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Anna Kariênina Capa dura – 1 novembro 2005
- Número de páginas816 páginas
- IdiomaPortuguês
- EditoraCosac & Naify
- Data da publicação1 novembro 2005
- Dimensões24.6 x 17.4 x 4.4 cm
- ISBN-108575038419
- ISBN-13978-8575038413
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Detalhes do produto
- Editora : Cosac & Naify; 2ª edição (1 novembro 2005)
- Idioma : Português
- Capa dura : 816 páginas
- ISBN-10 : 8575038419
- ISBN-13 : 978-8575038413
- Dimensões : 24.6 x 17.4 x 4.4 cm
- Ranking dos mais vendidos: Nº 157.296 em Livros (Conheça o Top 100 na categoria Livros)
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- Avaliações dos clientes:
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Anna Kariênina já começa arrebatando o leitor desde a primeira frase, revelando a que veio. Trata-se de um romance familiar escrito entre 1873 e 1877, com direito à intriga, adultério, morte, falência, vícios, corações partidos, enfim, tudo o que uma família pode ter.
Diz-se por aí que Liev Tolstói pretendia intitular o romance de “duas famílias” ou algo parecido, justamente porque o romance tem como base dois protagonistas (Anna e Liévin), não se sabe bem o motivo - talvez publicitário -, mas o título ficou, por fim, “Anna Kariênina”.
Eu ainda não li o romance, por isso não posso resenhá-lo, mas por se tratar de um clássico (clássico dos clássicos para alguns) a leitura é obrigatória para todos aqueles que se dizem leitores. É o que eu sempre digo: você pode até não gostar, mas para dizer que não gostou você precisa dar uma chance, não é mesmo?!
Trata-se de um calhamaço de respeito, com mais de 800 páginas (839 para ser exata), dividido em oito partes. Além disso, temos uma apresentação do tradutor, uma árvore genealógica, lista de personagens, posfácio respeitado de JANET MALCOLM, uma parte sobre o autor e sugestões de leitura. Neste sentido, CUIDADO! Para quem ainda não sabe o final do livro NÃO LEIA A APRESENTAÇÃO DO TRADUTOR, deixe para depois. Na apresentação, Rubens Figueiredo dá um terrível spoiler sobre o final de um dos personagens principais! Depois dessa nunca mais leio a apresentação antes de ler o livro todo! Risadas nervosas à parte...
É importante ressaltar que é, sem dúvida alguma, a melhor edição de Anna Kariênina da atualidade, pois nos presenteia com uma tradução direta do russo por Rubens Figueiredo, um dos mais respeitados tradutores de russo do Brasil. Edição de 2017, resgatada da saudosa Cosac Naify.
Ainda sobre a edição da Cosac Naify, esta estava em minha mente quando fui adquirir o meu exemplar de Anna Kariênina da Companhia das Letras e, por trazer aquela capa belíssima com o duplo (acho que é Moscou e São Petersburgo, posso estar errada), fez-me achar a capa da Companhia das Letras medonha! Por que apenas letras?! Por que não tem alguma imagem como a da Cosac?! Hoje, no entanto, consigo admirar o meu exemplar, afinal, a obra de Tolstói é bela por si só, não precisa de nada mais. Inclusive, se você for reparar, a lombada da edição da Companhia das Letras é belíssima e dá um destaque na estante.
Por fim, mas não menos importante, o preço... Anna Kariênina estava “mofando” na minha lista de desejos, sempre em torno de R$57,00 (preço mais que justo pelo exemplar, mas uma promoção sempre é bom, né?!), até que um dia o preço caiu para R$51,00 e eu tratei de comprar. Dias depois caiu para R$48,00 numa oferta relâmpago. Então o conselho é o seguinte: se você quer um preço mais camarada, espere e olhe todos os dias o site, pois todos os dias tem promoção rolando. De qualquer forma, a Amazon tem sempre o melhor preço e a entrega é muito rápida.
Quanto ao exemplar, o meu veio com duas páginas coladas na parte de baixo, mas nada importante e uns defeitinhos bobos nas pontas da capa (uns pequenos amassados), nada importante.
Então é isso! Espero ter elucidado alguma dúvida e ajudado alguém. Ótima leitura a todos!
Avaliado no Brasil em 18 de novembro de 2019
Anna Kariênina já começa arrebatando o leitor desde a primeira frase, revelando a que veio. Trata-se de um romance familiar escrito entre 1873 e 1877, com direito à intriga, adultério, morte, falência, vícios, corações partidos, enfim, tudo o que uma família pode ter.
Diz-se por aí que Liev Tolstói pretendia intitular o romance de “duas famílias” ou algo parecido, justamente porque o romance tem como base dois protagonistas (Anna e Liévin), não se sabe bem o motivo - talvez publicitário -, mas o título ficou, por fim, “Anna Kariênina”.
Eu ainda não li o romance, por isso não posso resenhá-lo, mas por se tratar de um clássico (clássico dos clássicos para alguns) a leitura é obrigatória para todos aqueles que se dizem leitores. É o que eu sempre digo: você pode até não gostar, mas para dizer que não gostou você precisa dar uma chance, não é mesmo?!
Trata-se de um calhamaço de respeito, com mais de 800 páginas (839 para ser exata), dividido em oito partes. Além disso, temos uma apresentação do tradutor, uma árvore genealógica, lista de personagens, posfácio respeitado de JANET MALCOLM, uma parte sobre o autor e sugestões de leitura. Neste sentido, CUIDADO! Para quem ainda não sabe o final do livro NÃO LEIA A APRESENTAÇÃO DO TRADUTOR, deixe para depois. Na apresentação, Rubens Figueiredo dá um terrível spoiler sobre o final de um dos personagens principais! Depois dessa nunca mais leio a apresentação antes de ler o livro todo! Risadas nervosas à parte...
É importante ressaltar que é, sem dúvida alguma, a melhor edição de Anna Kariênina da atualidade, pois nos presenteia com uma tradução direta do russo por Rubens Figueiredo, um dos mais respeitados tradutores de russo do Brasil. Edição de 2017, resgatada da saudosa Cosac Naify.
Ainda sobre a edição da Cosac Naify, esta estava em minha mente quando fui adquirir o meu exemplar de Anna Kariênina da Companhia das Letras e, por trazer aquela capa belíssima com o duplo (acho que é Moscou e São Petersburgo, posso estar errada), fez-me achar a capa da Companhia das Letras medonha! Por que apenas letras?! Por que não tem alguma imagem como a da Cosac?! Hoje, no entanto, consigo admirar o meu exemplar, afinal, a obra de Tolstói é bela por si só, não precisa de nada mais. Inclusive, se você for reparar, a lombada da edição da Companhia das Letras é belíssima e dá um destaque na estante.
Por fim, mas não menos importante, o preço... Anna Kariênina estava “mofando” na minha lista de desejos, sempre em torno de R$57,00 (preço mais que justo pelo exemplar, mas uma promoção sempre é bom, né?!), até que um dia o preço caiu para R$51,00 e eu tratei de comprar. Dias depois caiu para R$48,00 numa oferta relâmpago. Então o conselho é o seguinte: se você quer um preço mais camarada, espere e olhe todos os dias o site, pois todos os dias tem promoção rolando. De qualquer forma, a Amazon tem sempre o melhor preço e a entrega é muito rápida.
Quanto ao exemplar, o meu veio com duas páginas coladas na parte de baixo, mas nada importante e uns defeitinhos bobos nas pontas da capa (uns pequenos amassados), nada importante.
Então é isso! Espero ter elucidado alguma dúvida e ajudado alguém. Ótima leitura a todos!
Eu gostei muito e recomendo a edição, a tradução do Rubens e a leitura, que é muito fluida. Abaixo, coloco minha resenha sobre a obra em si, em vez da edição. Ela CONTÉM SPOILERS!!!!
[ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS]
Entendi a Anna Kariênina no final.
Anna, a pessoa, é a protagonista - uma das - mas não é uma pessoa que amamos. Claro, podemos enxergá-la como uma mulher à frente de seu tempo, como empoderada de seus próprios desejos, não querendo abrir mão de si, ser solapada. E de fato, ela faz isso tudo (se coloca acima de outros - homens) mas não a vejo como empoderada.
Explico: para mim, feminista convicta, o empoderamento passa pela consciência. Anna não era consciente de si na plenitude necessária para transformar sua rebeldia em empoderamento. Anna Kariênina sabe bem o que não quer, mas elaborou pouco o que queria. Aceitou suas emoções e compreendeu pouco a realidade. Que fosse para criticá-la, tentar mudá-la... Nesta ótica, admiro mais a princesa Betsy Tviérskaia, a quem me parece que de fato estão se referindo quando algumas pessoas falam de Anna Kariênina. Betsy é imoral (na ética daquele tempo histórico): também tem amantes, traiu o marido, não é divorciada, mas sabe que é, opta, domina a situação em que está, e, se não o faz, se refestela mesmo assim. Não tenho intento de defendê-la, não sei o que é o correto aqui, mas de qualificar a figura feminina que se apropria de sua sexualidade - não é Anna Kariênina.
Anna se torna mais compreensível, para mim, às portas da morte. Isso está baseado em seu "arrependimento" - ama Vrónski e não deseja Kariênin de volta ao seu leito, como de fato jamais terá novamente, mas arrepende-se de sua vida. Quem sabe, da forma em que fez as coisas e as escolhas que fez. Anna se desequilibra: sua mente está espalhada em todos os lugares, pensa no filho Serioja, na filha Anna (Annie) que não ama, no amante que não mais se parece com o homem por quem se apaixonou (como sempre acontece após determinado período de tempo), com as pessoas do convívio social que perdeu. Encontra tempo até para pensar em Kitty, em quem raramente pensou. Torna-se mais mística, em contraste com as preocupações rígidas do início do livro e do seu romance proibida. Pensa em sonhos, sinais, destino, ainda que não seja afeita à religião.
Para mim, são três as grandes passagens e momentos do livro. Vou enumerá-los de forma regressiva:
3 - A estadia próxima ao pintor. Os debates sobre arte são fantásticos, verdadeira filosofia, e se misturam ao comportamento das pessoas perante a arte, à arte como consumo e status... E é fantástico que, depois disso, apenas mais uma vez no livro inteiro se fala de arte: quando um colega vai visitá-los e nota o mesmo quadro que o pintor fez de Anna. É quase como se dissesse que aquele momento foi definitivo.
2 - A narrativa de Alexei Kariênin, quando já separado e "junto" da condessa Lídia. Tolstói é muito sensível ao explorar a emotividade de um homem não empotivo.
1 - A morte de Kariênina. Achei a descrição de Tolstói simplesmente fantástica. O ritmo, o olhar, a alternância do interno para o externo, ainda que sempre no subjetivo... O quão espalhada a mente de Anna estava. A descrição do trem a agarrando... tudo fantástico. Chorei de soluçar - não choro fácil lendo.
Li o livro após indicação do Pondé, e o que para ele é o grande destaque de Anna Kariênina (a culpa), não foi para mim - ao menos se vc pensar a culpa (o que não sei se foi o que ele fez) como arrependimento voltado para o outro. Para mim, a culpa é o grande destaque, sim, mas apenas na chave do arrependimento de Anna frente à desestabilização de sua vida. Saber que perdeu tudo, seu renome, sua estabilidade, seu filho... Era o amor suficiente para suprir tudo isso? O amor é alimento suficiente para a alma? Me parece que ela deixa de acreditar nisso ao longo do livro, e a culpa vem não da falta de amor por Vrónski, que acredito ainda existir, mesmo amargo, mas da decisão impensada, da ingratidão de ter jogado tudo que amou enquanto era infeliz fora.
No fim, após ler esse grande clássico, penso que é um clássico por ter realmente conjugado tantos pensamentos sobre tantas coisas em uma única história. A tecnologia, os relacionamentos amorosos e a moral, a emancipação feminina, o papel do estado, a burocracia, a maternidade, a religião... São apenas alguns poucos tópicos que seguem relevantes e debatidos em nosso tempo que me parecem intrínsecos à maternidade e que Tolstói conseguiu conjugar. Quero reler a obra, daqui a alguns anos, apenas para poder me ater a esses assuntos e detalhes filosóficos.
Avaliado no Brasil em 22 de julho de 2023
Eu gostei muito e recomendo a edição, a tradução do Rubens e a leitura, que é muito fluida. Abaixo, coloco minha resenha sobre a obra em si, em vez da edição. Ela CONTÉM SPOILERS!!!!
[ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS]
Entendi a Anna Kariênina no final.
Anna, a pessoa, é a protagonista - uma das - mas não é uma pessoa que amamos. Claro, podemos enxergá-la como uma mulher à frente de seu tempo, como empoderada de seus próprios desejos, não querendo abrir mão de si, ser solapada. E de fato, ela faz isso tudo (se coloca acima de outros - homens) mas não a vejo como empoderada.
Explico: para mim, feminista convicta, o empoderamento passa pela consciência. Anna não era consciente de si na plenitude necessária para transformar sua rebeldia em empoderamento. Anna Kariênina sabe bem o que não quer, mas elaborou pouco o que queria. Aceitou suas emoções e compreendeu pouco a realidade. Que fosse para criticá-la, tentar mudá-la... Nesta ótica, admiro mais a princesa Betsy Tviérskaia, a quem me parece que de fato estão se referindo quando algumas pessoas falam de Anna Kariênina. Betsy é imoral (na ética daquele tempo histórico): também tem amantes, traiu o marido, não é divorciada, mas sabe que é, opta, domina a situação em que está, e, se não o faz, se refestela mesmo assim. Não tenho intento de defendê-la, não sei o que é o correto aqui, mas de qualificar a figura feminina que se apropria de sua sexualidade - não é Anna Kariênina.
Anna se torna mais compreensível, para mim, às portas da morte. Isso está baseado em seu "arrependimento" - ama Vrónski e não deseja Kariênin de volta ao seu leito, como de fato jamais terá novamente, mas arrepende-se de sua vida. Quem sabe, da forma em que fez as coisas e as escolhas que fez. Anna se desequilibra: sua mente está espalhada em todos os lugares, pensa no filho Serioja, na filha Anna (Annie) que não ama, no amante que não mais se parece com o homem por quem se apaixonou (como sempre acontece após determinado período de tempo), com as pessoas do convívio social que perdeu. Encontra tempo até para pensar em Kitty, em quem raramente pensou. Torna-se mais mística, em contraste com as preocupações rígidas do início do livro e do seu romance proibida. Pensa em sonhos, sinais, destino, ainda que não seja afeita à religião.
Para mim, são três as grandes passagens e momentos do livro. Vou enumerá-los de forma regressiva:
3 - A estadia próxima ao pintor. Os debates sobre arte são fantásticos, verdadeira filosofia, e se misturam ao comportamento das pessoas perante a arte, à arte como consumo e status... E é fantástico que, depois disso, apenas mais uma vez no livro inteiro se fala de arte: quando um colega vai visitá-los e nota o mesmo quadro que o pintor fez de Anna. É quase como se dissesse que aquele momento foi definitivo.
2 - A narrativa de Alexei Kariênin, quando já separado e "junto" da condessa Lídia. Tolstói é muito sensível ao explorar a emotividade de um homem não empotivo.
1 - A morte de Kariênina. Achei a descrição de Tolstói simplesmente fantástica. O ritmo, o olhar, a alternância do interno para o externo, ainda que sempre no subjetivo... O quão espalhada a mente de Anna estava. A descrição do trem a agarrando... tudo fantástico. Chorei de soluçar - não choro fácil lendo.
Li o livro após indicação do Pondé, e o que para ele é o grande destaque de Anna Kariênina (a culpa), não foi para mim - ao menos se vc pensar a culpa (o que não sei se foi o que ele fez) como arrependimento voltado para o outro. Para mim, a culpa é o grande destaque, sim, mas apenas na chave do arrependimento de Anna frente à desestabilização de sua vida. Saber que perdeu tudo, seu renome, sua estabilidade, seu filho... Era o amor suficiente para suprir tudo isso? O amor é alimento suficiente para a alma? Me parece que ela deixa de acreditar nisso ao longo do livro, e a culpa vem não da falta de amor por Vrónski, que acredito ainda existir, mesmo amargo, mas da decisão impensada, da ingratidão de ter jogado tudo que amou enquanto era infeliz fora.
No fim, após ler esse grande clássico, penso que é um clássico por ter realmente conjugado tantos pensamentos sobre tantas coisas em uma única história. A tecnologia, os relacionamentos amorosos e a moral, a emancipação feminina, o papel do estado, a burocracia, a maternidade, a religião... São apenas alguns poucos tópicos que seguem relevantes e debatidos em nosso tempo que me parecem intrínsecos à maternidade e que Tolstói conseguiu conjugar. Quero reler a obra, daqui a alguns anos, apenas para poder me ater a esses assuntos e detalhes filosóficos.