Nelson Peltz, o Investidor Ativista que Busca Assentos na Disney

Nelson Peltz é um nome popular quando se trata de investidor ativista em Wall Street. 

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O bilionário fez seu nome servindo a vários conselhos, mais precisamente, de 11 das empresas nas quais a Trian Fund Management investiu desde 2005. Agora está de olho na Disney (DISB34). 

Peltz frequentemente disputa assentos nos conselhos das empresas para ter uma influência mais direta sobre seu futuro e desbloquear valor para os acionistas.

Atuando dessa forma, o investidor ativista de 82 anos, já venceu batalhas contra a Heinz, a Dupont e a P&G, provocando grandes mudanças na gestão desses grupos.

Nelson Petz tem uma fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão pela Forbes, o que o coloca como o 1905º bilionário no ranking de 2023.

Conheça mais da trajetória do fundador da Trian Fund Management que visa a governança da Disney.

Quem é Nelson Peltz

Nelson Peltz é um empresário e investidor americano, sócio fundador e diretor executivo da empresa de investimentos Trian Fund Management.

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Vida e carreira

Nelson Peltz nasceu em 24 de junho de 1942, no Brooklyn, Nova York, Estados Unidos. Filho de Claire (1905–2007) e Maurice Herbert Peltz (1901–1977).

Ele frequentou brevemente o programa de graduação na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, mas deixou a escola em 1963, sem receber um diploma.

Peltz abandonou os estudos com a intenção de se tornar instrutor de esqui em Oregon, no entanto, acabou como motorista de caminhão de entrega para A. Peltz & Sons, uma empresa atacadista de distribuição de alimentos fundada por seu avô em 1896.

Com liberdade na empresa, Peltz e seu irmão mais velho, Robert, expandiram o negócio, mudando gradualmente a linha de produtos agrícolas para alimentos congelados institucionais.

Em 1972, os irmãos, juntamente com Peter May, assumiram de vez o negócio que passou a se chamar Flagstaff Corp.

Em 1979, Peltz vendeu a divisão de negócios de serviços alimentícios da Flagstaff para um grupo de investidores.

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Na década de 1980, Peltz e seu sócio, Peter May, partiram em busca de aquisições alavancadas por meio de junk bonds, títulos de renda fixa com um risco de crédito significativo.

Em 1983, comprou uma participação avaliada em cerca de US$ 80 milhões na Triangle Industries, que se tornou em uma empresa industrial da Fortune 100, líder no segmento de embalagens no cenário mundial, e a vendeu para a Pechiney por US$ 4 bilhões em 1988. 

Também adquiriu a National Can Corporation em 1985 por US$ 460 milhões e a divisão de embalagens da American Can Company em 1986 por US$ 570 milhões

No ano de 1997, os irmãos Peltz e o sócio Peter May compraram a Snapple da Quaker Oats, por US$ 300 milhões. Após recuperarem a empresa, a venderam a para a Schweppes da Cadbury por mais de US$ 1,45 bilhão, em 2000. 

Em 2005, Nelson Peltz, Peter May e Edward P. Garden fundaram a Trian Fund Management, empresa de investimento em fundos de hedge.

Como uma empresa de investimento ativista, a Trian investiu em empresas como Kraft Heinz (KHCB34), Cadbury (CBRY), Ingersoll Rand (IR), BNY Mellon (BONY34), Wendy's (WEN), DuPont (DDNB34), Mondelēz (MDLZ34), PepsiCo (PEPB34), State Street Corporation (STT), Procter & Gamble (PGCO34), Legg Mason Inc (LM), Disney (DISB34) e Family Dollar (FDO). 

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A Trian esteve envolvida em concursos de procuração na Heinz em 2006, na DuPont em 2015 e na P&G em 2017. Após esses concursos de procuração, Nelson atuou no Conselho da Heinz de setembro de 2006 a junho de 2013 e no Conselho da P&G de março de 2018 a outubro de 2021. 

Depois de adquirir uma participação de US$ 1,3 bilhão na PepsiCo Company em 2013, ele ligou para o CEO e exigiu que a empresa adquirisse a Mondelez International, uma empresa na qual ele possuía US$ 1 bilhão em participações.

Além disso, Nelson e a Trian trabalharam com sucesso com o CEO da DuPont, Ed Breen, que foi nomeado CEO após o concurso de procuração com a Trian.

Depois de adquirir uma participação de 9,9% na gestora de ativos Invesco e Janus Henderson em 2020, Nelson pressionou a fusão das duas empresas. Embora o negócio nunca tenha se concretizado, ele conseguiu reverter a fortuna da Invesco, com suas margens operacionais e lucros mais do que duplicando.

Sua mais recente batalha por assentos envolve a Disney.

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Ao lançar formalmente a candidatura para o conselho, Nelson alega querer resgatar a empresa do que chama de crise de gastos excessivos no negócio de streaming e do fracasso no planejamento de sucessão. 

O investidor ampliou sua participação na empresa para cerca de 30 milhões de ações, uma posição de cerca de US$ 2,5 bilhões, de acordo com a CNBC. 

Segundo o Wall Street Journal, a Trian quer ter mais de um assento no conselho, incluindo uma cadeira para Peltz. No entanto, ele enfrenta a resistência dos herdeiros de Walt Disney e Roy O. Disney.

Na vida pessoal, Nelson Peltz foi casado três vezes. 

Em 1964, casou-se com Cynthia Abrams. Eles se divorciaram em 1981 e tiveram dois filhos. 

Em 1985, casou-se com sua terceira esposa, Claudia Heffner, com quem tem oito filhos, entre eles os atores Nicola Peltz e Will Peltz.

Sua filha Nicola se casou com Brooklyn Beckham, filho do jogador de futebol David Beckham, em abril de 2022.

Peltz possui casa em Mountsorrel, em Palm Beach, Flórida e em Bedford, Nova York^.

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Estratégia de investimento de Nelson Peltz

Considerado um investidor ativista, Nelson Peltz, compra participações em empresas consideradas subvalorizadas e depois faz lobby por mudanças dentro da empresa, como dividendos mais elevados, recompra de ações, cortes de custos, mudanças de gestão e, às vezes, dissolução da empresa.

Desde 2005, Peltz adquiriu com sucesso assentos no conselho de administração de muitas empresas através da Trian Fund Management. 

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Onde investe Nelson Peltz

Nelson Peltz é cofundador da empresa de investimentos Trian Fund Management, a qual possui US$ 8,5 bilhões em ativos sob gestão.

A empresa possui um portfólio altamente concentrado que inclui participações no Bank of New York Mellon, na DuPont e no conglomerado alimentar Mondelez International.

As campanhas ativistas de Peltz geraram uma média de 9,6% nos últimos 15 anos. Embora algumas campanhas tenham sido extremamente bem-sucedidas, gerando retornos superiores a 30%, outras foram uma desilusão, perdendo até 15%, como foi o caso da General Electric, segundo o Yahoo Finance.