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Polícia vai periciar arma usada para matar adolescentes de 13 anos

Atirador, João Vitor de Souza Mendes vendeu a pistola antes de se apresentar à delegacia na segunda-feira (6)

Sexta-feira, 10 Maio de 2024 - 14:10 | Marina Romualdo


 Polícia vai periciar arma usada para matar adolescentes de 13 anos
A arma de fogo utilizada no crime foi apreendida pelo Batalhão de Choque (Foto: Divulgação/Batalhão de Choque)

O Batalhão de Choque da Polícia Militar apreendeu na quinta-feira (9) a arma de foto utilizada no homicídio que ceifou a vida dos adolescentes, Silas Ortiz Grizakay e Aysla Carolina de Oliveira Neitzka, ambos de 13 anos, em Campo Grande. A pistola vai passar perícia para saber se é a mesma arma usada no crime. 

Conforme o Comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha, a equipe recebeu uma ligação anônima informando que estava com a pistola que havia sido usada no duplo homicídio. E, que comprou de João Vitor de Souza Mendes, pois, estava precisando de uma arma de fogo para uso pessoal, porém, não queria ser responsabilizado pela aquisição e porte do objeto.

Desta forma, o denunciante informou que deixaria a pistola no pé de uma placa sinalizadora, afixada entre uma loja e um quebra-molas existente na Rua Camocim. Em seguida, os policiais foram até a via e conseguiram apreender a arma de fogo em uma sacola plástica no local. Inclusive, vale destacar que a pistola possui registro de furto na data do 29 de dezembro de 2022. Com isso, o objeto irá passar por perícia para saber se realmente foi utilizada no crime.

Na data, os adolescentes foram assassinados na rua por engano. O principal alvo dos autores era Pedro Henrique Rodrigues, de 19 anos, que foi atingido na perna. Ele estava na esquina da rua Flor de Melo realizando a venda de drogas, quando viu os suspeitos e correu para perto dos adolescentes que foram baleados e não resistiram aos ferimentos.

Durante a investigação, os suspeitos foram identificados e presos. Os envolvidos são – Rafael Mendes de Souza, vulgo "Jacaré", Nicollas Inácio Souza da Silva, ambos de 18 anos, o motorista de APP, George Edilton Dantas Gomes, de 40 anos, Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, de 22 anos, João Vitor de Souza Mendes, de 19 anos.

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Da esquerda para a direita, os suspeitos foram identificados como Nicollas Inácio, o motorista de aplicativo que não teve o nome divulgado (do meio) e o Rafael Mendes (Foto: Divulgação)

O "Jacaré" foi preso na própria residência juntamente com a mãe. Durante abordagem, ele negou qualquer envolvimento nos homicídios, mas acabou revelando que possuía uma arma de fogo, que foi apreendida dentro do guarda-roupa dele.

Ao receber voz de prisão, Rafael informou que tinha conhecimento de quem era os autores do crime. E, indicou Nicollas Inácio e outro rapaz que segue foragido. Diante disso, Nicollas foi localizado em uma casa de massagem que fica localizada na Vila Jacy, na companhia de uma mulher.

No local, o suspeito estava com uma mochila e dentro dela havia um revólver calibre 357. Em seguida, Nicollas confirmou que estava portando a arma de fogo durante o atentado. No entanto, ficou com a missão de pilotar a motocicleta enquanto o outro rapaz de posse de uma pistola calibre 9 milímetros efetuava diversos disparos contra as vítimas.

Segundo o envolvido, no momento do crime, ele nem parou a moto, no qual, o outro autor realizou os disparos com o veículo em movimento. Já após os tiros, eles se reuniram no imóvel de "Jacaré" e neste momento que ele observou que o comparsa havia descarregado o carregador da pistola, ou seja, efetuou aproximadamente 16 disparos. Em seguida, ocultaram a motocicleta no quintal de Rafael e acionaram um motorista de aplicativo e abandonaram a região.

Durante a continuidade às diligências, as equipes visitaram o imóvel do motorista de APP que fica na Vila Bandeirantes. Ele confirmou ter prestado apoio aos suspeitos utilizando o veículo modelo Hyundai HB20. Sendo assim, a polícia constatou que o motorista conhecia o plano para matar o Pedro Henrique e mesmo com acontecimentos inesperados, manteve-se fiel ao acordo firmado com os suspeitos.

Além disso, Nicollas relatou que o revólver apreendido com ele, pertence ao interno, Kleverton, que está preso no Presídio de Segurança Máxima da Capital. Desta forma, a motocicleta usada no dia do crime foi apreendida em uma residência no bairro Aero Rancho e foi constatado que no sistema policial é considerada como furtada no dia 10 de abril deste ano.

 

 

 

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