colorados.

Sérgio Rochet é apresentado como novo goleiro do Inter

Sérgio Rochet é apresentado como novo goleiro do Inter

O ex-jogador do Nacional foi apresentado pelo clube nesta segunda-feira e disse ter tomado a decisão certa. Ele já foi regularizado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e está à disposição para a estreia no duelo de domingo, contra o Bragantino, pelo Brasileirão.

O Inter teve sete goleiros de fora do Brasil ao longo dos seus 114 anos de história: três uruguaios, dois paraguaios e dois argentinos. Quatro deles conquistaram ao menos um título. Depois de 13 anos, os gaúchos terão um estrangeiro na meta.

– Sabia que vinha para um grande clube. Tanto no Brasil quanto internacionalmente. É um clube muito competitivo. Há muito bons goleiros. Tiver a sorte de jogar contra o Inter e ver a qualidade. Venho para somar – disse Rochet em sua apresentação.

Os goleiros estrangeiros do Inter:

  • Julio Paixão (1914 a 1916) - uruguaio
  • Rizzo (1937) - uruguaio
  • Jorge Américo La Paz (1954 a 1956) - uruguaio
  • Benítez (1977 a 1983) - paraguaio
  • Gato Fernandez (1991 a 1993) - paraguaio
  • Sergio Goycochea (1995 e 1996) - argentino
  • Pato Abbondanzieri (2010) - argentino
  • Sérgio Rochet (2023) - uruguaio

Rochet goleiro Inter — Foto: Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional

Pato Abbondanzieri (2010)

O argentino chegou ao Inter aos 37 anos e com aval do uruguaio Jorge Fossati. Pato iniciou a campanha na Libertadores entre os titulares. A passagem pelo Beira-Rio ficou marcada pelo título do torneio e por "reverter" a marcação de um pênalti, no empate por 1 a 1 com o Deportivo Quito, na fase de grupos (relembre abaixo).

As atuações irregulares e a mudança de treinador custaram a posição. Celso Roth assumiu e bancou Renan entre os 11. Abbondanzieri seguiu como reserva da equipe. No Mundial de Clubes, em sua despedida, foi homenageado na disputa do terceiro lugar contra o Seongnan, vitória colorada por 4 a 2. O goleiro pendurou as luvas naquele ano.

Relembre o jogo entre Inter e Deportivo Quito pela Libertadores de 2010

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Sergio Goycochea (1995 e 1996)

Com status de pegador de pênalti e destaque da Argentina na Copa do Mundo de 1990, Goycochea foi contratado pelo Inter em 1995. O argentino criou relação com a cidade, estrelou comerciais, mas não teve o protagonismo de outrora. Não conquistou nenhum título. No ano seguinte, deixou o Beira-Rio para jogar no Vélez Sarsfield.

– Estive muito bem no Inter. Foi uma fase muito feliz da minha vida. Me encantei por Porto Alegre e todo mundo me tratava muito bem. Não tive a oportunidade de ficar por mais tempo, mas gosto muito do torcedor colorado – disse Goycochea ao ge em 2008.

Goycochea com o time do Inter em 1995 — Foto: Ricardo Chaves / Agência RBS

Gato Fernandez (1991 a 1993)

Pai de Gatito Fernandez, do Botafogo, o paraguaio foi bicampeão gaúcho pelo Inter e ajudou a quebrar a hegemonia do rival, que vinha de seis conquistas consecutivas do Gauchão. Além disso, foi titular no último título colorado em âmbito nacional: a Copa do Brasil de 1992.

O goleiro foi decisivo no torneio de mata-mata, em especial na disputa por pênaltis contra o Grêmio nas quartas de final. Gato defendeu duas cobranças e levou o time adiante. O Inter foi campeão ao superar o Fluminense nas finais. Ele deixou o Inter no fim de 1993.

Confira os melhores momentos de Inter 1(3)x(0)1 Grêmio pela Copa do Brasil de 1992

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Benítez (1977 a 1983)

Benítez é um dos goleiros mais importantes da história do Inter. O paraguaio chegou em 1977 e foi tratado à época como "herdeiro de Manga". Antes de se tornar ídolo, foi emprestado ao Palmeiras em 1978 e por lá se destacou. No ano seguinte, assumiu a titularidade e brilhou.

O paraguaio fez parte do time campeão brasileiro invicto de 1979 ao lado de Mauro Galvão, Falcão, Batista e companhia. Em 1980, foi à final da Libertadores, mas o Inter foi superado pelo Nacional. Benítez ganhou três campeonatos gaúchos seguidos em 1981, 1982 e 1983.

Benítez, um dos ídolos da história do Inter — Foto: Divulgação/Inter

A carreira do goleiro foi abreviada em dezembro de 1983. Em amistoso em Alegrete, contra Associação Atlética, disputou uma bola com o atacante Celeni e se chocou contra a perna do rival. O paraguaio sofreu uma grave lesão na medula e precisou se aposentar.

Jorge Américo La Paz (1954 a 1959)

O goleiro sagrou-se campeão gaúcho em 1956. No Uruguai, vestiu as camisas de Liverpool, Nacional e Peñarol. O auge da carreira foi em 1950, quando foi campeão do mundo pela celeste em pleno Maracanã. La Paz era reserva da equipe. Ele faleceu em 2011, aos 83 anos, em Laguna, Santa Catarina.

Rizzo (1937)

Atuou poucas vezes pelo Inter. Em dois clássicos disputados, perdeu os dois jogos.

Julio Paixão (1914 a 1916)

Júlio nasceu em 1895, na cidade de Salto, no Uruguai. Foi o primeiro goleiro estrangeiro da história do Inter. Curiosamente, ele é o pai de Paixão Côrtes, ícone da cultura gaúcha e do movimento tradicionalista.

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