Aumentam as fraudes via PIX; saiba como funciona e como evitá-las

Um recente levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta os cinco principais tipos de golpes realizados através de transações via PIX e como os cibercriminosos operam para ludibriar suas vítimas. Acompanhe abaixo as estratégias mais usadas e as dicas para não cair em armadilhas.

Golpe do 0800 Falso
Os criminosos contatam as vítimas por SMS, simulando ser o banco da pessoa e informando sobre uma suposta transação suspeita. Eles fornecem um número 0800 para que a vítima busque ajuda, passando uma falsa sensação de segurança. Especialistas explicam que  conseguir um número 0800 hoje é muito barato, custa cerca de R$ 50 e você paga R$ 0,60 por minuto de ligação. As vítimas são persuadidas a fornecer dados pessoais ou a fazer transações para resolver o problema inexistente. Para evitar cair nesse golpe, a Febraban aconselha que nunca se deve ligar para números fornecidos por SMS. Em caso de dúvida, o cliente deve utilizar o número oficial do banco, disponível no verso do cartão.

Golpe da Tarefa Remunerada
Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética (Abraseci), alertou para golpes que envolvem a promessa de dinheiro fácil por tarefas simples como curtir publicações ou seguir perfis nas redes sociais. Os golpistas pedem um investimento inicial ou dados pessoais para liberação de supostos pagamentos que nunca são realizados. A recomendação é sempre desconfiar de trabalhos que exigem pagamento prévio ou prometem vantagens exageradas.

Clonagem do WhatsApp
Esse golpe ocorre quando os criminosos se passam por uma empresa conhecida da vítima e solicitam um código de segurança enviado via SMS, alegando ser uma atualização ou confirmação de cadastro. Com esse código, o golpista ganha acesso ao WhatsApp da vítima e pode solicitar dinheiro aos contatos dela. A Febraban sugere a ativação da verificação em duas etapas no aplicativo para prevenir essa fraude.

Golpe da Engenharia Social via WhatsApp
Semelhante ao anterior, porém, o criminoso cria um novo perfil com o nome da vítima e contata seus amigos e familiares pedindo dinheiro devido a uma emergência. Especialistas em segurança aconselham verificar sempre a veracidade da informação com o contato original antes de realizar qualquer transferência.

Golpe do Acesso Remoto
Conhecido como "Golpe da Mão Fantasma", os fraudadores convencem as vítimas de que há um problema de segurança que necessita resolução imediata, muitas vezes usando jargões técnicos e pedindo instalação de softwares que dão aos criminosos acesso ao dispositivo da vítima. A Febraban alerta que as instituições financeiras nunca solicitam a instalação de aplicativos através de links para resolver problemas em contas. É vital não clicar em links suspeitos e manter um bom antivírus no dispositivo.

Estas orientações da Febraban são cruciais para se proteger contra fraudes cada vez mais sofisticadas no ambiente digital.