Conheça a história do Charlie Brown Jr., uma das maiores bandas de rock brasileiras. Do sucesso ao drama, descubra o legado dessa icônica banda nacional.
O Charlie Brown Jr. foi parte daquela elite de bandas brasileiras que abriram as portas do rock para um público com gostos mais populares.
Eles conversaram com públicos de diferentes nichos da música e se tornaram possivelmente uma das bandas de pop rock mais populares do Brasil.
A história do Charlie Brown Jr. começa com Chorão, nascido em São Paulo, mas que se mudou para Santos, onde iniciou sua vida no skate e na música.
Em um show no bar da cidade, ele chamou a atenção de um espectador que o convidou para fazer parte de sua banda.
Foi assim que ele se juntou a Renato Pelado, Champignon, Marcão e Thiago, formando a primeira versão da banda.
No cenário underground, o som do Charlie Brown Jr. era totalmente diferente, com influências do hardcore dos anos 80.
Após algumas tentativas, eles finalmente gravaram uma demo, mesmo que Chorão tenha vendido sua TV para custear as despesas.
A demo chegou às mãos de Rick Bonadio, que decidiu produzir a banda.
O primeiro disco, “Transpiração Contínua Prolongada”, lançado em 1997 pela Virgin, mostrou uma banda totalmente reformulada, cantando em português. O disco foi um sucesso estrondoso, rendendo à banda o disco de platina.
O Charlie Brown Jr. foi responsável por lançar tendências, como o famoso chapéu Caiçara, e suas letras falavam diretamente com toda uma geração de adolescentes ligados à cultura do skate.
O segundo álbum, “Preço Curto… Prazo Longo”, também ganhou disco de platina, e músicas como “Proibida pra Mim” se tornaram hits instantâneos.
Em 2000, a banda lançou “Nadando com os Tubarões”, um disco com ainda mais rap e baladas, que também recebeu certificado de platina.
No mesmo ano, eles se recusaram a participar do Rock in Rio devido a questões financeiras.
A banda continuou lançando álbuns de sucesso, como “Bocas Ordinárias” (2002) e “Imunidade Musical” (2005), este último rendendo à banda um Grammy Latino.
No entanto, nem tudo eram flores nos bastidores.
Após a morte do pai, Chorão entrou em uma fase difícil, e as tensões na banda começaram a crescer. Em 2013, Chorão foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo.
Após a morte de Chorão, os membros restantes formaram uma nova banda chamada A Banca, mas problemas internos logo surgiram. Em 2015, foi lançado um disco póstumo do Charlie Brown Jr. chamado “La Família 013”.
Hoje, o legado do Charlie Brown Jr. é lembrado em tributos como “Dias de Luta, Dias de Glória”, uma turnê em homenagem aos 10 anos da morte de Chorão.
A banda nunca mais voltou com um novo vocalista, mas o tributo continua a manter viva a memória de uma das maiores bandas de rock brasileiras de todos os tempos.
Rick Banadio fala sobre Chorão:
Kleber Atalla, grande amigo faz uma homenagem a Chorão: