Cálculo - Volume 1 - Tradução da 9ª edição norte-americana by Cengage Brasil - Issuu

Cálculo - Volume 1 - Tradução da 9ª edição norte-americana

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James Stewart Daniel Clegg Saleem Watson

CÁLCULO Volume 1 Tradução da 9 a edição norte–americana

Álgebra linear – uma introdução moderna Tradução da 4 a edição norte-americana

David Poole

Álgebra linear e suas aplicações Tradução da 4 a edição norte-americana

James Stewart Daniel Clegg Saleem Watson

Nesta 9ª edição, assim como em todas as anteriores, os autores mantêm a tradição de escrever um livro que auxilie os estudantes a descobrir o cálculo – tanto por sua utilidade prática, como por sua surpreendente beleza. O intuito é transmitir ao leitor uma ideia da utilidade do cálculo, assim como

Gilbert Strang

promover o desenvolvimento de sua habilidade técnica. Ao mesmo tempo,

Análise Numérica

há dúvida de que Newton experimentou uma sensação de triunfo quando

os autores empenharam-se em valorizar a grandeza intrínseca do assunto. Não

edição norte-americana

fez suas grandes descobertas. O objetivo desta obra é fazer que os estudantes

Richard L. Burden, Douglas J. Faires e Annette M. Burden

A obra está dividida em dois volumes: o primeiro – capítulos 1 a 8 e o

Tradução da

10 a

CÁLCULO

OUTRAS OBRAS

compartilhem um pouco desse entusiasmo.

exercícios hierarquizados (partindo-se dos conceituais básicos até os exercícios

3 a edição revista e ampliada

gráficos e de desenvolvimento de habilidades), dados reais, projetos (uma

Valéria Zuma Medeiros (Coord.), André Machado Caldeira, Luiza Maria Oliveira da Silva e Maria Augusta Soares Machado

forma de envolver os estudantes e torná-los ativos é fazê-los trabalhar em

Cálculo aplicado – Curso rápido Tradução da 9 a edição norte-americana

Ron Larson

projetos mais aprofundados que permitam uma sensação de realização ao serem concluídos), resolução de problemas, tecnologia e mais. Neste volume: funções e modelos, limites e derivadas, regras de derivação,

• Mais de 20% dos exercícios são novos. • Novos exemplos foram incluídos. • Várias

Engenharia.

Material de apoio para professores e alunos

Para suas soluções de curso e aprendizado, visite: www.cengage.com.br

seções, além de terem sido

reestruturadas, ganharam subseções para

Aplicações: livro-texto para a disciplina Cálculo nos cursos de Matemática e

ISBN 13 978-65-55584-01-1 ISBN 10 65-55584-01-7

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NOVIDADES DESTA EDIÇÃO

integração, e mais aplicações de integração.

Tradução da 9 a edição norte-americana

James Stewart, Daniel Clegg, Saleem Watson

Tradução da 9 a edição norte-americana

aplicações da derivação, integrais, aplicações de integração, técnicas de

Tradução da 9 a edição norte–americana

Cálculo – Volume 2

Volume 1

Volume 1

segundo – capítulos 9 a 17. Apresenta exercícios conceituais, conjuntos de

Pré-Cálculo

CÁLCULO

que a organização do texto fosse definida a partir de conceitos fundamentais.

James Stewart Daniel Clegg Saleem Watson

• Há novos gráficos e ilustrações. • Alguns

tópicos foram introduzidos e

outros expandidos.

• Constam

novos projetos e alguns dos

existentes foram reformulados... e mais.

MATERIAL DE APOIO ON-LINE

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CÁLCULO Volume 1

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Stewart, James Cálculo, volume I / James Stewart, Daniel Clegg, Saleem Watson ; tradução técnica Francisco Magalhães Gomes. – 5. ed. – São Paulo : Cengage Learning, 2022. Título original: Calculus 9. ed. norte-americana. ISBN 978-65-5558-401-1 1. Cálculo I. Clegg, Daniel. II. Watson, Saleem. III. Título.

21-75162

CDD-515 Índice para catálogo sistemático: 1. Cálculo : Matemática 515 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427

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CÁLCULO Volume 1

Tradução da 9 a edição norte-americana

JAMES STEWART McMASTER UNIVERSITY E UNIVERSITY OF TORONTO

DANIEL CLEGG PALOMAR COLLEGE

SALEEM WATSON CALIFORNIA STATE UNIVERSITY, LONG BEACH

Tradução técnica dos trechos da 9a edição: FRANCISCO MAGALHÃES GOMES UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)

Austrália • Brasil • México • Cingapura • Reino Unido • Estados Unidos

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Cálculo – Volume 1 – Tradução da 9a edição norte-americana 5a edição brasileira James Stewart, Daniel Clegg e Saleem Watson Gerente editorial: Noelma Brocanelli Editora de desenvolvimento: Gisela Carnicelli Supervisora de produção gráfica: Fabiana Alencar Albuquerque Título original: Calculus – Early transcendentals – 9th edition (ISBN 13: 978-0-357-11351-6) Tradução técnica dos trechos novos da 9a edição norte-americana: Francisco Magalhães Gomes Tradução dos trechos da 8a edição: Helena Maria Ávila de Castro Revisão técnica da 8a edição: Eduardo Garibaldi Tradução dos trechos da 7a edição norte-americana: EZ2Translate

© 2021, 2016 Cengage Learning © 2022 Cengage Learning Edições Ltda. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Esta editora empenhou-se em contatar os responsáveis pelos direitos autorais de todas as imagens e de outros materiais utilizados neste livro. Se porventura for constatada a omissão involuntária na identificação de algum deles, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos. A Editora não se responsabiliza pelo funcionamento dos sites contidos neste livro que possam estar suspensos. Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39 Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para direitosautorais@cengage.com

Revisão técnica da 7a edição: Eduardo Garibaldi Tradução técnica da 6a edição norte-americana: Antonio Carlos Moretti e Antonio Carlos Gilli Martins Preparação de arquivos: Priscilla Lopes, Beatriz Simões e Diego Carrera Cotejo e revisão: Fábio Gonçalves, Rosângela Ramos da Silva, Olívia Frade Zambone e Larissa Wostog Diagramação: PC Editorial Ltda. Indexação: Priscilla Lopes Capa: Raquel Braik Pedreira

© 2022 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN-13: 978-65-5558-401-1 ISBN-10: 65-5558-401-7 Cengage Learning Condomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 11 – Torre A – Conjunto 12 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

Imagem da capa: DRN Studio/Shutterstock

Impresso no Brasil. Printed in Brazil. 1a impressão – 2021

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Sumário Prefácio ix Um Tributo a James Stewart xx Sobre os Autores xxi Recursos Tecnológicos Desta Edição xxii Ao Aluno xxiii Testes de Verificação xxiv

Uma Apresentação do Cálculo xxix

1

Funções e Modelos 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5

Quatro Maneiras de Representar uma Função 2 Modelos Matemáticos: Uma Lista de Funções Essenciais 15 Novas Funções a Partir de Conhecidas 29 Funções Exponenciais 38 Funções Inversas e Logaritmos 45 Revisão 58

Princípios da Resolução de Problemas 61

2

Limites e Derivadas 67 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7

Os Problemas da Tangente e da Velocidade 68 O Limite de uma Função 72 Cálculos Usando Propriedades dos Limites 84 A Definição Precisa de um Limite 93 Continuidade 103 Limites no Infinito; Assíntotas Horizontais 114 Derivadas e Taxas de Variação 127 PROJ E TO E S CR I TO

• Métodos Iniciais para Encontrar Tangentes 138

2.8 A Derivada como uma Função 138 Revisão 149

Problemas Quentes 154

3

Regras de Derivação 157 3.1 Derivadas de Funções Polinomiais e Exponenciais 158 PROJ E TO APLI C AD O

• Construindo uma Montanha-Russa Melhor 167

v

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vi

CÁLCULO

3.2 Regras de Produto e Quociente 168 3.3 As Regras de Produto e Quociente 174 3.4 A Regra da Cadeia 181 • Onde um Piloto Deve Iniciar a Descida? 190

PROJ E TO APLI C AD O

3.5 Derivação Implícita 191 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

• Famílias de Curvas Implícitas

197

3.6 Derivadas de Funções Logarítmicas e de Funções Trigonométricas Inversas 198

3.7 Taxas de Variação nas Ciências Naturais e Sociais 205 3.8 Crescimento e Decaimento Exponenciais 218 • Controle de Perda de Células Vermelhas do Sangue Durante uma Cirurgia 225

PROJ E TO APLI C AD O

3.9 Taxas Relacionadas 226 3.10 Aproximações Lineares e Diferenciais 232 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

• Aproximações Polinomiais

238

3.11 Funções Hiperbólicas 239 Revisão 245

Problemas Quentes 250

4

Aplicações da Derivação 255 4.1 Valores Máximo e Mínimo 256 • O Cálculo do Arco-Íris 264

PROJ E TO APLI C AD O

4.2 O Teorema do Valor Médio 265 4.3 Como as Derivadas Afetam a Forma de um Gráfico 271 4.4 Formas Indeterminadas e Regra de l’Hôspital 283 PROJ E TO E S CR I TO

• As Origens da Regra de l’Hôspital 292

4.5 Resumo do Esboço de Curvas 293 4.6 Representação Gráfica com Cálculo e a Tecnologia 301 4.7 Problemas de Otimização 308 PROJ E TO APLI C AD O

• A Forma de uma Lata 320

PROJ E TO APLI C AD O

• Aviões e Pássaros: Minimizando a Energia 321

4.8 Método Newton 322 4.9 Primitivas 327 Revisão 334

Problemas Quentes 339

5

Integrais 341 5.1 Os Problemas de Áreas e Distâncias 342 5.2 A Integral Definida 353 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

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• Funções Área

366

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SUMÁRIO

vii

5.3 O Teorema Fundamental do Cálculo 367 5.4 Integrais Indefinidas e o Teorema da Variação Total 376 PROJ E TO E S CR I TO

• Newton, Leibniz e a Invenção do Cálculo 385

5.5 A Regra da Substituição 385 Revisão 393

Problemas Quentes 397

6

Aplicações de Integração 401 6.1 Áreas entre Curvas 402 PROJ E TO APLI C AD O

6.2 6.3 6.4 6.5

• O Índice de Gini 410

Volumes 412 Volumes por Cascas Cilíndricas 424 Trabalho 431 Valor Médio de uma Função 436 PROJ E TO APLI C AD O

• Cálculos e Beisebol 440

PROJ E TO APLI C AD O

• Onde se Sentar no Cinema 441

Revisão 441

Problemas Quentes 444

7

Técnicas de Integração 447 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6

Integração por Partes 448 Integrais Trigonométricas 454 Substituição Trigonométrica 460 Integração de Funções Racionais por Frações Parciais 467 Estratégias de Integração 476 Integração Usando Tabelas e Tecnologia 481 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

• Padrões em Integrais 486

7.7 Integração Aproximada 487 7.8 Integrais Impróprias 498 Revisão

508

Problemas Quentes 511

8

Mais Aplicações de Integração 515 8.1 Comprimento de Arco 516 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

• Torneio de Comprimento de Arcos 522

8.2 Área de uma Superfície de Revolução 523 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

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• Rotação em Torno de uma Reta Inclinada 529

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viii

CÁLCULO

8.3 Aplicações à Física e à Engenharia 530 PROJ E TO D E D E S CO B ER TA

• Xícaras de Café Complementares 540

8.4 Aplicações à Economia e à Biologia 541 8.5 Probabilidade 545 Revisão 552

Problemas Quentes 555

Apêndices A1 A B C D E F G H

Números, Desigualdades e Valores Absolutos A2 Geometria Analítica e Retas A9 Gráficos de Equações de Segundo Grau A15 Trigonometria A22 Notação Sigma A33 Demonstrações dos Teoremas A38 O Logaritmo Definido como uma Integral A49 Respostas para os Exercícios Ímpares A56

ÍNDICE REMISSIVO I1 PÁGINAS DE REFERÊNCIAS P1

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Prefácio Uma descoberta extraordinária resolve um problema extraordinário, mas há um pequeno grão de descoberta na solução de qualquer problema. Ainda que seu problema seja modesto, se ele desafia sua curiosidade e desperta sua inventividade, e se você o resolve por conta própria, você pode experimentar a tensão e desfrutar o triunfo da descoberta. george polya

A arte de ensinar, segundo Mark Van Doren, é a arte de auxiliar a descoberta. Nessa nona edição, assim como em todas as anteriores, mantemos a tradição de escrever um livro que, esperamos, auxilie os estudantes a descobrir o cálculo – tanto por sua utilidade prática como por sua surpreendente beleza. Nosso intuito é transmitir ao estudante uma ideia da utilidade do cálculo, assim como promover o desenvolvimento de sua habilidade técnica. Ao mesmo tempo, nos empenhamos em valorizar a beleza intrínseca do assunto. Não há dúvida de que Newton experimentou uma sensação de triunfo quando fez suas grandes descobertas. Queremos que os estudantes compartilhem um pouco desse entusiasmo. A ênfase incidirá sobre a compreensão dos conceitos. Praticamente todos os professores de cálculo concordam que o domínio dos conceitos deve ser o objetivo principal do ensino de cálculo; para atingir esse objetivo, apresentamos os tópicos fundamentais graficamente, numericamente, algebricamente e verbalmente, dando ênfase nas relações existentes entre essas diversas representações. Visualização, experimentação numérica e gráfica e descrição verbal podem facilitar bastante a compreensão de conceitos. Além disso, a compreensão de conceitos e a habilidade técnica podem seguir de mãos dadas, uma reforçando a outra. Temos plena consciência de que há várias formas adequadas de se ensinar e que existem abordagens diferentes para o ensino e o aprendizado de cálculo, de modo que as explicações e os exercícios foram planejados para acomodar estilos diferentes de ensino e aprendizado. Os recursos disponíveis (incluindo projetos, exercícios estendidos, princípios da resolução de problemas e referências históricas) fornecem uma variedade de reforços para um núcleo composto por conceitos e habilidades fundamentais. Nosso objetivo é fornecer a professores e alunos as ferramentas de que necessitam para traçar seus próprios caminhos para a descoberta do cálculo.

O que Há de Novo Nesta Edição? Em grande medida, a estrutura geral do texto permanece a mesma, mas vários aprimoramentos foram feitos para tornar a nona edição ainda mais útil como uma ferramenta pedagógica para os professores e como uma ferramenta de aprendizagem para os estudantes. As alterações são resultado do diálogo com colegas e estudantes, de sugestões de leitores e revisores, das descobertas oriundas de nossa própria experiência didática com o livro e das numerosas notas que nos foram confiadas por James Stewart, indicando as mudanças que ele desejava que considerássemos para a nova edição. Em todas as mudanças efetuadas, tanto as pequenas como as grandes, mantivemos as características e o tom que contribuíram para o sucesso desse livro. ●

Mais de 20% dos exercícios são novos: Foram incluídos exercícios básicos, quando apropriado, próximo ao início de uma sequência de exercícios. Tais exercícios têm como propósito dar mais confiança aos estudantes e reforçar a compreensão dos conceitos fundamentais de uma seção. (Veja, por exemplo, os Exercícios 7.3.1 – 4, 9.1.1 – 5 e 11.4.3 – 6.) ix

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CÁLCULO

Alguns dos novos exercícios incluem gráficos destinados a encorajar os alunos a perceber o quanto um gráfico facilita a solução de um problema; esses exercícios complementam os seguintes, para os quais os estudantes precisam fornecer seus próprios gráficos. (Veja os Exercícios 6.2.1– 4, 10.4.43 – 46 e 53 – 54, 15.5.1 – 2, 15.6.9 – 12, 16.7.15 e 24, 16.8.9 e 13.) Alguns exercícios foram estruturados em duas etapas, em que a parte (a) envolve a modelagem e a parte (b) a solução de problema. Isso permite que os estudantes confiram suas respostas para a parte (a) antes de concluir o problema. (Veja os Exercícios 6.1.1 – 4, 6.3.3 – 4, 15.2.7 – 10.) Alguns exercícios desafiadores e mais elaborados foram adicionados ao final de uma sequência de exercícios (tais como os Exercícios 6.2.87, 9.3.56, 11.2.79 – 81 e 11.9.47). Atribuiu-se títulos a exercícios selecionados que estendem conceitos discutidos nas seções correspondentes. (Veja, por exemplo, os Exercícios 2.6.66, 10.1.55 – 57, 15.2.80 – 81.) Dos novos exercícios, alguns dos nossos favoritos são: 1.3.71, 3.4.99, 3.5.65, 4.5.55 – 58, 6.2.79, 6.5.18, 10.5.69, 15.1.38 e 15.4.3 – 4. Adicionalmente, são interessantes e desafiadores o problema 14 da seção Problemas Quentes do capítulo 6 e o problema 4 da seção Problemas Quentes do capítulo 15. ●

Foram incluídos novos exemplos, bem como acrescentados passos à resolução de alguns exercícios já existentes. (Servem como ilustração os exemplos 2.7.5, 6.3.5, 10.1.5, 14.8.1, 14.8.4 e 16.3.4.)

Várias seções foram restruturadas e receberam novas subseções para que a organização do texto fosse definida a partir de conceitos fundamentais. (Ilustram bem isso as seções 2.3, 11.1, 11.2 e 14.2.)

Foram incluídos novos gráficos e ilustrações, assim como vários foram renovados, para proporcionar uma visão gráfica adicional de conceitos essenciais.

Alguns tópicos foram introduzidos e outros expandidos (dentro de uma seção ou em exercícios estendidos) a pedido de revisores. (Exemplos incluem uma subseção sobre torção na Seção 13.3, quocientes diferenciais simétricos no Exercício 2.7.60 e integrais impróprias de mais de um tipo nos Exercícios 7.8.65 – 68.)

Foram acrescentados novos projetos e alguns dos existentes foram reformulados. (Como exemplo, veja o Projeto de Descoberta ao final da Seção 12.2, O formato de uma corrente pendente.)

As derivadas de funções logarítmicas e de funções trigonométricas inversas são cobertas em uma mesma seção (3.6), na qual se enfatiza o conceito de derivada de função inversa.

Séries alternadas e convergência absoluta são agora abordadas em uma única seção (11.5).

Recursos Cada recurso foi concebido para complementar práticas específicas de ensino e aprendizado. Ao longo do texto existem referências históricas, exercícios estendidos, projetos, princípios da resolução de problemas e várias oportunidades do uso de tecnologia para testar conceitos. Estamos conscientes de que, em um semestre, dificilmente haverá tempo para empregar todos esses recursos, mas o fato de eles estarem disponíveis dá ao professor a opção

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PREFÁCIO

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de indicar alguns deles e, talvez, de apenas chamar a atenção para outros, de modo a enfatizar a riqueza de ideias do cálculo e sua crucial importância para o mundo real.

■ Exercícios Conceituais O meio mais importante de promover a compreensão de conceitos é através dos problemas que o professor passa. Para tanto, incluímos vários tipos de problemas. Alguns conjuntos de exercícios começam pela exigência de que se explique o significado de conceitos básicos da seção (veja, por exemplo, os primeiros exercícios das Seções 2.2, 2.5, 11.2, 14.2 e 14.3) e a maioria dos conjuntos de exercícios contém problemas concebidos para reforçar os conhecimentos básicos (tais como os Exercícios 2.5.3 – 10, 5.5.1 – 8, 6.1.1 – 4, 7.3.1 – 4, 9.1.1 – 5 e 11.4.3 – 6). Outros exercícios testam a compreensão de conceitos por meio de gráficos e tabelas (Veja os Exercícios 2.7.17, 2.8.36 – 38, 2.8.47 – 52, 9.1.23 – 25, 10.1.30 – 33, 13.2.1 – 2, 13.3.37 – 43, 14.1.41 – 44, 14.3.2, 14.3.4 – 6, 14.6.1 – 2, 14.7.3 – 4, 15.1.6 – 8, 16.1.13 – 22, 16.2.19 – 20 e 16.3.1 – 2.) Muitos exercícios fornecem um gráfico para auxiliar sua visualização (veja, por exemplo, os Exercícios 6.2.1 – 4, 10.4.43 – 46, 15.5.1 – 2, 15.6.9 – 12 e 16.7.24). Outro tipo de exercício emprega descrições verbais para avaliar a compreensão de conceitos (veja os Exercícios 2.5.12, 2.8.66, 4.3.79 – 80 e 7.8.79). Além disso, todas as seções de revisão começam com uma Verificação de Conceitos e Testes Verdadeiro-Falso). Valorizamos particularmente os problemas que combinam e comparam abordagens gráficas, numéricas e algébricas. (Veja os Exercícios 2.6.45 – 46, 3.7.29 e 9.4.4.)

■ Conjuntos de Exercícios Hierarquizados Cada conjunto de exercícios é cuidadosamente classificado, partindo-se de exercícios conceituais básicos até exercícios gráficos e de desenvolvimento de habilidades, os quais são seguidos por exercícios mais desafiadores que frequentemente estendem os conceitos da seção, aproveitam conceitos de seções anteriores ou envolvem aplicações ou demonstrações.

■ Dados Reais Dados de aplicações reais fornecem uma maneira tangível de introduzir, motivar ou ilustrar os conceitos de cálculo. Sendo assim, muitos exemplos e exercícios envolvem funções definidas por dados numéricos ou gráficos desse tipo. Esses dados reais foram obtidos contactando-se empresas e agências governamentais, bem como fazendo pesquisas na Internet e em bibliotecas. Veja, por exemplo, a Figura 1 da Seção 1.1 (sismograma do terremoto de Northridge), o Exercício 2.8.36 (número de cirurgias cosméticas), o Exercício 5.1.12 (velocidade do ônibus espacial Endeavour), o Exercício 5.4.83 (consumo de energia nos estados da região da Nova Inglaterra, nos EUA), o Exemplo 3 da Seção 14.4 (o índice de calor), a Figura 1 da Seção 14.6 (mapa de contorno da temperatura), o Exemplo 9 da Seção 15.1 (a queda de neve no Colorado) e a Figura 1 da Seção 16.1 (campos vetoriais de velocidade do vento na baía de São Francisco).

■ Projetos Uma forma de envolver os estudantes e torná-los alunos ativos é fazê-los trabalhar (possivelmente, em grupos) em projetos mais aprofundados que permitam uma sensação de realização ao serem concluídos. Há três tipos de projetos nesse livro. Os Projetos Aplicados envolvem aplicações destinadas a apelar para a imaginação dos estudantes. O projeto apresentado após a Seção 9.5 questiona se uma bola jogada para o alto demora mais para atingir a sua altura máxima ou para cair de volta à sua altura original (a resposta pode surpreendê-lo). O projeto que sucede a Seção 14.8 emprega multiplicadores de Lagrange para determinar as massas dos três estágios de um foguete de modo a minimizar a massa total e, ao mesmo tempo, permitir que o foguete atinja a velocidade desejada.

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CÁLCULO

Os Projetos de Descoberta antecipam resultados que serão discutidos posteriormente ou encorajam a descoberta por meio do reconhecimento de padrões (veja o projeto apresentado logo após a Seção 7.6, que explora padrões em integrais). Outros projetos de descoberta exploram aspectos da geometria: tetraedros (após a Seção 12.4), hiperesferas (após a Seção 15.6) e intersecções de três cilindros (após a Seção 15.7). Adicionalmente, o projeto que sucede a Seção 12.2 usa a definição geométrica de derivada para a obtenção de uma fórmula para o formato de uma corrente pendente. Alguns projetos empregam tecnologia de modo substancial; o que é apresentado após a Seção 10.2 mostra como usar curvas de Bézier para desenhar curvas que representam letras usadas por uma impressora a laser. Os Projetos Escritos requerem dos estudantes que comparem métodos atuais com aqueles empregados pelos fundadores do cálculo – o método de Fermat para a obtenção de tangentes, apresentado após a Seção 2.7, é um exemplo. Nesses casos, fornecemos recomendações de leitura. Projetos adicionais podem ser encontrados no Manual do Professor (disponível em inglês na página deste livro no site da Cengage). Há também exercícios estendidos que servem como pequenos projetos. (Veja o Exercício 4.7.53, que trata da geometria das células de colmeias, o Exercício 6.2.87, sobre a mudança de escala de sólidos de revolução, ou o Exercício 9.3.56, sobre a formação de gelo marinho.)

■ Resolução de Problemas Os estudantes normalmente têm dificuldades com problemas que não contam com um método bem definido para a obtenção da solução. Tendo sido aluno de George Polya, James Stewart teve contato, em primeira mão, com as cativantes e penetrantes descobertas de Polya sobre o processo de resolução de problemas. Dessa forma, uma versão modificada da estratégia de resolução de problemas em quatro estágios, proposta por Polya, é apresentada logo após o Capítulo 1, na seção Princípios da Resolução de Problemas. Tais princípios são empregados, explicita e implicitamente, ao longo do livro. Cada um dos demais capítulos é sucedido por uma seção denominada Problemas Quentes, que inclui exemplos de como enfrentar problemas desafiadores de cálculo. Ao selecionar os problemas da seção Problemas Quentes, mantivemos em mente o seguinte conselho de David Hilbert: “Um problema matemático deve ser difícil de modo atrair-nos, mas não inacessível a ponto de zombar de nossos esforços”. Usamos esses problemas com grande sucesso em nossas próprias aulas de cálculo; é gratificante observar como os estudantes respondem a um desafio. James Stewart disse “Quando incluo esses problemas desafiadores em tarefas e provas, corrijo-os de uma forma diferente... Recompenso significativamente o estudante por apresentar ideias que levem à solução e por reconhecer quais princípios de resolução de problemas são mais relevantes”.

■ Tecnologia Quando se usa tecnologia, é particularmente importante compreender claramente os conceitos que embasam as imagens na tela ou os resultados de uma conta. Quando usadas de forma apropriada, calculadoras gráficas e computadores são ferramentas poderosas para a descoberta e a compreensão desses conceitos. Esse livro-texto pode ser usado com ou sem o uso de tecnologia – usamos dois símbolos especiais para indicar claramente quando é necessário um tipo particular de auxílio tecnológico. O ícone indica um exercício que definitivamente exige o uso de um programa de desenho ou de uma calculadora gráfica para auxiliar no traçado de um gráfico. (O que não quer dizer que também não se possa usar tecnologia nos demais exercícios.) O símbolo indica que o auxílio de um programa ou uma calculadora gráfica para a conclusão de um exercício não se limita ao traçado de gráficos. Frequentemente, websites gratuitos como o WolframAlpha.com ou o Symbolab.com são apropriados para isso. Nos casos em que são necessários todos os recursos de um sistema de computação algébrica, como o Maple ou o Mathematica, deixamos isso claro no exercício. Naturalmente, a tecnologia não torna obsoleto o uso de lápis e papel. Frequentemente, cálculos e esboços feitos à mão são

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PREFÁCIO

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melhores que os recursos tecnológicos para ilustrar e reforçar alguns conceitos. Tanto professores como alunos precisam desenvolver a habilidade de decidir em quais situações o uso de tecnologia é apropriado e em quais casos adquire-se mais conhecimento resolvendo um exercício à mão.

■ WebAssign: webassign.net A edição norte-americana deste livro está disponível no WebAssign, uma solução online totalmente personalizável da Cengage para disciplinas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (cujo acrônimo em inglês é STEM). O WebAssign conta com milhares de exercícios numéricos, algébricos e de múltipla escolha, eBook em inglês, vídeos, tutoriais e módulos de aprendizado interativo “Explore It”. Os professores podem decidir a que tipo de auxílio os alunos terão acesso enquanto realizam as tarefas e em que momento esse auxílio será fornecido. O sistema de avaliação realiza uma análise automática das respostas, fornecendo instantaneamente um retorno aos estudantes. Os professores têm acesso a um dashboard com resultado de desempenho individual ou da turma, ajudando-os a identificar os pontos em que os estudantes têm dificuldades. Para mais informações sobre como adquirir o cartão de acesso a essa ferramenta, contate: vendas.brasil@cengage.com. WebAssign é uma plataforma com conteúdo em inglês. É necessário ter conhecimento intermediário do idioma para melhor aproveitamento.

■ Website do Stewart Visite StewartCalculus.com para ter acesso ao seguinte material adicional (importante: ao acessar o site, escolha Calculus Early Transcendentals – 9th edition): ●

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Solutions to the Concept Checks (que fazem parte da seção de revisão de cada capítulo). Algebra and Analytic Geometry Review. Lies My Calculator and Computer Told Me. History of Mathematics, com links para websites históricos recomendados pelo autor. Additional Topics: Fourier Series, Rotation of Axes, Formulas for the Remainder Theorem in Taylor Series. Links para fontes externas da Internet sobre tópicos particulares. Todo o material disponível no site do autor está em inglês. A Editora não se responsabiliza pela atualização do site e pelo funcionamento dos links contidos nele. Alguns dos materiais do website do autor também estão disponíveis na página deste livro no site da Cengage.

■ Na página deste livro no site da Cengage ●

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Problemas de Desafio (para capítulos selecionados, com soluções e respostas) (em inglês). Problemas Arquivados para todos os capítulos, com soluções e respostas (em português). Slides de Power Point® (em português). Revisão de Álgebra (em inglês). Revisão de Geometria Analítica (em inglês). Suplemento: Mentiras que minha calculadora e meu computador me contaram com exercícios e soluções (em português). Tópicos adicionais: Fórmulas para o termo de resto nas séries de Taylor; séries de Fourier; rotação de eixos; revisão de seções cônicas (em inglês). Respostas aos exercícios de verificação de conceitos (em português). Manual de soluções (em inglês, para professores).

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CÁLCULO

Conteúdo Testes de Verificação

O livro começa com quatro testes de verificação: Álgebra Básica, Geometria Analítica, Funções e Trigonometria.

Uma Apresentação do Cálculo

Temos aqui um panorama da matéria, incluindo uma série de questões para nortear o estudo do cálculo.

VOLUME 1 1 Funções e Modelos

Desde o princípio, a multiplicidade de representações das funções é valorizada: verbal, numérica, visual e algébrica. A discussão dos modelos matemáticos conduz a uma revisão das funções usuais, incluindo as funções exponenciais e logarítmicas, por meio desses quatro pontos de vista.

2 Limites e Derivadas

O material sobre limites decorre da discussão prévia sobre os problemas da tangente e da velocidade. Os limites são tratados dos pontos de vista descritivo, gráfico, numérico e algébrico. A Seção 2.4, sobre a definição precisa de limite por meio de epsilons e deltas, é opcional. As Seções 2.7 e 2.8 tratam de derivadas (incluindo derivadas para funções definidas gráfica e numericamente) antes da introdução das regras de derivação (que serão discutidas no Capítulo 3). Aqui, os exemplos e exercícios exploram o significado das derivadas em diversos contextos. As derivadas de ordem superior são apresentadas na Seção 2.8.

3 Regras de Derivação

Todas as funções básicas, incluindo as exponenciais, logarítmicas e inversas de trigonométricas são derivadas aqui. Agora, as duas últimas classes de funções são cobertas em uma única seção, dedicada à derivada de uma função inversa. Quando as derivadas são calculadas em situações aplicadas, é solicitado que o aluno explique seu significado. Nesta edição, o crescimento e decaimento exponencial são tratados neste capítulo.

4 Aplicações de Derivação

Os fatos básicos referentes aos valores extremos e formas de curvas são deduzidos do Teorema do Valor Médio. O uso de tecnologias gráficas ressalta a interação entre o cálculo e as máquinas e a análise de famílias de curvas. São apresentados alguns problemas substanciais de otimização, incluindo uma explicação de por que precisamos elevar nossa cabeça a 42° para ver o topo de um arco-íris.

5 Integrais

Problemas de área e distância servem para apresentar a integral definida, introduzindo a notação de somatório (ou notação sigma) quando necessária (esta notação é estudada de forma mais completa no Apêndice E). Dá-se ênfase à explicação do significado das integrais em diversos contextos e à obtenção de estimativas para seus valores a partir de tabelas e gráficos.

6 Aplicações de Integração

Este capítulo apresenta algumas aplicações de integração – área, volume, trabalho, valor médio – que podem ser feitas sem o uso de técnicas avançadas. Dá-se ênfase aos métodos gerais. O objetivo é que os alunos consigam dividir uma dada quantidade em partes menores, estimar usando somas de Riemann e que sejam capazes de reconhecer o limite como uma integral.

7 Técnicas de Integração

Todos os métodos tradicionais são mencionados, mas é claro que o verdadeiro desafio é perceber qual técnica é mais adequada a cada situação. Dessa forma, uma estratégia para o cálculo de integrais é descrita na Seção 7.5. O uso de programas matemáticos é discutido na Seção 7.6.

8 Mais Aplicações de Integração

Este capítulo contém as aplicações de integração para as quais é útil dispor de todas as técnicas de integração – área de superfície e comprimento do arco – bem como outras aplicações à biologia, à economia e à física (força hidrostática e centros de massa). Foi incluída uma seção sobre probabilidade. Há mais aplicações do que se pode estudar em qualquer curso, assim, o professor pode selecionar aquelas que julgue mais interessantes ou adequadas a seus alunos.

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VOLUME 2 9 Equações Diferenciais

Modelagem é o tema que unifica esse tratamento introdutório de equações diferenciais. Campos direcionais e o método de Euler são estudados antes de as equações separáveis e lineares serem solucionadas explicitamente, de modo que abordagens qualitativas, numéricas e analíticas recebem a mesma consideração. Esses métodos são aplicados, dentre outros, ao modelo exponencial e ao modelo logístico para o crescimento populacional. As quatro ou cinco primeiras seções deste capítulo servem como uma boa introdução a equações diferenciais de primeira ordem. Uma seção final opcional utiliza os modelos presa-predador para ilustrar sistemas de equações diferenciais.

10 Equações Paramétricas e Coordenadas Polares

Este capítulo introduz curvas paramétricas e polares e aplica os métodos de cálculo a elas. As curvas paramétricas são adequadas a projetos que requerem o uso de recursos tecnológicos para o traçado de gráficos; os dois apresentados aqui envolvem famílias de curvas e curvas de Bézier. Um breve tratamento de seções cônicas em coordenadas polares prepara o caminho para as Leis de Kepler, no Capítulo 13.

11 Sequências, Séries e Séries de Potência

Os testes de convergência possuem justificativas intuitivas (veja a Seção 11.3), bem como demonstrações formais. Estimativas numéricas de somas de séries baseiam-se em qual teste foi usado para demonstrar a convergência. A ênfase é dada à série de Taylor e aos polinômios e suas aplicações à física.

12 Vetores e a Geometria do Espaço

O material sobre geometria analítica tridimensional e vetores é abordado neste e no próximo capítulo. Aqui, lidamos com vetores, produtos escalar e vetorial, retas, planos e superfícies.

13 Funções Vetoriais

Aqui, são estudadas as funções a valores vetoriais, suas derivadas e integrais, o comprimento e curvatura de curvas espaciais, a velocidade e aceleração ao longo dessas curvas, finalizando com as Leis de Kepler.

14 Derivadas Parciais

As funções de duas ou mais variáveis são estudadas do ponto de vista verbal, numérico, visual e algébrico. Em particular, as derivadas parciais são introduzidas mediante a análise de coluna específica de uma tabela com índices de conforto térmico (temperatura aparente do ar), como função da temperatura medida e da umidade relativa.

15 Integrais Múltiplas

Para calcular as médias de temperatura e precipitação de neve em dadas regiões, utilizamos mapas de contorno e a Regra do Ponto Médio. São usadas integrais duplas e triplas no cálculo de volumes, área de superfície e, em projetos, do volume de hiperesferas e da intersecção de três cilindros. As coordenadas esféricas e cilíndricas são introduzidas no contexto de cálculo de integrais triplas. Várias aplicações são contempladas, incluindo o cálculo de massa, carga e probabilidades.

16 Cálculo Vetorial

A apresentação de campos vetoriais é feita por meio de figuras dos campos de velocidade do vento na Baía de São Francisco. Exploramos também as semelhanças entre o Teorema Fundamental para integrais de linha, o Teorema de Green, o Teorema de Stokes e o Teorema do Divergente.

17 Equações Diferenciais de Segunda Ordem

Como as equações diferenciais de primeira ordem foram tratadas no Capítulo 9, este último capítulo trata das equações diferenciais lineares de segunda ordem, sua aplicação em molas vibrantes e circuitos elétricos, e soluções em séries.

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CÁLCULO

Agradecimentos Um dos principais fatores que auxiliaram a preparação dessa edição foi a orientação fundamentada fornecida por um grande número de revisores, todos com larga experiência no ensino de cálculo. Agradecemos-lhes imensamente por suas sugestões e pelo tempo que despenderam para compreender a abordagem adotada nesse livro. Aprendemos algo com cada um deles.

■ Revisores Desta Edição Malcolm Adams, University of Georgia Ulrich Albrecht, Auburn University Bonnie Amende, Saint Martin’s University Champike Attanayake, Miami University Middletown Amy Austin, Texas A&M University Elizabeth Bowman, University of Alabama Joe Brandell, West Bloomfield High School / Oakland University Lorraine Braselton, Georgia Southern University ar   r tt ha   r t   f  ra a    c Michael Ching, Amherst College Kwai-Lee Chui, University of Florida Arman Darbinyan, Vanderbilt University Roger Day, Illinois State University Toka Diagana, Howard University Karamatu Djima, Amherst College Mark Dunster, San Diego State University Er c Er a   r t   f  ta   Du uth Debra Etheridge, The University of North Carolina at Chapel Hill Jerome Giles, San Diego State University Mark Grinshpon, Georgia State University Katie Gurski, Howard University John Hall, Yale University Da  H r  r t  at  uffa        Ca u Frederick Hoffman, Florida Atlantic University Keith Howard, Mercer University Iztok Hozo, Indiana University Northwest Shu-Jen Huang, University of Florida atth     r a  tat   r t     t ch c James Kimball, University of Louisiana at Lafayette Thomas Kinzel, Boise State University Anastasios Liakos, United States Naval Academy Chr     ut r   r t    Ca Jia Liu, University of West Florida

Joseph Londino, University of Memphis Colton Magnant, Georgia Southern University ar   ar   r t  at  uffa        Ca u Kodie Paul McNamara, Georgetown University Mariana Montiel, Georgia State University Russell Murray, Saint Louis Community College Ashley Nicoloff, Glendale Community College Daniella Nokolova-Popova, Florida Atlantic University ra  O t   r a  tat   r t     a aha Aaron Peterson, Northwestern University Alice Petillo, Marymount University Mihaela Poplicher, University of Cincinnati Cindy Pulley, Illinois State University Russell Richins, Thiel College Lorenzo Sadun, University of Texas at Austin Michael Santilli, Mesa Community College Christopher Shaw, Columbia College Brian Shay, Canyon Crest Academy   h ra   r a a C u t  C     r rc Pavel Sikorskii, Michigan State University Mary Smeal, University of Alabama Edwin Smith, Jacksonville State University Sandra Spiroff, University of Mississippi Stan Stascinsky, Tarrant County College Jinyuan Tao, Loyola University of Maryland Ilham Tayahi, University of Memphis cha     u a a  tat   r t     at   u Michael Westmoreland, Denison University Scott Wilde, Baylor University Larissa Williamson, University of Florida Michael Yatauro, Penn State Brandywine Gang Yu, Kent State University r   ucca     tar C

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■ Revisores da Edição Anterior Jay Abramson, Arizona State University B. D. Aggarwala, University of Calgary John Alberghini, Manchester Community College Michael Albert, Carnegie-Mellon University Daniel Anderson, University of Iowa Maria Andersen, Muskegon Community College Eric Aurand, Eastfield College Amy Austin, Texas A&M University Donna J. Bailey, Northeast Missouri State University Wayne Barber, Chemeketa Community College   c r  r t   f  c     t ut

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Marilyn Belkin, Villanova University Neil Berger, University of Illinois, Chicago David Berman, University of New Orleans Anthony J. Bevelacqua, University of North Dakota Richard Biggs, University of Western Ontario Robert Blumenthal, Oglethorpe University Martina Bode, Northwestern University Przemyslaw Bogacki, Old Dominion University Barbara Bohannon, Hofstra University Jay Bourland, Colorado State University Adam Bowers, University of California San Diego

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Philip L. Bowers, Florida State University Amy Elizabeth Bowman, University of Alabama in Huntsville Stephen W. Brady, Wichita State University Michael Breen, Tennessee Technological University ca  r   r t   f  ur     t   u Robert N. Bryan, University of Western Ontario David Buchthal, University of Akron Roxanne Byrne, University of Colorado at Denver and Health Sciences Center Jenna Carpenter, Louisiana Tech University Jorge Cassio, Miami-Dade Community College Jack Ceder, University of California, Santa Barbara Scott Chapman, Trinity University h Q  Ch   r t   f  a h t     att James Choike, Oklahoma State University Neena Chopra, The Pennsylvania State University r  Chr t a   r t   f  ur    C u a Barbara Cortzen, DePaul University Carl Cowen, Purdue University Philip S. Crooke, Vanderbilt University Charles N. Curtis, Missouri Southern State College Daniel Cyphert, Armstrong State College Robert Dahlin Bobby Dale Daniel, Lamar University Jennifer Daniel, Lamar University M. Hilary Davies, University of Alaska Anchorage r r    Da   r t   f  c     r   a E a  D a   r t   f H u t    D t Daniel DiMaria, Suffolk Community College Seymour Ditor, University of Western Ontario Edward Dobson, Mississippi State University Andras Domokos, California State University, Sacramento Greg Dresden, Washington and Lee University Daniel Drucker, Wayne State University Kenn Dunn, Dalhousie University Dennis Dunninger, Michigan State University Bruce Edwards, University of Florida David Ellis, San Francisco State University John Ellison, Grove City College Martin Erickson, Truman State University Garret Etgen, University of Houston Theodore G. Faticoni, Fordham University Laurene V. Fausett, Georgia Southern University Norman Feldman, Sonoma State University   ar  O   r u   r t   f Ca f r a    r Newman Fisher, San Francisco State University Timothy Flaherty, Carnegie Mellon University José D. Flores, The University of South Dakota William Francis, Michigan Technological University James T. Franklin, Valencia Community College, East Stanley Friedlander, Bronx Community College atr c   a a h r  C u a  r t       r au   arr tt   r t   f  ta    a Frederick Gass, Miami University of Ohio Lee Gibson, University of Louisville Bruce Gilligan, University of Regina Matthias K. Gobbert, University of Maryland, Baltimore County Gerald Goff, Oklahoma State University Isaac Goldbring, University of Illinois at Chicago Jane Golden, Hillsborough Community College Stuart Goldenberg, California Polytechnic State University John A. Graham, Buckingham Browne & Nichols School

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Richard Grassl, University of New Mexico Michael Gregory, University of North Dakota Charles Groetsch, University of Cincinnati Semion Gutman, University of Oklahoma Paul Triantafilos Hadavas, Armstrong Atlantic State University Salim M. Haïdar, Grand Valley State University D. W. Hall, Michigan State University rt   Ha   r t   f  c     au Howard B. Hamilton, California State University, Sacramento Darel Hardy, Colorado State University Shari Harris, John Wood Community College Gary W. Harrison, College of Charleston Melvin Hausner, New York University/Courant Institute Curtis Herink, Mercer University Russell Herman, University of North Carolina at Wilmington Allen Hesse, Rochester Community College Diane Hoffoss, University of San Diego Randall R. Holmes, Auburn University Lorraine Hughes, Mississippi State University James F. Hurley, University of Connecticut r  a   r t   f  a h t     att Matthew A. Isom, Arizona State University Jay Jahangiri, Kent State University Gerald Janusz, University of Illinois at Urbana-Champaign John H. Jenkins, Embry-Riddle Aeronautical University, Prescott Campus Lea Jenkins, Clemson University John Jernigan, Community College of Philadelphia Clement Jeske, University of Wisconsin, Platteville Carl Jockusch, University of Illinois at Urbana-Champaign Jan E. H. Johansson, University of Vermont Jerry Johnson, Oklahoma State University Zsuzsanna M. Kadas, St. Michael’s College Brian Karasek, South Mountain Community College Nets Katz, Indiana University Bloomington Matt Kaufman Matthias Kawski, Arizona State University Frederick W. Keene, Pasadena City College Robert L. Kelley, University of Miami Akhtar Khan, Rochester Institute of Technology Marianne Korten, Kansas State University Virgil Kowalik, Texas A&I University Jason Kozinski, University of Florida Kevin Kreider, University of Akron Leonard Krop, DePaul University Carole Krueger, The University of Texas at Arlington Mark Krusemeyer, Carleton College Ken Kubota, University of Kentucky John C. Lawlor, University of Vermont Christopher C. Leary, State University of New York at Geneseo David Leeming, University of Victoria Sam Lesseig, Northeast Missouri State University Phil Locke, University of Maine Joyce Longman, Villanova University Joan McCarter, Arizona State University Phil McCartney, Northern Kentucky University Igor Malyshev, San Jose State University Larry Mansfield, Queens College Mary Martin, Colgate University Nathaniel F. G. Martin, University of Virginia Gerald Y. Matsumoto, American River College James McKinney, California State Polytechnic University, Pomona

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Tom Metzger, University of Pittsburgh Richard Millspaugh, University of North Dakota John Mitchell, Clark College Lon H. Mitchell, Virginia Commonwealth University Michael Montaño, Riverside Community College Teri Jo Murphy, University of Oklahoma Martin Nakashima, California State Polytechnic University, Pomona Ho Kuen Ng, San Jose State University Richard Nowakowski, Dalhousie University Hussain S. Nur, California State University, Fresno Norma Ortiz-Robinson, Virginia Commonwealth University Wayne N. Palmer, Utica College Vincent Panico, University of the Pacific     a   r t   f  ch a    D ar r Donald Paul, Tulsa Community College   a  a a  r t     ur u   r t   a a Chad Pierson, University of Minnesota, Duluth Mark Pinsky, Northwestern University Lanita Presson, University of Alabama in Huntsville Lothar Redlin, The Pennsylvania State University Karin Reinhold, State University of New York at Albany Thomas Riedel, University of Louisville       r t   f  c     a Lila Roberts, Georgia College and State University E. Arthur Robinson, Jr., The George Washington University Richard Rockwell, Pacific Union College Rob Root, Lafayette College Richard Ruedemann, Arizona State University David Ryeburn, Simon Fraser University Richard St. Andre, Central Michigan University Ricardo Salinas, San Antonio College Robert Schmidt, South Dakota State University Eric Schreiner, Western Michigan University Christopher Schroeder, Morehead State University hr    hah   t  tat   r t     ru u Angela Sharp, University of Minnesota, Duluth Patricia Shaw, Mississippi State University

Qin Sheng, Baylor University Theodore Shifrin, University of Georgia Wayne Skrapek, University of Saskatchewan Larry Small, Los Angeles Pierce College Teresa Morgan Smith, Blinn College William Smith, University of North Carolina D a       r t   f  c     au Carl Spitznagel, John Carroll University Edward Spitznagel, Washington University Joseph Stampfli, Indiana University Kristin Stoley, Blinn College Mohammad Tabanjeh, Virginia State University Capt. Koichi Takagi, United States Naval Academy M. B. Tavakoli, Chaffey College Lorna TenEyck, Chemeketa Community College Magdalena Toda, Texas Tech University Ruth Trygstad, Salt Lake Community College Paul Xavier Uhlig, St. Mary’s University, San Antonio Stan Ver Nooy, University of Oregon r  V r a  Ca f r a  tat   r t       Klaus Volpert, Villanova University Rebecca Wahl, Butler University Russell C. Walker, Carnegie-Mellon University William L. Walton, McCallie School Peiyong Wang, Wayne State University Jack Weiner, University of Guelph Alan Weinstein, University of California, Berkeley Roger Werbylo, Pima Community College Theodore W. Wilcox, Rochester Institute of Technology Steven Willard, University of Alberta David Williams, Clayton State University rt    r t   f  c     a r   rt   r t   f  ch a       r r  Dennis H. Wortman, University of Massachusetts, Boston ar   r ht   uth r     r t    Car a Paul M. Wright, Austin Community College Xian Wu, University of South Carolina Zhuan Ye, Northern Illinois University

Agradecemos a todos que contribuíram com essa edição – e foram muitos –, bem como àqueles cujas contribuições às edições anteriores foram mantidas nessa nova edição. Agradecemos a Marigold Ardren, David Behrman, George Bergman, R. B. Burckel, Bruce Colletti, John Dersch, Gove Effinger, Bill Emerson, Alfonso Gracia-Saz, Jeffery Hayen, Dan Kalman, Quyan Khan, John Khoury, Allan MacIsaac, Tami Martin, Monica Nitsche, Aaron Peterson, Lamia Raffo, Norton Starr, Jim Trefzger, Aaron Watson e Weihua Zeng por suas sugestões; a Joseph Bennish, Craig Chamberlin, Kent Merryfield e Gina Sanders pelas relevantes conversas sobre cálculo; a Al Shenk e Dennis Zill pela permissão de uso de exercícios de seus textos de cálculo; à COMAP pela permissão de uso de material de projetos; a David Bleecker, Victor Kaftal, Anthony Lam, Jamie Lawson, Ira Rosenholtz, Paul Sally, Lowell Smylie, Larry Wallen e Jonathan Watson pelas ideias sobre exercícios; a Dan Drucker pelo projeto sobre roller derby; a Thomas Banchoff, Tom Farmer, Fred Gass, John Ramsay, Larry Riddle, Philip Straffin e Klaus Volpert pelas ideias sobre projetos; a Josh Babbin, Scott Barnett e Gina Sanders por resolver os novos exercícios e sugerir formas de aprimorá-los; a Jeff Cole por inspecionar as respostas de todos os exercícios e assegurar que estão corretas; a Mary Johnson e Marv Riedesel pela precisão na revisão e a Doug Shaw pela conferência da exatidão dos dados. Agradecemos ainda a Dan Anderson, Ed Barbeau, Fred Brauer, Andy Bulman-Fleming,

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Bob Burton, David Cusick, Tom DiCiccio, Garret Etgen, Chris Fisher, Barbara Frank, Leon Gerber, Stuart Goldenberg, Arnold Good, Gene Hecht, Harvey Keynes, E. L. Koh, Zdislav Kovarik, Kevin Kreider, Emile LeBlanc, David Leep, Gerald Leibowitz, Larry Peterson, Mary Pugh, Carl Riehm, John Ringland, Peter Rosenthal, Dusty Sabo, Dan Silver, Simon Smith, Alan Weinstein e Gail Wolkowicz. Somos gratos a Phyllis Panman por nos auxiliar na preparação do manuscrito, por resolver os exercícios, além de propor novos, e por realizar uma revisão crítica de todo o manuscrito. Temos uma dívida profunda com nosso amigo e colega Lothar Redlin que havia começado a trabalhar conosco nesta revisão logo antes de sua morte prematura em 2018. Os conhecimentos profundos de Lothar sobre matemática e educação matemática, bem como suas habilidades para resolver problemas instantaneamente, eram dons inestimáveis. Agradecemos especialmente a Kathi Townes da TECHarts, nosso serviço de produção de editoração (desta e de várias edições passadas). Sua habilidade extraordinária para lembrar detalhes do texto quando necessário, sua facilidade para realizar concomitantemente diferentes tarefas de editoração e sua vasta familiaridade com o livro foram essenciais para assegurar sua exatidão e permitir sua produção dentro do prazo. Também agradecemos a Lori Heckelman pela preparação elegante e precisa das novas ilustrações. Da Cengage Learning, agradecemos a Timothy Bailey, Teni Baroian, Diane Beasley, Carly Belcher, Vernon Boes, Laura Gallus, Stacy Green, Justin Karr, Mark Linton, Samantha Lugtu, Ashley Maynard, Irene Morris, Lynh Pham, Jennifer Risden, Tim Rogers, Mark Santee, Angela Sheehan e Tom Ziolkowski. Todos fizeram um trabalho notável. Ao longo das últimas três décadas, esse livro beneficiou-se consideravelmente dos conselhos e orientações de alguns dos melhores editores de matemática: Ron Munro, Harry Campbell, Craig Barth, Jeremy Hayhurst, Gary Ostedt, Bob Pirtle, Richard Stratton, Liz Covello, Neha Taleja e, agora, Gary Whalen. Todos contribuíram significativamente para o sucesso desse livro. De forma destacada, o amplo conhecimento de Gary Whalen sobre as questões atuais relativas ao ensino de matemática e sua pesquisa contínua sobre a criação de formas melhores de uso de tecnologia como ferramenta de auxílio ao ensino e à aprendizagem foram inestimáveis para a criação dessa edição. JAMES STEWART DANIEL CLEGG SALEEM WATSON

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Um Tributo a James Stewart

James Stewart tinha um dom particular para ensinar matemática. Os amplos auditórios em que ministrava suas aulas de cálculo estavam sempre lotados de estudantes, que se mantinham atentos, com interesse e ansiedade, enquanto ele os levava a descobrir um novo conceito ou a solução de um problema estimulante. Stewart apresentava o cálculo do jeito que o via – como um tema rico, com conceitos intuitivos, problemas maravilhosos, aplicações relevantes e com uma história fascinante. Como um testamento de seu sucesso como professor e palestrante, muitos de seus estudantes se tornaram matemáticos, cientistas e engenheiros, e não poucos são agora eles mesmos professores universitários. Foram seus estudantes os primeiros a sugerir que ele escrevesse seu próprio livro-texto de cálculo. Ao longo dos anos, ex-alunos, então empregados como cientistas e engenheiros, chamavam-no para discutir problemas matemáticos que encontravam no trabalho; algumas dessas discussões acabaram resultando em novos exercícios e projetos do livro. Ambos conhecemos James Stewart – ou Jim, como ele gostava que o chamássemos – a partir de suas aulas e palestras, o que o levou a nos convidar a assumir a coautoria em livros-texto de matemática. Nos anos em que passamos juntos, ele foi, sucessivamente, nosso professor, mentor e amigo. Jim tinha vários talentos especiais cuja combinação talvez o tenha qualificado de forma única a escrever um livro-texto tão belo para cálculo – um livro-texto com uma narrativa dirigida aos estudantes e que combina os fundamentos do cálculo com indicações conceituais de como refletir sobre eles. Jim sempre ouviu atentamente seus alunos para descobrir precisamente em que ponto eles poderiam ter dificuldades com um conceito. E o que é crucial, ele realmente apreciava o trabalho árduo – uma característica necessária para que se conclua a tarefa imensa que consiste em escrever um livro de cálculo. Como seus coautores, desfrutamos de seu entusiasmo e otimismo contagiantes, que sempre tornavam divertido e produtivo, nunca estressante, o tempo que passamos juntos. A maioria das pessoas concordaria que escrever um livro-texto de cálculo é um feito suficientemente relevante para consumir uma vida, mas, surpreendentemente, Jim tinha muitos outros interesses e realizações: ele tocou violino profissionalmente nas orquestras filarmônicas McMaster e Hamilton por vários anos, teve uma paixão duradoura pela arquitetura, foi patrono das artes e preocupou-se profundamente com muitas causas sociais e humanitárias. Foi também um viajante pelo mundo, um eclético colecionador de arte e até mesmo um cozinheiro gourmet. James Stewart foi uma pessoa, um matemático e um professor extraordinário. Sentimo-nos honrados e privilegiados por termos sido seus coautores e amigos. DANIEL CLEGG SALEEM WATSON

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Sobre os Autores Por mais de duas décadas, Daniel Clegg e Saleem Watson trabalharam com James Stewart na redação de livros-texto de matemática. Sua relação de trabalho muito próxima foi particularmente produtiva, uma vez que eles compartilhavam um ponto de vista comum sobre o ensino de matemática e sobre a escrita de textos matemáticos. Em uma entrevista de 2014, James Stewart comentou sobre essa colaboração: “Descobrimos que conseguimos pensar de uma mesma forma... concordamos em quase tudo, o que é um tanto incomum”. Daniel Clegg e Saleem Watson conheceram James Stewart de formas diferentes, ainda que, em ambos os casos, o primeiro encontro tenha se tornado o início de uma longa parceria. Stewart detectou o talento de Daniel para o ensino em um encontro casual em uma conferência matemática e pediu-lhe para rever o manuscrito de uma futura edição de Cálculo e para redigir o manual de soluções da versão do livro sobre cálculo em várias variáveis. Desde então, Daniel assumiu um papel crescente na preparação de diversas edições dos livros de cálculo de Stewart. Ambos também foram coautores de um livro-texto de cálculo aplicado. Stewart conheceu Saleem quando este era aluno de seu curso de pós-graduação em matemática. Mais tarde, Stewart passou um período sabático realizando pesquisas com ele na Penn State University, à época em que Saleem era docente lá. Stewart pediu a Saleem e a Lothar Redlin (também aluno de Stewart) que se juntassem a ele para escrever uma série de livros de pré-cálculo; os muitos anos dessa colaboração resultaram em várias edições desses livros. James Stewart foi professor de matemática na McMaster University e na University of Toronto por muitos anos. Fez pós-graduação na Stanford University e na University of Toronto e, posteriormente, fez pesquisa na University of London. Seu campo de pesquisa era Análise Harmônica e ele também estudou as relações entre matemática e música. Daniel Clegg é professor de matemática no Palomar College, no sul da Califórnia. Graduou-se na California State University, em Fullerton, e fez pós-graduação na University of California, em Los Angeles (UCLA). Daniel é um competente professor; ensina matemática desde quando era um estudante de pós-graduação na UCLA. Saleem Watson é professor emérito de matemática na California State University, em Long Beach. Graduado na Andrews University, em Michigan, pós-graduado na Dalhousie University e na McMaster University. Depois de um período como bolsista de pesquisa na University of Warsaw, ele lecionou por muitos anos na Penn State University, antes de se juntar ao Departamento de Matemática da California State University, em Long Beach. Stewart e Clegg publicaram Brief Applied Calculus. Stewart, Redlin e Watson publicaram Precalculus: Mathematics for Calculus; College Algebra; Trigonometry; Algebra and Trigonometry e College Algebra: Concepts and Contexts (com Phyllis Panman).

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Recursos Tecnológicos Desta Edição Equipamentos e programas que traçam gráficos e efetuam cálculos são ferramentas valiosas para o aprendizado e a exploração do cálculo. Alguns, inclusive, consolidaram-se no apoio ao ensino de cálculo. Calculadoras gráficas são úteis para traçar gráficos e realizar alguns cálculos numéricos, tais como a determinação de soluções aproximadas de equações ou o cálculo do valor numérico de derivadas (Capítulo 3) ou de integrais definidas (Capítulo 5). Pacotes computacionais de matemática denominados sistemas de computação algébrica (cuja abreviatura é SCA) são ferramentas ainda mais poderosas. Apesar desse nome, a álgebra representa apenas um pequeno subconjunto dos recursos de um SCA. Em particular, um SCA consegue trabalhar com a matemática de forma simbólica, e não apenas numérica. Ele é capaz de determinar soluções exatas para equações, bem como fórmulas exatas para derivadas e integrais. Hoje em dia, temos acesso a uma gama de ferramentas, com recursos variados, maior do que jamais tivemos no passado. A lista inclui recursos on-line (alguns dos quais gratuitos), bem como aplicativos para smartphones e tablets. Muitos desses recursos incluem ao menos algumas das funcionalidades de um SCA, de modo que alguns exercícios que poderiam tipicamente exigir o emprego de um SCA podem agora ser realizados usando essas ferramentas alternativas. Nessa edição, em lugar de nos referirmos a um tipo específico de equipamento (uma calculadora gráfica, por exemplo) ou pacote computacional (como um SCA), indicamos o tipo de recurso necessário para a resolução de um exercício.

Ícone de Ferramenta Gráfica A presença de um ícone desse tipo ao lado de um exercício indica que se espera que você use um equipamento ou programa que o auxilie a traçar um gráfico. Em muitos casos, uma calculadora gráfica é suficiente. Sites como o Desmos.com fornecem recursos semelhantes. Se o gráfico for tridimensional (veja os Capítulos 12 a 16), o WolframAlpha.com é um bom recurso. Também existem muitos aplicativos gráficos para computadores, smartphones e tablets. Se um exercício exigir o traçado de um gráfico, mas não contiver o ícone de ferramenta gráfica, você deverá fazer o gráfico à mão. No Capítulo 1, revisamos os gráficos de funções básicas e discutimos como usar transformações para traçar os gráficos de versões modificadas dessas funções.

Ícone de Recurso Tecnológico Esse ícone é usado para indicar que é necessário recorrer a um programa ou equipamento com mais recursos do que o simples traçado de gráficos para concluir o exercício. Várias calculadoras gráficas e programas de computador são capazes de fornecer aproximações numéricas quando estas são exigidas. Para trabalhar simbolicamente com matemática, sites como o WolframAlpha.com ou o Symbolab.com são úteis, assim como são as calculadoras gráficas mais avançadas, como a Texas Instrument TI-89 ou TI-Nspite CAS. Se for necessário contar com recursos exclusivos de um SCA, isso será indicado no exercício e, nesse caso, pode ser necessário recorrer a pacotes computacionais como o Mathematica, o Maple, o MATLAB ou o SageMath. Se um exercício não incluir um ícone de recurso tecnológico, você deverá calcular limites, derivadas e integrais, ou resolver equações à mão, obtendo respostas exatas. Esses exercícios não requerem recursos tecnológicos mais avançados do que, eventualmente, uma calculadora científica básica.

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Ao Aluno A leitura de um livro-texto de cálculo difere da leitura de um conto ou um artigo de jornal. Não desanime se precisar ler o mesmo trecho muitas vezes antes de entendê-lo. E, durante a leitura, você deve sempre ter lápis, papel e calculadora à mão, para fazer contas e desenhar diagramas. Alguns estudantes preferem partir diretamente para os exercícios passados como dever de casa, consultando o texto somente ao topar com alguma dificuldade. Acreditamos que ler e compreender toda a seção antes de lidar com os exercícios é muito mais interessante. Você deve prestar especial atenção às definições e compreender o significado exato dos termos. E, antes de ler cada exemplo, sugerimos que cubra a solução e tente resolvê-lo sozinho. Parte do objetivo deste curso é treiná-lo a pensar logicamente. Procure escrever os estágios da resolução de forma articulada, passo a passo, com frases explicativas – e não somente uma série de equações e fórmulas desconexas. As respostas da maioria dos exercícios ímpares são dadas ao final do livro, no Apêndice H. Alguns exercícios pedem explicações, interpretações ou descrições por extenso. Em tais casos, não há uma forma única de escrever a resposta, então não se preocupe se a sua ficou muito diferente. Da mesma forma, também há mais de uma maneira de expressar uma resposta algébrica ou numérica. Assim, se a sua resposta diferir daquela que consta no livro, não suponha imediatamente que a sua está errada. Por exemplo, se a resposta impressa é 2 - 1 e você chegou em 1 / (1 + 2 ), você está certo, e a racionalização do denominador mostrará que ambas são equivalentes. O ícone gráfico indica que o exercício definitivamente exige o uso de uma calculadora gráfica ou um computador com um programa que o auxilie a traçar o gráfico. Mas isso não significa que você não possa utilizar esses equipamentos para verificar seus resultados nos demais exercícios. O símbolo indica que é necessário algum auxílio tecnológico mais avançado que o simples traçado de gráficos para a conclusão do exercício. (Para maiores detalhes, consulte a seção Recursos Tecnológicos Desta Edição.) Você também encontrará o símbolo , que o alertará sobra a possibilidade de cometer um erro. Esse símbolo é apresentado à margem do texto, em situações nas quais muitos estudantes tendem a cometer o mesmo erro. Recomendamos que guarde este livro para fins de referência após o término do curso. Como você provavelmente esquecerá alguns detalhes específicos do cálculo, o livro servirá como um lembrete útil quando precisar usá-lo em cursos subsequentes. E, como este livro contém uma maior quantidade de material que pode ser abordada em qualquer curso, ele também pode servir como um recurso valioso para um cientista ou engenheiro em atuação. O cálculo é uma matéria fascinante e, com justiça, é considerado uma das maiores realizações da inteligência humana. Esperamos que você descubra não apenas o quanto esta disciplina é útil, mas também o quão intrinsecamente bela ela é.

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Testes de Verificação O sucesso no cálculo depende em grande parte do conhecimento da matemática que precede o cálculo: álgebra, geometria analítica, funções e trigonometria. Os testes a seguir têm a intenção de diagnosticar falhas que você possa ter nessas áreas. Depois de fazer cada teste, é possível conferir suas respostas com as respostas dadas e, se necessário, refrescar sua memória consultando o material de revisão fornecido.

Testes de Verificação: Álgebra

A

1. Avalie cada expressão sem usar uma calculadora. (a) (-3)4 (b) -34

(c) 3-4

2

2 523 (e) (f) 16-3/4 3 521 2. Simplifique cada expressão. Escreva sua resposta sem expoentes negativos. (d)

(a)

200 - 32

(b) (3a3b3 )(4ab2)2 2

3 x3/ 2 y 3 (c) 2 1/ 2 x y 3. Expanda e simplifique. (a) 3(x + 6) + 4(2x - 5) (c) ( a b )( a b )

(b) (x + 3)(4x - 5) (d) (2x + 3)2

(e) (x + 2)

3

4. Fatore cada expressão. (a) 4x2 - 25 (c) x3 - 3x2 - 4x + 12 (e) 3x3/2 - 9x1/2 + 6x-1/2

(b) 2x2 + 5x - 12 (d) x4 + 27x (f) x3y - 4xy

5. Simplifique as expressões racionais. (a)

x2 3 x 2 x2 x 2

(c)

x2 x 1 x 4 x 2 2

2 (b) 2 x 2 x 1 x 3 2x 1 x 9 y x x y (d) 1 1 y x

6. Racionalize a expressão e simplifique. (a)

10 5 -2

(b)

4 h 2 h

7. Reescreva, completando o quadrado. (a) x2 + x + 1 (b) 2x2 - 12x + 11 8. Resolva a equação. (Encontre apenas as soluções reais.) 2x 2 x 1 (b) (a) x + 5 = 14 - 12 x x 1 x (c) x2 - x - 12 = 0 (d) 2x2 + 4x + 1 = 0 (e) x4 - 3x2 + 2 = 0 (g) 2 x ( 4 x )

1/ 2

(f ) 3x - 4 = 10

3 4 x 0

9. Resolva cada desigualdade. Escreva sua resposta usando a notação de intervalos. (a) -4 < 5 - 3x ≤ 17 (b) x2 < 2x + 8

xxiv

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xxv

TESTES DE VERIFICAÇÃO

(c) x(x - 1)(x + 2) > 0

(d) x - 4 < 3

(e) 2 x 3 1 x 1 10. Diga se cada equação é verdadeira ou falsa. (a) (p + q)2 = p2 + q2 a 2 b2 a b

(c) (e)

ab =

(b)

1 1 1 x y x y

a

b

(d)

1 TC 1 T C

(f)

1 /x 1 a /x b /x a b

RESPOSTAS DOS TESTES DE VERIFICAÇÃO A: ÁLGEBRA (b) -81

1. (a) 81

(c)

1 81

9 4

(f )

1 8

2. (a) 6 2

(b) 48a5b7

(c)

3. (a) 11x - 2

(b) 4x2 + 7x - 15

(c) a - b

(d) 4x2 + 12x + 9

(d) 25

(e)

x 9 y7

4. (a) (2x - 5)(2x + 5)

7. (a) ( x + 12 ) 2 +

(b) 2(x - 3)2 - 7

(b) (2x - 3)(x + 4) (d) x(x + 3)(x2 - 3x + 9)

(e) 3x-1/2(x - 1)(x - 2)

(f ) xy(x - 2)(x + 2) (b) x - 1 x-3 (d) -(x + y)

3 4

8. (a) 6

(g)

(c) (x - 3)(x - 2)(x + 2) 5. (a) x 2 x 2 1 (c) x-2

(b)

(d) 1

(e) x3 + 6x2 + 12x + 8

1 4+h +2

6. (a) 5 2 + 2 10

(c) -3, 4

(b) 1 1 2

2

(e) ±1, ±

2

(f)

2 3

,

22 3

12 5

9. (a) [-4, 3)

(b) (-2, 4)

(c) (-2, 0) È (1, ∞)

(d) (1, 7)

(e) (-1, 4] 10. (a) Falso (d) Falso

(b) Verdadeiro

(c) Falso

(e) Falso

(f) Verdadeiro

Se você tiver dificuldade com estes problemas, consulte a Revisão de Álgebra, “Review of Algebra” na página deste livro no site da Cengage. Material em inglês.

B

Testes de Verificação: Geometria Analítica 1. Encontre uma equação para a reta que passa pelo ponto (2, -5) e (a) tem inclinação -3 (b) é paralela ao eixo x (c) é paralela ao eixo y (d) é paralela à reta 2x - 4y = 3 2. Encontre uma equação para o círculo que tem centro (-1, 4) e passa pelo ponto (3, -2). 3. Encontre o centro e o raio do círculo com equação x2 + y2 - 6x + 10y + 9 = 0. 4. Sejam A(-7, 4) e B(5, -12) pontos no plano: (a) Encontre a inclinação da reta que contém A e B. (b) Encontre uma equação da reta que passa por A e B. Quais são as intersecções com os eixos? (c) Encontre o ponto médio do segmento AB. (d) Encontre o comprimento do segmento AB. (e) Encontre uma equação para a mediatriz de AB. (f) Encontre uma equação para o círculo para o qual AB é um diâmetro.

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xxvi

CÁLCULO

5. Esboce as regiões do plano xy definidas pelas equações ou inequações. (a) -1 ≤ y ≤ 3 (b) x < 4 e y< 2 (c) y < 1 - 12 x (d) y ≥ x2 - 1 (e) x2 + y2 < 4 (f) 9x2 + 16y2 = 144

RESPOSTAS DOS TESTES DE VERIFICAÇÃO B: GEOMETRIA ANALÍTICA 1. (a) y = -3x + 1

(b) y = -5

(c) x = 2

5. (a)

y

(d) y = 12 x - 6

y

(c)

2

2. (x + 1)2 + ( y - 4)2 = 52

0

x

–1

3. Centro (3, -5), raio 5 4. (a) - 43 (b) 4x + 3y + 16 = 0; intersecção com o eixo x = -4; intersecção com o eixo y = - 163 (c) (d) (e) (f)

(b)

y

3

(d)

–4

y

(e)

0 –1

4x

0

0

y=1– 2

1 2x

x

–2

y 2

(-1, -4) 20 3x - 4y = 13 (x + 1)2 + ( y + 4)2 = 100

1

x

1

0

(f ) 2

x

2

y 3

x +y =4 2

0

4 x

y = x2 – 1

Se você tiver dificuldade com estes problemas, consulte a Revisão de Geometria Analítica, nos Apêndices B e C.

C

Testes de Verificação: Funções y

1. O gráfico de uma função f é dado à esquerda. (a) Diga o valor de f (-1). (b) Estime o valor de f (2). (c) Para quais valores de x vale que f (x) = 2? (d) Estime os valores de x tais que f (x) = 0. (e) Diga qual é o domínio e a imagem de f. 2. Se f (x) = x3, calcule o quociente

1 0

x

f ( 2 h) f ( 2) e simplifique sua resposta. h

3. Encontre o domínio da função. 2x 1 (a) f ( x ) 2 x x 2

1

FIGURA PARA O PROBLEMA 1 3

x (b) g ( x ) 2 x 1

(c) h ( x )

4 x

x 1 2

4. Como os gráficos das funções são obtidos a partir do gráfico de f ? (a) y = -f (x)

(b) y = 2 f (x) - 1

(c) y = f (x - 3) + 2

5. Sem usar uma calculadora, faça um esboço grosseiro do gráfico. (b) y = (x + 1)3

(c) y = (x - 2)3 + 3

(d) y = 4 - x2

(e) y =

(f) y = 2 x

(g) y = -2x

(h) y = 1 + x-1

(a) y = x3

x

2 se x 0 1 x 6. Seja f ( x ) 2 x 1 se x 0

(a) Calcule f (-2) e f (1).

(b) Esboce o gráfico de f.

7. Se f (x) = x2 + 2x - 1 e g(x) = 2x - 3, encontre cada uma das seguintes funções. (a) f ° g

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(b) g ° f

(c) g ° g ° g

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TESTES DE VERIFICAÇÃO

RESPOSTAS DOS TESTES DE VERIFICAÇÃO C: FUNÇÕES 1. (a) -2

(b) 2,8

(c) -3, 1

(d)

(d) -2,5, 0,3

y 4

(e)

(e) [-3, 3], [-2, 3] 0

2

x

0

2. 12 + 6h + h2 3. (a) (-∞, -2) È (-2, 1) È (1, ∞) (b) (-∞, ∞) (c) (-∞, -1] È [1, 4]

(g)

y

x

1

x

(c)

1 –1

x

0

6. (a) -3, 3

1

x

–1

0

x

y

(b)

y

1 (2, 3)

0

1

y

(h)

–1

1

1

0

1

y

(b)

1

y

0

4. (a) Refletindo em torno do eixo x. (b) Expandindo verticalmente por um fator 2, a seguir transladando 1 unidade para baixo. (c) Transladando 3 unidades para a direita e 2 unidades para cima. 5. (a)

y

(f)

y

x

0

x

x

0

7. (a) (f ° g)(x) = 4x2 - 8x + 2 (b) (g ° f )(x) = 2x2 + 4x - 5 (c) (g ° g ° g)(x) = 8x - 21

Se você tiver dificuldade com estes problemas, consulte as seções 1.1 a 1.3 deste livro.

D

Testes de Verificação: Trigonometria 1. Converta de graus para radianos. (b) -18°

(a) 300°

2. Converta de radianos para graus. (a) 5p/6 (b) 2 3. Encontre o comprimento de um arco de um círculo de raio 12 cm, cujo ângulo central é 30°.

24 θ

4. Encontre os valores exatos. (a) tg(p/3) (b) sen(7p/6) a

b

FIGURA PARA O PROBLEMA 5

(c) sec(5p/3)

5. Expresse os comprimentos a e b na figura em termos de q. 6. Se sen x =

= e sec y

1 3

5 4

, onde x e y estão entre 0 e p/2, avalie sen (x + y).

7. Demonstre as identidades. (a) tg q sen q + cos q = sec q

(b)

2 tg x 1 tg 2 x

sen 2 x

8. Encontre todos os valores de x tais que sen 2x = sen x e 0 ≤ x ≤ 2p. 9. Esboce o gráfico da função y = 1 + sen 2x sem usar calculadora.

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CÁLCULO

RESPOSTAS DOS TESTES DE VERIFICAÇÃO D: TRIGONOMETRIA 1. (a) 5p/3

(b) -p/10

5. a = 24 sen q, b = 24 cos q

2. (a) 150°

(b) 360°/p ≈ 114,6º

6.

3

(4 + 6 2 )

8. 0, p/3, p, 5p/3, 2p

3. 2p cm 4. (a)

1 15

y

9. (b) -

1 2

(c) 2

2

–π

0

π

x

Se você tiver dificuldade com estes problemas, consulte o Apêndice D deste livro.

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Ao terminar esse curso, você será capaz de determinar em que ponto um piloto deve iniciar a descida para que o pouso seja suave, encontrar o comprimento da curva usada para projetar o Gateway Arch, em St. Louis, calcular a força em um bastão de beisebol quando este bate na bola, predizer o tamanho das populações de espécies que competem seguindo um modelo presa-predador, mostrar que as abelhas formam as células de uma colmeia de tal forma que o consumo de cera seja mínimo e estimar a quantidade de combustível necessária para pôr em órbita um foguete. Linha superior: Who is Danny / Shutterstock.com; iStock.com / gnagel; Richard Paul Kane / Shutterstock.com Linha inferior: Bruce Ellis / Shutterstock.com; Kostiantyn Kravchenko / Shutterstock.com; Ben Cooper / Science Faction / Getty Images"

Uma Apresentação do Cálculo O CÁLCULO É FUNDAMENTALMENTE DIFERENTE da matemática que você já estudou. Ele é menos estático e mais dinâmico. Trata de variação e de movimento, bem como de quantidades que tendem a outras quantidades. Por esse motivo, pode ser útil ter uma visão geral do cálculo antes de iniciar seu estudo sobre o tema. Damos aqui uma amostra das ideias principais do cálculo e mostramos como seus fundamentos são construídos a partir do conceito de limite.

xxix

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xxx

CÁLCULO

■ O que É Cálculo? O mundo à nossa volta muda continuamente – as populações crescem, uma xícara de café esfria, uma pedra cai, os produtos químicos reagem uns com os outros, o valor das moedas flutua, e assim por diante. Gostaríamos de ser capazes de analisar quantidades e processos que sofrem mudanças continuamente. Por exemplo, se uma pedra cai 10 pés a cada segundo, podemos dizer facilmente quão rápido ela cai a cada instante, mas isso não é o que acontece de fato – a pedra cai cada vez mais rápido e sua velocidade muda a cada instante. Ao estudar cálculo, aprenderemos como modelar (ou descrever) esses processos de mudança instantânea e como determinar o efeito cumulativo dessas mudanças. O cálculo se baseia naquilo que você aprendeu de álgebra e geometria analítica, mas promove um avanço espetacular dessas ideias. Seu uso se estende por praticamente todo campo da atividade humana. Você encontrará numerosas aplicações do cálculo ao longo desse livro. Em sua essência, o cálculo gira em torno de dois problemas fundamentais que envolvem gráficos de funções – o problema da área e o problema da tangente –, bem como da relação inesperada que existe entre eles. Resolver esses problemas é útil porque a área sob o gráfico de uma função e a reta tangente ao gráfico de uma função têm muitas interpretações importantes em uma variedade de contextos.

■ O Problema da Área

A1

As origens do cálculo remontam à Grécia antiga, pelo menos 2.500 anos atrás, quando foram encontradas áreas usando o chamado “método da exaustão”. Naquela época, os gregos já sabiam encontrar a área A de qualquer polígono dividindo-o em triângulos, como na Figura 1, e, em seguida, somando as áreas obtidas. É muito mais difícil achar a área de uma figura curva. O método da exaustão dos antigos gregos consistia em inscrever e circunscrever a figura com polígonos e, então, aumentar o número de lados deles. A Figura 2 ilustra esse procedimento no caso especial de um círculo, com polígonos regulares inscritos.

A5

A2 A3

A4

A = A1 + A2 + A3 + A4 + A5

FIGURA 1

A3

A4

A5

A6

A7

A12

FIGURA 2 y

Seja An a área do polígono inscrito com n lados. À medida que aumentamos n, fica evidente que An ficará cada vez mais próxima da área do círculo. Dizemos, então, que a área do círculo é o limite das áreas dos polígonos inscritos e escrevemos

y = ƒ(x)

A lim An

A

0

n

x

FIGURA 3 A área A da região sob o gráfico de f

Os gregos não usaram explicitamente limites. Todavia, por um raciocínio indireto, Eudoxo (século V a.C.) usa o método da exaustão para demonstrar a conhecida fórmula da área do círculo: A = pr 2. Usaremos uma ideia semelhante no Capítulo 5 para encontrar a área de regiões do tipo mostrado na Figura 3. Aproximaremos tal área por áreas de retângulos, como mostrado na Figura 4. Se aproximarmos a área A da região sob o gráfico de f usando n retângulos R1, R2, , Rn, então a área aproximada é An = R1 + R2 + ... Rn Imagine agora que aumentamos o número de retângulos (à medida que a largura de cada um é reduzida) e calculamos A como o limite dessa soma das áreas de retângulos: A lim An n

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UMA APRESENTAÇÃO DO CÁLCULO y

y

R1

R2

R3

xxxi

y

R4 x

0

x

0

x

0

FIGURA 4 Aproximando a área A com o uso de retângulos

No Capítulo 5 aprenderemos como calcular esse tipo de limite. O problema da área é o problema central do ramo do cálculo denominado cálculo integral; ele é importante porque a área sob o gráfico de uma função tem interpretações diferentes dependendo daquilo que a função representa. De fato, as técnicas que desenvolvemos para encontrar áreas também nos permitirão calcular o volume de um sólido, o comprimento de uma curva, a força exercida pela água sobre uma represa, a massa e o centro de massa de uma barra, o trabalho realizado ao se bombear água de um tanque e a quantidade de combustível que é necessária para pôr em órbita um foguete.

y

y = ƒ(x) P

■ O Problema da Tangente Considere o problema de tentar determinar a reta tangente a uma curva com equação y = f (x), em um dado ponto P. (Daremos uma definição precisa de reta tangente no Capítulo 2; por ora, você pode imaginá-la como a reta que toca a curva em P, e segue a direção da curva em P, como mostrado na Figura 5.) Uma vez que o ponto P está sobre a reta tangente, podemos encontrar a equação de se conhecermos sua inclinação m. O problema está no fato de que, para calcular a inclinação, é necessário conhecer dois pontos e, sobre , temos somente o ponto P. Para contornar esse problema, determinamos primeiro uma aproximação para m, tomando sobre a curva um ponto próximo Q e calculando a inclinação mPQ da reta secante PQ. Imagine agora o ponto Q movendo-se ao longo da curva em direção a P, como na Figura 6. Você pode ver que a reta secante PQ gira e aproxima-se da reta tangente como sua posição-limite. Isso significa que a inclinação mPQ da reta secante fica cada vez mais próxima da inclinação m da reta tangente. Isso é denotado por

x

0

FIGURA 5 A reta tangente em P

m lim mPQ Q P

e dizemos que m é o limite de mPQ quando Q tende a P ao longo da curva. y

y

y

Q

Q P

P

x

0

Q

0

P

x

0

x

FIGURA 6 As retas secante se aproximam da reta tangente conforme Q se aproxima de P

Da Figura 7, note que, se P é o ponto (a, f (a)) e Q é o ponto (x, f (x)), então mPQ

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f ( x) f (a) x a

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xxxii

CÁLCULO

\

Uma vez que x tende a a à medida que Q tende a P, uma expressão equivalente para a inclinação da reta tangente é

A 4 [ I [

I [ ± I D

3 D I D

m lim x a

[ ± D

D

FIGURA 7 A reta secante PQ

[

[

f ( x) f (a) x a

No Capítulo 3, aprenderemos regras para calcular limites desse tipo. O problema da tangente deu origem ao ramo do cálculo denominado cálculo diferencial; ele é importante porque a inclinação da reta tangente ao gráfico de uma função pode ter várias interpretações, dependendo do contexto. Por exemplo, a resolução do problema da tangente nos permite determinar a velocidade instantânea de uma pedra que cai, a taxa de variação de uma reação química ou a direção das forças em uma corrente pendente.

■ Uma Relação entre os Problemas da Área e da Tangente Os problemas da área e da tangente aparentam ser problemas muito diferentes, mas, supreendentemente, estão intimamente relacionados – de fato, eles estão relacionados de forma tão íntima que a resolução de um deles leva à solução do outro. A relação entre esses dois problemas é introduzida no Capítulo 5; ela é a principal descoberta do cálculo e é adequadamente denominada Teorema Fundamental do Cálculo. Mas talvez o mais importante seja o fato de que o Teorema Fundamental simplifica enormemente a solução do problema da área, tornando possível a determinação de áreas sem que seja necessário aproximá-las por retângulos e, em seguida, calcular os limites associados. Atribui-se a invenção do cálculo a Isaac Newton (1642-1727) e Gottfried Leibniz (1646-1716) porque eles foram os primeiros a reconhecer a importância do Teorema Fundamental do Cálculo e a utilizá-lo como uma ferramenta para resolver problemas reais. Ao estudar cálculo, você descobrirá por conta própria esses poderosos resultados.

■ Resumo Vimos que o conceito de limite aparece na obtenção da área de uma região e na determinação da inclinação da reta tangente a uma curva. É a ideia básica de limite que diferencia o cálculo das outras áreas da matemática. De fato, podemos definir o cálculo como a parte da matemática que lida com limites. Mencionamos que as áreas sob curvas e as inclinações das retas tangentes a curvas têm muitas interpretações diferentes em uma variedade de contextos. Finalmente, comentamos que os problemas da área e da tangente estão intimamente relacionados. Depois de inventar sua versão do cálculo, Isaac Newton usou-a para explicar o movimento dos planetas em torno do Sol, dando uma resposta definitiva para a descrição de nosso sistema solar, cuja busca durava séculos. Atualmente, o cálculo é aplicado em uma grande variedade de contextos, como a determinação da órbita de satélites e naves espaciais, a estimativa do tamanho de populações, a previsão do tempo, a medição do débito cardíaco e a avaliação da eficiência de um mercado econômico. Para transmitir uma noção do poder e da versatilidade do cálculo, concluímos fornecendo uma lista de questões que você será capaz de responder usando cálculo. 1. Como podemos projetar uma montanha-russa de modo que o percurso seja seguro e suave? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 3.1.)

2. A que distância de um aeroporto deve um piloto iniciar a descida? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 3.4.)

3. Como podemos explicar o fato de que o ângulo de elevação a partir de um observador até o ponto mais alto de um arco-íris é sempre igual a 42°? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 4.1.)

4. Como podemos estimar o trabalho que foi necessário para construir a Grande Pirâmide de Quéops, no antigo Egito? (Veja o Exercício 36 da Seção 6.4.)

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UMA APRESENTAÇÃO DO CÁLCULO

xxxiii

5. Com que velocidade um projétil deve ser lançado para escapar da atração gravitacional da Terra? (Veja o Exercício 77 da Seção 7.8.)

6. Como podemos explicar as mudanças na espessura do gelo marinho ao longo do tempo e por que as fraturas no gelo tendem a “cicatrizar”? (Veja o Exercício 56 da Seção 9.3.)

7. Uma bola jogada para o alto consome mais tempo subindo até atingir sua altura máxima ou caindo de volta à sua altura original? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 9.5.)

8. Como podemos ajustar curvas para desenhar formas que representem letras em uma impressora a laser? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 10.2.)

9. Como podemos explicar o fato de planetas e satélites se moverem em órbitas elípticas? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 13.4.)

10. Como podemos distribuir o fluxo de água entre as turbinas de uma usina hidrelétrica de modo a maximizar a produção total de energia? (Veja o Projeto Aplicado apresentado após a Seção 14.8.)

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A potência elétrica gerada por uma turbina eólica pode ser estimada por uma função matemática que inclui vários fatores. Exploraremos essa função no Exercício 1.2.25, no qual determinaremos a potência de saída esperada de uma turbina específica para várias velocidades do vento. chaiviewfinder/Shutterstock.com

1

Funções e Modelos O OBJETO FUNDAMENTAL DO CÁLCULO são as funções. Este capítulo abre o caminho para o cálculo, discutindo as ideias básicas concernentes às funções e seus gráficos, bem como as formas de combiná-los e transformá-los. Destacamos que uma função pode ser representada de diferentes maneiras: por uma equação, por uma tabela, por um gráfico ou por meio de palavras. Vamos examinar os principais tipos de funções que ocorrem no cálculo e descrever o modo de usá-las como modelos matemáticos de fenômenos do mundo real.

1

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2

CÁLCULO

1.1 Quatro Maneiras de Representar uma Função ■ Funções As funções surgem quando uma quantidade depende de outra. Consideremos as seguintes situações:

Tabela 1 População Mundial Ano

População (em milhões)

1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

1.650 1.750 1.860 2.070 2.300 2.560 3.040 3.710 4.450 5.280 6.080 6.870

A. A área A de um círculo depende do seu raio r. A regra que conecta r e A é dada pela equação A = pr 2. A cada número r positivo está associado um único valor de A e dizemos que A é uma função de r. B. A população humana do mundo P depende do tempo t. A Tabela 1 mostra as estimativas da população mundial P no momento t em certos anos. Por exemplo, P ≈ 2.560.000.000

quando t = 1950

Para cada valor do tempo t, existe um valor correspondente de P, e dizemos que P é uma função de t. C. O custo C de enviar um envelope pelo correio depende de seu peso w. Embora não haja uma fórmula simples relacionando W e C, o correio tem uma fórmula que permite calcular C quando w é dado. D. A aceleração vertical a do solo registrada por um sismógrafo durante um terremoto é uma função do tempo t. A Figura 1 mostra o gráfico gerado pela atividade sísmica durante o terremoto de Northridge, que abalou Los Angeles em 1994. Para um dado valor de t, o gráfico fornece um valor correspondente de a. a

(cm/s2)

100

50

5

FIGURA 1

10

15

20

25

30

t (segundos)

–50

Aceleração vertical do solo durante o terremoto de Northridge

Calif. Dept. of Mines and Geology

Cada um desses exemplos descreve uma regra pela qual, dado um número (como r no Exemplo A), outro número (A) é associado. Em cada caso dizemos que o segundo número é uma função do primeiro. Se f representa a regra que relaciona A a r no Exemplo A, então, na notação de função, isso é expresso por A = f (r). Uma função f é uma lei que associa, a cada elemento x em um conjunto D, exatamente um elemento, chamado f (x), em um conjunto E.

x (entrada)

f

FIGURA 2 Diagrama de máquina para uma função ƒ

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ƒ(x) (saída)

Em geral, consideramos as funções para as quais D e E são conjuntos de números reais. O conjunto D é chamado domínio da função. O número f (x) é o valor de f em x e é lido “f de x”. A imagem de f é o conjunto de todos os valores possíveis de f (x) obtidos quando x varia por todo o domínio. O símbolo que representa um número arbitrário no domínio de uma função f é denominado variável independente. Um símbolo que representa um número na imagem de f é denominado variável dependente. No Exemplo A, a variável r é independente, enquanto A é dependente. É útil considerar uma função como uma máquina (veja a Figura 2). Se x estiver no domínio da função f, quando x entrar na máquina, ele será aceito como entrada, e a

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3

FUNÇÕES E MODELOS

máquina produzirá uma saída f (x) de acordo com a lei que define a função. Então, podemos pensar o domínio como o conjunto de todas as entradas, enquanto a imagem é o conjunto de todas as saídas possíveis. As funções pré-programadas de sua calculadora são exemplos de funções como máquinas. Por exemplo, se você fornece um número como entrada e aperta a tecla x2, a calculadora mostra como saída o quadrado do número de entrada. Outra forma de ver a função é como um diagrama de flechas, como na Figura 3. Cada flecha conecta um elemento de D com um elemento de E. A flecha indica que está associado a x, f (a) está associado a a e assim por diante. Talvez o método mais útil de visualizar uma função consiste em fazer seu gráfico. Se f for uma função com domínio D, então seu gráfico será o conjunto de pares ordenados

x

ƒ a

f(a)

f

D

E

FIGURA 3 Diagrama de flechas para ƒ

{(x, f (x))x ∈ D} (Note que esses são os pares entrada-saída.) Em outras palavras, o gráfico de f consiste de todos os pontos (x, y) no plano coordenado tais que y = f (x) e x está no domínio de f. O gráfico de uma função f nos fornece uma imagem útil do comportamento ou “histórico” da função. Uma vez que a coordenada y de qualquer ponto (x, y) sobre o gráfico é y = f (x), podemos ler o valor f (x) como a altura do ponto no gráfico acima de x (veja a Figura 4). O gráfico de f também nos permite visualizar o domínio de f sobre o eixo x e a imagem sobre o eixo y, como na Figura 5. y

y

ƒ(2) ƒ(1)

ƒ(1) 0

10

21

2x

xx

x

FIGURA 4

y = f(x) y = f(x)

faixa

faixa

ƒ(x)

ƒ(x) ƒ(2)

y

y

(x, ƒ(x)) (x, ƒ(x))

x

0

0

x

domínio domínio

FIGURA 5 y

EXEMPLO 1 O gráfico de uma função f está na Figura 6. (a) Encontre os valores de f (1) e f (5). (b) Quais são o domínio e a imagem de f ? SOLUÇÃO (a) Vemos na Figura 6 que o ponto (1, 3) encontra-se no gráfico de f, então, o valor de f em 1 é f (1) = 3. (Em outras palavras, o ponto no gráfico que se encontra acima de x = 1 está 3 unidades acima do eixo x.) Quando x = 5, o ponto no gráfico que corresponde a esse valor está 0,7 unidade abaixo do eixo x e estimamos que f (5) ≈ -0,7. (b) Vemos que f (x) está definida quando 0 ≤ x ≤ 7, logo, o domínio de f é o intervalo fechado [0, 7]. Observe que os valores de f variam de -2 a 4, assim, a imagem de f é {y-2 ≤ y ≤ 4} = [-2, 4]

1 0

1

x

FIGURA 6

A notação para intervalos é dada no Apêndice A.

No cálculo, a forma mais comum de definir uma função é por meio de uma equação algébrica. Por exemplo, a equação y = 2x - 1 define y como uma função de x. Podemos expressar isso na notação de função escrevendo f (x) = 2x - 1.

EXEMPLO 2 Esboce o gráfico e encontre o domínio e a imagem de cada função. (a) f (x) = 2x - 1

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(b) g (x) = 2x - 1

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4

CÁLCULO y

y 2x 1 0 1

x

1 2

FIGURA 7 y (2, 4)

y = x (–1, 1)

EXEMPLO 3 Se f (x) = 2x2 - 5x + 1 e h ≠ 0, avalie

1 0

SOLUÇÃO (a) O gráfico tem equação y = 2x - 1, que reconhecemos ser a equação de uma reta com inclinação 2 e intersecção com o eixo y igual a -1. (Relembre a forma inclinação-intersecção da equação de uma reta: y = mx + b. Veja o Apêndice B.) Isso nos possibilita esboçar uma parte do gráfico de f na Figura 7. A expressão 2x - 1 é definida para todos os números reais; logo, o domínio f é o conjunto de todos os números reais, denotado por . O gráfico mostra ainda que a imagem também é . (b) Uma vez que g (2) = 22 = 4 e g (-1) = (-1)2 = 1, podemos marcar os pontos (2, 4) e (-1, 1), junto com outros poucos pontos para ligá-los, e produzir o gráfico da Figura 8. A equação do gráfico é y = x2, que representa uma parábola (veja o Apêndice C). O domínio de g é . A imagem de g consiste em todos os valores g (x), isto é, todos os números da forma x2. Mas x2 ≥ 0 para todos os números reais x e todo número positivo y é um quadrado. Assim, a imagem de g é {yy ≥ 0} = [0, ∞). Isso também pode ser visto na Figura 8.  f ( a h) f ( a ) . h

SOLUÇÃO Primeiro calculamos f (a + h) substituindo x por a + h na expressão para f (x): x

1

f (a h) 2(a h) 2 5(a h) 1 2(a 2 2ah h 2 ) 5(a h) 1

FIGURA 8

2a 2 4ah 2h 2 5a 5h 1 A expressão

A seguir, substituímos isso na expressão dada e simplificamos:

f ( a h) f ( a ) h

f (a h) f (a ) (2a 2 4ah 2h 2 5a 5h 1) (2a 2 5a 1) h h 2a 2 4ah 2h 2 5a 5h 1 2a 2 5a 1 h 4ah 2h 2 5h 4a 2h 5 h

no Exemplo 3 é chamada de quociente de diferenças e ocorre com frequência no cálculo. Como veremos no Capítulo 2, ela representa a taxa média de variação de f (x) entre x = a e x = a + h.

■ Representações de Funções Empregamos quatro formas diferentes para representar uma função: ● ●

Tabela 2 População Mundial

● ●

t (anos a partir de 1900)

População (em milhões)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

1.650 1.750 1.860 2.070 2.300 2.560 3.040 3.710 4.450 5.280 6.080 6.870

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verbalmente numericamente visualmente algebricamente

(descrevendo-a com palavras) (por meio de uma tabela de valores) (através de um gráfico) (utilizando uma fórmula explícita)

Se uma função puder ser representada das quatro maneiras, em geral é útil ir de uma representação para a outra, a fim de obter um entendimento adicional da função. (No Exemplo 2, iniciamos com fórmulas algébricas e então obtemos gráficos.) Mas certas funções são descritas mais naturalmente por um método que pelo outro. Tendo isso em mente, vamos reexaminar as quatro situações consideradas no começo desta seção. A. A mais útil dentre as representações da área de um círculo em função de seu raio é provavelmente a fórmula A = pr2, ou, na notação de função, A(r) = pr2. Também é possível elaborar uma tabela de valores, bem como esboçar um gráfico (meia parábola). Como o raio do círculo deve ser positivo, o domínio da função é {rr > 0} = (0, ∞), e a imagem também é (0, ∞). B. Fornecemos uma descrição da função em palavras: P(t) é a população humana mundial no momento t. Vamos medir t de modo que t = 0 corresponde ao ano 1900. A Tabela 2 fornece uma representação conveniente dessa função. Se marcamos sobre o plano os pares ordenados dessa tabela, vamos obter o gráfico (chamado diagrama

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FUNÇÕES E MODELOS

de dispersão) da Figura 9. Ele é também uma representação útil, já que nos possibilita absorver todos os dados de uma vez. E o que dizer sobre uma fórmula para a função? Certamente, é impossível dar uma fórmula explícita que forneça a população humana exata P(t) a qualquer momento t. Mas é possível encontrar uma expressão para uma função que se aproxime de P(t). De fato, usando métodos explicados na Seção 1.4 obtemos uma aproximação para a população P: P(t) ≈ f (t) = (1,43653 × 109) ⋅ (1,01395)t A Figura 10 mostra que o “ajuste” é bem razoável. A função f é chamada modelo matemático do crescimento populacional. Em outras palavras, é uma função com uma fórmula explícita que aproxima o comportamento da função dada. No entanto, vamos ver que podemos aplicar ideias de cálculo em tabelas de valores, não sendo necessária uma fórmula explícita. P

P

5 × 109

5 × 109

0

FIGURA 9

20

40

60 80 Desde 1900

100

120

t

0

20

40

60 80 Desde 1900

100

t

120

FIGURA 10

A função P é um exemplo típico das funções que aparecem quando tentamos aplicar o cálculo ao mundo real. Começamos por uma descrição verbal de uma função. Então é possível que a partir de dados experimentais possamos construir as tabelas de valores da função. Mesmo que não tenhamos um conhecimento completo dos valores da função, veremos por todo este livro que é possível realizar operações do cálculo nessas funções. C. Novamente, a função é descrita em palavras: C (w) é o custo de envio pelo correio de um grande envelope com peso w. A regra usada pelos Correios dos Estados Unidos a partir de 2019 é a seguinte: paga-se 1 dólar para um peso de até 25 g e mais 15 cents para cada 25 g adicionais (ou fração), até 350 g. Para essa função, uma tabela de valores é a representação mais conveniente (veja a Tabela 3), embora seja possível traçar um gráfico (veja o Exemplo 10). D. O gráfico na Figura 1 é a representação mais natural da função aceleração vertical a (t ). É verdade que seria possível montar uma tabela de valores e até desenvolver uma fórmula aproximada. Porém tudo o que um geólogo precisa saber – amplitude e padrões – pode ser facilmente obtido do gráfico. (O mesmo é válido tanto para os padrões de um eletrocardiograma como para o caso de um detector de mentiras.) No próximo exemplo, vamos esboçar o gráfico de uma função definida verbalmente.

EXEMPLO 4 Quando você abre uma torneira de água quente que está conectada a um reservatório de água aquecida, a temperatura T da água depende de há quanto tempo ela está correndo. Esboce um gráfico de T como uma função do tempo t decorrido desde a abertura da torneira. SOLUÇÃO A temperatura inicial da água corrente está próxima da temperatura ambiente, pois ela estava em repouso nos canos. Quando a água do tanque de água quente começa a escoar da torneira, T aumenta rapidamente. Na próxima fase, T fica constante, na

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Uma função por uma tabela de valores é chamada de função tabular.

Tabela 3 w (gramas)

C(w) (dólares)

0 < w ≤ 25 25 < w ≤ 50 50 < w ≤ 75 75 < w ≤ 100 100 < w ≤ 125

1,00 1,15 1,30 1,45 1,60

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CÁLCULO

T

temperatura da água aquecida no tanque. Quando o tanque fica vazio, T decresce para a temperatura da fonte de água. Isso nos permite fazer o esboço de T como uma função de t, mostrada na Figura 11. 

t

0

FIGURA 11

No exemplo a seguir, começamos pela descrição verbal de uma função em uma situação física e depois obtemos uma fórmula algébrica explícita. A habilidade de fazer essa transição é muito útil na solução de problemas de cálculo envolvendo a determinação de valores máximo ou mínimo de quantidades.

EXEMPLO 5 Uma caixa de armazenamento retangular aberta na parte superior tem um volume de 10 m3. O comprimento da base é o dobro de sua largura. O material da base custa $ 10 por metro quadrado, ao passo que o material das laterais custa $ 6 por metro quadrado. Expresse o custo total do material como uma função do comprimento da base.

h w

SOLUÇÃO Fazemos um diagrama como o da Figura 12, com uma notação na qual w e 2w são, respectivamente, o comprimento e a largura da base, e h é a altura. A área da base é (2w)w = 2w 2, assim, o custo do material em dólares para a base é de 10(2w 2). Quanto aos lados, dois têm área wh e os outros dois, 2wh, portanto, o custo total dos lados é 6[2(wh) + 2(2 wh)]. Logo, o custo total é C = 10(2w 2) + 6[2(wh) + 2(2wh)] = 20w 2 + 36wh

2w

FIGURA 12

Para expressar C como uma função somente de w, precisamos eliminar h, o que é feito usando o volume dado, de 10 m3. Assim, w(2w)h = 10 o que fornece

SP Na montagem de funções aplicadas,

como no Exemplo 5, pode ser útil rever os Princípios da Resolução de Problemas, apresentados ao final deste capítulo, particularmente o Passo 1: Entendendo o Problema.

= h

10 5 = 2 w2 2w

Substituindo essa expressão na fórmula de C, temos 5 C 20w 2 36w 2 w

180 2 20w w

Portanto, a equação C(w ) 20w 2

180 w

w 0

expressa C como uma função de w.

No próximo exemplo, determinamos o domínio de uma função definida algebricamente. Se uma função é dada por uma fórmula e seu domínio não é declarado explicitamente, usamos a seguinte convenção sobre o domínio: o domínio da função é o conjunto de todos os valores de entrada para os quais a fórmula faz sentido e fornece como saída um número real.

EXEMPLO 6 Encontre o domínio de cada função. (a) f ( x) x 2

(b) g( x)

1 x2 x

SOLUÇÃO (a) Como a raiz quadrada de um número negativo não é definida (como um número real), o domínio de f consiste em todos os valores de x tais que x + 2 ≥ 0. Isso é equivalente a x ≥ -2; assim, o domínio é o intervalo [-2, ∞). (b) Uma vez que

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FUNÇÕES E MODELOS

g( x)

1 1 x x x( x 1) 2

e a divisão por 0 não é permitida, vemos que g (x) não está definida no caso x = 0 ou x = 1. Dessa forma, o domínio de g é {xx ≠ 0, x ≠ 1} que também pode ser dado na notação de intervalo como (-∞, 0) È (0, 1) È (1, ∞)

■ Quais Regras Definem Funções? Nem toda equação define uma função. A equação y = x2 define y como uma função de x porque essa equação fornece exatamente um valor de y para cada valor de x. No entanto, a equação y2 = x não define y como uma função de x porque alguns valores de entrada x estão associados a mais de um valor de saída y; por exemplo, para a entrada x = 4 a equação fornece as saídas y = 2 e y = -2. Do mesmo modo, nem toda tabela define uma função. A Tabela 3 define C como uma função de w, pois cada peso de embalagem, w, está relacionado a exatamente um custo de envio. Por outro lado, a Tabela 4 não define y como uma função de x, uma vez que há valores de entrada x na tabela associados a mais de uma saída y; por exemplo, a entrada x = 5 fornece as saídas y = 7 e y = 8.

y

(a, b)

Tabela 4 x

2

4

5

5

6

y

3

6

7

8

9

E quanto às curvas traçadas no plano-xy? Quais curvas são gráficos de funções? O teste a seguir fornece uma resposta a essa questão.

Teste da Reta Vertical Uma curva no plano xy é o gráfico de uma função de x se e somente se nenhuma reta vertical cortar a curva mais de uma vez.

A razão da veracidade do Teste da Reta Vertical pode ser vista na Figura 13. Se cada reta vertical x = a cruzar a curva somente uma vez, em (a, b), então exatamente um valor funcional é definido por f (a) = b. Mas se a reta x = a interceptar a curva em dois pontos, em (a, b) e (a, c), nesse caso, a curva não pode representar uma função, pois uma função não pode associar dois valores diferentes a a. Por exemplo, a parábola x = y 2 - 2 na Figura 14(a) não é o gráfico de uma função de x, pois, como podemos ver, existem retas verticais que interceptam a parábola duas vezes. A parábola, no entanto, contém os gráficos de duas funções de x. Note que a equação x = y 2 - 2 implica y 2 = x + 2, de modo que y x 2. Assim, a metade superior e a metade inferior da parábola são os gráficos de f ( x) x 2 [do Exemplo 6(a)] e g( x) x 2 . [Observe as figuras 14(b) e (c).] Observe que se invertermos os papéis de x e y, então a equação x = h(y) = y 2 - 2 define x como uma função de y (com y como uma variável independente e x como variável dependente). O gráfico da função h é a parábola apresentada na Figura 14(a).

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x=a

0

x

a

(a) Esta curva representa a função. y (a, c)

x=a

(a, b) 0

a

x

(b) Esta curva não representa a função.

FIGURA 13

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8

CÁLCULO

y

y

y

–2 (– 2, 0)

x

0

x

0

–2

(b) y = √ x + 2

(a) x = y2 – 2

0

x

(c) y = –√x + 2

FIGURA 14

■ Funções Definidas por Partes As funções nos quatro exemplos a seguir são definidas por fórmulas distintas em diferentes partes de seus domínios. Tais funções são chamadas funções definidas por partes.

EXEMPLO 7 Uma função f é definida por 1 x se x 1 f ( x) 2 se x 1 x Avalie f (-2), f (-1) e f (0) e esboce o gráfico. SOLUÇÃO Lembre-se de que toda função é uma regra. Para esta função em particular a regra é a seguinte: primeiro olhe para o valor da entrada x. Se acontecer de x ≤ -1, então o valor de f (x) é 1 - x. Por outro lado, se x > -1, então o valor de f (x) é x2. Note que, embora tenham sido usadas duas fórmulas diferentes, f é uma única função, não duas. Uma vez que -2 ≤ -1, temos f (-2) = 1 - (-2) = 3. Uma vez que -1 ≤ -1, temos f (-1) = 1 - (-1) = 2. Uma vez que 0 > -1, temos f (0) = 02 = 0. y

1

–1

0

1

x

FIGURA 15

Como fazer o gráfico de f ? Observamos que se x ≤ -1, então f (x) = 1 - x, assim, a parte do gráfico de f à esquerda da reta vertical x = -1 deve coincidir com a reta y = 1 - x, essa última com inclinação -1 e intersecção com o eixo y igual a 1. Se x > -1, então f (x) = x2 e, dessa forma, a parte do gráfico f à direita da reta x = -1 deve coincidir com o gráfico de y = x2, que é uma parábola. Isso nos permite esboçar o gráfico na Figura 15. O círculo cheio indica que o ponto (-1, 2) está incluso no gráfico; o círculo vazio indica que o ponto (-1, 1) está excluído do gráfico.  O próximo exemplo de função definida por partes é a função valor absoluto. Lembre-se de que o valor absoluto de um número a, denotado por a, é a distância de a até 0 sobre a reta real. Como distâncias são sempre positivas ou nulas, temos

Para uma revisão mais ampla dos valores absolutos, veja o Apêndice A.

a≥ 0

para todo número a.

Por exemplo, 3 3

3 3

0 0

2 1 2 1

3 p p 3

Em geral, temos a a se a 0 a a se a 0 (Lembre-se de que se a for negativo, então -a será positivo.)

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9

FUNÇÕES E MODELOS

EXEMPLO 8 Esboce o gráfico da função valor absoluto f (x) = x. SOLUÇÃO Da discussão precedente sabemos que

y

y = |x|

se x 0 x x x se x 0 Usando o mesmo método empregado no Exemplo 7, vemos que o gráfico de f coincide com a reta y = x à direita do eixo y e com a reta y = -x à esquerda do eixo y (veja a Figura 16). 

FIGURA 16

EXEMPLO 9 Encontre uma fórmula para a função f cujo gráfico está na Figura 17.

y

SOLUÇÃO A reta que passa pelos pontos (0, 0) e (1, 1) tem inclinação m = 1 e intersecção com o eixo y, b = 0; assim, sua equação é y = x. Logo, para a parte do gráfico de f que liga os pontos (0, 0) e (1, 1), temos f (x) = x

•1

se 0 ≤ x ≤ 1.

0

A reta que passa pelos pontos (1, 1) e (2, 0) tem uma inclinação de m = -1, dessa maneira, a forma ponto-inclinação será y - 0 = (-1)(x - 2) f (x) = 2 - x

Logo, temos

ou

y=2-x

x

0

x

1

FIGURA 17 A forma ponto-inclinação da equação da reta: y - y1 = m(x - x1). Veja o Apêndice B.

se 1 < x ≤ 2

Vemos também que o gráfico de f coincide com o eixo x para x > 2. Juntando todas as informações, temos a seguinte fórmula em três partes para f : se 0 x 1 x f ( x) 2 x se 1 x 2 0 se x 2

EXEMPLO 10 No Exemplo C apresentado no início dessa seção, consideramos o custo C(w) de postagem de um grande envelope cujo peso é w. De fato, esta é uma função linear por partes, uma vez que, segundo a Tabela 3, temos 1, 00 1,15 C (w ) 1, 30 1, 45 

se 0 w 25 se 25 w 50 se 50 w 75 se 75 w 100

O gráfico dessa função é mostrado na Figura 18.

C 1,50

1,00

0,50

0

25

Se uma função f satisfaz f (-x) = f (x) para todo número x em seu domínio, então f é chamada função par. Por exemplo, a função f (x) = x2 é par, pois

100 125 w

75

FIGURA 18

Observando a Figura 18, você percebe por que uma função como a do Exemplo 10 é denominada função escada.

■ Funções Par e Ímpar

50

\

I ±[

¦ [

±[

[

[

f (-x) = (-x)2 = x2 = f (x) O significado geométrico de uma função ser par é que seu gráfico é simétrico em relação ao eixo y (veja a Figura 19). Isso significa que se fizermos o gráfico de f para x ≥ 0, então, para obter o gráfico inteiro, basta refletir esta parte em torno do eixo y.

Cap 01_Calculo.indd 9

FIGURA 19 Uma função par

14/10/2021 09:49:47


10

CÁLCULO

Se f satisfaz f (-x) = -f (x) para cada número x em seu domínio, então f é chamada função ímpar. Por exemplo, a função f (x) = x3 é ímpar, pois

y

–x

0

ƒ(x) x

f (-x) = (-x)3 = -x3 = -f (x) x

O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem (veja a Figura 20). Se já tivermos o gráfico de f para x ≥ 0, poderemos obter o restante do gráfico girando esta parte 180º em torno da origem. FIGURA 20

EXEMPLO 11 Determine se a função é par, ímpar ou nenhum dos dois.

Uma função ímpar

(a) f (x) = x5 + x

(c) h (x) = 2x -x2

(b) g (x) = 1 - x4

SOLUÇÃO (a)

f (-x) = (-x)5 + (-x) = (-1)5x5 + (-x) = -x5 - x = -(x5 + x) = -f (x)

Portanto, f é uma função ímpar. g (-x) = 1 - (-x)4 = 1 - x4 = g (x)

(b) Assim, g é par.

h (-x) = 2(-x) - (-x)2 = -2x - x2

(c)

Como h (-x) ≠ h (x) e h (-x) ≠ -h (x), concluímos que h não é par nem ímpar.

Os gráficos das funções no Exemplo 11 estão na Figura 21. Observe que o gráfico de h não é simétrico em relação ao eixo y nem em relação à origem. y 1

y 1

–1

f

1

y g 1

x

h

1 x

1

x

–1

FIGURA 21

( b)

(a)

(c)

■ Funções Crescentes e Decrescentes O gráfico da Figura 22 cresce de A para B, decresce de B para C e cresce novamente de C para D. Digamos que a função f é crescente no intervalo [a, b], decrescente em [b, c] e crescente novamente em [c, d]. Note que se x1 e x2 são dois números quaisquer entre a e b com x1 < x2, então f (x1) < f (x2). Utilizamos isso como a propriedade que define uma função crescente. Uma função f é chamada crescente em um intervalo I se f (x1) < f (x2)

quando x1 < x2 em I.

É denominada decrescente em I se f (x1) > f (x2)

Cap 01_Calculo.indd 10

quando x1 < x2 em I.

14/10/2021 09:49:54


11

FUNÇÕES E MODELOS

B

y

D

y = ƒ(x)

f (x1)

A

0

a x1

C

f(x2)

y

y = x2 x2

b

c

x

d

FIGURA 22

1.1

x

0

Na definição de uma função crescente, é importante perceber que a desigualdade f (x1) < f (x2) deve responder a cada par de números x1 e x2 em I com x1 < x2. Você pode ver que na Figura 23 a função f (x) = x2 é decrescente no intervalo (-∞, 0] e crescente no intervalo [0, ∞).

FIGURA 23

Exercícios y

1. Se f ( x) x 2 x e g (u ) u 2 u , é verdadeiro que f = g?

f

2. Se x2 x f ( x) x 1

g 2

e g ( x) x 0

x

2

é verdadeiro que f = g? 3. O gráfico de uma função g é dado. (a) Forneça os valores de g (-2), g (0), g (2) e g (3). (b) Para que valores de x tem-se g (x) = 3? (c) Para que valores de x tem-se g (x) ≤ 3? (d) Diga quais são o domínio e a imagem de g. (e) Em qual(is) intervalo(s) g é crescente? y 3

–3

0

g

3

x

5. A Figura 1 foi registrada por um instrumento monitorado pelo California Department of Mines and Geology, pertencente ao hospital da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles. Use-a para estimar a imagem da função da aceleração vertical do solo na USC durante o terremoto de Northridge. 6. Nesta seção, discutimos os exemplos de funções cotidianas: a população em função do tempo; o custo da franquia postal em função do peso; a temperatura da água em função do tempo. Dê três novos exemplos de funções cotidianas que possam ser descritas verbalmente. O que você pode dizer sobre o domínio e a imagem de cada uma dessas funções? Se possível, esboce um gráfico para cada uma delas. 7-14 Determine se a equação ou a tabela define y como uma função de x.

4. Os gráficos de f e g são dados. (a) Diga o valor de f (-4) e g (3). (b) Qual valor é maior, f (-3) ou g (-3)? (c) Para que valores de x tem-se f (x) = g (x)? (d) Em quais intervalos tem-se f (x) ≤ g (x)? (e) Forneça as soluções da equação f (x) = -1. (f) Em quais intervalos g é decrescente? (g) Forneça o domínio e o conjunto imagem de f. (h) Forneça o domínio e o conjunto imagem de g.

Cap 01_Calculo.indd 11

7. 3x - 5y = 7

8. 3x2 - 2y = 5

9. x + (y - 3) = 5

10. 2xy + 5y 2 = 4

11. (y + 3)3 + 1 = 2x

12. 2x - y = 0

13.

14.

2

2

x Altura (cm)

y Número do calçado

180 150 150 160 175

12 8 7 9 10

x Ano

y Anuidade escolar ($)

2016 2017 2018 2019 2020

10.900 11.000 11.200 11.200 11.300

14/10/2021 09:50:11


12

CÁLCULO

15-18 Determine se a curva é o gráfico de uma função de x. Se o for, determine o domínio e a imagem da função. 15.

17.

yy

y

11

1

00

011

yy

y

11

1

00

011

16.

1 xx

x

18.

1 xx

x

yy

y

11

1

00

011

yy

y

1

1

0

011

1 xx

1 x

x

x

19. É mostrado um gráfico da temperatura média global T durante o século XX. Faça estimativas do seguinte. (a) A temperatura média global em 1950. (b) O ano no qual a temperatura média era 14,2 ºC. (c) O ano de menor e de maior temperatura média. (d) A imagem de T. T (°C)

21. Ponha cubos de gelo em um copo, encha-o com água fria e deixe-o sobre uma mesa. Descreva como vai variar no tempo a temperatura da água. Esboce, então, um gráfico da temperatura da água como uma função do tempo decorrido. 22. Coloque uma torta gelada em um forno e asse-a por uma hora. Tire-a do forno e deixe-a esfriar antes de comê-la. Descreva como varia no tempo a temperatura da torta. Esboce um gráfico da temperatura da torta como uma função do tempo. 23. O gráfico mostra o consumo de energia por um dia em setembro em São Francisco. (P é medido em megawatts; t é medido em horas a partir da meia-noite.) (a) O que acontece com o consumo de energia às 6 horas da manhã? E às 6 horas da tarde? (b) Quando houve o menor consumo de energia? E quando foi o maior? Esses horários parecem razoáveis? P 800 600 400 200 0

3

6

9

12

15

18

21

t

Pacific Gas & Electric

24. Três corredores competem em uma corrida de 100 metros. O gráfico representa a distância da corrida como uma função de tempo para cada corredor. Descreva o que o gráfico diz sobre esta corrida. Quem ganhou? Todos os corredores finalizaram a prova?

14

y

13 1900

2000 t

1950

100

(metros)

A

B

C

Fonte: Adaptado de Globe and Mail [Toronto], 5 de dezembro de 2009. Impresso.

20. As árvores crescem mais rapidamente e formam anéis maiores nos anos quentes e crescem mais lentamente e formam anéis mais estreitos nos anos mais frios. A figura mostra a largura dos anéis de um pinheiro da Sibéria de 1500 a 2000. (a) Qual é a imagem da função largura dos anéis? (b) O que o gráfico parece dizer sobre a temperatura da terra? O gráfico reflete as erupções vulcânicas de meados do século XIX?

Largura do anel (mm)

25. Esboce um gráfico da temperatura externa como uma função do tempo durante um dia típico de primavera.

27. Esboce o gráfico da quantidade de uma marca particular de café vendida por uma loja como função do preço do café. 28. Esboce um gráfico do valor de mercado de um carro novo como função do tempo por um período de 20 anos. Suponha que ele esteja bem conservado.

1500

1600

1700

1800

1900

2000 t

Ano Fonte: Adaptado de G. Jacoby et al., Mongolia tree rings and 20th-Century Warning. Science 273 (1996): 771-73.

Cap 01_Calculo.indd 12

20 (segundos)

26. Esboce um gráfico do número de horas diárias de luz do sol como uma função do tempo no decorrer de um ano.

R 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0

0

29. Um homem apara seu gramado toda quarta-feira à tarde. Esboce o gráfico da altura da grama como uma função do tempo no decorrer de um período de quatro semanas. 30. Um avião decola de um aeroporto e aterrissa uma hora depois em outro aeroporto, a 650 km. Se t representa o tempo em minutos desde a partida do avião, seja x(t) a distância horizontal percorrida e y(t) a altura do avião.

14/10/2021 09:50:28


FUNÇÕES E MODELOS

(a) (b) (c) (d)

Esboce um possível gráfico de x(t). Esboce um possível gráfico de y(t). Esboce um possível gráfico da velocidade no solo. Esboce um possível gráfico da velocidade vertical.

43. h( x)

31. Foram registradas as medidas da temperatura T (em ºC) em Atlanta, a cada duas horas, entre meia-noite e duas horas da tarde, em um dia de junho. O tempo t foi contado em horas a partir da meia-noite. t

0

2

4

6

8

10

12

14

T

23

21

20

19

21

26

28

30

(a) Use as medidas para esboçar o gráfico de T como uma função de t. (b) Use seu gráfico para estimar a temperatura às 9 horas da manhã. 32. Pesquisadores mediram a concentração de álcool no sangue (CAS) de oito homens adultos após o consumo rápido de 30 mL de etanol (correspondente a duas doses padrão de bebidas alcoólicas). A tabela mostra os dados que eles obtiveram ao tomar a média do CAS (em mg/mL) dos oito homens. (a) Use os valores para esboçar o gráfico do CAS como função de t. (b) Use seu gráfico para descrever como o efeito do álcool varia com o tempo. t (horas)

CAS

t (horas)

CAS

0

0

1,75

0,022

0,2

0,025

2,0

0,018

0,5

0,041

2,25

0,015

0,75

0,040

2,5

0,012

1,0

0,033

3,0

0,007

1,25

0,029

3,5

0,003

1,5

0,024

4,0

0,001

Fonte: Adaptado de P. Wilkinson et al., Pharmacokinetics of Ethanol after Oral Administration in the Fasting State. Journal of Pharmacokinetics and Biopharmaceutics 5 (1977): 207-24.

33. Se f (x) = 3x2 - x + 2, encontre f (2), f (-2), f (a), f (-a), f (a + 1), 2f (a), f (2a), f (a2), [f (a)]2 e f (a + h). x 34. Dada g( x) , determine g (0), g (3), 5g (a), 12 g (4a), x 1 g (a2), [g (a)]2, g (a + h) e g (x - a). 35-38 Calcule o quociente das diferenças para a função dada. Simplifique sua resposta. f (3 h) f (3) 35. f ( x) 4 3 x x 2 , h f ( a h) f ( a ) 3 36. f ( x) x , h 1 f ( x) f (a) 37. f ( x) , x a x f ( x) f (1) 38. f ( x) x 2 , x 1 39-46 Encontre o domínio da função. 39. f ( x) 41. f (t )

Cap 01_Calculo.indd 13

x 4 x2 9

40. f ( x)

x2 1 x 4 x 21

2t 1

42. g(t )

3 t 2 t

3

2

45. F ( p )

1 4

44. f (u )

x2 5x

46. h( x)

p

2

13

u 1 1 1 u 1 x2 4x 5

47. Encontre o domínio e a imagem e esboce o gráfico da função h( x ) 4 x 2 . 48. Encontre o domínio e esboce o gráfico da função. x2 4 f ( x) x 2 49-52 Calcule f (-3), f (0) e f (2) para a função definida por partes. A seguir, esboce o gráfico da função. 2 x 2 se x 0 49. f ( x) se x 0 x

se x 2 5 50. f ( x) 1 x 3 se x 2 2 x 1 se x 1 51. f ( x) 2 se x 1 x se x 1 1 52. f ( x) 7 2 x se x 1 53-58 Esboce o gráfico da função. 53. f ( x) x x

54. f ( x) x 2

55. g(t ) 1 3t

56. f ( x) =

x 57. f ( x) 1 58. g( x)

x x

se x 1 se x 1

x 1

59-64 Encontre uma fórmula para a função cujo gráfico é a curva dada. 59. O segmento de reta unindo os pontos (1, -3) e (5, 7) 60. O segmento de reta unindo os pontos (-5, 10) e (7, -10) 61. A metade inferior da parábola x + (y - 1)2 = 0 62. A metade superior do círculo x2 + (y - 2)2 = 4 63.

y

64.

1 0

y

1 1

x

0

1

x

65-70 Encontre uma fórmula para a função descrita e obtenha seu domínio. 65. Um retângulo tem um perímetro de 20 m. Expresse a área do retângulo como uma função do comprimento de um de seus lados.

14/10/2021 09:51:54


14

CÁLCULO

66. Um retângulo tem uma área de 16 m2. Expresse o perímetro do retângulo como uma função do comprimento de um de seus lados.

$ 20.000,00 tem uma taxa de 10%. Qualquer renda acima de $ 20.000,00 é taxada a 15%. (a) Esboce o gráfico da taxa de impostos R como uma função da renda I. (b) Qual o imposto cobrado sobre um rendimento de $ 14.000? E sobre $ 26.000? (c) Esboce o gráfico do imposto total cobrado T como uma função da renda I.

67. Expresse a área de um triângulo equilátero como uma função do comprimento de um lado. 68. Uma caixa retangular fechada com volume de 0,25 m3 tem comprimento igual duas vezes a largura. Expresse a altura da caixa como função da largura. 69. Uma caixa retangular aberta com volume de 2 m³ tem uma base quadrada. Expresse a área da superfície da caixa como uma função do comprimento de um lado da base.

76. (a) Se o ponto (5, 3) estiver no gráfico de uma função par, que outro ponto também deverá estar no gráfico? (b) Se o ponto (5, 3) estiver no gráfico de uma função ímpar, que outro ponto também deverá estar no gráfico?

70. Um cilindro circular reto tem um volume de 400 cm3. Expresse o raio do cilindro como uma função de sua altura.

77-78 Os gráficos de f e g são mostrados a seguir. Verifique se cada função é par, ímpar ou nem par nem ímpar. Explique seu raciocínio.

71. Uma caixa sem tampa deve ser construída de um pedaço retangular de papelão com dimensões 30 cm por 50 cm. Para isso, devem-se cortar quadrados de lados x de cada canto e depois dobrar, conforme mostra a figura. Expresse o volume V da caixa como uma função de x.

y

77.

78.

g

y f

f x

g

x

50 x 30

x

x

x

x

x x

x

72. Uma janela normanda tem o formato de um retângulo em cima do qual se coloca um semicírculo. Se o perímetro da janela for de 10 m, expresse a área A da janela como uma função de sua largura x.

79-80 Seja dado o gráfico de uma função para x ≥ 0. Complete o gráfico para x < 0 de modo a obter (a) uma função par e (b) uma função ímpar. 79.

y

0

80.

x

y

0

x

x

73. Em certa província a velocidade máxima permitida em estradas é de 100 km/h e a velocidade mínima é de 60 km/h. A multa por violar esses limites é de $ 15 para cada quilômetro por hora acima da velocidade máxima ou abaixo da velocidade mínima. Expresse a quantidade de multa F como uma função de velocidade de condução x e esboce o gráfico F (x) para 0 ≤ x ≤ 150. 74. Uma empresa de eletricidade cobra de seus clientes uma taxa-base de $ 10 mensais, mais 6 centavos por quilowatt-hora (kWh) para os primeiros 1.200 kWh e 7 centavos para todo o uso acima de 1.200 kWh. Expresse o custo mensal E como uma função da quantidade utilizada x de eletricidade. Então, faça um gráfico da função E para 0 ≤ x ≤ 2000. 75. Em certo país, o imposto de renda é taxado da maneira a seguir: não existe nenhuma taxa para rendimentos de até $ 10.000,00. Qualquer renda acima de $ 10.000,00 e abaixo de

Cap 01_Calculo.indd 14

81-86 Determine se f é par, ímpar ou nenhum dos dois. Se você tiver uma calculadora gráfica, use-a para verificar visualmente sua resposta. x2 x 82. f ( x) 4 81. f ( x) 2 x 1 x 1 83. f ( x)

x x 1

85. f ( x) 1 3x 2 x 4

84. f ( x) = x x 3 5 86. f ( x) 1 3 x x

87. Se f e g são funções pares, f + g é par? Se f e g são funções ímpares, f e g pares, f + g é par? Justifique suas respostas. 88. Se f e g são funções pares, o produto f é par? Se f e g são funções ímpares, f é ímpar? O que se pode dizer se f for par e g for ímpar? Justifique suas respostas.

14/10/2021 09:52:21


FUNÇÕES E MODELOS

15

1.2 Modelos Matemáticos: Uma Lista de Funções Essenciais Um modelo matemático é a descrição matemática (frequentemente por meio de uma função ou de uma equação) de um fenômeno do mundo real, como o tamanho de uma população, a demanda por um produto, a velocidade de um objeto caindo, a concentração de um produto em uma reação química, a expectativa de vida de uma pessoa ao nascer ou o custo da redução de poluentes. O propósito desses modelos é entender o fenômeno e talvez fazer previsões sobre seu comportamento futuro. Dado um problema do mundo real, nossa primeira tarefa no processo de modelagem matemática é formular um modelo matemático por meio da identificação e especificação das variáveis dependentes e independentes e da formulação de hipóteses que simplifiquem o fenômeno o suficiente, tornando-o matematicamente tratável. Usamos nosso conhecimento da situação física e nossos recursos matemáticos para obter equações que relacionem as variáveis. Em situações em que não existe uma lei física para nos guiar, pode ser necessário coletar dados (da Internet ou de uma biblioteca ou conduzindo nossas próprias experiências) e examiná-los na forma de uma tabela, a fim de perceber os padrões. Dessa representação numérica de uma função podemos obter sua representação gráfica marcando os dados. Esse gráfico pode até sugerir a fórmula algébrica apropriada, em alguns casos. O segundo estágio é aplicar a matemática que sabemos (tal como o cálculo a ser desenvolvido neste livro) ao modelo matemático que formulamos, a fim de tirar conclusões matemáticas. Então, em um terceiro estágio, interpretamos essas conclusões matemáticas como informações sobre o fenômeno original e oferecemos explicações ou fazemos previsões. A etapa final é testar nossas previsões, comparando-as com novos dados reais. Se as previsões não se ajustam bem à realidade, precisamos refinar nosso modelo ou formular um novo, começando novamente o ciclo. A Figura 1 ilustra o processo de modelagem matemática. Problema do mundo real

Formular

Modelo matemático

Resolver

Conclusões matemáticas

Interpretar

Previsões sobre o mundo real

Testar

FIGURA 1

Um modelo matemático nunca é uma representação completamente precisa de uma situação física – é uma idealização. Um bom modelo simplifica a realidade o bastante para permitir cálculos matemáticos, mantendo, porém, precisão suficiente para conclusões significativas. É importante entender as limitações do modelo. Existem vários tipos diferentes de funções que podem ser usados para modelar as relações observadas no mundo real. A seguir, discutiremos o comportamento e os gráficos de algumas dessas funções e daremos exemplos de situações modeladas apropriadamente por elas.

Processo de modelagem

■ Modelos Lineares Quando dizemos que y é uma função linear de x, queremos dizer que o gráfico da função é uma reta; assim, podemos usar a forma inclinação-intersecção da equação de uma reta para escrever uma fórmula para a função, como

A revisão de geometria em coordenadas das retas está no Apêndice B.

y = f (x) = mx + b onde m é o coeficiente angular da reta e b é a intersecção com o eixo y. Uma característica peculiar das funções lineares é que elas variam a uma taxa constante. Por exemplo, a Figura 2 mostra o gráfico da função linear f (x) = 3x - 2 e uma tabela de valores amostrais. Note que sempre que x aumenta 0,1, o valor de f (x) aumenta em 0,3. Então, f (x) aumenta três vezes mais rápido que x. Isso significa que a inclinação do gráfico y = 3x - 2, isto é, 3, pode ser interpretada como a taxa de variação de y em relação a x.

Cap 01_Calculo.indd 15

14/10/2021 09:52:24


16

CÁLCULO y

y = 3x – 2

0

1

x

–2

x

f (x) = 3x - 2

1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5

1,0 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5

FIGURA 2

EXEMPLO 1 (a) À medida que o ar seco move-se para cima, ele se expande e esfria. Se a temperatura do solo for de 20 °C e a temperatura a uma altitude de 1 km for de 10 °C, expresse a temperatura T (em °C) como uma função da altitude h (em km), supondo que um modelo linear seja apropriado. (b) Faça um gráfico da função na parte (a). O que a inclinação representa? (c) Qual é a temperatura a 2,5 km de altura? SOLUÇÃO (a) Como estamos supondo que T é uma função linear de h, podemos escrever T = mh + b Também nos é dado que T = 20 quando h = 0, então 20 = m ⋅ 0 + b = b Em outras palavras, a intersecção com o eixo y é b = 20. Também nos é dado que T = 10 quando h = 1, então 10 = m ⋅ 1 + 20

T

A inclinação da reta é, portanto, m = 10 - 20 = -10 e a função linear procurada é

20 10

0

T = –10h + 20

1

T = -10h + 20 h

3

T = -10(2,5) + 20 = -5 °C

FIGURA 3

Se não existir uma lei física ou princípio que nos ajude a formular o modelo, construímos um modelo empírico, inteiramente baseado em dados coletados. Procuramos uma curva que se ajuste aos dados, no sentido de que ela capte a tendência dos pontos dados.

Tabela 1 Nível de CO2 Ano (em ppm)

Nível de CO2 Ano (em ppm)

1980 1984 1988 1992 1996

2000 2004 2008 2012 2016

Cap 01_Calculo.indd 16

(b) O gráfico está esboçado na Figura 3. A inclinação é igual a m = -10 °C/km e representa a taxa de variação da temperatura em relação à altura. (c) A uma altitude de h = 2,5 km, a temperatura é

338,7 344,4 351,5 356,3 362,4

369,4 377,5 385,6 393,8 404,2

EXEMPLO 2 A Tabela 1 fornece uma lista de níveis médios de dióxido de carbono na atmosfera, medidos em partes por milhão no Observatório de Mauna Loa em Hilo, Havaí, de 1980 a 2016. Use os dados da Tabela 1 para encontrar um modelo para o nível de dióxido de carbono. SOLUÇÃO Utilizamos os dados da Tabela 1 para montar o gráfico de dispersão na Figura 4, onde t representa tempo (em anos) e C representa o nível de CO2 (em partes por milhão, ppm).

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FUNÇÕES E MODELOS

17

C (ppm) 410 400 390 380 370 360 350 340

1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016

t

FIGURA 4 Diagrama de dispersão para o nível médio de CO2

Observe que os pontos estão muito próximos de uma reta; dessa forma, é natural escolher um modelo linear nesse caso. Porém, há inúmeras possibilidades de retas para aproximar esses pontos. Qual deveríamos usar? Uma possibilidade é a reta que passa pelo primeiro e o último pontos dados. A inclinação dessa reta é 404, 2 338, 7 5, 5 1, 819 2016 1980 36 Escrevemos sua equação como C - 338,7 = 1,819(t - 1980) ou 1

C = 1,819t - 3262,92

A Equação 1 fornece um modelo linear possível para o nível de dióxido de carbono; seu gráfico está mostrado na Figura 5. Note que nosso modelo dá valores mais altos do que os níveis reais de CO2. Um modelo linear melhor seria obtido por meio de um procedimento da estatística chamado regressão linear. Muitas calculadoras gráficas e programas de computador são capazes de determinar a reta de regressão associada a um conjunto de dados. Certa calculadora fornece os seguintes valores para a inclinação e a intersecção com o eixo y da reta de regressão associada aos dados da Tabela 1: m = 1,78242

Um computador ou uma calculadora gráfica encontra a reta de regressão pelo método dos mínimos quadráticos, que minimiza a soma dos quadrados das distâncias verticais entre os pontos dados e a reta. Os detalhes serão esclarecidos no Exercício 14.7.61.

b = -3192,90

Assim, nosso modelo de mínimos quadrados para o nível de CO2 é 2

C = 1,78242t - 3192,90

Na Figura 6 fizemos o gráfico da reta de regressão e marcamos os pontos dados. Comparando-a com a Figura 5, vemos que a reta de regressão se ajusta melhor aos dados.

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18

CÁLCULO

C (ppm)

C (ppm)

410

410

400

400

390

390

380

380

370

370

360

360

350

350

340

340

1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016

t

1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016

FIGURA 5

FIGURA 6

Modelo linear pelo primeiro e último pontos dados

A reta de regressão

t

EXEMPLO 3 Use o modelo linear dado pela Equação 2 para estimar o nível médio de CO2 em 1987 e predizer o nível para o ano de 2025. De acordo com esse modelo, quando o nível de CO2 excederá 440 ppm? SOLUÇÃO Usando a Equação 2 com t = 1987, estimamos que o nível médio de CO2 em 1978 era C(1987) = 1,78242 (1987) - 3192,90 ≈ 348,77 Esse é um exemplo de interpolação, pois estimamos um valor entre valores observados. (De fato, o Observatório de Mauna Loa registrou em 1987 um nível médio de 348,93 ppm; assim, nossa estimativa é bem precisa.) Com t = 2025, obtemos C(2025) = 1,78242 (2025) - 3192,90 ≈ 416,50 Prevemos então que o nível médio de CO2 no ano de 2025 será de 416,5 ppm. Esse é um exemplo de extrapolação, pois prevemos um valor fora da região de observações. Consequentemente, temos menos certeza da precisão dessa nossa previsão. Usando a Equação 2, vemos que o nível de CO2 excederá 440 ppm quando 1,78242t - 3192,90 > 440 Resolvendo essa desigualdade, obtemos t

3632, 9 2038,18 1, 78242

Portanto, predizemos que o nível de CO2 excederá 440 ppm perto do ano de 2038. Esta previsão é arriscada porque envolve um tempo bastante remoto de nossas observações. De fato, vemos na Figura 6 que a tendência era que os níveis de CO2 aumentassem mais rapidamente nos últimos anos; assim, o nível excederia as 440 ppm muito antes de 2038. 

■ Polinômios Uma função P é denominada polinômio se P(x) = anxn + an - 1xn - 1 +  + a2x2 + a1x + a0

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19

FUNÇÕES E MODELOS

onde n é um inteiro não negativo e os números a0, a1, a2, , an são constantes chamadas coeficientes do polinômio. O domínio de qualquer polinômio é  = (-∞, ∞). Se o coeficiente dominante an ≠ 0, então o grau do polinômio é n. Por exemplo, a função

y 2

P( x) 2 x x 52 x 2 6

3

4

é um polinômio de grau 6. Um polinômio de grau 1 é da forma P(x) = mx + b, portanto, é uma função linear. Um polinômio de grau 2 é da forma P(x) = ax2 + bx + c e é chamado função quadrática. O gráfico de P é sempre uma parábola obtida por translações da parábola y = ax2, conforme veremos Seção 1.3. A parábola abre-se para cima se a > 0 e para baixo quando a < 0 (Veja a Figura 7.) Um polinômio de grau 3 tem a forma P(x) = ax3 + bx2 + cx + d

0

x

1

(a) y = x2 + x + 1 y 2

a≠0

e é chamado função cúbica. A Figura 8 mostra o gráfico de uma função cúbica na parte (a) e os gráficos de polinômios de graus 4 e 5 nas partes (b) e (c). Veremos adiante por que os gráficos têm esses aspectos.

x

1

(b) y = –2x2 + 3x + 1

FIGURA 7 Os gráficos de funções quadráticas são parábolas

20

2

1 0

y

y

y

1 1

(a) y = x3 – x + 1

x

x

(b) y = x4 – 3x2 + x

1

x

(c) y = 3x5 – 25x3 + 60x

FIGURA 8

Os polinômios são usados comumente para modelar diversas quantidades que ocorrem em ciências sociais e naturais. Por exemplo, na Seção 3.7 explicaremos por que os economistas frequentemente usam um polinômio P(x) para representar o custo da produção de x unidades de um produto. No exemplo a seguir vamos usar uma função quadrática para modelar a queda de uma bola.

EXEMPLO 4 Uma bola é solta a partir do posto de observação no topo da Torre CN, 450 m acima do chão, e sua altura h acima do solo é registrada em intervalos de 1 segundo na Tabela 2. Encontre um modelo para ajustar os dados e use-o para predizer o tempo após o qual a bola atinge o chão. SOLUÇÃO Vamos fazer um diagrama de dispersão na Figura 9 e observar que um modelo linear não é apropriado. Parece que os pontos podem estar sobre uma parábola; assim, vamos tentar um modelo quadrático. Usando uma calculadora gráfica ou um SCA (que usa o método dos mínimos quadrados), obtemos o seguinte modelo quadrático: 3

h = 449,36 = 0,96t - 4,90t 2

Na Figura 10 fizemos um gráfico da Equação 3 a partir dos pontos dados e vimos que o modelo quadrático é adequado. A bola atinge o chão quando h = 0, e assim resolvemos a equação quadrática

Tabela 2 Tempo (segundos)

Altura (metros)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

450 445 431 408 375 332 279 216 143 61

-4,90t 2 + 0,96t - 449,36 = 0

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20

CÁLCULO h (metros)

h

400

400

200

200

0

2

4

6

t (segundos)

8

0

2

4

6

8

t

FIGURA 9

FIGURA 10

Diagrama de dispersão para uma bola caindo

Modelo quadrático para uma bola caindo

A fórmula quadrática fornece t

0, 96 (0, 96) 2 4( 4, 90) (449, 36) 2( 4, 90)

A raiz positiva é t ≈ 9,67, dessa forma, predizemos que a bola vai atingir o chão após 9,7 segundos. 

■ Funções Potências Uma função da forma f (x) = x a, onde a é uma constante, é chamada função potência. Vamos considerar vários casos. (i) a = n, onde n é um inteiro positivo

Os gráficos de f (x) = xn para n = 1, 2, 3, 4 e 5 estão indicados na Figura 11. (Esses são polinômios com somente um termo.) Já conhecíamos os gráficos de y = x (uma reta passando pela origem, com inclinação 1) e y = x2 [uma parábola – veja o Exemplo 2(b) da Seção 1.1.2]. y=x

y

y

y = x2

1

1

0

1

x

0

y

y = x3

x

0

y = x4

1

1

1

y

1

x

0

y

y = x5

1

1

x

0

1

x

FIGURA 11

Gráficos de f (x) = xn para n = 1, 2, 3, 4 e 5

Uma família de funções é uma coleção de funções cujas equações estão relacionadas. A Figura 12 mostra duas famílias de funções potência, uma com potências pares e outra com potências ímpares.

Cap 01_Calculo.indd 20

A forma geral do gráfico de f (x) = xn depende de n ser par ou ímpar. Se n for par, então f (x) = xn será uma função par e seu gráfico será similar ao da parábola y = x2. Se n for ímpar, então f (x) = xn será uma função ímpar e seu gráfico será similar ao de y = x3. Observe na Figura 12, porém, que à medida que n cresce, o gráfico de y = xn torna-se mais achatado quando próximo de zero e mais inclinado quando x ≥ 1. (Se x for pequeno, então x2 é menor; x3 será ainda menor; e x4 será muito menor, e assim por diante.)

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FUNÇÕES E MODELOS

y

y

y = x4 y = x6

(1, 1)

y = x3

y = x2 (–1, 1)

21

y = x5

(1, 1)

x

0 (–1, –1) x

0

FIGURA 12

(ii) a = 1/n, onde n é um inteiro positivo 1/ n n A função f = ( x) x= x é uma função raiz. Para n = 2, ela é a função raiz quadrada f ( x) = x , cujo domínio é [0, ∞) e cujo gráfico é a parte superior da parábola x = y 2. [Veja a Figura 13(a).] Para outros valores pares de n, o gráfico de y = n x é semelhante ao de y = x . Para n = 3, temos a função de raiz cúbica f ( x) = 3 x , cujo domínio é  (lembre-se de que cada número real tem uma raiz cúbica) e cujo gráfico será indicado na Figura 13(b). O gráfico de y = n x para n ímpar (n > 3) é similar ao de y = 3 x .

y

y

(1, 1)

(1, 1) x

0

x

0

FIGURA 13

(b) ƒ(x) = √x

(a) ƒ(x) = √x

Gráficos das funções raízes

(iii) a = -1

O gráfico de função recíproca f (x) = x -1 = 1/x está na Figura 14. Seu gráfico tem a equação y = 1/x, ou xy = 1, e é uma hipérbole com os eixos coordenados como suas assíntotas. Esta função aparece em física e química em conexão com a Lei de Boyle, que afirma que, sendo constante a temperatura, o volume de um gás V é inversamente proporcional à pressão P: V =

C P

onde C é uma constante. Assim, o gráfico de V como uma função de P (veja a Figura 15) tem o mesmo formato geral da metade direita da Figura 14. y

V

1

y =x

V = C P

1 0

1

x

0

P

FIGURA 14

FIGURA 15

A função recíproca

Volume como uma função da pressão à temperatura constante

Cap 01_Calculo.indd 21

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22

CÁLCULO

(iv) a = -2

Dentre os demais expoentes negativos da função potência f (x) = x a, de longe o mais importante é a = -2. Muitas leis da natureza estabelecem que uma grandeza é inversamente proporcional ao quadrado de outra grandeza. Dito de outra forma, modelamos a primeira grandeza por uma função na forma f (x) = C/x 2 e nos referimos a isso como a lei do inverso do quadrado. Por exemplo, a iluminância I sobre um objeto produzida por uma fonte de luz é inversamente proporcional ao quadrado da distância x à fonte: I =

C x2

onde C é uma constante. Assim, o gráfico de I como função de x (veja a Figura 17) tem um formato similar ao da metade direita da Figura 16. \

,

\

[

,

& [

[

[

FIGURA 16

FIGURA 17

A recíproca da função quadrática

Iluminância produzida por uma fonte de luz como função da distância à fonte

A lei do inverso do quadrado é usada para modelar a força gravitacional, a intensidade do som e a força eletrostática entre duas partículas carregadas. Veja no Exercício 27 uma explicação geométrica para o fato de a lei do inverso do quadrado aparecer frequentemente na natureza. Funções potência também são usadas para modelar relações espécie-área (Exercícios 35-36), bem como o período de revolução de um planeta como uma função de sua distância ao sol (veja o Exercício 34).

■ Funções Racionais Uma função racional f é a razão de dois polinômios:

y

f ( x) = 20 0

2

x

onde P e Q são polinômios. O domínio consiste em todos os valores de x tais que Q (x) ≠ 0. Um exemplo simples de uma função racional é a função f (x) = 1/x, cujo domínio é {xx ≠ 0}; esta é a função recíproca cujo gráfico está na Figura 14. A função

FIGURA 18 f ( x)

2x4 x2 1 x2 4

P( x) Q( x)

f ( x)

2x4 x2 1 x2 4

é uma função racional com domínio {xx ≠ ±2}. O gráfico é mostrado na Figura 18.

■ Funções Algébricas Uma função f é chamada função algébrica se puder ser construída por meio de operações algébricas (como adição, subtração, multiplicação, divisão e extração de raízes) a partir de polinômios. Toda função racional é automaticamente uma função algébrica. A seguir, alguns exemplos:

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FUNÇÕES E MODELOS

f ( x)

x2 1

g ( x)

23

x 4 16 x 2 ( x 2) 3 x 1 x x

No Capítulo 4, esboçaremos os gráficos de uma variedade de funções algébricas e veremos que seus gráficos podem assumir diversas formas. A Figura 17 ilustra algumas dessas possibilidades. Um exemplo de função algébrica ocorre na Teoria da Relatividade. A massa de uma partícula com uma velocidade v é m f (v )

m0 1 v 2 /c 2

onde m0 é a massa da partícula em repouso e c = 3,0 × 105 km/s é a velocidade da luz no vácuo. Funções que não são algébricas são denominadas transcendentes; fazem parte desse grupo as funções trigonométricas, exponenciais e logarítmicas.

■ Funções Trigonométricas Há uma revisão de trigonometria e de funções trigonométricas no Apêndice D. Em cálculo, convenciona-se dar a medida de ângulos em radianos (exceto quando explicitamente mencionado). Por exemplo, quando utilizamos a função f (x) = sen x, entende-se que seja o seno de um ângulo cuja medida em radianos é x. Assim, os gráficos das funções seno e cosseno estão na Figura 19. y – –π

π 2

y 3π 2

1 0 –1

As páginas de referência estão localizadas no fim do livro.

π 2

π

–π 2π

5π 2

π 2

1 π

x

0 –1

(a) ƒ(x) = sen x

π 2

3π 3π 2

5π 2

x

(b) g = cos x

FIGURA 19

Observe que tanto para a função seno quanto para a função cosseno o domínio é (-∞, ∞), e a imagem é o intervalo fechado [-1, 1]. Dessa forma, para todos os valores de x temos -1 ≤ sen x ≤ 1

-1 ≤ cos x ≤ 1

ou, em termos de valores absolutos, sen x ≤ 1

cos x ≤ 1

Uma propriedade importante das funções seno e cosseno é que elas são periódicas e têm um período 2p. Isso significa que, para todos os valores de x, sen(x + 2p) = sen x

cos(x + 2p) = cos x

A natureza periódica dessas funções torna-as adequadas à modelagem de fenômenos repetitivos, tais como marés, cordas vibrantes e ondas sonoras. Como ilustração, no Exemplo 4 da Seção 1.3 veremos que um modelo razoável para o número de horas de luz solar na Filadélfia t dias após 1o de janeiro é dado pela função

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24

CÁLCULO

2p L(t ) 12 2, 8 sen (t 80) 365

EXEMPLO 5 Encontre o domínio da função f ( x)

1 . 1 2 cos x

SOLUÇÃO Essa função está definida para todos os valores de x, exceto os que tornam o denominador 0. Mas 1 2 cos x 0 cos x

y

1 p 5p 2np x 2np ou x 2 3 3

onde n é qualquer inteiro (já que a função cosseno tem período 2p). Assim, o domínio de f é o conjunto de todos os números reais, com exceção dos listados anteriormente.  1

3p 2

–p –

p 2

0

p 2

p

3p 2

x

A função tangente relaciona-se com as funções seno e cosseno pela equação tg x =

sen x cos x

e seu gráfico é ilustrado na Figura 20. Ela não está definida quando cos x = 0, isto é, quando x = ±p/2, ±3p/2,  Sua imagem é (-∞, ∞). Observe que a função tangente tem período p:

FIGURA 20

yy == tg tanx x

tg(x + p) = tg x y

y

1

1 0

0

As três funções trigonométricas remanescentes (cossecante, secante e cotangente) são as recíprocas das funções seno, cosseno e tangente. Seus gráficos estão no Apêndice D.

■ Funções Exponenciais x

1

(a) y = 2 x

1

x

(b) y = (0,5) x

FIGURA 21

y

As funções logarítmicas f (x) = logb x, onde a base b é uma constante positiva, são inversas das funções exponenciais e serão estudadas na Seção 1.5. A Figura 22 mostra os gráficos de quatro funções logarítmicas com várias bases. Em cada caso o domínio é (0, ∞), a imagem é (-∞, ∞) e as funções crescem vagarosamente quando x > 1.

y = log3 x 1 x

1

y = log10 x

As funções exponenciais são da forma f (x) = bx, onde a base b é uma constante positiva. Os gráficos de y = 2x e y = (0,5)x são indicados na Figura 21. Em ambos os casos, o domínio é (-∞, ∞) e a imagem é (0, ∞). As funções exponenciais serão estudadas em detalhes na Seção 1.4 e veremos que elas são úteis na modelagem de muitos fenômenos naturais, como quando a população aumenta (se b > 1) ou diminui (se b < 1).

■ Funções Logarítmicas

y = log2 x

0

y = log5 x

EXEMPLO 6 Classifique as funções a seguir em um dos tipos discutidos. (a) f (x) = 5x

FIGURA 22

Cap 01_Calculo.indd 24

para todo x

(b) g (x) = x5

(c) h( x)

1 x 1 x

(d) u (t) = 1 - t + 5t 4

SOLUÇÃO (a) f (x) = 5x é uma função exponencial. (A variável x é o expoente.) (b) g (x) = x5 é uma função potência. (A variável x é a base.) Podemos também considerá-la um polinômio de grau 5. 1 x é uma função algébrica. (Ela não é uma função racional porque seu (c) h( x) 1 x denominador não é um polinômio.) (d) u (t) = 1 - t + 5t 4 é um polinômio de grau 4. 

14/10/2021 09:54:11


25

FUNÇÕES E MODELOS

A Tabela 3 mostra um resumo dos gráficos de algumas famílias de funções essenciais que serão usadas com frequência ao longo do livro. Tabela 3 Famílias de Funções Essenciais e seus Gráficos Funções Lineares

f (x) = mx + b

\ \\\

\ \\\

E EE EE E

E [[ EEE E [[

¦ [ ¦ [ E E

Funções Potências f (x) = xn

E EE EE

¦ [ E ¦ [ E \\ \ \

P[ E ¦ [ ¦ [ ¦ [ P[ E P[ E ¦ [ P[ E

[ [[[

[ ¦ [ ¦ [ [

f ( x) =

n

¦ [ [ [ ¦ [ \

\\\ \

\\ \ \

[[ [ [

[ [[[

[ ¦ [ ¦ [ [

[ [ [ [

¦ [ [ [ ¦ [ \

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [ \\\ \

\\\ \

[[ [ [ [ [ [ [

x

Funções Recíprocas

[[ [ [

1 xn

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [ \ \ \\\

Funções Logarítmicas e Exponenciais f (x) = bx f (x) = logbx

\\ \\

\\ \

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [ \\ \\

[ ¦ [ ¦ [ E E [ E !

E !

f (x) = sen x f (x) = cos x f (x) = tg x

[[ [ [

\\ \\

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

VHQ [ VHQ [ VHQ [ VHQ [

ʌ ʌ ʌ ʌ

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

ʌ ʌ ʌ ʌ

[

\\\

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

\\ \ \ [ [[ [

๏ ¥[ ๏๏ ¥[ ¥[ ๏๏ ¥[

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [ \ \ \\\

\\ \\

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

[ [[[

๐ ¥[ ๐๐ ¥[ ¥[ ๐๐ ¥[

[ [[[

[[ [ [

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

[ [[[

ORJ [ E !

ORJ ORJEEE [ [ E !

E !

ORJEE [ E !

ʌ ʌ ʌ ʌ

FRV [ FRV [ FRV [ FRV [

[[ [[

[[ [ [

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

[[ [[

[[ [[

E [ E

E E [[[ E

E

E E

[[ [ [

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [ \

[ [[[

[ [ [[

¦ [ E [[[ E !

¦ [ E E !

Funções Trigonométricas

๎ ¥[ ๎​๎ ¥[ ¥[ ๎​๎ ¥[

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [ \

[ [[[

[[ [ [

¥[ ¥[ ¥[ ¥[

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

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¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

\\\ \

f ( x) =

\\ \ \

\\ \ \

Funções Raízes

[[ [[

ʌ ʌ ʌ ʌ

\\ \ \

[[ [ [

ʌ BB ʌ ʌ B ʌ B

¦ [ ¦ [ ¦ [ ¦ [

ʌ ʌ ʌ ʌ

[[ [ [

WJ [ WJ [ WJ [ WJ [

14/10/2021 09:54:19


26

CÁLCULO

1.2 Exercícios 1-2 Classifique cada função como uma função potência, função raiz, função polinomial (estabeleça seu grau), função racional, função algébrica, função trigonométrica, função exponencial ou função logarítmica. 1. (a) f (x) = x3 + 3x2 (c) r (t ) = t

(b) g (t) = cos2t - sen t (d) v (t) = 8t

3

x x2 1

(e) y

2. (a) f (t )

(f ) g (u) = log10 u

3t 2 t 2

(e) g( x) =

3

9. O que todos os membros da família de funções lineares f (x) = c - x têm em comum? Esboce os gráficos de vários membros da família.

11-12 Determine uma fórmula para a função quadrática cujo gráfico é apresentado.

(d) y = x4 + 5 1 (f ) y = 2 x

x

8. O que todos os membros da família de funções lineares f (x) = 1 + m(x + 3) têm em comum? Esboce os gráficos de vários membros da família.

10. Esboce o gráfico de vários membros da família de polinômios P (x) = x3 - cx2. Que mudança se observa no gráfico à medida que c é alterado?

(b) h (r) = 2,3r

(c) s (t ) t 4

(c) Qual função pertence a ambas as famílias?

11.

y 18

3. (a) y = x

(b) y = x

(c) y = x

5

g

8

0

h

x

(b) y = 3x (d) y =

(c) y = x

3

(4, 2)(4, 2) x 3

g x

g

0

0

x

x

(1, –2,5) (1, –2,5)

14. Estudos recentes indicam que a temperatura média da superfície da Terra vem aumentando continuamente. Alguns cientistas modelaram a temperatura pela função linear T = 0,02t + 8,50, onde T é a temperatura em ºC e t representa o número de anos desde 1900. (a) O que a inclinação e a intersecção com o eixo T representam? (b) Use a equação para prever a temperatura média global da Terra em 2100. 15. Se a dose de uma medicação recomendada para um adulto é D (em mg), então, para determinar a dosagem apropriada c para uma criança com a anos de idade, os farmacêuticos usam a equação c = 0,0417D (a + 1). Suponha que a dosagem para um adulto seja 200 mg. (a) Encontre a inclinação do gráfico de c. O que ela representa? (b) Qual é a dosagem para um recém-nascido?

x

y

F

g f x

G

5-6 Encontre o domínio da função. cos x 1 5. f ( x) 6. g( x) 1 sen x 1 tg x 7. (a) Encontre uma equação para a família de funções lineares com inclinação 2 e esboce os gráficos de vários membros da família. (b) Encontre uma equação para a família de funções lineares tais que f (2) = 1. Esboce os gráficos de vários membros da família.

Cap 01_Calculo.indd 26

(0, 1)(0, 1)

13. Encontre uma fórmula para uma função cúbica f se f (1) = 6 e f (-1) = f (0) = f (2) = 0.

f

3

0 3

y

(–2, 2) (–2, 2)

y

0

4. (a) y = 3x

y

12. f

f

3-4 Associe cada equação a seu gráfico. Explique sua escolha. (Não use computador ou calculadora gráfica.) 2

y 18

16. Um administrador de bazar de fim de semana sabe por experiência que se cobrar x dólares pelo aluguel de espaço no bazar, o número y de espaços que podem ser alugados é dado pela equação y = 200 - 4x. (a) Esboce o gráfico dessa função linear. (Lembre-se de que o aluguel cobrado pelo espaço e o número de espaços alugados não podem ser quantidades negativas.) (b) O que representam a inclinação, a intersecção com o eixo y e a intersecção com o eixo x? 17. A relação entre as escalas de temperatura Fahrenheit (F) e Celsius (C ) é dada pela função linear F 95 C 32. (a) Esboce o gráfico dessa função. (b) Qual a inclinação do gráfico e o que ela representa? O que representa a intersecção com o eixo F do gráfico? 18. Jade e sua colega de quarto Jari vão ao trabalho toda manhã viajando a oeste na rodovia I-10. Em certa manhã, Jade saiu para o trabalho às 6h50, enquanto Jari saiu 10 minutos depois.

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FUNÇÕES E MODELOS

Ambas dirigiram a velocidades constantes. Os gráficos mostram a distância (em quilômetros) que cada uma percorreu na rodovia I-10 até o instante t, contado em minutos a partir das 7h da manhã. (a) Use o gráfico para determinar que motorista viaja mais rápido. (b) Determine a que velocidade (em km/h) cada uma delas dirige. (c) Determine as funções lineares f e g que modelam as distâncias percorridas por Jade e Jari como funções de t (em minutos). Distância percorrida (km)

y 45 30

(6, 25)

15

(6, 11)

0

3

6

Jade Jari

9

12

t

Tempo decorrido desde as 7h da manhã (min)

19. Um administrador de uma fábrica de móveis descobre que custa $ 2.200 para fabricar 100 cadeiras em um dia e $ 4.800 para produzir 300 cadeiras em um dia. (a) Expresse o custo como uma função do número de cadeiras produzidas, supondo que ela seja linear. A seguir, esboce o gráfico. (b) Qual é a inclinação do gráfico e o que ela representa? (c) Qual é a intersecção com o eixo y do gráfico e o que ela representa? 20. O custo mensal do uso de um carro depende do número de quilômetros rodados. Lynn descobriu que em maio custou US$ 380 para dirigir 770 km e em junho, US$ 460 para dirigir 1.290 km. (a) Expresse o custo mensal C como uma função da distância percorrida d, presumindo que a relação linear proporciona um modelo adequado. (b) Use a parte (a) para predizer o custo quando forem percorridos 2.400 km por mês. (c) Esboce o gráfico da função. O que a inclinação representa? (d) O que representa a coordenada C do ponto de intersecção com o eixo vertical? (e) Por que uma função linear é um modelo apropriado nessa situação? 21. Na superfície do oceano, a pressão da água é igual à do ar acima da água, 1,05 kg/cm2. Abaixo da superfície, a pressão da água aumenta 0,3 kg/cm2 para cada 3 m de profundidade. (a) Expresse a pressão da água como uma função da profundidade abaixo da superfície do oceano. (b) A que profundidade a pressão é de 7 kg/cm2? 22. A resistência R de um fio de comprimento fixo está relacionada ao diâmetro deste, x, pela lei do inverso do quadrado, ou seja, por uma função na forma R (x) = kx-2. (a) Um fio de comprimento fixo e 0,005 metros de diâmetro tem uma resistência de 140 ohms. Determine o valor de k. (b) Encontre a resistência de um fio feito do mesmo material e com o mesmo comprimento do fio do item (a), mas com um diâmetro de 0,008 metros. 23. A iluminação de um objeto por uma fonte de luz está relacionada à distância entre o objeto e a fonte segundo a lei do inverso do quadrado. Suponha que, à noite, você esteja sentado em um cômodo que possui uma única lâmpada, tentando ler um livro. Como a luz é muito fraca, você move sua cadeira até a metade da distância que havia entre ela e a lâmpada. Quão maior será a iluminação produzida pela lâmpada?

Cap 01_Calculo.indd 27

27

24. A pressão P e uma amostra de gás oxigênio que é comprimida a uma temperatura constante está relacionada ao volume V de gás por uma função recíproca na forma P = k V. (a) Uma amostra de gás oxigênio que ocupa 0,671 m3 exerce uma pressão de 39 kPa à temperatura de 293 K (temperatura absoluta medida em kelvin). Determine o valor de k para o modelo fornecido. (b) Supondo que a amostra seja expandida até atingir um volume de 0,916 m3, determine sua nova pressão. 25. A potência elétrica gerada por uma turbina eólica depende de vários fatores. Usando princípios de física, pode-se mostrar que a potência P gerada por uma turbina eólica é modelada por meio da função P = kAv 3 onde v é a velocidade do vento, A é a área varrida pelas pás da hélice e k é uma constante que depende da densidade do ar, da eficiência da turbina e do formato das pás da turbina. (a) Se a velocidade do vento for duplicada e os demais parâmetros forem mantidos constantes, qual será o fator de aumento da potência elétrica gerada? (b) Se o comprimento das pás da hélice for duplicado e os demais parâmetros forem mantidos constantes, qual será o fator de aumento da potência elétrica gerada? (c) Em determinada turbina eólica, as pás têm 30 m de comprimento e k = 0,214 kg/m3. Determine a potência gerada (em watts, W = m2 ⋅ kg/s3) quando a velocidade do vento é igual a 10 m/s, 15 m/s e 25 m/s. 26. Os astrônomos inferem a irradiância (fluxo radiante emitido por unidade de área) das estrelas usando a Lei de Stefan-Boltzmann: E(T ) = (5,67 × 10-8)T 4 na qual E é a energia radiada por unidade de área superficial medida em watt (W) e T é a temperatura absoluta medida em kelvin (K). (a) Trace o gráfico da função E para temperaturas T entre 100 K e 300 K. (b) Use o gráfico para descrever a mudança na energia E decorrente do aumento da temperatura T . 27-28 Para cada diagrama de dispersão, decida qual tipo de função você escolheria como um modelo para os dados. Explique sua escolha 27. (a)

y

0

(b) (b)

x

(a) y 28. (a)

0

0

(b)

x

y

x

y

0

x

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28

CÁLCULO

29. A tabela mostra as taxas de úlcera péptica (medida no decurso de toda vida) a cada 100 habitantes, de várias rendas familiares, conforme divulgado pelo National Health Interview Survey. (a) Faça um diagrama de dispersão desses dados e decida se um modelo linear seria apropriado. (b) Faça um gráfico de modelo linear usando o primeiro e o último pontos. (c) Encontre e faça um gráfico da reta de regressão. (d) Use o modelo linear de (c) para estimar a taxa de úlcera correspondente por pessoa com uma renda de $ 25.000. (e) De acordo com o modelo, qual a chance de alguém com uma renda de $ 80.000 sofrer de úlcera péptica? (f) Você acha razoável aplicar o modelo a alguém com uma renda de $ 200.000?

Rendimento

Taxa de úlcera (por população de 100)

$ 4.000 $ 6.000 $ 8.000 $ 12.000 $ 16.000 $ 20.000 $ 30.000 $ 45.000 $ 60.000

14,1 13,0 13,4 12,5 12,0 12,4 10,5 9,4 8,2

30. Quando ratos de laboratório são expostos a fibras de amianto, alguns deles desenvolvem tumores no pulmão. A tabela lista os resultados de diversas experiências de diferentes cientistas. (a) Encontre a reta de regressão para os dados. (b) Faça um diagrama de dispersão e trace a reta de regressão. A reta de regressão parece um modelo adequado para os dados? (c) O que a intersecção com o eixo y da reta de regressão representa?

Exposição ao amianto (fibras/mL)

Porcentagem dos ratos que desenvolvem tumores de pulmão

50 400 500 900 1.100

2 6 5 10 26

Exposição ao amianto (fibras/mL)

Porcentagem dos ratos que desenvolvem tumores de pulmão

10.600 10.800 20.000 30.000

42 37 38 50

31. Antropólogos usam um modelo linear que relaciona o comprimento do fêmur humano (osso da coxa) à altura. O modelo permite a eles determinar a altura de um indivíduo quando apenas um esqueleto parcial (que inclua o fêmur) tenha sido encontrado. Aqui, nós encontraremos o modelo pela análise dos dados sobre o comprimento do fêmur e a altura de oito homens, apresentados na tabela. (a) Faça um diagrama de dispersão dos dados. (b) Encontre e trace a reta de regressão que modela os dados.

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(c) Um antropólogo encontra um fêmur humano de 53 cm de comprimento. Qual era a altura da pessoa? Comprimento do fêmur (cm)

Altura (cm)

Comprimento do fêmur (cm)

Altura (cm)

50,1 48,3 45,2 44,7

178,5 173,6 164,8 163,7

44,5 42,7 39,5 38,0

168,3 165,0 155,4 155,8

32. A tabela mostra as tarifas de energia elétrica residencial nos EUA de 2000 a 2016, medidas em centavos de dólar por quilowatt-hora. (a) Use os dados da tabela para criar um gráfico de dispersão. Você julga que um modelo linear é apropriado para o problema? (b) Determine a reta de regressão e trace seu gráfico. (c) Use o modelo linear obtido no item (b) para estimar a tarifa média de energia em 2005 e 2017. Anos a partir de 2000

Centavos/ kWh

Anos a partir de 2000

Centavos/ kWh

0 2 4 6 8

8,24 8,44 8,95 10,40 11,26

10 12 14 16

11,54 11,88 12,52 12,90

Fonte: US Energy Information Administration

33. A tabela mostra a média mundial diária de consumo de petróleo de 1985 a 2015, medida em milhares de barris por dia. (a) Faça um diagrama de dispersão e decida se o modelo linear é apropriado. (b) Encontre e trace a reta de regressão. (c) Use o modelo linear para estimar o consumo de petróleo em 2002 e em 2017. Anos a partir de 1985

Milhares de barris de petróleo por dia

0 5 10 15 20 25 30

60.083 66.533 70.099 76.784 84.077 87.302 94.071

Fonte: US Energy Information Administration

34. A tabela mostra as distâncias médias d dos planetas ao Sol (tomando como unidade de medida a distância da Terra ao Sol) e seus períodos T (tempo de revolução em anos). (a) Ajuste um modelo de função potência aos dados. (b) A Terceira Lei de Movimento Planetário de Kepler diz que “O quadrado do período de revolução de um planeta é proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol”. Seu modelo confirma a Terceira Lei de Kepler?

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FUNÇÕES E MODELOS

Planeta

d

T

Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno

0,387 0,723 1,000 1,523 5,203 9,541 19,190 30,086

0,241 0,615 1,000 1,881 11,861 29,457 84,008 164,784

35. Faz sentido que quanto maior a área, maior a quantidade de espécies que habitam a região. Muitos ecologistas modelaram a relação espécie-área com uma função potência e, em particular, a quantidade de espécies de morcegos S vivendo em cavernas no México Central foi relacionada à área de superfície A de cavernas pela equação S = 0,7A0,3. (a) A caverna chamada Misión Imposible, próximo a Puebla, México, tem uma área de superfície de A = 60 m2. Quantas espécies de morcegos se espera encontrar nesta caverna? (b) Se você descobrir que quatro espécies de morcego vivem em uma caverna, estime a área da caverna. 36. A tabela mostra o número N de espécies de répteis e anfíbios que habitam algumas ilhas do Caribe e as áreas A de cada ilha em quilômetros quadrados.

29

(a) Use uma função potência para modelar N como uma função de A. (b) A ilha caribenha de Dominica tem uma área de 753 km2. Quantas espécies de répteis e anfíbios você prevê que existam em Dominica? Ilha Saba Monserrat Porto Rico Jamaica Hispaniola Cuba

A

N 10

5

103

9

8.959

40

11.424

39

79.192

84

114.524

76

37. Suponha que uma força ou energia tenha origem em uma fonte pontual e distribua-se igualmente em todas as direções, tal como a luz de uma lâmpada ou a força gravitacional de um planeta. Nesse caso, a uma distância r da fonte, a intensidade I da força ou energia é igual ao valor S produzido pela fonte dividido pela área da superfície de uma esfera de raio r. Mostre que I satisfaz a lei do inverso do quadrado I = k/r 2, onde k é uma constante positiva.

1.3 Novas Funções a Partir de Conhecidas Nesta seção, partimos das funções básicas definidas na Seção 1.2 e obtemos novas funções por deslocamento, expansão ou reflexão de seus gráficos. Vamos mostrar também como combinar pares de funções por meio de operações aritméticas ordinárias e por composição.

■ Transformações de Funções Aplicando certas transformações aos gráficos de uma função obtemos o gráfico de funções relacionadas. Isso nos capacita a fazer o esboço de muitas funções à mão e nos permite também escrever equações para gráficos dados. Vamos considerar inicialmente as translações dos gráficos. Se c for um número positivo, então o gráfico de y = f (x) + c é tão somente o gráfico de y = f (x) deslocado para cima em c unidades (uma vez que cada coordenada y fica acrescida pelo mesmo número c). Da mesma forma, se fizermos g (x) = f (x - c), onde c > 0, então o valor de g em x é igual ao valor de f em x - c (c unidades à esquerda de x). Portanto, o gráfico de y = f (x - c) é precisamente o de y = f (x) deslocado c unidades para a direita (veja a Figura 1). Deslocamentos Verticais e Horizontais Suponha c > 0. Para obter o gráfico de y = f (x) + c, desloque o gráfico de y = f (x) em c unidades para cima y = f (x) - c, desloque o gráfico de y = f (x) em c unidades para baixo y = f (x - c), desloque o gráfico de y = f (x) em c unidades para a direita y = f (x + c), desloque o gráfico de y = f (x) em c unidades para a esquerda

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30

CÁLCULO y

y

y = ƒ(x) + c

y = f(x + c)

c

0

y = f(–x )

y = f(x – c)

y = ƒ(x)

c

y = cƒ(x) (c > 1)

y = ƒ(x)

c

y= x

c

1 c ƒ(x)

x

0

y = ƒ(x) – c y = –ƒ(x)

FIGURA 1 Translações do gráfico de ƒ

FIGURA 2 Expansões e reflexões do gráfico ƒ Vamos considerar agora as transformações de expansão e reflexão. Se c > 1, então o gráfico de y = cf (x) é o gráfico de y = f (x) expandido por um fator c na direção vertical (pois cada coordenada y fica multiplicada pelo mesmo número c). O gráfico de y = -f (x) é o gráfico de y = f (x) refletido em torno do eixo x, pois o ponto (x, y) é substituído pelo ponto (x, -y). (Veja a Figura 2 e a tabela a seguir, onde estão os resultados de várias transformações de expansão, compressão e reflexão.) Reflexões e Expansões Horizontais e Verticais Suponha c > 1. Para obter o gráfico de y = cf (x), expanda o gráfico de y = f (x) verticalmente por um fator de c; y = (1/c) f (x), comprima o gráfico de y = f (x) verticalmente por um fator de c; y = f (cx), comprima o gráfico de y = f (x) horizontalmente por um fator de c; y = f (x/c), expanda o gráfico de y = f (x) horizontalmente por um fator de c; y = -f (x), reflita o gráfico de y = f (x) em torno do eixo x; y = f (-x), reflita o gráfico de y = f (x) em torno do eixo y. A Figura 3 ilustra essas transformações de expansão quando aplicadas à função de cosseno com c = 2. Por exemplo, para obter o gráfico y = 2 cos x, multiplicamos as coordenadas y de cada ponto do gráfico de y = cos x por 2. Isso significa que o gráfico de y = cos x fica expandido verticalmente por um fator de 2. y

y = 2 cos x

y

2

y = cos x

2

1

1 2

1

0

y=

cos x x

1

y = cos

1 x 2

y = cos 2x

x

0

y = cos x

FIGURA 3

EXEMPLO 1 Dado o gráfico de y = y

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x 2, y

x , use transformações para obter os gráficos de

x 2, y x , y 2 x e y

x.

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31

FUNÇÕES E MODELOS

SOLUÇÃO O gráfico da função raiz quadrada y = x , obtido da Figura 1.12.13(a), na Seção 1.2, é mostrado na Figura 4(a). Nas outras partes da figura esboçamos y x 2 deslocando 2 unidades para baixo; y x 2 deslocando 2 unidades para a direita; y x refletindo em torno do eixo x; y = 2 x expandindo verticalmente por um fator de 2; e y x refletindo em torno do eixo y. y

y

y

y

y

y

1 0

1

x

x

0

0

x

2

x

0

0

x

x

0

_2

(b) y = √x – 2

(a) y = √x

(c) y = √x – 2

(d) y = –√x

(e) y = 2√x

FIGURA 4

(f ) y = √–x

EXEMPLO 2 Esboce o gráfico da função f (x) = x2 + 6x + 10. SOLUÇÃO Completando o quadrado, escrevemos a equação do gráfico como y = x2 + 6x + 10 = (x + 3)2 + 1 Isso significa que obtemos o gráfico desejado começando com a parábola y = x2 e deslocando-a 3 unidades para a esquerda e então 1 unidade para cima (veja a Figura 5). y

y

1

(– 3, 1) x

0

–3

(a) y = x2

–1

0

x

(b) y = (x + 3)2 + 1

FIGURA 5

EXEMPLO 3 Esboce o gráfico de cada função. (a) y = sen 2x

(b) y = 1 - sen x

SOLUÇÃO (a) Obtemos o gráfico y = sen 2x a partir de y = sen x comprimindo horizontalmente este último por um fator de 2 (veja as Figuras 6 e 7). Assim, enquanto que o período de y = sen x é 2p, o período de y = sen 2x é 2p/2 = p. y

y

y = sen x

1 0

FIGURA 6

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π 2

π

y = sen 2x

1

x

x

0 4

2

FIGURA 7

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32

CÁLCULO

(b) Para obter o gráfico de y = 1 - sen x, começamos novamente com y = sen x. Refletimos em torno do eixo x para obter o gráfico de y = - sen x e então deslocamos uma unidade para cima para obter y = 1 – sen x. (Veja a Figura 8.) y

y = 1 – sen x

2 1 0 2

3 2

x

2

FIGURA 8

EXEMPLO 4 A Figura 9 mostra gráficos do número de horas de luz solar como função da época do ano em diversas latitudes. Dado que a Filadélfia está localizada a aproximadamente 40° N de latitude, encontre uma função que modele a duração da luz solar na Filadélfia. 20 18 16 14 12

20° N 30° N 40° N 50° N

Horas 10 8

FIGURA 9 Gráfico da duração da luz solar de 21 de março a 21 de dezembro em várias latitudes Fonte: Adaptado de L. Harrison, Daylight, Twilight, Darkness and Time (New York: Silver, Burdett 1935), p. 40.

6

60° N

4 2 0

Mar. Abr. Maio Jun. Jul.

Ago. Set. Out. Nov. Dez.

SOLUÇÃO Observe que cada curva se assemelha à função seno deslocada e expandida. Observando a curva azul, vemos que, na latitude da Filadélfia, a luz solar dura cerca de 14,8 horas em 21 de junho e 9,2 horas em 21 de dezembro; assim, a amplitude da curva (o fator pelo qual expandimos verticalmente a curva do seno) é 12 (14,8 - 9,2) = 2,8. Por qual fator deveremos expandir horizontalmente a curva do seno se a medida do tempo t for em dias? Em razão de haver aproximadamente 365 dias no ano, o período do nosso modelo deve ser 365. Mas o período de y = sen t é 2p, de modo que o fator de expansão horizontal deve ser 2p/365. Notamos também que a curva começa seu ciclo em 21 de março, 80o dia do ano, e então devemos deslocar a curva 80 unidades para a direita. Além disso, deslocamos 12 unidades para cima. Portanto, modelamos a duração da luz solar na Filadélfia no dia t do ano pela função 2p L(t ) 12 2, 8 sen (t 80) 365

Outra transformação de algum interesse é tomar o valor absoluto de uma função. Se y = f (x), então, de acordo com a definição de valor absoluto, y = f (x) quando f (x) ≥ 0 e y = -f (x) quando f (x) < 0. Isso nos diz como obter o gráfico de y = f (x) a partir do

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33

FUNÇÕES E MODELOS

gráfico de y = f (x): a parte do gráfico que está acima do eixo x permanece a mesma, enquanto a parte que está abaixo do eixo x é refletida em torno do eixo x.

EXEMPLO 5 Esboce o gráfico da função y = x2 - 1.

y

SOLUÇÃO Primeiro fazemos o gráfico da parábola y = x2 - 1, como na Figura 10(a), deslocando a parábola y = x2 para baixo em uma unidade. Vemos que o gráfico está abaixo do eixo x quando -1 < x < 1; assim, refletimos essa parte do gráfico em torno do eixo x para obter o gráfico de y = x2 - 1 na Figura 10(b).

–1

■ Combinações de Funções

( f g )( g )( x) f ( x) g ( x)

x

1

x

y

Definição Dadas duas funções f e g, as funções de soma, diferença, produto e quociente são definidas por

–1

( f g )( x) f ( x) g ( x) f g

1

(a) y = x2 – 1

Duas funções f e g podem ser combinadas para formar novas funções f + g, f - g, fg e f /g de forma similar àquela pela qual somamos, subtraímos, multiplicamos e dividimos números reais.

( f g )( x) f ( x) g ( x)

0

0

(b) y = | x2 – 1 |

f ( x) ( x) g ( x)

FIGURA 10

Se o domínio de f é A e o domínio de g é B, então o domínio de f + g (e o domínio de f - g) é a intersecção A Ç B, porque tanto f (x) quanto g (x) devem estar definidos. Por exemplo, o domínio de f ( x) = x é A = [0, ∞) e o domínio de g( x) 2 x é B = (-∞, 2], de modo que o domínio de ( f g )( x) x 2 x é A Ç B = [0, 2]. O domínio de fg é também A Ç B. Pelo fato de não podermos dividir por zero, o domínio de f/g é {x ∈ A Ç Bg (x) ≠ 0}. Por exemplo, se f (x) = x2 e g (x) = x - 1, então o domínio da função racional ( f /g  (x) = x2/(x - 1) é {xx ≠ 1}, ou (-∞, 1) È (1, ∞). Existe outra maneira de combinar duas funções para obter uma nova função. Por = y = f (u ) u e u = g (x) = x2 + 1. Como y é uma função de u, e exemplo, suponha que u, por sua vez, é uma função de x, segue que, afinal de contas, y é uma função de x. Computamos isso pela substituição: y f (u ) f (g ( x)) f ( x 2 1)

x2 1

Este procedimento é chamado composição, pois a nova função é composta das duas funções dadas f e g. Em geral, dadas quaisquer duas funções f e g, começamos com um número x no domínio de g e encontramos sua imagem g (x). Se este número g (x) estiver no domínio de f, podemos calcular o valor de f (g (x)). Note que a saída de uma função é utilizada como entrada para a próxima função. O resultado é uma nova função h(x) = f (g (x)) obtida pela substituição de g em f. É chamada de composição (ou composta) de f e g e é denotada por f ° g (“f bola g”) Definição Dadas duas funções f e g, a função composta f ° g (também chamada de composição de f e g) é definida por ( f ° g)(x) = f (g(x)) O domínio f ° g é o conjunto de todos os x no domínio de g tais que g (x) está no domínio de f. Em outras palavras, ( f ° g)(x) está definida sempre que tanto g (x) quanto f (g(x)) estiverem definidas. A Figura 11 mostra como visualizar f ° g em termos de máquinas.

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x (entrada)

g

g(x)

f°g

f

f (g(x)) (saída)

FIGURA 11 A f ° g máquina é composta pela máquina g (primeiro) e a seguir pela máquina f

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34

CÁLCULO

EXEMPLO 6 Se f (x) = x2 e g (x) = x - 3, encontre as funções compostas f ° g e g ° f. SOLUÇÃO Temos ( f ° g)(x) = f (g (x)) = f (x - 3) = (x - 3)2 ( g ° f )(x) = g (f (x)) = g (x2) = x2 - 3

NOTA Você pode ver no Exemplo 6 que, em geral, f ° g g ° f . Lembre-se de que a notação f ° g significa que a função g é aplicada primeiro, e depois f é aplicada. No Exemplo 6, f ° g é a função que primeiro subtrai 3 e então eleva ao quadrado; g ° f é a função que primeiro eleva ao quadrado e então subtrai 3.

EXEMPLO 7 Se f ( x) (a) f ° g

x e g ( x) (b) g ° f

2 x , encontre cada função e seu domínio. (c) f ° f (d) g ° g

SOLUÇÃO (a)

( f  g ) ( x) f (g ( x)) f

2 x

2 x

4

2 x

O domínio f ° g é {x2 - x ≥ 0} = {xx ≤ 2} = (-∞, 2]. (b) Se 0 ≤ a ≤ b, então a2 ≤ b2.

(g  f ) ( x) g ( f ( x)) g

x

2

x

Para x estar definida, devemos ter x ≥ 0. Para 2 - x estar definida, devemos ter 2 x 0, isto é, x ≤ 2, ou x ≤ 4. Assim, temos 0 ≤ x ≤ 4, e o domínio de g ° f intervalo fechado [0, 4]. (c)

( f  f ) ( x) f ( f ( x)) f

x

x

4

x

O domínio de f ° f é [0, ∞). (d)

(g  g ) ( x) g (g ( x)) g

2 x

2 2 x

Esta expressão é definida quando ambas, 2 - x ≥ 0 e 2 2 x 0. A primeira desigualdade significa que x ≤ 2, e a segunda é equivalente a 2 x 2, ou 2 - x ≤ 4, ou x ≥ -2. Assim -2 ≤ x ≤ 2, logo, o domínio de g ° g é o intervalo fechado [–2, 2].  É possível fazer a composição de três ou mais funções. Por exemplo, a função composta f ° g ° h pode ser encontrada calculando-se primeiro h, então g e depois f, como a seguir: ( f ° g ° h)(x) = f (g (h(x)))

EXEMPLO 8 Encontre f ° g ° h se f (x) = x/(x + 1), g (x) = x10 e h(x) = x + 3. SOLUÇÃO ( f  g  h)( x) f (g (h( x))) f (g ( x 3)) f (( x 3)10 )

( x 3)10 ( x 3)10 1

Até aqui usamos a composição para construir funções complicadas a partir das mais simples. Mas, em cálculo, é frequentemente útil decompor uma função complicada em outras mais simples, como no exemplo a seguir.

Cap 01_Calculo.indd 34

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35

FUNÇÕES E MODELOS

EXEMPLO 9 Dada F (x) = cos2 (x + 9), encontre funções f, g e h tais que F = f ° g ° h. SOLUÇÃO Uma vez que F (x) = cos2 (x + 9), a fórmula para F diz: primeiro adicione 9, então tomemos o cosseno do resultado e, finalmente, o quadrado. Assim, fazemos h(x) = x + 9

g(x) = cos x

f (x) = x2

(f ° g ° h)(x) = f (g (h(x))) = f (g (x + 9)) = f (cos(x + 9))

Então

= [cos(x + 9)]2 = F (x)

1.3

Exercícios

1. Suponha que seja dado o gráfico de f. Escreva as equações para os gráficos obtidos a partir do gráfico de f da seguinte forma: (a) Desloque 3 unidades para cima. (b) Desloque 3 unidades para baixo. (c) Desloque 3 unidades para a direita. (d) Desloque 3 unidades para a esquerda. (e) Reflita em torno do eixo x. (f) Reflita em torno do eixo y. (g) Expanda verticalmente por um fator de 3. (h) Comprima verticalmente por um fator de 3. 2. Explique como obter, a partir do gráfico de y = f (x), os gráficos a seguir: (a) y = f (x) + 8 (b) y = f (x + 8) (c) y = 8f (x) (d) y = f (8x) (e) y = - f (x) - 1 (f ) y 8 f 18 x

5. O gráfico de f é dado. Use-o para fazer o gráfico das seguintes funções: (a) y = f (2x) (b) y = f ( 12 x) (c) y = f (- x) (d) y = - f (- x) y 1 0

6-7 O gráfico de y 3 x x2 é dado. Use transformações para criar a função cujo gráfico é mostrado. y

3. Dado o gráfico de y = f (x), associe cada equação com seu gráfico e justifique suas escolhas. (a) y = f (x - 4) (b) y = f (x) + 3 (c) y = 13 f (x) (d) y = -f (x + 4) (e) y = 2f (x + 6) y

2

y = √3x – x2

1,5

0

6.

1

6

x

1

x

3

y

y

7.

3 –4

–1

f

3

3 –2,5 0

4 –6

–3

5

0

3

6

x

–3

4. É dado o gráfico de f. Esboce os gráficos das seguintes funções: (a) y = f (x) - 3 (b) y = f (x + 1) (c) y = 12 f (x) (d) y = - f (x) y

0

2

1

x

5

x

8. (a) Como estão relacionados o gráfico de y 1 x e o de y = x ? Use sua resposta e a Figura 4(a) para esboçar o gráfico de y 1 x . (b) Que relação existe entre o gráfico de y = 5 sen px e o gráfico de y = sen x? Use a sua resposta e a Figura 6 para esboçar o gráfico de y = 5 sen px. 9-26 Trace à mão o gráfico de cada função, mas, em lugar de marcar pontos sobre o plano, parta do gráfico de uma das funções padrão dadas na Tabela 1.2.3 e aplique as transformações apropriadas. 9. y = 1 + x2

2

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x

–1 0

11. y = x + 2 1 13. y 2 x 15. y = sen 4x

10. y = (x + 1)2 12. y = 1 - x3 14. y x 1 1 16. y 1 2 x

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36

CÁLCULO

17. y 2 x 1

18. y = -(x - 1)2 + 3

19. y = x - 2x + 5

20. y = (x + 1) + 2

21. y = 2 -x

22. y = 2 - 2 cos x p 1 24. y tg x 4 4

2

3

23. y = 3 sen 12 x + 1

26. y

25. y =cos p x

x 1

27. A cidade de Nova Orleans está localizada a uma latitude de 30° N. Use a Figura 9 para encontrar uma função que modele o número de horas de luz solar em Nova Orleans como uma função da época do ano. Para verificar a precisão do seu modelo, use o fato de que nessa cidade, em 31 de março, o Sol surge às 5h51 da manhã e se põe às 18h18. 28. Uma estrela variável é aquela cujo brilho alternadamente cresce e decresce. Para a estrela variável mais visível, Delta Cephei, o período de tempo entre os brilhos máximos é de 5,4 dias, o brilho médio (ou magnitude) da estrela é 4,0, e seu brilho varia de ±0,35 em magnitude. Encontre uma função que modele o brilho de Delta Cephei como uma função do tempo. 29. Algumas das marés mais altas do mundo ocorrem na baía de Fundy, na costa atlântica do Canadá. No Cabo Hopewell, a profundidade da água na maré baixa é cerca de 2,0 m e na maré alta é cerca de 12,0 m. O período natural de oscilação é cerca de 12 horas e, em um dia específico, a maré alta ocorreu às 6h45 da manhã. Encontre uma função envolvendo a função cosseno que modele a profundidade da água D(t) (em metros) como uma função do tempo t (em horas após a meia-noite) naquele dia. 30. Em um ciclo respiratório normal, o volume de ar que se move para dentro e para fora dos pulmões é cerca de 500 mL. Os volumes de reserva e residual de ar que permanecem nos pulmões ocupam cerca de 2.000 mL e um único ciclo respiratório para um ser humano médio dura cerca de 4 segundos. Encontre um modelo para o volume total de ar V(t) nos pulmões como função do tempo. 31. (a) Como estão relacionados o gráfico de y = f (x) e o de f ? (b) Esboce o gráfico de y = senx. (c) Esboce o gráfico de y =

Cap 01_Calculo.indd 36

37. f ( x)

1 , x

38. f ( x)

x , x 1

= f ( x) 39.

2 = , g ( x) sen x x

g ( x) x 1 g ( x) 2 x 1

40. f ( x) 5 x ,

g ( x) x 1

41-44 Encontre f ° g ° h. 41. f ( x) 3 x 2,

g ( x) sen x,

42. f ( x) x 4 ,

g ( x ) 2x ,

43. f ( x) x 3 ,

g ( x ) x2 ,

44. f ( x) tg x,

g ( x)

h( x ) x2

h( x ) x

x , x 1

h( x) x3 2 h( x ) 3 x

45-50 Expresse a função na forma f ° g. 46. F (x) = cos2 x 45. F (x) = (2x + x2)4 47. F ( x)

3

x

48. G ( x)

1 x 3

49. v (t) = sec(t2) tg(t2)

3

x 1 x

50. H ( x) 1 x

51-54 Expresse a função na forma 51. R ( x)

x 1

52. H ( x) 8 2 x 54. H (t ) cos

tg t 1

55-56 Use a tabela para determinar o valor de cada expressão. 1

2

3

4

5

6

f (x)

3

1

5

6

2

4

1

g(x)

5

3

4

1

3

2

1

g ( x) x 1

g ( x)

g ( x) 2 x 1

x

x

33-34 Encontre (a) f + g, (b) f - g, (c) fg e (d) f /g e defina seus domínios.

1 , x 1

1 36. f ( x) , x

g ( x) 3 x

y

0

34. f ( x)

35. f ( x) x3 5,

53. S(t) = sen2(cos t)

x.

32. Use o gráfico dado de f para esboçar o gráfico y = 1/f (x). Quais aspectos de f são os mais importantes no esboço de y = 1/f (x)? Explique como eles são usados.

33. f ( x) 25 x2 ,

35-40 Encontre as funções (a) f ° g, (b) g ° f , (c) f ° f e (d) g ° g e seus domínios.

1 2 x

55. (a) f (g (3)) (c) ( f ° g)(5) 56. (a) g (g (g (2))) (c) ( f ° f ° g)(1)

(b) g (f (2)) (d) (g ° f )(5) (b) ( f ° f ° f)(1) (d) (g ° f ° g)(3)

57. Use os gráficos dados de f e g para determinar o valor de cada uma das expressões ou explique por que elas não estão definidas. (a) f (g (2)) (b) g (f (0)) (c) ( f ° g)(0) (d) (g ° f )(6) (e) ( g ° g)(-2) (f) (f ° f )(4)

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FUNÇÕES E MODELOS

y g

Essa função é usada no estudo de circuitos elétricos para representar o surgimento repentino de corrente elétrica, ou voltagem, quando uma chave é instantaneamente ligada.

f

(a) Esboce o gráfico da função de Heaviside.

2

0

x

2

58. Use os gráficos dados de f e g para estimar o valor de f (g (x)) para x = -5, -4, -3, , 5. Use essas estimativas para esboçar o gráfico de f ° g. y

g 1 0

1

x

f

59. A queda de uma pedra em um lago gera ondas circulares que se espalham a uma velocidade de 60 cm/s. (a) Expresse o raio r desse círculo como uma função do tempo t (em segundos). (b) Se A é a área do círculo como uma função do raio, encontre A ° r e interprete-a. 60. Um balão esférico é inflado e seu raio aumenta a uma taxa de 2 cm/s. (a) Expresse o raio r do balão como uma função do tempo t (em segundos). (b) Se V for o volume do balão como função do raio, encontre V ° r e interprete-a. 61. Um navio se move a uma velocidade de 30 km/h paralelo a uma costa retilínea. O navio está a 6 km da costa e passa por um farol ao meio-dia. (a) Expresse a distância s entre o farol e o navio como uma função de d, a distância que o navio percorreu desde o meio-dia; ou seja, encontre f tal que s = f (d). (b) Expresse d como uma função de t, o tempo decorrido desde o meio-dia; ou seja, encontre g tal que d = g (t). (c) Encontre f ° g. O que esta função representa? 62. Um avião voa a uma velocidade de 560 km/h, a uma altitude de 2 km e passa diretamente sobre uma estação de radar no instante t = 0. (a) Expresse a distância horizontal de voo d (em quilômetros) como uma função de t. (b) Expresse a distância s entre o avião e a estação de radar como uma função de d. (c) Use composição para expressar s como uma função de t. 63. A Função de Heaviside A função de Heaviside H é definida por 0 se t 0 H (t ) 1 se t 0

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37

(b) Esboce o gráfico da voltagem V (t) no circuito se uma chave for ligada no instante t = 0 e 120 volts forem aplicados instantaneamente no circuito. Escreva uma fórmula para V (t) em termos de H (t) . (c) Esboce o gráfico da voltagem V (t) em um circuito quando é ligada uma chave em t = 5 segundos e 240 volts são aplicados instantaneamente no circuito. Escreva uma fórmula para V (t) em termos de H (t). (Observe que começar em t = 5 corresponde a uma translação.) 64. A Função Rampa A Função de Heaviside, definida no Exercício 63, pode também ser usada para definir uma Função Rampa y = ctH (t), que representa o crescimento gradual na voltagem ou corrente no circuito. (a) Esboce o gráfico da função rampa y = tH (t). (b) Esboce o gráfico da voltagem V (t) no circuito se uma chave for ligada no instante t = 0 e a voltagem crescer gradualmente até 120 volts em um intervalo de 60 segundos. Escreva uma fórmula para V (t) em termos de H (t) para t ≤ 60. (c) Esboce o gráfico da voltagem V (t) em um circuito se em t = 7 segundos for ligada uma chave e a voltagem crescer gradualmente até 100 volts em um período de 25 segundos. Escreva uma fórmula para V (t) em termos de H (t) para t ≤ 32. 65. Sejam f e g funções lineares com equações f (x) = m1x + b1 e g (x) = m2x + b2. A função f ° g também é linear? Em caso afirmativo, qual é a inclinação de seu gráfico? 66. Se você investir x dólares a 4% de juros capitalizados anualmente, então o valor do investimento depois de um ano é A(x) = 1,04x. Encontre A ° A, A ° A ° A, e A ° A ° A ° A. O que estas composições representam? Encontre uma fórmula para a composição de n cópias de A. 67. (a) Se g (x) = 2x + 1 e h (x) = 4x2 + 4x + 7, encontre uma função de f tal que f ° g = h. (Pense em quais operações você teria que efetuar na fórmula de g para chegar à fórmula de h.) (b) Se f (x) = 3x + 5 e h (x) = 3x2 + 3x + 2, encontre uma função g tal que f ° g = h. 68. Se f (x) = x + 4 e h (x) = 4x - 1, encontre uma função g tal que g ° f = h. 69. Suponha que g seja uma função par e seja h = f ° g. A função h é sempre uma função par? 70. Suponha que g seja uma função ímpar e seja h = f ° g. A função h é sempre uma função ímpar? E se f for ímpar? E se f for par? 71. Seja f (x) uma função com domínio . (a) Mostre que E (x) = f (x) + f (-x) é uma função par. (b) Mostre que O (x) = f (x) - f (-x) é uma função ímpar. (c) Prove que toda função f (x) pode ser escrita como a soma de uma função par e uma função ímpar. (d) Expresse a função f (x) = 2x + (x - 3)2 como a soma de uma função par e uma função ímpar.

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38

CÁLCULO

1.4 Funções Exponenciais A função f (x) = 2x é chamada função exponencial, pois a variável, x, é o expoente. Ela não deve ser confundida com a função potência g (x) = x2, na qual a variável é a base.

■ Funções Exponenciais e seus Gráficos Em geral, uma função exponencial é uma função da forma f (x) = bx No Apêndice G apresentamos uma abordagem alternativa para as funções exponencial e logarítmica, usando o cálculo integral.

onde b é uma constante positiva. Vamos recordar o que isso significa. Se x = n, um inteiro positivo, então bn

b b b n fatores

Se x = 0, então b0 = 1, e se x = -n, onde n é um inteiro positivo, então 1 bn

b n

Se x for um número racional, x = p/q, onde p e q são inteiros e q > 0, então bx b p/q

bp

b q

p

Mas qual o significado de bx se x for um número irracional? Por exemplo, qual o significado de 2 3 ou 5p? Para ajudá-lo a responder a essa questão, olhemos primeiro o gráfico da função y = 2x, nos pontos onde x é racional. Uma representação desse gráfico encontra-se na Figura 1. Queremos aumentar o domínio de y = 2x para incluir tanto os números racionais quanto os irracionais. Existem buracos no gráfico na Figura 1, correspondendo aos valores irracionais de x. Queremos preencher os buracos com a definição de f (x) = 2x, onde x ∈ , de modo que f seja uma função crescente. Em particular, uma vez que o número irracional 3 satisfaz

y

1 0

q

1

1, 7 <

x

FIGURA 1

Representação de y = 2x, x racional

21, 7 < 2

devemos ter

3 < 1, 8 3

< 21,8

e sabemos o que 21,7 e 21,8 significam, pois 1,7 e 1,8 são números racionais. Analogamente, usando melhores aproximações para 3, obtemos melhores aproximações para 2 3 : 1, 73

3 1, 74

21, 73 2

3

21, 74

1, 732

3 1, 733

21, 732 2

3

21, 733

1, 7320

3 1, 7321

21, 7320 2

3

21, 7321

3 1, 73206 21, 73205 2

3

21, 73206

1, 73205 

Pode ser mostrado que há exatamente um número maior que todos os números Uma demonstração dessa afirmação é dada em J. Marsden e A. Weinstein, Calculus Unlimited (Benjamin/ Cummings, CA, 1981).

21,7, 21,73, 21,732,

21,7320, 21,73205, 

e menor que todos os números 21,8, 21,74, 21,733,

21,7321, 21,73206, 

Definimos 2 3 como esse número. Usando o processo de aproximação precedente podemos calculá-lo corretamente com seis casas decimais: 2

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3

≈ 3, 321997

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39

FUNÇÕES E MODELOS

Analogamente, podemos definir 2x (ou bx, se b > 0), onde x é um número irracional qualquer. A Figura 2 mostra como todos os buracos da Figura 1 foram preenchidos para completar o gráfico da função f (x) = 2x, x ∈ . Os gráficos dos membros da família de funções y = bx estão na Figura 3, para vários valores da base b. Observe que todos esses gráficos passam pelo mesmo ponto (0, 1) porque b0 = 1 para b ≠ 0. Observe que a função exponencial cresce mais rapidamente à medida que b fica maior (para x > 0). 1 x 4

1 x 2

( )

( )

y

1 0

y

x

10

4x

2

x

1,5x

x

1

FIGURA 2

y = 2x, x real Se 0 < b < 1, então bx aproxima-se de 0 como x à medida que cresce. Se b > 1, então bx tende a 0 conforme x decresce por valores negativos. Em ambos os casos, o eixo x é uma assíntota horizontal. Esses assuntos serão discutidos na Seção 2.6.

1x

0

1

x

FIGURA 3

Você pode ver na Figura 3 que basicamente existem três tipos de função exponencial y = bx. Se 0 < b < 1, a função exponencial decresce; se b = 1, ela é uma constante; e se b > 1, ela cresce. Esses três casos são ilustrados na Figura 4. Observe que se b ≠ 1, então a função exponencial y = bx tem domínio  e imagem (0, ∞). Além disso, uma vez que (1/b)x = 1/bx = b-x, o gráfico de y = (1/b)x é a reflexão do gráfico de y = bx em torno do eixo y. y

y

y

1

(0, 1) 0

(a) y = b x, 0 < b < 1

x

0

(b) y = 1 x

(0, 1) x

0

x

(c) y = b x, b > 1

FIGURA 4

Uma razão para a importância da função exponencial está nas propriedades a seguir. Se x e y forem números racionais, então essas propriedades são bem conhecidas da álgebra elementar. Pode-se demonstrar que elas permanecem verdadeiras para números reais arbitrários x e y. Propriedades dos Expoentes Se a e b forem números positivos e x e y, quaisquer números reais, então bx 3. (bx) y = bxy 1. b x + y = bxb y 2. b x y y 4. (ab)x = ax bx b

www.StewartCalculus.com Para rever e praticar o uso das Propriedades dos Expoentes, clique em Review of Algebra. (Conteúdo em inglês.)

EXEMPLO 1 Esboce o gráfico da função y = 3 - 2x e determine seu domínio e imagem. SOLUÇÃO Primeiro refletimos o gráfico de y = 2x [mostrado nas Figuras 2 e 5(a)] em torno do eixo x para obter o gráfico de y = -2x na Figura 5(b). A seguir deslocamos o

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Para uma revisão sobre as reflexões e translações de gráficos, veja a Seção 1.3.

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40

CÁLCULO

gráfico de y = -2 em 3 unidades para cima, para obter o gráfico de y = 3 - 2x na Figura 5(c). O domínio é  e a imagem é (-∞, 3). y

y

y

y=3 2

1 x

0

x

0

0

x

_1

FIGURA 5

(a) y = 2x

(b) y = –2x

(c) y = 3 – 2x

EXEMPLO 2 Use uma calculadora gráfica ou computador para comparar a função exponencial f (x) = 2x e a função potência g (x) = x2. Qual função crescerá mais rapidamente quando x for grande? O Exemplo 2 mostra que y = 2x aumenta mais rapidamente que y = x2. Para verificar quão rapidamente f (x) = 2x cresce, vamos fazer a seguinte experiência mental. Começaremos com um pedaço de papel com uma espessura de 25 micrômetros e vamos dobrá-lo pela metade 50 vezes. Cada vez que dobramos o papel pela metade, a sua espessura se duplica; assim, a espessura resultante seria 250/2500 centímetros. Que espessura você acha que isso representa? De fato, mais que 28 milhões de quilômetros!

SOLUÇÃO A Figura 6 mostra os gráficos das duas funções na janela retangular [-2, 6] por [0, 40]. Vemos que os gráficos se interceptam três vezes, mas, para x > 4, o gráfico de f (x) = 2x fica acima do gráfico de g (x) = x2. A Figura 7 dá uma visão mais abrangente e mostra que, para grandes valores de x, a função exponencial f (x) = 2x cresce muito mais rapidamente que a função potência g (x) = x2. 40

250 y = 2x

2

y = x2

y = 2x

y = x2 –2

0

6

FIGURA 6

0

FIGURA 7

8

■ Aplicações de Funções Exponenciais A função exponencial ocorre frequentemente em modelos matemáticos da natureza e da sociedade. Vamos indicar brevemente aqui como eles surgem na descrição do crescimento populacional ou da redução de cargas virais. Nos próximos capítulos vamos explorar estas e outras aplicações em mais detalhes. Vamos considerar primeiro uma população de bactérias em um meio nutriente homogêneo. Suponhamos que tomando amostras da população em certos intervalos de tempo fique determinado que a população dobra a cada hora. Se o número de bactérias no instante t for p(t), onde t é medido em horas, e a população inicial for p(0) = 1.000, então p(1) = 2p(0) = 2 × 1.000 p(2) = 2p(1) = 22 × 1.000 p(3) = 2p(2) = 23 × 1.000 Desse padrão parece que, em geral, p(t) = 2t × 1.000 = (1.000)2t

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41

FUNÇÕES E MODELOS

A função população é um múltiplo constante da função exponencial y = 2t; logo, ela exibe o rápido crescimento que observamos na Figura 7. Sob condições ideais (espaço e alimentos ilimitados e ausência de doenças), esse crescimento exponencial é típico do que ocorre realmente na natureza.

Tabela 1 População Mundial t (anos a partir de 1900)

P População (milhões)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

1.650 1.750 1.860 2.070 2.300 2.560 3.040 3.710 4.450 5.280 6.080 6.870

EXEMPLO 3 A Tabela 1 mostra os dados da população mundial do século XX, e a Figura 8 mostra o correspondente diagrama de dispersão. O padrão dos dados da Figura 8 sugere um crescimento exponencial; assim, se usarmos uma calculadora gráfica (ou computador) com capacidade para regressão exponencial por mínimos quadrados, obteremos o seguinte modelo exponencial: P(t) = (1,43653 × 109) ⋅ (1,01395)t onde t = 0 corresponde a 1900. A Figura 9 mostra o gráfico dessa função exponencial junto com os pontos originais. Podemos ver que a curva exponencial se ajusta razoavelmente aos dados. Os períodos de crescimento populacional lento podem ser explicados pelas duas guerras mundiais e pela depressão dos anos 1930. 3

3

î

î

W

$QRV GHVGH

W

$QRV GHVGH

FIGURA 8

FIGURA 9

Diagrama de dispersão para o crescimento populacional mundial

Modelo exponencial para o crescimento populacional

EXEMPLO 4 Em 1995, foi publicado um artigo de pesquisa que detalhou o efeito do inibidor de protease ABT-538 no vírus de imunodeficiência humana HIV-1.1 A Tabela 2 mostra valores da carga viral no plasma V(t) do paciente 303, medida em cópias de RNA por mL, t dias após o tratamento com ABT-538 ter começado. O diagrama de dispersão correspondente é mostrado na Figura 10. O declínio bastante dramático da carga viral que vemos na Figura 10 nos lembra dos gráficos da função exponencial y = bx nas Figuras 3 e 4(a) para o caso no qual b era menor do que 1. Assim, vamos modelar a função V(t) por uma função exponencial. Usando uma calculadora gráfica ou um computador para ajustar os dados na Tabela 2 com uma função exponencial da forma y = a ⋅ bt, obtemos o modelo

Tabela 2 t(dias)

V(t)

1 4 8 11 15 22

76,0 53,0 18,0 9,4 5,2 3,6

V = 96,39785 ⋅ (0,818656)t Na Figura 11, traçamos essa função exponencial com os pontos dados e observamos que o modelo representa razoavelmente bem a carga viral nos primeiros meses de tratamento.

1

D. HO et al. Rapid Turnover of Plasma Virions and CD4 Lymphocytes en HIV-1 Infection, Nature 373 (1995): 123-26.

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42

CÁLCULO

V Cópias de RNA / mL

Cópias de RNA / mL

V 60 40 20 0

10

20

30

t (dias)

60 40 20 0

10

20

30

t (dias)

FIGURA 10

FIGURA 11

Carga viral no plasma do paciente 303

Modelo exponencial para a carga viral

No Exemplo 3, usamos uma função exponencial na forma y = a ⋅ bt, b > 1, para modelar o crescimento de uma população e, no Exemplo 4, usamos y = a ⋅ bt, b < 1, para modelar o decrescimento de uma carga viral. Na Seção 3.8, exploraremos exemplos adicionais de quantidades que crescem ou diminuem exponencialmente, incluindo o valor de uma conta de investimento sobre o qual incidem juros compostos e a quantidade de material radiativo que persiste à medida que o material decai.

■ O Número e Dentre todas as bases possíveis para uma função exponencial, há uma que é mais conveniente para os propósitos do cálculo. A escolha de uma base b é influenciada pela maneira que o gráfico de y = bx cruza o eixo y. As Figuras 12 e 13 mostram as retas tangentes para os gráficos de y = 2x e y = 3x no ponto (0, 1). (As retas tangentes serão definidas precisamente na Seção 2.7. Para as finalidades presentes, você pode pensar na reta tangente para um gráfico exponencial em um ponto como a reta que toca o gráfico somente naquele ponto.) Se medirmos as inclinações dessas retas tangentes em (0, 1), descobrimos que m ≈ 0,7 para y = 2x e m ≈ 1,1 para y = 3x. Conforme será visto no Capítulo 3, as fórmulas do cálculo ficam muito simplificadas quando escolhemos como base b aquela para a qual resulta uma reta tangente a y = bx em (0,1) com uma inclinação de exatamente 1. (Veja a Figura 14.) De fato, existe um número assim e ele é denotado pelo caractere e. (Esta notação foi escolhida pelo matemático suíço Leonhard Euler em 1727, provavelmente porque é o primeiro caractere da palavra exponencial.) Na visualização das Figuras 12 e 13, não surpreende que o número e está entre 2 e 3 e o gráfico de y = ex esteja entre os gráficos y = 2x e y = 3x. (Veja a Figura 15.) No Capítulo 3 veremos que o valor de e correto até a quinta casa decimal é e ≈ 2,71828 Podemos chamar a função f (x) = ex de função exponencial natural. y

y

y = 2x

1

FIGURA 12

Cap 01_Calculo.indd 42

1

x

0

FIGURA 13

y = ex m=1

m ≈ 1,1

m ≈ 0,7

0

y

y = 3x

1

x

0

x

FIGURA 14

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43

FUNÇÕES E MODELOS

y y = 3x y = 2x y = ex 1

FIGURA 15

O gráfico de y = ex encontra-se entre os gráficos de y = 2x e y = 3x

x

0

EXEMPLO 5 Faça o gráfico de y = 12 e-x -1 e diga quais são o domínio e a imagem. SOLUÇÃO Começamos com o gráfico de y = ex das Figuras 14 e 16(a) e o refletimos em torno do eixo y para obter o gráfico de y = e-x ilustrado na Figura 16(b). (Observe que a reta tangente ao gráfico no ponto de intersecção com o eixo-y tem inclinação –1.) Então comprimimos verticalmente o gráfico por um fator de 2 para obter o gráfico de y = 12 e-x mostrado na Figura 16(c). Finalmente deslocamos o gráfico para baixo uma unidade, para obter o que foi pedido na Figura 16(d). O domínio é R e a imagem é (-1, ∞). y

y

y

y

1

1

1

1

x

0

0

x

x

0

x

0

y = –1 (a) y = e x

(b) y = e –x

(c) y =

1 –x e 2

(d) y =

1 –x 2e –

1

FIGURA 16

A que distância à direita da origem você estará quando o gráfico de y = ex ultrapassar 1 milhão? O próximo exemplo mostra a rapidez do crescimento dessa função, dando uma resposta a essa pergunta que poderá surpreendê-lo.

1,5 × 106 y = 106

EXEMPLO 6 Use uma calculadora gráfica ou um computador para encontrar os valores de x para os quais ex > 1.000.000.

y = ex

SOLUÇÃO Na Figura 17 fizemos os gráficos da função y = ex e da reta horizontal y = 1.000.000. Vemos que essas curvas se interceptam quando x ≈ 13,8. Então, ex > 106 quando x > 13,8. Talvez seja surpreendente que os valores da função exponencial já ultrapassem 1 milhão quando x é somente 14. 

1.4

Cap 01_Calculo.indd 43

x3 xn x n 1

FIGURA 17

Exercícios

1-2 Utilize as Propriedades dos Expoentes para reescrever e simplificar cada expressão. 1 -26 (-3)6 (b) (c) 4 5 1. (a) 3 4 96 x (d)

15

0

(e) b3(3b-1)-2

(f )

2 x2 y (3 x-2 y )2

2. (a)

3 3

4 108

(d) (2x-2)-3x-3

(b) 272/3

(e)

3a3 / 2 a1/ 2 a 1

(c) 2x2(3x5)2

(f)

a b ab

3

3. (a) Escreva uma equação que defina a função exponencial com base b > 0.

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44

CÁLCULO

(b) Qual o domínio dessa função? (c) Se b ≠ 1, qual a imagem dessa função? (d) Esboce a forma geral do gráfico da função exponencial nos seguintes casos. (i) b > 1 (ii) b = 1 (iii) 0 < b < 1 4. (a) Como é definido o número e? (b) Qual o valor aproximado de e? (c) Qual a função exponencial natural? 5-8 Faça em uma mesma tela os gráficos das funções dadas. Como esses gráficos estão relacionados? y=e,

y=5,

y = 20

6. y = e ,

y=e ,

y=8,

y = 8-x

7. y = 3x,

y = 10x,

y = ( 13 )x,

x

-x

x

8. y = 0,9x,

x

x

x

y = 0,6x,

y = ( 10 )x 1

y = 0,3x,

y = 0,1x

9-14 Faça um esboço do gráfico de cada função. Use os gráficos dados nas Figuras 3 e 15 e, se necessário, as transformações da Seção 1.3. 9. g (x) = 3x + 1

10. h( x) = 2( 12 )x - 3 x+2

13. y = 1 - e

14. y = ex

1 -x 2

15. Começando com o gráfico de y = ex, escreva as equações correspondentes aos gráficos que resultam ao (a) deslocar 2 unidades para baixo (b) deslocar 2 unidades para a direita (c) refletir em torno do eixo x (d) refletir em torno do eixo y (e) refletir em torno do eixo x e, depois, do eixo y 16. Começando com o gráfico de y = ex, encontre as equações dos gráficos que resultam ao (a) refletir em torno da reta y = 4. (b) refletir em torno da reta x = 2. 17-18 Encontre o domínio de cada função. 2 1 x 1 ex 17. (a) f ( x) (b) f ( x) cos x 1 x 2 e 1 e 18. (a) g(t ) 10t 100

(b) g (t) = sen(et - 1)

19-20 Encontre a função exponencial f (x) = Cbx cujo gráfico é dado. 19.

y

y

20. (3, 24)

24. Compare as funções f (x) = x5 e g (x) = 5x por meio de seus gráficos em várias janelas retangulares. Encontre todos os pontos de intersecção dos gráficos corretos até uma casa decimal. Para grandes valores de x, qual função cresce mais rapidamente? 25. Compare as funções f (x) = x10 e g (x) = ex traçando ambos os gráficos em várias janelas retangulares. Quando finalmente o gráfico de g ultrapassa o de f ? 26. Use um gráfico para estimar os valores de x tais que ex > 1.000.000.000. 27. Um pesquisador está tentando determinar o tempo que leva para dobrar uma população de bactérias Giardia lamblia. Ele começa uma cultura em uma solução nutriente e faz uma estimativa da contagem de bactérias a cada quatro horas. Seus dados são mostrados na tabela.

12. y = 4

11. y = -e

-x

23. Suponha que os gráficos de f (x) = x2 e g (x) = 2x sejam feitos sobre uma malha coordenada onde a unidade de comprimento seja 3 centímetros. Mostre que, a uma distância de 1 m à direita da origem, a altura do gráfico de f é 15 m, mas a altura do gráfico de g é maior que 419 km.

(–1, 3)

(1, 43 )

Tempo (horas)

0

4

8

12

16

20

24

Contagem de bactérias (CFU/mL)

37

47

63

78

105 130 173

(a) Faça um diagrama de dispersão dos dados. (b) Use uma calculadora ou computador para encontrar uma curva exponencial f (t) = a ⋅ bt que modele a população de bactérias t horas depois. (c) Trace o modelo da parte (b) junto com o diagrama de dispersão da parte (a). Use o recurso TRACE para determinar quanto tempo leva para a contagem de bactérias duplicar.

Sebastian Kaulitzki/Shutterstock.com

5. y = 2 , x

22. Suponha que você receba uma oferta para trabalhar por apenas um mês. Qual das seguintes formas de pagamento você prefere? I. Um milhão de dólares no fim do mês. II. Um centavo de dólar no primeiro dia do mês, dois centavos no segundo dia, quatro centavos no terceiro dia, e, em geral, 2n - 1 centavos de dólar no n-ésimo dia.

G. lamblia

(1, 6) x

0

21. Se f (x) = 5x, mostre que 5h 1 f ( x h) f ( x ) 5x h h

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0

x

28. A tabela fornece a população dos Estados Unidos, em milhões, no período 1900-2010. Use uma calculadora gráfica (ou computador) capaz de realizar uma regressão exponencial para modelar a população norte-americana desde 1900. Use o modelo para prever a população em 1925 e para estimar a população no ano de 2020.

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45

FUNÇÕES E MODELOS

Ano

População

1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

76 92 106 123 131 150 179 203 227 250 281 310

de V fornecido na Figura 11 para estimar o tempo adicional necessário para que a carga viral seja reduzida à metade daquele valor. 32. Depois de ser completamente absorvido pelo corpo, o álcool é metabolizado. Suponha que, depois de consumir vários drinques alcoólicos à noite, sua concentração de álcool no sangue (CAS) é de 0,14 g/dL à meia-noite e que, após 1,5 hora, sua CAS é reduzida à metade desse valor. (a) Determine um modelo exponencial que forneça sua CAS passadas t horas da meia-noite. (b) Trace o gráfico de sua CAS e use-o para determinar o instante em que ela atinge 0,08 g/dL. Fonte: Adaptado de P. Wilkinson et al. Pharmacokinetics of Ethanol after Oral Administration in the Fasting State. Journal of Pharmacokinetics and Biopharmaceutics 5 (1977): 207-24.

33. Se você traçar o gráfico da função 29. Uma cultura de bactérias começa com 500 indivíduos e dobra de tamanho a cada meia hora. (a) Quantas bactérias existem após 3 horas? (b) Quantas bactérias existem após t horas? (c) Quantas bactérias existem após 40 minutos? (d) Trace o gráfico da função população e estime o tempo para a população atingir 100.000 bactérias. 30. Uma população de esquilos-cinzentos foi introduzida em certa região há 18 anos. Segundo os biólogos, a população dobra a cada seis anos e a população atual é de 600 animais. (a) Qual era a população inicial de esquilos? (b) Qual é a população esperada de esquilos t anos após sua introdução na região? (c) Estime a população esperada de esquilos daqui a 10 anos. 31. No Exemplo 4, após um dia de tratamento, a carga viral do paciente era de 76,0 cópias de RNA por mililitro. Use o gráfico

f ( x)

1 e1/ x 1 e1/ x

verá que f parece ser uma função ímpar. Demonstre isso. 34. Trace o gráfico de diversos membros da família de funções f ( x)

1 1 aebx

onde a > 0. Como o gráfico muda conforme b varia? Como ele muda conforme a varia? 35. Trace o gráfico de vários membros da família de funções f ( x)

a x/a ( e e x / a ) 2

onde a > 0. Como o gráfico se altera à medida que a cresce?

1.5 Funções Inversas e Logaritmos ■ Funções Inversas A Tabela 1 fornece os dados de uma experiência na qual um biólogo deu início a uma cultura de bactérias com 100 bactérias em um meio limitado em nutrientes; o tamanho da população foi registrado em intervalos de uma hora. O número N de bactérias é uma função do tempo t: N = f (t). Suponha, todavia, que o biólogo mude seu ponto de vista e passe a se interessar pelo tempo necessário para a população alcançar vários níveis. Em outras palavras, ele está pensando em t como uma função de N. Essa função, chamada de função inversa de f, é denotada por f -1, e deve ser lida assim: “inversa de f ”. Logo, t = f -1(N) é o tempo necessário para o nível da população atingir N. Os valores de f -1 podem ser encontrados na Tabela 1 lendo-a ao contrário ou consultando a Tabela 2. Por exemplo, f -1(550) = 6, pois f (6) = 550. Nem todas as funções possuem inversas. Vamos comparar as funções f e g cujo diagrama de flechas está na Figura 1. Observe que f nunca assume duas vezes o mesmo valor (duas entradas quaisquer em A têm saídas diferentes), enquanto g assume o mesmo valor duas vezes (2 e 3 têm a mesma saída, 4). Em símbolos, g (2) = g (3) Mas f (x1) ≠ f (x2) sempre que x1 ≠ x2 Funções que compartilham essa última propriedade com f são chamadas funções injetoras.

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Na linguagem de entradas e saídas, a Definição 1 diz que f é injetora se cada saída corresponde a uma única entrada.

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46

CÁLCULO

Tabela 1 N como uma função de t 4

10

3

7

2

4

1

2 f

4

10

3

4

2 1

2

Tabela 2 t como uma função de N

t (horas)

N = f (t) = população no instante t

t (horas)

t = f -1(N) = população no instante t

0 1 2 3 4 5 6 7 8

100 168 259 358 445 509 550 573 586

100 168 259 358 445 509 550 573 586

0 1 2 3 4 5 6 7 8

g

FIGURA 1 f é injetora; g não é

1 Definição Uma função f é chamada função injetora se ela nunca assume o mesmo valor duas vezes; isto é, f (x1) ≠ f (x2)

y

y = f(x) f(x1)

0

x1

f(x2) x2

x

FIGURA 2

sempre que x1 ≠ x2

Se uma reta horizontal intercepta o gráfico de f em mais de um ponto, então vemos da Figura 2 que existem números x1 e x2 tais que f (x1) = f (x2). Isso significa que f não é uma função injetora. Portanto, temos o seguinte método geométrico para determinar se a função é injetora. Teste da Reta Horizontal Uma função é injetora se nenhuma reta horizontal intercepta seu gráfico em mais de um ponto.

Esta função não é injetora, pois f (x1) = f (x2)

EXEMPLO 1 A função f (x) = x3 é injetora? SOLUÇÃO 1 Se x1 ≠ x2, então x13 ≠ x23 (dois números diferentes não podem ter o mesmo cubo). Portanto, pela Definição 1, f (x) = x3 é injetora. SOLUÇÃO 2 Da Figura 3 vemos que nenhuma reta horizontal intercepta o gráfico de f (x) = x3 em mais de um ponto. Logo, pelo Teste da Reta Horizontal, f é injetora. y

y = x3

0

x

FIGURA 3

f (x) = x3 é injetora y

y = x2

EXEMPLO 2 A função g (x) = x2 é injetora? SOLUÇÃO 1 Esta função não é injetora, pois, por exemplo, g (1) = 1 = g (-1)

0

FIGURA 4

g (x) = x2 não é injetora

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x

e, portanto, 1 e -1 têm a mesma saída. SOLUÇÃO 2 Da Figura 4 vemos que existem retas horizontais que interceptam o gráfico de g mais de uma vez. Assim, pelo Teste da Reta Horizontal, g não é injetora. 

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47

FUNÇÕES E MODELOS

As funções injetoras são importantes, pois são precisamente as que possuem funções inversas, de acordo com a seguinte definição: 2 Definição Seja f uma função injetora com domínio A e imagem B. Então, a sua função inversa f  -1 tem domínio B e imagem A e é definida por f  -1(y) = x

f (x) = y

para todo y em B.

x

A

Esta definição diz que se f transforma x em y, então f  -1 transforma y de volta para x. (Se f não for injetora, então f  -1 não seria definida de forma única.) O diagrama de setas na Figura 5 indica que f  -1 reverte o efeito de f. Note que

f

f –1

B

y

FIGURA 5

domínio de f  = imagem de f -1

imagem de f  -1 = domínio de f Por exemplo, a função inversa de f (x) = x3 é f  -1(x) = x1/3 porque se y = x3, então f  -1(y) = f  -1(x3) = (x3)1/3 = x ATENÇÃO Não confunda -1 em f  -1 com um expoente. Assim, f  -1(x) não significa

1 f (x )

O recíproco 1/f  -1(x) pode ser escrito como [f (x)]-1.

EXEMPLO 3 Se f é uma função injetora e f (1) = 5, f (3) = 7 e f (8) = -10, encontre e

f  (7), f  (5) e f  (-10). -1

-1

SOLUÇÃO Da definição de f  -1 temos f  -1(7) = 3

porque

f (3) = 7

f  -1(5) = 1

porque

f (1) = 5

f  -1(-10) = 8

porque

f (8) = -10

O diagrama na Figura 6 torna claro que f  -1 reverte o efeito de f nesses casos.

f  -1(x) = y

1

5

3

7

8

–10

f  -1(f (x)) = x

para todo x em A

f (f  (x)) = x

para todo x em B

-1

A

B

1

5

3

7

8

–10

f (y) = x

Substituindo y na Definição 2 e x em (3), obtemos as seguintes equações de cancelamento: 4

B

f

A letra x é usada tradicionalmente como a variável independente; logo, quando nos concentramos em f  -1 em vez de f, geralmente reverteremos os papéis de x e y na Definição 2 e escreveremos 3

A

-1

f

–1

FIGURA 6 A função inversa reverte entradas e saídas

A primeira lei do cancelamento diz que se começarmos em x, aplicarmos f e, em seguida f  -1, obteremos de volta x, de onde começamos (veja o diagrama de máquina na Figura 7). Assim, f  -1 desfaz o que f faz. A segunda equação diz que f desfaz o que f  -1 faz.

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48

CÁLCULO

x

FIGURA 7

x

f –1

ƒ(x)

ƒ

Por exemplo, se f (x) = x3, então f  -1(x) = x1/3 e as equações de cancelamento ficam f  -1( f (x)) = ( x3)1/3 = x f (f  (x)) = ( x1/3) = (x3)1/3 = x -1

Essas equações simplesmente dizem que a função cubo e a função raiz cúbica cancelam-se uma à outra quando aplicadas sucessivamente. Vamos ver agora como calcular as funções inversas. Se tivermos uma função y = f (x) e formos capazes de isolar nessa equação x em termos de y, então, de acordo com a Definição 2, devemos ter x = f  -1(y). Se quisermos chamar a variável independente de x, trocamos x por y e chegamos à equação y = f  -1(x). 5 Como Achar a Função Inversa de uma Função Injetora f PASSO 1 Escreva y = f (x). PASSO 2 Isole x nessa equação, escrevendo-o em termos de y (se possível). PASSO 3 Para expressar f  -1 como uma função de x, troque x por y. A equação resul-

tante y = f  -1(x).

EXEMPLO 4 Encontre a função inversa f (x) = x3 + 2. SOLUÇÃO De acordo com (5) escrevemos primeiro y = x3 + 2 Então, isolamos x nessa equação: No Exemplo 4, perceba que f  reverte o efeito de f . A função f é dada pela regra “eleve ao cubo e então adicione 2” f  -1 é dada pela regra “subtraia 2 e então tome a raiz cúbica”. -1

x3 y 2 x

3

y

3

y 2

Finalmente, trocando x por y:

Portanto, a função inversa é f 1 ( x)

3

x 2

x 2.

O princípio de trocar x e y para encontrar a função inversa também nos dá um método de obter o gráfico f  -1 a partir de f. Uma vez que f (a) = b se e somente se f  -1(b) = a, o ponto (a, b) está no gráfico de f se e somente se o ponto (b, a) estiver no gráfico de f  -1. Mas obtemos o ponto (b, a) de (a, b) refletindo-o em torno da reta y = x. (Veja a Figura 8.) y

y

(b, a)

f –1 (a, b) 0

0

x

y=x

FIGURA 8

y=x

x

f

FIGURA 9

Portanto, conforme ilustrado na Figura 9:

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49

FUNÇÕES E MODELOS

O gráfico de f  -1 é obtido refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y = x.

EXEMPLO 5 Esboce os gráficos de f ( x) mesmo sistema de coordenadas.

1 x e de sua função inversa usando o

SOLUÇÃO Esboçamos primeiro a curva y 1 x (a metade superior da parábola y2 = -1 - x, ou x = - y2 -1), e então, refletindo em torno da reta y = x, obtemos o gráfico de f  -1. (Veja a Figura 10.) Como uma verificação de nosso gráfico, observe que a expressão para f  -1 é f  -1(x) = -x2 - 1, x ≥ 0. Assim, o gráfico de f  -1 é a metade à direita da parábola y = -x2 - 1, e isso parece razoável pela Figura 10. 

y

y = ƒ(x)

y=x 0 (–1, 0)

x

(0, –1)

y = f –1(x)

■ Funções Logarítmicas Se b > 0 e b ≠ 1, a função exponencial f (x) = bx é crescente ou decrescente, e, portanto, injetora pelo Teste da Reta Horizontal. Assim, existe uma função inversa f  -1, chamada função logarítmica com base b denotada por logb. Se usarmos a formulação de função inversa dada por (3) f  -1(x) = y

FIGURA 10

⇔ f (y) = x

teremos logb x = y

6

⇔ by = x

Dessa forma, se x > 0, então logb x é o expoente ao qual deve se elevar a base b para se obter x. Por exemplo, log10 0,001 = -3, pois 10-3 = 0,001. As equações de cancelamento (4), quando aplicadas a f (x) = bx e f  -1(x) = logb x, ficam assim:

7

logb(bx) = x

y=x

para todo x ∈ 

blogbx = x

para todo x > 0

y = b x, b > 1

A função logarítmica logb tem o domínio (0, ∞) e a imagem . Seu gráfico é a reflexão do gráfico de y = bx em torno da reta y = x. A Figura 11 mostra o caso onde b > 1. (As funções logarítmicas mais importantes têm base b > 1.) O fato de que y = bx é uma função que cresce muito rapidamente para x > 0 está refletido no fato de que y = logbx é uma função de crescimento muito lento para x > 1. A Figura 12 mostra os gráficos de y = logbx com vários valores da base b > 1. Pelo fato de logb 1 = 0, os gráficos de todas as funções logarítmicas passam pelo ponto (1, 0). y

y

x

0

y = log b x, b > 1

FIGURA 11

y = log2 x y = log3 x

1

0

1 y = log10 x

y=log5 x

x

FIGURA 12

Cap 01_Calculo.indd 49

14/10/2021 09:58:00


50

CÁLCULO

As seguintes propriedades das funções logarítmicas resultam das propriedades correspondentes das funções exponenciais dadas na Seção 1.4. Propriedades de Logaritmos Se x e y forem números positivos, então 1. logb(xy) = logb x + logb y x 2. logb = logb x - logb y y 3. logb(xr ) = r logb x (onde r é qualquer número real)

EXEMPLO 6 Use as propriedades dos logaritmos para calcular log2 80 - log2 5. SOLUÇÃO Usando a Propriedade 2, temos 80 log 2 80 log 2 5 log 2 log 2 16 4 5 pois 24 = 16.

■ Logaritmos Naturais Notação para Logaritmos A maioria dos livros didáticos de cálculo e ciências, assim como as calculadoras, utiliza a notação ln x para o logaritmo natural e log x para o “logaritmo comum” log x. Em literaturas matemáticas e científicas mais avançadas e em linguagem de computação, no entanto, a notação log x geralmente denota o logaritmo natural.

De todas as possíveis bases b para os logaritmos, veremos no Capítulo 3 que a escolha mais conveniente para uma base é e, definido na Seção 1.4. O logaritmo na base e é chamado logaritmo natural e tem uma notação especial: loge x = ln x Se fizermos b = e e substituirmos loge por “ln” em (6) e (7), então as propriedades que definem a função logaritmo natural ficam 8

9

ln x = y

⇔ ey = x

ln(ex) = x eln x = x

x∈ x>0

Em particular, se fizermos x = 1, obteremos ln e = l Combinando a Propriedade 9 com a Lei 3 podemos escrever xr = eln(x ) (xr = x r

x>0

Logo, uma função potência em x pode ser expressa em uma forma exponencial equivalente; isto nos será útil nos próximos capítulos.

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FUNÇÕES E MODELOS

51

xr = er ln x

10

EXEMPLO 7 Encontre x se ln x = 5. SOLUÇÃO 1 De (8) vemos que ln x = 5

significa

e5 = x

Portanto, x = e5. (Se você tiver problemas com a notação “ln”, substitua-a por loge. Então a equação torna-se loge x = 5; portanto, pela definição de logaritmo, e5 = x.) SOLUÇÃO 2 Comece com a equação ln x = 5 e então aplique a função exponencial a ambos os lados da equação: eln x = e5 Mas a segunda equação do cancelamento em (9) afirma que eln x = x. Portanto, x = e5. 

EXEMPLO 8 Resolva a equação e5 - 3x = 10. SOLUÇÃO Tomando-se o logaritmo natural de ambos os lados da equação e usando (9): ln (e5 3 x 0 ) ln 10 5 3 x ln 10 3 x 5 ln 10 x 13 (5 ln 10) Usando calculadora podemos aproximar a solução: até quatro casas decimais, x ≈ 0,8991.  As propriedades dos logaritmos permitem-nos expandir logaritmos de produtos e quocientes, escrevendo-os como somas e diferenças de logaritmos. As mesmas propriedades também nos permitem combinar somas e diferenças de logaritmos em uma única expressão logarítmica. Esses processos são ilustrados nos Exemplos 9 e 10.

EXEMPLO 9 Use as propriedades dos logaritmos para expandir ln

x2 x2 + 2 . 3x + 1

SOLUÇÃO Usando as propriedades 1, 2 e 3 dos logaritmos, temos ln

x2 x2 2 ln x 2 ln x 2 2 ln (3 x 1) 3x 1 2 ln x 12 ln( x 2 2) ln (3 x 1)

EXEMPLO 10 Expresse ln a +

1 2

ln b como um único logaritmo.

SOLUÇÃO Usando as Propriedades 3 e 1 dos logaritmos, temos ln a 12 ln b ln a ln b1/ 2 ln a ln b ln (a b )

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52

CÁLCULO

A fórmula a seguir mostra que os logaritmos com qualquer base podem ser expressos em termos de logaritmos naturais. 11 Fórmula de Mudança de Base Para todo número positivo b ≠ x, temos log b x =

ln x ln b

DEMONSTRAÇÃO Seja y = logb x. Então, de (6), temos b y = x. Tomando-se logaritmos naturais em ambos os lados da equação, obtemos y ln b = ln x. Logo, y=

ln x ln b

A Fórmula 11 nos capacita a usar a calculadora para calcular o logaritmo em qualquer base (conforme mostra o próximo exemplo). Analogamente, a Fórmula 11 nos permite fazer o gráfico de qualquer função logarítmica em calculadoras e computadores (veja os Exercícios 49 e 50).

EXEMPLO 11 Calcule log8 5 com precisão até a sexta casa decimal. SOLUÇÃO A Fórmula 11 nos dá

y

y = ex

1

log8 5

y=x

Os gráficos da função exponencial y = ex e de sua função inversa, a função logaritmo natural, são indicados na Figura 13. Assim como todas as outras funções logarítmicas com base maior que 1, o logaritmo natural é uma função crescente definida em (0, ∞) e com o eixo y como assíntota vertical. (Isto significa que os valores de ln x se tornam números negativos com valores absolutos muito grandes quando x tende a 0.)

x

1

■ Gráfico e Crescimento do Logaritmo Natural

y = ln x

0

ln 5 0, 773976 ln 8

FIGURA 13

O gráfico de y = ln x é a reflexão do gráfico de y = ex em torno da reta y = x

EXEMPLO 12 Esboce o gráfico da função y = ln (x - 2) - 1. SOLUÇÃO Iniciaremos com o gráfico de y = ln x dado na Figura 13. Usando as transformações da Seção 1.3, o deslocamos duas unidades para a direita, obtendo o gráfico de y = ln (x - 2) e então o deslocamos uma unidade para cima, para obter o gráfico de y = ln (x - 2) - 1. (Veja a Figura 14.)

y

y

y = ln x 0

(1, 0)

y

x=2

x=2 y = ln(x – 2) – 1

y = ln(x – 2) x

0

2

(3, 0)

x

0

x

2 (3, –1)

FIGURA 14

 Embora ln x seja uma função crescente, seu crescimento é muito lento quando x > 1. De fato, ln x cresce mais vagarosamente do que qualquer potência positiva de x. Para 1/ 2 ilustrar este fato, traçamos, nas Figuras 15 e 16, os gráficos de y = ln x e= y x= x.

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FUNÇÕES E MODELOS

53

Podemos ver que os gráficos inicialmente crescem a taxas comparáveis, mas eventualmente a função raiz ultrapassa em muito o logaritmo. y

y

y = √x 1

0

y = √x

20

y = ln x

y = ln x x

1

1.000 x

0

FIGURA 15

FIGURA 16

■ Funções Trigonométricas Inversas Quando tentamos encontrar as funções trigonométricas inversas, temos uma pequena dificuldade: em razão de as funções trigonométricas não serem injetoras, elas não têm funções inversas. A dificuldade é superada restringindo-se os domínios dessas funções de forma a torná-las injetoras. Você pode ver na Figura 17 que a função y = sen x não é injetora (use o Teste da Reta Horizontal). Entretanto, se restringimos o domínio ao intervalo [-p/2, p/2], a função se torna injetora e todos os valores do conjunto imagem de y = sen x são preservados (veja a Figura 18). A função inversa dessa função seno restrita f existe e é denotada por sen-1 ou arcsen. Ela é chamada inversa da função seno, ou função arco-seno. y

y

y = sen x – –π

0

π 2

π 2

x

π

FIGURA 17

π 2

0

x

FIGURA 18

y sen x, p2 x

p 2

Uma vez que a definição de uma função inversa diz f  -1(x) = y

⇔ f (y) = x

temos sen 1 x y sen y x e

p p y 2 2

Então, se -1 ≤ x ≤ 1, sen-1 x é o número entre -p/2 e p/2 cujo seno é x.

sen 1 x

1 sen x

EXEMPLO 13 Calcule (a) sen 1 12 e (b) tg arcsen 13 . SOLUÇÃO (a) Temos sen 1 12 pois sen (p / 6) =

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1 2

p 6

e p/6 se situa entre e -p/2 e p/2.

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54

CÁLCULO

3 q

(b) Seja q = arcsen 13 , logo sen q = 13 . Podemos desenhar um triângulo retângulo com o ângulo q, como na Figura 19, e deduzir do Teorema de Pitágoras que o terceiro lado tem comprimento 9 1 2 2 . Isso nos possibilita interpretar a partir do triângulo que

1

— 2√ 2

tg arcsen 13 tg u

FIGURA 19

2 2

As equações de cancelamento para as funções inversas tornam-se, nesse caso,

y π 2

p p x 2 2 1 sen (sen x) x para 1 x 1 sen 1 (sen x) x para

0

–1

1

x

1

A função inversa do seno, sen-1, tem domínio [-1, 1] e imagem [-p/2, p/2], e seu gráfico, mostrado na Figura 20, é obtido daquela restrição da função seno (Figura 18) por reflexão em torno da reta y = x. A função inversa do cosseno é tratada de modo similar. A função cosseno restrita f (x) = cos x, 0 ≤ x ≤ p, é injetora (veja a Figura 21); logo, ela tem uma função inversa denotada por cos-1 ou arccos.

π 2

FIGURA 20

y = sen-1 x = arcsen x y

cos-1 x = y

⇔ cos y = x

e

0≤y≤p

1 π 2

0

π

x

As equações de cancelamento são cos-1 (cos x) = x

para 0 ≤ x ≤ p

cos(cos x) = x

para -1 ≤ x ≤ 1

-1

FIGURA 21

x = cos x, 0 ≤ x ≤ p

A função inversa do cosseno, cos-1, tem domínio [-1, 1] e imagem [0, p]. O gráfico está mostrado na Figura 22. A função tangente se torna injetora quando restrita ao intervalo (-p/2, p/2). Assim, a função inversa da tangente é definida como a inversa da função f (x) = tg x, -p/2 < x < p/2. (Veja a Figura 23.) Ela é denotada por tg-1 ou arctg.

\ ʌ

ʌ

tg 1 x y tg y x e

±

p p y 2 2

[

EXEMPLO 14 Simplifique a expressão (tg-1 x).

FIGURA 22

y = cos-1 x = arccos x

SOLUÇÃO 1 Seja y = tg-1 x. Então tg y = x e -p/2 < y < p/2. Queremos determinar cos y mas, uma vez conhecida, é mais fácil determinar primeiro sec y:

y

sec2 y = 1 + tg2 y = 1 + x2 sec y 1 x 2 _ 2π

0

π 2

FIGURA 23

y tg x, p2 x

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p 2

x

Assim,

(uma vez que sec y > 0 para -p/2 < y < p/2)

cos ( tg 1 x) cos y

1 sec y

1 1 x2

SOLUÇÃO 2 Em vez de usar as identidades trigonométricas como na Solução 1, talvez seja mais fácil fazer um diagrama. Se y = tg-1 x, então y = x, e podemos concluir da Figura 24 (que ilustra o caso y > 0) que

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55

FUNÇÕES E MODELOS

1

cos ( tg 1 x) cos y

√1 + x 2

1 x2

x

y

A função inversa da tangente, tg-1 = arctg, tem domínio  e imagem (-p/2, p/2). O gráfico está mostrado na Figura 25.

1

FIGURA 24

y π 2

0

x

FIGURA 25

π 2

y = tg-1 x = arctg x

Sabemos que as retas x = ±p/2 são assíntotas verticais do gráfico da tangente. Uma vez que o gráfico da tg-1 é obtido refletindo-se o gráfico da função tangente restrita em torno da reta y = x, segue que as retas y = p/2 e y = -p/2 são assíntotas horizontais do gráfico de tg-1. As funções inversas trigonométricas restantes não são usadas com tanta frequência e estão resumidas aqui. y

y = cossec-1 x (x) ≥ 1) ⇔ cossec y = x e y ∈ (0, p/2] È (p, 3p/2]

12

y = sec-1 x (x) ≥ 1)

⇔ sec y = x e y ∈ (0, p/2) È (p, 3p/2)

y = cotg x (x ∈ )

⇔ cotg y = x e y ∈ (0, p)

-1

–1

A escolha dos intervalos para y nas definições de cossec-1 e sec-1 não são de aceitação universal. Por exemplo, alguns autores usam y ∈ [0, p/2) È (p/2, p] na definição de sec-1. [Você pode ver do gráfico da função secante na Figura 26 que esta escolha e a feita em (12) são ambas válidas.]

1.5

Exercícios

2. (a) Suponha que f seja uma função injetora com domínio A e imagem B. Como a inversa da função, f  -1, é definida? Qual o domínio de f  -1? Qual a imagem de f  -1? (b) Se for dada uma fórmula para f, como você encontrará uma fórmula para f  -1? (c) Se for dado o gráfico de f, como você encontrará o gráfico de f  -1?

x

1

2

3

4

5

6

f (x)

1,5

2,0

3,6

5,3

2,8

2,0

x

1

2

3

4

5

6

f (x)

1,0

1,9

2,8

3,5

3,1

2,9

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x

FIGURA 26

y = sec x

y

y

5.

6.

y

x

x x

x

7.

8.

y y

3-16 Uma função é dada por uma tabela de valores, um gráfico, uma fórmula ou por meio de descrição verbal. Determine se f é injetora.

4.

π

y

1. (a) O que é uma função injetora? (b) A partir do gráfico, como dizer se uma função é injetora?

3.

0

y y

x

x

x

9. f (x) = 2x - 3

x

10. f (x) = x4 - 16

11. r (t) = t 3 + 4

12. g( x) = 3 x

13. g (x) = 1 - sen x

14. f (x) = x4 - 1, 0 ≤ x ≤ 10

15. f (t) é a altura de uma bola de futebol t segundos após ter sido chutada.

14/10/2021 09:58:46


56

CÁLCULO

16. f (t) é a sua altura na idade t.

35. Seja f ( x) 1 x2 , 0 x 1. (a) Encontre f  -1. Como está relacionada a f ? (b) Identifique o gráfico de f e explique a sua resposta para a parte (a).

17. Suponha que f é uma função injetora. (a) Se f (6) = 17, o que é f  -1(17)? (b) Se f  -1(3) = 2, o que é f (2)?

36. Seja g( x) 3 1 x3 . (a) Encontre g -1. Como está relacionada a g? (b) Faça um gráfico de g. Como você explica a sua resposta para a parte (a)?

18. Se f (x) = x + x + x, encontre f  (3) e f (f  (2)). 5

-1

3

-1

19. Se g (x) = 3 + x + ex, encontre g -1(4). 20. É dado o gráfico de f. (a) Por que f é injetora? (b) Determine o domínio e a imagem de f  -1. (c) Qual o valor de f  -1(2)? (d) Obtenha uma estimativa para o valor de f  -1(0).

37. (a) (b) (c) (d)

Como está definida a função logarítmica y = logbx? Qual o domínio dessa função? Qual a imagem dessa função? Esboce a forma geral do gráfico da função y = logbx se b > 1.

38. (a) O que é o logaritmo natural? (b) O que é o logaritmo comum? (c) Esboce os gráficos, no mesmo sistema de coordenadas, das funções logaritmo natural e exponencial natural.

y

39-42 Encontre o valor exato de cada expressão.

1 0

39. (a) log3 81

x

1

40. (a) ln 21. A fórmula C 95 ( F 32), onde F ≥ -459,67, expressa a temperatura C em graus Celsius como uma função da temperatura F em graus Fahrenheit. Encontre uma fórmula para a função inversa e interprete-a. Qual o domínio da função inversa? 22. Na teoria da relatividade, a massa de uma partícula com velocidade v é m0 m f (v ) 1 v 2 /c 2 onde m0 é a massa da partícula no repouso e c é a velocidade da luz no vácuo. Encontre a função inversa de f e explique seu significado.

1 e2

(b) log3 811

(c) log9 3

(b) ln e

(c) ln (ln ee )

50

41. (a) log2 30 - log2 15 (b) log3 10 - log3 5 - log3 18 (c) 2 log5 100 - 4 log5 50 42. (a) e3 ln 2

(b) e-2 ln 5

3

(c) eln (ln e )

43-44 Use as leis dos logaritmos para expandir cada expressão. x4 (b) ln 2 x 4

43. (a) log10 (x2 y3 z) 44. (a) ln

3x x-3

(b) log2 [( x3 1) 3 ( x 3)2 ]

23-30 Encontre uma fórmula para a função inversa.

45-46 Expresse a quantidade dada como um único logaritmo.

23. f (x) = 1 - x2, x ≥ 0

24. g (x) = x2 - 2x, x ≥ 1

25. g( x) 2 x 1

6 3x 26. h( x) 5x 7

45. (a) log10 20 - 13 log10 1.000

27. y = e1 - x

28. y = 3 ln(x - 2)

29. y (2 3 x )5

30. y

47-48 Use a Fórmula 11 para calcular cada logaritmo com precisão até a sexta casa decimal.

1 e x 1 e x

31-32 Encontre uma fórmula explícita para f  -1 e use-a para fazer na mesma tela os gráficos de f  -1, f e da reta y = x. Para verificar seu trabalho, veja se seus gráficos de f e f  -1 são reflexões em torno da reta. 32. f (x) = 1 + e

31. f ( x) 4 x 3

-x

y

Cap 01_Calculo.indd 56

y

1

1

0

01

1

x

x

1

0

0

2

2

(b) log15 12

48. (a) log3 12

(b) log12 6

49-50 Use a Fórmula 11 para fazer o gráfico das funções dadas em uma mesma tela. Como esses gráficos estão relacionados? y = ln x, y = log10 x,

50. y = ln x, y = log8 x,

34.y y 1

47. (a) log5 10

49. y = log1,5 x,

33-34 Use o gráfico dado de f para esboçar o de f  -1. 33.

(b) ln a - 2 ln b + ln c

46. (a) 3 ln(x - 2) - ln(x2 - 5x + 6) + 2 ln (x - 3) (b) c loga x - d loga y + loga z

x

x

y=e , x

y = log50 x

y=8

x

51. Suponha que o gráfico de y = log2 seja feito sobre uma malha coordenada onde a unidade de comprimento seja 1 centímetro. Quantos quilômetros à direita da origem devemos percorrer antes de a altura da curva atingir 25 centímetros? 52. Compare as funções e trace os gráficos de f (x) = x0,1 e g (x) = ln x em várias janelas retangulares. Quando finalmente o gráfico de f ultrapassa o de g?

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FUNÇÕES E MODELOS

53-54 Faça o esboço à mão do gráfico de cada função. Use os gráficos dados nas Figuras 12 e 13 e, se necessário, as transformações da Seção 1.3. 53. (a) y = log10(x + 5)

(b) y = -ln x

54. (a) y = ln(-x)

(b) y = ln x

55-56 (a) Quais são o domínio e a imagem de f ? (b) Qual é a intersecção com o eixo x do gráfico de f ? (c) Esboce o gráfico de f. 55. f (x) = ln x + 2

56. f (x) = ln(x - 1) - 1

57-60 Resolva cada equação em x. Forneça tanto o valor exato como uma aproximação na forma decimal, com três casa decimais de precisão.

68. A National Ignition Facility, do Lawrence Livermore National Laboratory (situado na Califórnia, EUA), possui a maior instalação de laser do mundo. Os lasers, usados para dar início a uma reação de fusão nuclear, são alimentados por um banco de capacitores que armazena uma energia total de cerca de 400 megajoules. Quando os lasers são disparados, os capacitores são completamente descarregados e, logo em seguida, começam a ser recarregados. Passados t segundos da descarga, a carga Q dos capacitores é dada por Q(t) = Q0(1 - e-t/a) (A capacidade máxima de carga é Q0, e t é medido em segundos.) (a) Encontre a função inversa e explique seu significado. (b) Quanto tempo levará para recarregar o capacitor 90% da capacidade, se a = 50? 69-74 Encontre o valor exato de cada expressão.

57. (a) ln(4x + 2) = 3

(b) e2x - 3 = 12

69. (a) cos-1(-1)

(b) sen-1(0,5)

58. (a) log2(x2 - x - 1) = 2

(b) 1 + e4x + 1 = 20

70. (a) tg-1 3

(b) arctg(-1)

59. (a) ln x + ln(x - 1) = 0

(b) 51 - 2x = 9 60 (b) 4 1 e x

60. (a) ln(ln x) = 0

-1

71. (a) cossec

(b) arcsen 1

2

-1

(b) cos-1( 3/2)

72. (a) sen (-1/ 2 )

b) sec-1 2

73. (a) cotg–1(– 3 ) 74. (a) arcsen(sen(5p/4))

61-62 Resolva cada inequação em x. 61. (a) ln x < 0

(b) ex > 5

62. (a) 1 < e3x - 1 < 2

(b) 1 - 2 ln x < 3

57

(b) cos 2 sen 1 135

75. Demonstre que cos (sen 1 x) 1 x2 . 76-78 Simplifique a expressão.

63. (a) Encontre o domínio de f (x) = ln(e - 3). (b) Encontre f  -1 e seu domínio.

76. tg(sen-1 x)

64. (a) Quais são os valores de eln 300 e ln(e300)? (b) Utilize a sua calculadora para calcular eln 300 e ln(e300). O que você observa? Você pode explicar por que a calculadora encontra dificuldade?

79-80 Obtenha os gráficos das funções dadas em uma mesma tela. Como esses gráficos estão relacionados?

x

65. Faça o gráfico da função f ( x) x3 x2 x 1 e explique por que ela é injetora. Use então um sistema de computação algébrica (SCA) para encontrar uma expressão explícita para f  -1(x). (Seu SCA vai produzir três expressões possíveis. Explique por que duas delas são irrelevantes neste contexto.) 66. (a) Se g (x) = x6 + x4, x ≥ 0, use um sistema de computação algébrica para encontrar uma expressão para g -1(x). (b) Use a expressão da parte (a) para fazer na mesma tela um gráfico y = g (x), y = x e y = g -1(x). 67. Se a população de bactérias começa com 100 e dobra a cada três horas, então o número de bactérias após t horas é n = f (t) = 100 ⋅ 2t/3. (a) Encontre a função inversa e explique seu significado. (b) Quando a população atingirá 50.000 bactérias?

Cap 01_Calculo.indd 57

79. y = sen x,

77. sen(tg-1 x)

-p/2 ≤ x ≤ p/2,

y = sen-1 x,

80. y = tg x, -p/2 < x <≤ p/2, y = tg-1 x,

78. sen(2 arcos x)

y=x y=x

81. Determine o domínio e a imagem da função g (x) = sen-1(3x + 1) 82. (a) Faça o gráfico da função f (x) = sen(sen-1 x) e explique sua aparência. (b) Faça o gráfico da função g (x) = sen-1(sen x). Como você pode explicar a aparência desse gráfico? 83. (a) Se transladamos uma curva para a esquerda, o que acontece com sua reflexão em torno da reta y = x? Em vista deste princípio geométrico, encontre uma expressão para a inversa de g (x) = f (x + c), onde f é uma função injetora. (b) Encontre uma expressão para a inversa de h(x) = f (cx), onde c ≠ 0.

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58

CÁLCULO

1

REVISÃO

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS 1. (a) O que é uma função? O que são o domínio e a imagem de uma função? (b) O que é o gráfico de uma função? (c) Como podemos dizer se uma dada curva é o gráfico de uma função? 2. Discuta as quatro maneiras de representar uma função. Ilustre com exemplos. 3. (a) O que é uma função par? Como saber, a partir do gráfico, se uma função é par ou não? Dê três exemplos de uma função par. (b) O que é uma função ímpar? Como saber, a partir do gráfico, se uma função é ímpar ou não? Dê três exemplos de uma função ímpar. 4. O que é uma função crescente? 5. O que é um modelo matemático? 6. Dê um exemplo de cada tipo de função. (a) Função linear (b) Função potência (c) Função exponencial (d) Função quadrática (e) Função polinomial de grau 5 (f) Função racional 7. Esboce à mão no mesmo sistema de coordenadas os gráficos das seguintes funções. (a) f (x) = x (b) g (x) = x2 3 (c) h(x) = x (d) j (x) = x4 8. Esboce à mão o gráfico de cada função. (a) y = sen x (b) y = tg x (c) y = ex (d) y = ln x (e) y = 1/x (f) y = x (g) y = x (h) y = tg–1 x

As respostas para a seção Verificação de Conceitos podem ser encontradas na página deste livro no site da Cengage.

9. Suponha que f tem domínio A, e g tem domínio B. (a) Qual o domínio de f + g? (b) Qual o domínio de f g? (c) Qual o domínio de f /g? 10. Como é definida a função composta f ° g? Qual seu domínio? 11. Suponha que seja dado o gráfico de f. Escreva a equação para cada um dos seguintes gráficos obtidos a partir do gráfico de f : (a) Deslocado 2 unidades para cima. (b) Deslocado 2 unidades para baixo. (c) Deslocado 2 unidades para a direita. (d) Deslocado 2 unidades para a esquerda. (e) Refletido em torno do eixo x. (f) Refletido em torno do eixo y. (g) Expandido verticalmente por um fator de 2. (h) Contraído verticalmente por um fator de 2. (i) Expandido horizontalmente por um fator de 2. (j) Contraído horizontalmente por um fator de 2. 12. (a) O que é uma função injetora? Como decidir, a partir de seu gráfico, se uma função é injetora? (b) Se f é uma função injetora, como é definida a função inversa f  -1? Como obter o gráfico f  -1 do gráfico de f ? 13. (a) Como a inversa da função seno f (x) = sen-1 x é definida? Qual é o seu domínio e qual é a sua imagem? (b) Como a inversa da função cosseno f (x) = cos-1 x é definida? Qual é o seu domínio e qual é a sua imagem? (c) Como a inversa da função tangente f (x) = tg-1 x é definida? Qual é o seu domínio e qual é a sua imagem?

TESTES VERDADEIRO-FALSO Determine se a afirmação é falsa ou verdadeira. Se for verdadeira, explique por quê. Caso contrário, explique por que ou dê um exemplo que mostre que é falsa. 1. Se f é uma função, então f (s + t) = f (s) + f (t).

7. Se f for injetora, então f 1 ( x)

1 . f ( x)

8. É sempre possível dividir por ex. 9. Se 0 < a < b, então ln a < ln b.

2. Se f (s) = f (t), então s = t.

10. Se x > 0, então (ln x)6 = 6 ln x.

3. Se f é uma função, então f (3x) = 3f (x).

11. Se x > 0 e a > 1, então

4. Se a função f tem inversa e f (2) = 3, então f  -1(3) = 2.

12. tg-1(-1) = 3p/4

5. Uma reta vertical intercepta o gráfico de uma função no máximo uma vez.

13. tg 1 x

6. Se f e g são funções, então f ° g = g ° f .

14. Se x for qualquer número real, então x2 = x.

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ln x x = ln . a ln a

sen 1 x cos 1 x

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FUNÇÕES E MODELOS

EXERCÍCIOS y

1. Seja f a função cujo gráfico é dado. y

f 1 1

0

x

1

x

1

11-18 Use transformações para esboçar o gráfico da função.

(a) (b) (c) (d) (e) (f ) (g)

Estime o valor de f (2). Estime os valores de x tais que f (3x) = 3. Diga qual é o domínio de f. Diga qual é a imagem de f. Em qual intervalo a função f é crescente? f é injetora? Explique. f é par, ímpar ou nenhum dos dois? Explique.

2. É dado o gráfico de g. y

g

x

13. y x 2

14. y = ln(x + 5)

15. g (x) = 1 + cos 2x

16. h(x) = -ex + 2 se x 0 x 18. f ( x) x se x 0 1 e

17. s(x) = 1 + 0,5x

19. Determine se f é par, ímpar ou nenhum dos dois. (a) f (x) = 2x5 - 3x2 + 2 (b) f (x) = x3 - x7 2 (c) f (x) = e-x (d) f (x) = 1 + sen x (e) f (x) = 1 - cos 2x (f) f (x) = (x + 1)2

21. Se f (x) = ln x e g (x) = x2 - 9, encontre as funções (a) f ° g, (b) g ° f , (c) f ° f e (d) g ° g e seus domínios. 22. Expresse a função F ( x) 1/ x x como uma composição de três funções.

(a) Diga o valor de g (2). (b) Por que g é injetora? (c) Estime o valor de g -1(2). (d) Estime o domínio de g -1. (e) Esboce o gráfico de g -1. 3. Se f (x) = x2 - 2x + 3, calcule o quociente das diferenças f ( a h) f ( a ) h 4. Esboce o gráfico do rendimento de uma colheita como uma função da quantidade usada de fertilizante. 5-8 Encontre o domínio e a imagem das funções. Escreva sua resposta usando a notação de intervalos. 5. f (x) = 2/(3x - 1)

6. g( x) 16 x2

7. h(x) = ln(x + 6)

8. F (t) = 3 + cos 2t

9. Suponha que seja dado o gráfico de f. Descreva como os gráficos das seguintes funções podem ser obtidos a partir do gráfico de f. (a) y = f (x) + 5 (b) y = f (x + 5) (c) y = 1 + 2f (x) (d) y = f (x - 2) - 2 (e) y = - f (x) (f ) y = f  -1(x) 10. É dado o gráfico de f. Esboce os gráficos das seguintes funções: (a) y = f (x - 8) (b) y = - f (x) (c) y = 2 - f (x) (d) y = 12 f (x) - 1 -1 (e) y = f  (x) (f ) y = f  -1(x + 3)

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12. f (x) = (x - 3)2

20. Encontre uma expressão para a função cujo gráfico consiste no segmento de reta ligando o ponto (-2, 2) ao ponto (-1, 0) junto com a parte de cima do círculo com centro na origem e raio 1.

1 0 1

11. f (x) = x3 + 2

23. A expectativa de vida progrediu dramaticamente nas últimas décadas. A tabela fornece a expectativa de vida ao nascer (em anos) de pessoas do sexo masculino nascidas nos Estados Unidos. Use um gráfico de dispersão para selecionar um tipo de modelo apropriado para esses dados. Use o seu modelo para prever quanto tempo de vida terá um homem nascido no ano de 2030. Ano de nascimento

Expectativa de vida

Ano de nascimento

Expectativa de vida

1900 1910 1920 1930 1940 1950

48,3 51,1 55,2 57,4 62,5 65,6

1960 1970 1980 1990 2000 2010

66,6 67,1 70,0 71,8 73,0 76,2

24. Um pequeno fabricante descobre que custa $ 9.000 para produzir 1.000 torradeiras elétricas em uma semana e $ 12.000 para produzir 1.500 torradeiras em uma semana. (a) Expresse o custo como uma função do número de torradeiras produzidas, supondo que ele é linear. A seguir, esboce o gráfico. (b) Qual a inclinação do gráfico e o que ela representa? (c) Qual a intersecção do gráfico com o eixo y e o que ela representa? 25. Se f (x) = 2x + 4x, encontre f  -1(6). 26. Encontre a função inversa de f ( x)

2x 3 . 1 5x

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CÁLCULO

27. Use as propriedades dos logaritmos para expandir cada expressão. (a) ln x x + 1

(b) log2

x2 1 x 1

28. Expresse cada expressão como um único logaritmo. (a) 12 ln x - 2 ln(x2 + 1) (b) ln(x - 3) + ln(x + 3) - 2 ln(x2 - 9) 29-30 Encontre o valor exato de cada expressão. 29. (a) e2 ln 5 1 30. (a) ln 3 e

(b) log6 4 + log6 54

(c) tg(arcsen 54 )

(b) sen(tg-1 1)

(c) 10-3 log 4

31-36 Encontre x que resolve a equação. Forneça tanto o valor exato como uma aproximação na forma decimal, com três casas decimais de precisão. 31. e 2x = 3

32. ln x2 = 5

33. e e = 10

34. cos-1 x = 2

x

p 35. tg 1 (3 x2 ) 4

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36. ln x - 1 = ln(5 + x) - 4

37. Logo antes de receber tratamento, um paciente com HIV tinha carga viral de 52,0 cópias de RNA/mL. Oito dias depois, a carga viral correspondia à metade do valor inicial. (a) Encontre a carga viral após 24 dias de tratamento. (b) Encontre a carga viral remanescente após t dias. (c) Determine uma fórmula para a inversa da função V e explique o seu significado. (d) Após quantos dias a carga viral será reduzida a 2,0 cópias de RNA/mL? 38. A população de certa espécie em um ambiente limitado, com população inicial igual a 100 e capacidade para comportar 1.000 indivíduos, é P (t )

100.000 100 900 e 1

onde t é medido em anos. (a) Faça o gráfico dessa função e estime quanto tempo levará para a população atingir 900 indivíduos. (b) Encontre a inversa dessa função e explique seu significado. (c) Use a função inversa para encontrar o tempo necessário para a população atingir 900 indivíduos. Compare com os resultados da parte (a).

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Princípios da Resolução de Problemas Não existem regras rígidas que garantam sucesso na resolução de problemas. Porém, é possível esboçar alguns passos gerais no processo de resolver problemas e fornecer alguns princípios que poderão ser úteis ao resolver certos problemas. Esses passos e princípios são tão somente o senso comum tornado explícito. Eles foram adaptados do livro de George Polya How To Solve It. O primeiro passo é ler o problema e assegurar-se de que o entendeu claramente. Faça a si mesmo as seguintes perguntas:

1 ENTENDENDO O PROBLEMA

Qual é a incógnita? Quais são as quantidades dadas? Quais são as condições dadas? Para muitos problemas é proveitoso fazer um diagrama, e identificar nele as quantidades dadas e pedidas. Geralmente é necessário introduzir uma notação apropriada Ao escolher os símbolos para as incógnitas, frequentemente utilizamos letras tais como a, b, c, m, n, x e y, mas, em alguns casos, é proveitoso usar as iniciais como símbolos sugestivos; por exemplo, V para o volume ou t para o tempo. Encontre uma conexão entre a informação dada e a pedida que o ajude a encontrar a incógnita. Frequentemente pergunte-se: “Como posso relacionar o que foi dado ao que foi pedido?”. Se não for possível visualizar imediatamente a conexão, as seguintes ideias podem ser úteis para delinear um plano.

2 PLANEJANDO

Tente Reconhecer Algo Familiar Relacione a situação dada com seu conhecimento anterior. Olhe para a incógnita e tente se lembrar de um problema familiar que a envolva. Tente Reconhecer os Padrões Alguns problemas são resolvidos reconhecendo-se o tipo de padrão no qual ocorrem. O padrão pode ser geométrico, numérico ou algébrico. Você pode ver a regularidade ou a repetição em um problema ou ser capaz de conjecturar sobre o padrão de seu desenvolvimento para depois demonstrá-lo. Use Analogias Tente pensar sobre problemas análogos, isto é, um problema similar, um problema relacionado, mas que seja mais simples que o problema original. Se você puder resolver o problema similar mais simples, isso poderá lhe dar pistas sobre a solução do problema mais difícil. Por exemplo, se um problema envolver números muito grandes, você poderá primeiro tentar um problema similar com números menores. Caso o problema envolva a geometria tridimensional, poderá tentar primeiro um problema similar bidimensional. Se seu problema for genérico, tente primeiro um caso especial. Introduza Algo Mais Às vezes pode ser necessário introduzir algo novo, um auxílio extra, para que você faça a conexão entre o que foi dado e o que foi pedido. Por exemplo, em um problema no qual o diagrama é fundamental, a ajuda extra pode ser o traçado de uma nova reta nele. Em problemas mais algébricos, pode ser a introdução de uma nova incógnita, relacionada com a original. Divida em Casos Às vezes podemos ter que dividir um problema em diversos casos e dar um argumento diferente para cada um deles. Por exemplo, frequentemente temos que utilizar esta estratégia ao lidar com o valor absoluto. Trabalhe Retroativamente Às vezes é proveitoso imaginar o problema já resolvido e trabalhar passo a passo retroativamente até chegar ao que foi dado. Então você poderá

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reverter seus passos e, portanto, construir uma solução para o problema original. Esse procedimento é usado frequentemente na solução de equações. Por exemplo, ao resolver a equação 3x - 5 = 7, supomos que x seja um número que satisfaça 3x - 5 = 7 e trabalhamos retroativamente. Adicionamos 5 a ambos os lados da equação e então dividimos cada lado por 3 para obter x = 4. Como cada um desses passos pode ser revertido, resolvemos o problema. Estabeleça Submetas Em um problema complexo é frequentemente útil estabelecer submetas (nas quais a situação desejada é apenas parcialmente satisfeita). Você pode atingir primeiro essas submetas e, depois, a partir delas, chegar à meta final. Raciocine Indiretamente Algumas vezes é apropriado lidar com o problema indiretamente. Para demonstrar, por contradição, que P implica Q, supomos que P seja verdadeira e Q seja falsa e tentamos ver por que isso não pode acontecer. De certa forma temos de usar essa informação e chegar a uma contradição do que sabemos com certeza ser verdadeiro. Indução Matemática Para demonstrar afirmações que envolvem um número inteiro positivo n, é frequentemente útil usar o seguinte princípio.

Princípio da Indução Matemática Seja Sn uma afirmação sobre o número positivo inteiro n, suponha que 1. S1 seja verdadeira. 2. Sk + 1 seja verdadeira sempre que Sk for verdadeira.

Então Sn é verdadeira para todo inteiro positivo n.

Isso é razoável, pois uma vez que S1 é verdadeira, segue, da condição 2 (com k = 1), que S2 também é verdadeira. Então, utilizando a condição 2 com k = 2, vemos que S3 é verdadeira. E novamente usando a condição 2 e, dessa vez, com k = 3, temos S4 como verdadeira. Esse procedimento pode ser seguido indefinidamente. 3 CUMPRINDO O PLANO

Na etapa 2 um plano foi delineado. Para cumpri-lo, devemos verificar cada etapa do plano e escrever os detalhes que demonstram que cada etapa está correta.

4 REVENDO

Tendo completado nossa solução, é prudente revisá-la, em parte para ver se foram cometidos erros, e em parte para ver se podemos descobrir uma forma mais fácil de resolver o problema. Outra razão para a revisão é nos familiarizarmos com o método de resolução que pode ser útil na solução de futuros problemas. Descartes disse: “Todo problema que resolvi acabou se tornando uma regra que serviu posteriormente para resolver outros problemas”. Esses princípios da resolução de problemas serão ilustrados nos exemplos a seguir. Antes de ver as soluções, tente resolvê-los usando os princípios aqui estudados. Pode ser útil consultar de tempos em tempos esta seção, quando você estiver resolvendo os exercícios nos demais capítulos do livro.

EXEMPLO 1 Expresse a hipotenusa h de um triângulo retângulo com uma área de 25 m2 como uma função do seu perímetro P. SP Entendendo o problema.

SOLUÇÃO Classifique primeiro as informações, identificando a quantidade desconhecida e os dados: Incógnita: Quantidades dadas:

hipotenusa h perímetro P, área de 25 m2

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SP Desenhe um diagrama.

É útil fazer um diagrama; assim, fizemos isto na Figura 1. h b

FIGURA 1

a

Para conectar as quantidades dadas à incógnita, introduzimos duas variáveis extras a e b, que são os comprimentos dos outros dois lados do triângulo. Isso nos permite expressar a condição dada, de o triângulo ser retângulo, pelo Teorema de Pitágoras:

SP Conecte os dados à incógnita. SP Introduza algo extra.

h2 = a2 + b2 As outras conexões entre as variáveis surgem escrevendo-se as expressões para a área e o perímetro: 25 = 12 ab

P=a+b+h

Uma vez que P é dado, observe que agora temos três equações em três incógnitas a, b e h: 1

h2 = a2 + b2

2

25 = 12 ab

3

P=a+b+h

Embora tenhamos um número correto de equações, elas não são fáceis de resolver diretamente. Porém, se usarmos as estratégias de resolução de problemas para tentar reconhecer algo familiar, poderemos resolver essas equações de forma mais fácil. Olhando os segundos membros das Equações 1, 2 e 3, eles não são familiares? Observe que eles contêm os ingredientes de uma fórmula familiar:

SP Relacione com algo familiar.

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 Usando essa ideia, vamos expressar (a + b)2 de duas maneiras. Das Equações 1 e 2 temos (a + b)2 = (a2 + b2) + 2ab = h2 + 4(25) = h2 + 100 Da Equação 3 temos (a + b)2 = (P - h)2 = P 2 - 2Ph + h2 Assim,

h2 + 100 = P 2 - 2Ph + h2 2Ph = P 2 - 100 h

P 2 100 2P

Essa é a expressão pedida de h como uma função de P.

Como o exemplo a seguir ilustra, é frequentemente necessário usar o princípio de dividir em casos quando lidamos com valores absolutos.

EXEMPLO 2 Resolva a inequação x - 3 + x + 2 < 11. SOLUÇÃO Lembre-se da definição de valor absoluto: se x 0 x x x se x 0 63

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Segue que se x 3 0 x 3 x 3 ( x 3) se x 3 0 x 3 x 3

se x 3 se x 3

De forma análoga se x 2 0 x 2 x 2 ( x 2) se x 2 0 x 2 x 2 SP Divida em casos.

se x 2 se x 2

Essas expressões mostram que devemos considerar três casos: x < -2

-2 ≤ x < 3

x≥3

CASO I Se x < -2, temos

x - 3 + x + 2 < 11 -x + 3 - x - 2 < 11 -2 x < 10 x > -5 CASO II Se -2 ≤ x < 3, a desigualdade dada torna-se

-x + 3 + x + 2 < 11 5 < 11

(sempre é verdadeiro)

CASO III Se x ≥ 3, a desigualdade torna-se

x - 3 + x + 2 < 11 2 x < 12 x<6 Combinando os casos I, II e III, vemos que a inequação está satisfeita quando -5 < x < 6. Logo, a solução é o intervalo (-5, 6).  No exemplo a seguir, tentaremos conjecturar a resposta examinando casos especiais e reconhecendo um padrão. Provamos nossa conjectura pela indução matemática. Ao usarmos o Princípio da Indução Matemática, seguimos três etapas: Passo 1 Prove que Sn é verdadeira quando n = 1. Passo 2 Suponha que Sn seja verdadeira quando n = k e deduza que Sn seja verdadeira quando n = k + 1. Passo 3 Conclua que Sn é verdadeira para todos os n pelo Princípio de Indução Matemática.

EXEMPLO 3 Se f 0(x) = x/(x + 1) e f n + 1 = f 0 ° f n e para n = 0, 1, 2, , encontre uma fórmula para f n(x). SP Analogia: Tente um problema semelhante

mais simples.

SOLUÇÃO Começamos por encontrar fórmulas para f n(x), para os casos especiais n = 1, 2 e 3.

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x f1 ( x) ( f 0  f 0 ) ( x) f 0 ( f 0 ( x)) f 0 x 1 x x x x 1 x 1 x 2x 1 2x 1 1 x 1 x 1 x f 2 ( x) ( f 0  f1 ) ( x) f 0 ( f1 ( x)) f 0 2x 1 x x x x 2 1 2 1 x x 3x 1 3x 1 1 2x 1 2x 1 x f 3 ( x) ( f 0  f 2 ) ( x) f 0 ( f 2 ( x)) f 0 3x 1 x x x 3x 1 3x 1 x 4x 1 4x 1 1 3x 1 3x 1

SP Busca por padrão.

Percebemos um padrão: o coeficiente de x no denominador de f n(x) é n + 1 nos três casos calculados. Assim sendo, fazemos a seguinte conjectura, no caso geral, 4

f n ( x)

x (n 1) x 1

Para demonstrá-la, usamos o Princípio da Indução Matemática. Já verificamos que (4) é verdadeira para n = 1. Suponha que ela é verdadeira para n + k, isto é, f k ( x)

Então

x (k 1) x 1

x f k 1 ( x) ( f 0  f k ) ( x) f 0 ( f k ( x)) f 0 (k 1) x 1 x x x (k 1) x 1 (k 1) x 1 x (k 2) x 1 (k 2) x 1 1 (k 1) x 1 (k 1) x 1

Essa expressão mostra que (4) é verdadeira para n = k + 1. Portanto, por indução matemática, é verdadeira para todo n inteiro positivo.  1. Um dos lados de um triângulo retângulo tem 4 cm de comprimento. Expresse o comprimento da altura perpendicular à hipotenusa como uma função do comprimento da hipotenusa.

Problemas

2. A altura perpendicular à hipotenusa de um triângulo retângulo é de 12 cm. Expresse o comprimento da hipotenusa como uma função do perímetro. 3. Resolva a equação 4x -x + 1 = 3. 4. Resolva a inequação x - 1-x - 3≥ 5. 5. Esboce o gráfico da função f (x) = x2 - 4x+ 3. 6. Esboce o gráfico da função g (x) = x2 - 1-x2 - 4. 7. Faça o gráfico da equação x +x= y +y.

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8. Esboce a região do plano que consiste de todos os pontos (x, y) tais que x - y+x-y≤ 2 9. A notação max{a, b, } significa o maior dos números a, b,  Esboce o gráfico de cada função. (a) f (x) = max{x, 1/x} (b) f (x) = max{sen x, cos x} (c) f (x) = max{x2, 2 + x, 2 - x} 10. Esboce a região do plano definida para cada uma das seguintes equações ou inequações. (a) max{x, 2y} = 1 (b) -1 ≤ max{x, 2y} ≤ 1 (c) max{x, y2} = 1 11. Mostre que, se x > 0 e x ≠ 1, então 1 1 1 1 log2 x log3 x log5 x log30 x 12. Determine o número de soluções da equação sen x =

x . 100

13. Determine o valor exato de sen

2p 3p 200p p + sen + sen +  + sen 100 100 100 100

14. (a) Mostre que a função f ( x) ln ( x x2 1) é uma função ímpar. (b) Determine a função inversa de f. 15. Resolva a inequação ln (x2 - 2x - 2) ≤ 0. 16. Use um raciocínio indireto para demonstrar que log2 5 é um número irracional. 17. Uma pessoa inicia uma viagem. Na primeira metade do percurso ela dirige sossegadamente a 50 km/h; na segunda, ela vai a 100 km/h. Qual sua velocidade média na viagem? 18. É verdadeiro que f ° (g + h) = f ° g + f ° h? 19. Demonstre que, se n for um inteiro positivo, então 7n - 1 é divisível por 6. 20. Demonstre que 1 + 3 + 5 +  + (2n - 1) = n2. 21. Se f0(x) = x2 e fn + 1(x) = f0( fn(x)) para n = 0, 1, 2, , encontre uma fórmula para fn(x) 1 22. (a) Se f0 ( x) e fn + 1 = f0 ° fn para n = 0, 1, 2, , encontre uma expressão para fn(x) e 2 x utilize a indução matemática para demonstrá-la. (b) Faça na mesma tela os gráficos de f0, f1, f2, f3 e descreva os efeitos da composição repetida.

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