Como foi a única Libertadores da vida de James Rodríguez - ESPN
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Como foi a única Libertadores da vida de James Rodríguez, agora titular do São Paulo para estreia

De volta após duas temporadas ausente, o São Paulo entra na CONMEBOL Libertadores em busca do quarto título, feito inédito para qualquer brasileiro na história do torneio. Para conseguir a "glória eterna" mais uma vez, a equipe do Morumbis conta com alguns talentos no elenco, entre eles o astro James Rodríguez – que sabe o que é brilhar na competição continental.

Em 2010, com apenas 18 anos, James era o principal nome do Banfield, da Argentina. O clube da região metropolitana de Buenos Aires participava da competição após campanha histórica no Campeonato Argentino, quando conquistou seu primeiro e único título do Apertura.

"James estava sempre de bom humor, com muita gana de aprender. O treinamento acabava e ele ficava trabalhando no campo. Treinava faltas, chutes de média e longa distância, chutes com a perna direita. Tudo para se aperfeiçoar", contou à ESPN Omar Piccoli, então auxiliar do técnico Julio Falcioni.

Com o colombiano como destaque, o Banfield entrou na Copa Libertadores para tentar surpreender – e conseguiu. Em um grupo com Nacional-URU, Morelia-MEX e Deportivo Cuenca-EQU, o time argentino fez uma boa campanha e se classificou em segundo colocado, com 11 pontos, um atrás do tradicional clube uruguaio.

E, claro, esse bom desempenho passou muito pelos pés de James Rodríguez. Nessas seis primeiras partidas, ele foi titular em todas e marcou quatro gols. Um jogo foi ainda mais especial: no duelo fora de casa contra o Nacional, no Gran Parque Central, o então jovem meia canhoto assumiu o protagonismo e marcou os dois gols do Banfield, que conseguiu um empate em 2 a 2 com os adversários. A atuação dele acabou chocando até a comissão técnica.

"A partida que mais me recordo foi contra o Nacional no Uruguai. Ele marcou dois gols, sendo um de pênalti com muita tranquilidade. Ele tinha me prometido a camiseta dele antes do jogo, mas, quando acaba a partida, ele queria ficar com ela porque estava orgulhoso do que tinha feito. Obviamente, eu deixei", conta Omar.

O destino acabou sendo um pouco cruel com o clube argentino, que teve que enfrentar o Internacional, o futuro campeão, logo nas oitavas de final. Contudo, mesmo contra um poderoso elenco do Colorado, James quase conseguiu costurar um "milagre".

Na partida de ida, o Banfield venceu por 3 a 1, com direito ao colombiano abrindo o placar e sendo o cara do embate. Contudo, na volta, no Beira-Rio, James viu seu time perder por 2 a 0 e ainda foi expulso do confronto após levar dois cartões amarelos. O revés acabou eliminando a equipe argentina pelo critério de gols marcados fora de casa, que ainda existia na época.

"Fizemos uma grande partida em casa, quando ganhamos com boa participação de James. Mas tomamos um gol bobo, que acabou custando a classificação no jogo da volta. Mas a Libertadores que fez pelo Banfield, James vai lembrar por toda a vida", disse Omar.

Depois de impressionar na Libertadores mesmo tão jovem, James acabou negociado com o Porto, de Portugal, onde começou a trilhar seu caminho vitorioso pelo futebol europeu, que envolveu passagens por Monaco, Real Madrid e Bayern, além do Olympiacos, da Grécia.

Agora pelo São Paulo, o astro colombiano volta à competição que o lançou para os holofotes. Após um período nebuloso neste início de temporada no Tricolor, quando chegou a ficar um passo de deixar o clube, o camisa 55 tenta reencontrar seu melhor futebol.

Após boas atuações na Data Fifa com a seleção colombiana, o meia deve começar entre os titulares na estreia contra o Talleres. O duelo está marcado para esta quinta-feira (5), às 21h (de Brasília), no Estádio Mario Alberto Kempes.

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