Mikhail Kutúzov - Biografias - UOL Educação
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Mikhail Kutúzov Militar russo

16 de setembro de 1745, São Petersburgo (Rússia)

28 de abril de 1813, Bunzlau (Rússia)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

16/01/2009 12h26

Mikhail Illariónovich Goleníshchev Kutúzov entrou para o exército russo entre 1759 e 1760. Permaneceu a serviço da Polônia entre 1764 e 1769, e lutou contra o Império Otomano de 1770 a 1774. Nesse último ano, perdeu um olho em ação. Depois, viajou durante vários anos pela Europa central e ocidental.

Em 1787, foi nomeado governador-geral da Criméia. Discípulo do generalíssimo Alexander Suvórov, Kutúzov alcançou considerável reputação durante a guerra russo-turca, de 1787 a 1792, participando da tomada de Ochákov, Odessa e Benda, além de atuar nas batalhas de Rymnik e Mashin.

Em 1791 torna-se tenente-general e ocupa, sucessivamente, os cargos de embaixador em Constantinopla, governador-geral da Finlândia, comandante dos corpos de cadetes de São Petersburgo, embaixador em Berlim e governador-geral de São Petersburgo.
 

Guerras napoleônicas

Kutúsov comandou, em 1805, os exércitos russos contra o avanço de Napoleão sobre Viena, vencendo a dura batalha de Dürrenstein, em 11 de novembro de 1805.

Na véspera da batalha de Austerlitz, Kutúzov tentou prevenir os generais aliados para que não lutassem, pois a derrota era certa, mas foi menosprezado pelos austríacos. Participou, contudo, da batalha, sendo inclusive ferido.

De 1806 a 1811, Kutúzov serviu como governador-geral da Lituânia e de Kiev. Foi, então, colocado no comando dos exércitos russos que lutavam contra os turcos. Percebendo que seu exército seria necessário na iminente guerra com a França, concluiu de maneira precipitada a guerra russo-turca, com o Tratado de Bucareste, por meio do qual a Bessarábia foi incorporada ao Império Russo. Por este êxito, recebeu o título de príncipe.

Quando Napoleão invadiu a Rússia em 1812, o príncipe Mikhail Bogdanovich Barclay de Tolly, então ministro da guerra, decidiu seguir o princípio estratégico da terra arrasada (ou terra queimada), segundo o qual se destrói tudo que pode ser útil ao inimigo e, ao mesmo tempo, recua-se para evitar o confronto. A escolha de tal estratégia causou divisões internas no exército e na nobreza russos.

Assim, quando Kutúzov foi designado comandante-em-chefe, todos o receberam com alegria, acreditando que a Rússia, finalmente, enfrentaria Napoleão. De fato, em duas semanas Kutúzov já lutava. Os dois grandes exércitos se chocaram em Borodino, a 26 de agosto de 1812. Foi a maior batalha da história até aquele momento, levando à morte cerca de 250 mil homens em um só dia. O resultado, contudo, não foi decisivo, e Kutúsov, depois da Conferência de Fili, decidiu retomar a estratégia de seu antecessor.

A decisão de Kutúsov significou a perda de Moscou, cuja população teve de ser evacuada. Aparentemente fugindo de Napoleão, o exército retirou-se para o interior da Rússia, a fim de se reorganizar, enquanto os franceses sofriam a inclemência do inverno russo. Kutúsov acabou por forçar a retirada do imperador francês na batalha de Maloyaroslávets.

Com a vitória, Kutúzov foi nomeado marechal-de-campo. No início do ano de 1813, contudo, adoeceu, vindo a falecer em abril do mesmo ano. De todos os generais russos, Kutúzov é considerado o segundo em importância, depois de seu mestre, Alexander Suvórov. Kutúsov foi imortalizado pelo romance Guerra e paz, de Liev Tolstoi.
 

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