Inteligência artificial identifica como falsa "obra de Monet" que era vendida por R$ 3 milhões | Inteligência Artificial | Época NEGÓCIOS
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A tecnologia descobriu que uma pintura listada por US$ 599 mil no eBay como “Monet” tinha uma “alta probabilidade” de não ser autêntica — Foto: eBay
A tecnologia descobriu que uma pintura listada por US$ 599 mil no eBay como “Monet” tinha uma “alta probabilidade” de não ser autêntica — Foto: eBay

O uso de inteligência artificial vem revolucionando o mundo da arte. Recentemente, um algoritmo identificou cerca de 40 pinturas falsas à venda no eBay — incluindo supostas obras famosas de Monet e Renoir.

A descoberta foi feita por Carina Popovici, especialista em autenticação de obras de arte. Em entrevista ao The Guardian, Popovici explica que utilizou IA para analisar fotos de anúncios publicados online no eBay.

Apesar de a plataforma afirmar que não autoriza a venda de réplicas ou cópias não autorizadas e que utiliza tecnologia para identificar potenciais fraudes, a ferramenta de IA utilizada por Popovici encontrou cerca de 40 obras de arte falsas — aproximadamente 95% o total analisado. Para a especialista, essa é apenas "a ponta do iceberg".

Dentre as obras identificadas como falsas está uma tela nomeada "Forest with a stream (Floresta com uma queda d'água)" e assinada por Claude Monet. O anúncio pedia US$ 599 mil pela obra (cerca de R$ 3 milhões).

Em outro anúncio, golpistas tentavam vender um quadro como se fosse Renoir por US$ 165 mil (R$ 825 mil).

O projeto encabeçado por Popovici faz parte da Art Recognition, uma companhia suíça que conta com a parceria da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, e a Universidade de Tilburg, nos Países Baixos.

A tecnologia utilizada para identificar as obras falsas têm dois tipos de redes neurais artificiais para identificar padrõs de trabalho dos artistas — a análise vai desde o padrão das pinceladas até a paleta de cores utilizadas. O processo leva cerca de 10 minutos.

A inteligência artificial não é utilizada apenas em anúncios online. Nos últimos anos, a tecnologia da Art Recognition ajudou a resolver dúvidas históricas sobre quadros em coleções de arte e museus renomados ao redor do mundo, como os auto-retratos de Vincent van Gogh do Museu Nacional de Oslo e pintururas de Peter Paul Rubens que pertencem à National Gallery.

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