D. Manuel I, Rei de Portugal | O Leme - Magazine - Historia

In�cio Magazine

MAGAZINE
Hist�ria



D. Manuel I, Rei de Portugal

LER E ESCREVER COMENT�RIOS

A 31 de maio de 1469, nasce, em Alcochete, D. Manuel I, 14.� rei de Portugal.

Cognominado �O Venturoso�, era o filho mais novo do infante Fernando, Duque de Viseu (filho do rei Duarte I) e sua esposa, a infanta Beatriz de Portugal (neta do rei Jo�o I).

D. Manuel certamente nunca pensou que um dia viria a ser rei de Portugal, pois esse cargo pertencia, por direito, ao seu primo, infante D. Afonso, �nico filho de D.Jo�o II e D. Leonor, nascido em Lisboa a 18 de maio de 1475.

D Afonso havia-se casado, ainda crian�a, com Isabel de Arag�o, filha primog�nita dos apelidados reis Cat�licos Isabel I, de Castela e Le�o e D. Fernando de Arag�o.

Com a morte prematura de D. Jo�o, pr�ncipe das Ast�rias, segundo filho dos Reis Cat�licos e herdeiro indigitado destes, o trono de Castela, Le�o e Arag�o passaria para o pr�ncipe D. Afonso de Portugal, uma vez que a sua filha primog�nita estava casada com este e n�o havia mais filhos var�es. Ficaria, assim, toda a Pen�nsula Ib�rica nas m�os de Afonso, futuro rei de Portugal.

A morte de Afonso de Portugal (ver imagem), ocorrida a 13 de julho de 1491, n�o permitiu que esta uni�o ib�rica se realizasse.

D. Jo�o II n�o tinha mais filhos leg�timos, pelo que teve de nomear D. Manuel como seu sucessor, ascendendo este ao trono como D. Manuel I a 25 de outubro de 1495.

Numa altura em que os casamentos dos monarcas se faziam n�o por amor mas sim pelo interesse da coroa, D. Manuel I casou-se, em primeiras e segundas n�pcias, respetivamente com Isabel de Arag�o e Castela e com a Maria de Arag�o e Castela, com a ideia de vir a tornar-se rei de toda a Pen�nsula Ib�rica. O prematuro falecimento de ambas, n�o lhe permite concretizar essa aspira��o; mas, com um terceiro casamento com Leonor da �ustria, volta a sonhar com essa possibilidade.

D. Leonor estava inicialmente indigitada para ser esposa do seu filho D. Jo�o, futuro monarca de Portugal, que nunca perdoaria ao pai tal desfa�atez.

O contrato de casamento de D. Manuel I com D. Isabel de Arag�o e Castela, filha dos Reis Cat�licos e vi�va de D. Afonso, inclu�a uma cl�usula que exigia a expuls�o dos hereges (mouros e judeus) do territ�rio portugu�s.

D. Manuel I tentou impedir a consuma��o desta cl�usula, pois necessitava dos conhecimentos t�cnicos e do apoio financeiro dos Judeus para prosseguir a expans�o ultramarina de Portugal. Ap�s muitos avan�os e recuos, acaba por, a 5 de dezembro de 1496, assinar o decreto de expuls�o dos Judeus, dando-lhes ainda v�rios meses para estes decidirem se queriam converter-se ao cristianismo. D. Manuel I acreditava que o decreto de expuls�o daria origem a in�meras convers�es, n�o sendo necess�ria a sa�da efetiva dos Judeus. Estes, por�m, come�aram a abandonar em massa o Pa�s, obrigando o rei a estancar a sua sa�da pelo encerramento dos portos nacionais, com a exclus�o do de Lisboa. Nesta cidade, juntaram-se 20 000 judeus procurando abandonar Portugal receosos que estavam que lhes cerceassem a vida, n�o conseguindo o rei evitar a sua sa�da.

Os Judeus que ficaram por aparentemente se terem convertido (apelidados de crist�os-novos), continuaram secretamente a cumprir os seus rituais ancestrais, n�o sendo muito bem vistos pelo crist�os-velhos. Quando uma epidemia grassou em Portugal, originando centenas de mortos, os Judeus foram acusados de a ter provocado.

Outros pa�ses acolheram estes cidad�os portugueses, nomeadamente a Holanda, que muito ficou a ganhar economicamente com a sua presen�a.

No reinado de D. Manuel I foi descoberto (achadoPT-BR) o Brasil e o caminho mar�timo para a �ndia. Organizaram-se, igualmente, viagens para ocidente, tendo os navegadores portugueses atingido a Gronel�ndia e a Terra Nova.

D. Manuel I morre, em Lisboa, a 13 de dezembro de 1521.




TOPO