Em Nova York, o movimento é uma constante. A maior cidade dos Estados Unidos e uma das mais visitadas em todo o mundo, é o tipo de lugar que sempre consegue apresentar algo diferente mesmo para os viajantes mais frequentes. Quem pisar em suas ruas e avenidas em 2024, 2025 e 2026 (ano em que a metrópole receberá a final da Copa do Mundo da Fifa) encontrará, como sempre, muitas atrações.
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O ritmo de novos projetos acompanha o da recuperação da cidade pós-pandemia. Em 2023, Nova York recebeu 62,2 milhões de visitantes, 93% dos 66,6 milhões de 2019. Desse total, 11,6 milhões foram de turistas internacionais, sendo 637 mil brasileiros — o país, aliás, é o quarto maior mercado internacional de Nova York, atrás apenas de Reino Unido, Canadá e França. Pelas projeções das autoridades locais, o cenário pré-Covid será alcançado (e superado) ao final de 2025.
— A cidade de Nova York está novamente pronta para sediar alguns dos maiores eventos esportivos e culturais do mundo, além de celebrar dezenas de aniversários marcantes e novas exposições até 2026 — disse o CEO do New York City Tourism + Conventions, Fred Dixon, durante sua apresentação no IPW 2024, o maior evento de turismo dos Estados Unidos, que aconteceu entre 3 e 7 de maio em Los Angeles
A seguir, confira algumas dessas novidades.
Novos museus
Atiçar os sentidos dos visitantes é a missão de dois novos museus da cidade. Em fevereiro, foi inaugurado o Mercer Labs Museum of Arts ant Technology, em Lower Manhattan, com 15 salas para exibição de instalações artísticas imersivas, com muita luz, espelhos e outros efeitos audiovisuais que aguçam a visão e a audição. No caso do Museum of Food and Drink(Mofad), aberto no mesmo mês no bairro de Dumbo, no Brooklyn, o passeio é feito para estimular o paladar. Sua primeira exposição, “Flavor: The world to your brain”, trata, de maneira interativa, sobre como os sabores das comidas são percebidos pelas pessoas.
Um dos acontecimentos mais marcantes do século XX em Nova York será tema do Stonewall National Monument Visitor Center. Este espaço informativo funcionará no Stonewall Inn e será aberto em 28 de junho, quando se celebram os 55 anos da revolta que eclodiu a partir daquele local e se tornou um marco na luta dos direitos da comunidade LGBTQ+ em todo o país. A história também terá destaque no futuro The American LGBTQ+ Museum, previsto para inaugurar no Upper West Side em 2026.
Para o final de 2024 está previsto ainda a reinauguração do The Frick Collection, que voltará a funcionar em seu endereço original, a antiga mansão da família Frick, no Upper East Side. Após uma longa renovação, a construção abrirá seu segundo pavimento ao público pela primeira vez.
A História em exposição
Nos museus que já estão abertos, não faltam novas exposições. Como parte da celebração pelos 400 anos da fundação da cidade, o New York Historical Society Museum, no Central Park, apresenta duas mostras. Em “New York before New York: The Castello Plan of New Amsterdam” (até 14/7), o visitante pode ver os mapas do primeiro assentamento holandês que deu origem à atual metrópole. Já em “Lost New York”, (até 29/9), imagens, pinturas, vídeos e documentos revelam uma cidade que já não existe.
Outras exposições de destaque são a recém-aberta “Ice Cold: an exhibition of hip-hop jewelry”, no American Museum of Natural History, com joias usadas por estrelas do gênero, como Nicki Minaj e A$AP Rocky; e “Sleeping beauties: reawakening fashion”, no Metropolitan Museum of Art, com algumas das peças de roupas mais importantes de seu acervo (até 2/9).
Parques à beira-rio
Até o final deste ano, mais um espaço do Hudson River Park será aberto ao público como uma nova área de lazer. O Pier 97, uma continuação do Clinton Cove Park, em Hell’s Kitchen, terá um parque infantil com jatos d’água, um escorrega “para todas as idades” e uma grande área gramada.
Para 2025, a cidade receberá o Bronx Point, grande projeto de revitalização de uma área no sul do bairro de Concourse, onde fica o estádio do time de beisebol New York Yankees. Esta área industrial às margens do Rio Harlem terá novos espaços de lazer e centros culturais, entre os quais o Universal Museum of Hip-Hop, dedicado ao gênero musical surgido na cidade há 50 anos.
Ainda mais do alto
Numa cidade com tantos arranha-céus, o mirante do Top of the Rock, no alto do Rockefeller Center, tem se destacado. Ano passado foi inaugurado ali The Beam, uma atração que permite que os visitantes recriem a famosa foto “Lunch atop a skyscraper”, feita em 1932, que mostra 11 operários almoçando sentados numa viga de aço suspensa a 260 metros de altura, praticamente sem proteção. Agora, os visitantes sentam em vigas cenográficas que são elevadas mais 2,7 metros a partir do piso do 69º do prédio e giram lentamente em 360 graus.
Até o final de 2024, o mirante ganhará uma nova atração. Localizada no 70º andar, o mais alto, o Skylift será uma plataforma que subirá lentamente mais 9 metros, permitindo um visual a 269 metros acima da rua.
Musicais da Broadway
Uma viagem para Nova York não é completa sem um musical ou uma peça de teatro da Broadway. Na temporada de 2024, são 23 estreias no total, muitas delas já em cartaz. É o caso de “The notebook” e “Water for elephants”, nos palcos desde março — ambas, aliás, são releituras de livros de sucesso, já adaptados para o cinema, nos filmes “Diário de uma paixão” (2004) e “Água para elefantes” (2011).
Outros destaques são “Hell’s Kitchen”, com letra e música de Alicia Keys (e vagamente inspirado na juventude da cantora); “The Who’s Tommy”, baseado na ópera rock “Tommy”, do grupo inglês; e “Suffs”, que estreia em setembro contando a luta das sufragistas pelo voto feminino.
A cidade do ‘soccer’
Nova York aposta em grandes eventos esportivos nos próximos três anos. Além de eventos tradicionais, como o torneio de tênis US Open (entre agosto e setembro) e a Maratona de Nova York (novembro), a cidade receberá torcedores de futebol de todo o mundo nos próximos anos, ainda que o Met Life Stadium, arena que sediará as partidas, fique, oficialmente, em Nova Jérsei.
Entre junho e julho, a Copa América terá partidas garantidas de Argentina, Chile, Bolívia e Uruguai na fase de grupos, além de um jogo na semifinal. Em 2025, será uma das sedes da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, competição com 32 times de todo o planeta, entre eles Fluminense, Flamengo e Palmeiras. A competição será uma preparação para a Copa do Mundo da Fifa de 2026, ma qual o Met Life Stadium receberá nove jogos, incluindo a final