Jornalista revela que estátua de Daniel Alves não devia ter sido retirada - Portal do São Paulino

Jornalista revela que estátua de Daniel Alves não devia ter sido retirada

PARIS, FRANCE - APRIL 27: Dani Alves of Paris Saint-Germain looks on after loosing the French Cup Final match against Stade Rennais at Stade de France on April 27, 2019 in Paris, France. (Photo by Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images)

Livre desde que seu pedido de liberdade provisória foi aceito pela Justiça da Espanha, Daniel Alves espera o julgamento em todas as instâncias para ouvir seu veredito. Ele havia sido condenado a quatro anos e meio por estupro, e ficou preso de maneira preventiva por 14 meses em Barcelona.

Por conta do crime, moradores da cidade de Juazeiro (BA), local em que o ex-lateral da Seleção Brasileira nasceu, vandalizaram a estátua que homenageia Daniel em algumas oportunidades. Em uma delas, colocaram um saco pret em volta da escultura.

Dito isso, o Ministério Público da Bahia recomendou a retirada da estátua do local, que não está mais lá desde esta segunda-feira (29). A justificativa das autoridades foi que a lei não permite homenagens a pessoas vivas com bens públicos.

Na visão da jornalista Milly Lacombe, a retirada da estátua foi um erro. Ela acredita que, e,bora pareça a coisa certa a ser realizada, a homenagem deveria ser “atualizada”, dando um exemplo que poderia ser seguido.

“A princípio, parece atitude correta. Estátuas de predadores não deveriam estar no nosso caminho pelas cidades. Mas retirar apenas talvez não sirva como espaço de memória. Nem para o assassino bandeirante nem para o estuprador condenado. No caso de Daniel Alves, o correto seria que houvesse algum tipo de atualização de seu status como ex-ídolo”, escreveu Milly, através de sua coluna no UOL Esporte.

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Milly recomenda uma “atualização” na estátua

Para ela, a homenagem deveria ser tida como uma forma do povo não esquecer o crime que Daniel Alves cometeu na boate Sutton, em dezembro de 2022. “Mas retirar apenas talvez não sirva como espaço de memória. Nem para o assassino bandeirante nem para o estuprador condenado. No caso de Daniel Alves, o correto seria que houvesse algum tipo de atualização de seu status como ex-ídolo”, prosseguiu, antes de dar uma solução:

“Diante disso, uma intervenção na estátua poderia ser interessante e mais didático. Como? Eu tenho uma sugestão: deixar a estátua na praça e colocá-la dentro de uma cela. Ao lado das grades, uma placa explicando quem é a personagem: conquistas, fracassos e crimes. Se Daniel Alves não está preso em carne e osso que pelo menos seu exemplar em pedra seja colocado onde o homem deveria estar”, finalizou.