De Volta ao Planeta dos Macacos (1970) | Leitura Fílmica
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De Volta ao Planeta dos Macacos (filme)
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De Volta ao Planeta dos Macacos

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

De Volta ao Planeta dos Macacos (Beneath the Planet of the Apes) é a primeira sequência da obra-prima O Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, 1968). Mas, sem os roteiristas do filme anterior, o resultado ficou bem abaixo. Embora o diretor Ted Post, de A Marca da Forca (Hang’Em High, 1968) e Magnum 44 (Magnum Force, 1973), traga mais cenas de ação para esta continuação, a sua trama não satisfaz.

A história viaja demais e se afasta do conceito sólido de antes. Fenômenos estranhos como labaredas que saem do solo, crateras, uma parede invisível que faz Taylor (Charlton Heston) sumir, revelam que a Terra do futuro não é a mesma de hoje. E a explicação não ajuda muito, pois mostra que humanos mutantes estão manipulando a mente e até se comunicando através de telepatia. O protagonista desta vez é Brent (James Franciscus), um astronauta que partiu da Terra para tentar resgatar Taylor e sua equipe, caso tenham sobrevivido à missão anterior. Assim, Brent repete o percurso de seu antecessor, e até encontra a nativa Nova (Linda Harrison).

O General Ursus (James Gregory), líder militar dos gorilas e dos outros macacos, planeja invadir as terras dos humanos e dizimá-los. Brent e Nova são capturados, fogem e descobrem as ruínas da Nova York subterrânea, onde vivem os humanos mutantes. Os macacos invadem o local e no conflito, a bomba os mutantes guardavam (e veneravam) explode. Enfim, talvez a única expectativa que o filme desperta seja a de descobrir como conseguiram escrever o terceiro filme dessa franquia depois dessa explosão, que aparentemente acaba com tudo.

Um filme pacifista

Desta vez, o tema principal é o pacifismo. O discurso do General Ursus lembra os ditadores militares e, também, a disposição dos Estados Unidos de invadir outros países e iniciar uma guerra. Os chimpanzés, mais inteligentes que os gorilas, protestam nas ruas com cartazes, mas são reprimidos pelos soldados militares. Dessa forma, o filme reflete o que se passava no início dos anos 1970, época de manifestações contra guerras como a do Vietnã. Hoje, a invasão das terras dos humanos remete também ao que acontece com as reservas indígenas em vários cantos do mundo, inclusive no Brasil.

Uma das qualidades dessa sequência é a maquiagem dos macacos que se mantém impressionante. E também a manutenção de quase todo o elenco, inclusive de Charlton Heston, cujo personagem retorna ao filme. Apenas Roddy McDowall não está no elenco – quem interpreta Cornelius é David Watson.

Os efeitos especiais e visuais, em De Volta ao Planeta dos Macacos, soam precários. Principalmente no flashback de Nova, quando ela se lembra do que aconteceu com ela e Taylor após o encontro com a Estátua da Liberdade. O diretor Ted Post tenta compensar esses defeitos e essa trama fraca com mais cenas de ação. Os gorilas agora parecem mais ameaçadores e estão em constante perseguição aos protagonistas humanos. Tudo culmina no conflito que envolve Brent, Taylor e Nova contra os gorilas e contra os mutantes. Mas, a conclusão, como o filme em si, se resume apenas a muita movimentação.  

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Ficha técnica:

De Volta ao Planeta dos Macacos | Beneath the Planet of the Apes | 1970 | EUA | 95 min | Direção: Ted Post | Roteiro: Paul Dehn, Mort Abrahams | Elenco: James Franciscus, Kim Hunter, Maurice Evans, Linda Harrison, Charlton Heston, David Watson, Paul Richards, Victor Buono, James Gregory, Jeff Corey, Natalie Trundy.

Onde assistir:
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