Jeffrey Epstein: bilionário comandou esquema de tráfico sexual e morreu na prisão; relembre | Mundo | G1

Por g1


Justiça de NY divulga nomes de possíveis envolvidos com bilionário Jeffrey Epstein

Justiça de NY divulga nomes de possíveis envolvidos com bilionário Jeffrey Epstein

O bilionário Jeffrey Epstein foi achado morto numa prisão de Mahattan em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. Bem relacionado, ele foi próximo a figuras importantes de Wall Street, políticos, celebridades e até integrante da realeza britânica.

Nesta quarta-feira (3), após a Justiça norte-americana tornar pública uma série de documentos sobre o processo contra Epstein, foi divulgado que nomes como o do ex-presidente Bill Clinton e do príncipe Andrew, do Reino Unido, filho da rainha Elizabeth II e irmão do rei Charles III, estavam ligados ao bilionário. Epstein também já manteve relação próxima com o ex-presidente Donald Trump.

Relembre o quem foi Jeffrey Epstein a partir dos tópicos abaixo:

  • Rede de exploração sexual
  • Nomes retirados de sigilo
  • Acusações anteriores
  • Riqueza exorbitante e risco de fuga
  • Morte de Epstein
  • Bill Clinton e príncipe Andrew

Rede de exploração sexual

O empresário, que tinha 66 anos quando cometeu suicídio em sua cela na prisão, é acusado de ter abusado de meninas de 14 anos e de operar uma rede de exploração sexual de menores. Ele foi preso pela polícia americana em 8 de julho de 2019.

Segundo a acusação, entre 2002 e 2005, Epstein pagava centenas de dólares em dinheiro para meninas irem até suas casas de luxo realizarem atos sexuais ou recrutarem outras menores com a mesma finalidade.

Dezenas de mulheres acusaram Epstein de forçá-las a prestar serviços sexuais a ele e a seus convidados em sua ilha particular no Caribe e nas casas que ele possuía em Nova York, na Flórida e no Novo México.

Nomes retirados de sigilo

Mais de 150 nomes foram citados no processo movido por Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Epstein. Os nomes estavam sob sigilo até uma juíza federal decidir que não era necessário mantê-los privados.

Os documentos em que aparecem os nomes de Clinton e Andrew são parte de um processo de difamação movido por Giuffre contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, que está presa por recrutar meninas menores de idade para o esquema do bilionário.

A juíza responsável pelo caso decidiu que alguns nomes citados permaneceriam confidenciais, incluindo os de pessoas que eram menores de idade quando Epstein abusou delas.

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Acusações anteriores

As acusações que levaram à prisão de Epstein em 2019 ocorreram mais de uma década após um acordo que o protegeu de acusações semelhantes na Flórida.

Epstein foi investigado pela primeira vez em 2005, depois que a polícia de Palm Beach, na Flórida, recebeu denúncias de que ele havia abusado sexualmente de garotas menores em sua mansão.

Epstein havia afirmado em documentos que seus encontros com supostas vítimas foram consensuais e que ele achava que elas tinham 18 anos quando ocorreram.

Riqueza exorbitante e risco de fuga

Quando Epstein foi para a prisão, em 2019, procuradores federais haviam pedido que o bilionário fosse detido até o julgamento.

O argumento à época era de que ele representava um "risco extraordinário de fuga" por causa de sua riqueza "exorbitante", posse de aviões privados capazes de viajar internacionalmente e laços internacionais significativos.

Morte de Epstein

Quando Epstein morreu, os procuradores retiraram a acusação contra ele, mas disseram que estavam considerando acusar outras pessoas de facilitar o suposto abuso, pelo bilionário, de várias meninas.

Jeffrey Epstein assinou um testamento dois dias antes de cometer suicídio. Segundo os registros, o patrimônio dele estava avaliado em mais de US$ 577 milhões.

Os advogados das vítimas prometeram ir atrás dos bens dele -- são casos por ressarcimento, diferentemente da ação criminal, que se encerrou com a morte.

Bill Clinton e príncipe Andrew

Em depoimento de 2016, uma das vítimas citou episódio em que Epstein teria falado com ela sobre Bill Clinton. “Ele disse uma vez que Clinton gosta de jovens, referindo-se às meninas”, disse ela, de acordo com a rede de televisão CNN.

Quando questionada se Clinton era amigo de Epstein, ela disse que entendia que os dois tinham “negócios”. Em 2019, um porta-voz de Clinton confirmou que o ex-presidente tinha voado no avião privado de Epstein, mas que ele não sabia sobre os “crimes terríveis” do bilionário.

Outra testemunha contou que o príncipe britânico Andrew colocou a mão em seu seio na casa de Epstein em Manhattan em 2001, de acordo com documentos judiciais. O incidente já havia sido relatado anteriormente e negado pelo irmão do rei Charles III.

Uma das acusações aponta que a ex-namorada de Epstein, Ghislaine Maxwell, teria arranjado um encontro sexual entre uma garota e Andrew. O filho da rainha Elizabeth II perdeu a maioria de seus títulos reais devido à sua associação com Epstein. Ele resolveu uma ação civil com Giuffre no ano passado por uma quantia não revelada e negou qualquer irregularidade.

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