O PPM tem pouca implantação na região e falhou as últimas regionais porque Paulo Brito, o líder regional e cabeça de lista nas legislativas nacionais, baralhou as datas de entrega das listas de candidatos no tribunal do Funchal. Não é por isso que que o presidente do partido perde a esperança. “Isto é como o Casa Pia quando joga com o Benfica, nunca joga para perder. A intenção é sempre ganhar e meter um.”
Apesar de ser pouco provável, Gonçalo da Câmara Pereira não esqueceu de vir até ao círculo onde os monárquicos concorrem sozinhos. Talvez para ter alguma visibilidade numa campanha onde, por ir em coligação com o PSD e o CDS, tem aparecido pouco. O próprio assegura que não há qualquer mal-estar e que está com o líder. Luís Montenegro, esse sim, é que tem de mostrar que é um grande líder.
“Eu estou à vontade. Eu também não sou uma grande figura de Estado. Somos um pequeno partido ecologista, com ideias, que nunca se mostrou a querer o poder, quer é participar, melhorar a sociedade”, afirma. Ou seja quer fazer o combate político sem destruir, "não é a altura de espezinhar". Portugal, diz, não precisa disso. "Eu sou um nacionalista, eu gosto muito de Portugal e da sua diversidade cultural".
O presidente do PPM também tem ideias sobre a forma como se pode resolver a insatisfação dos polícias. "Eles têm todo o direito de fazer os protestos, é classe que tem sido desprotegida e abandonada. Ser polícia não é fácil", mas não é por isso que deve passar a ter direito à greve.
"O direito à greve é uma questão um bocado delicada. Um polícia com direito à greve põe em risco a segurança social e a segurança dos cidadãos. Eles têm é que ser bem pagos". E por isso, diz, a solução é um bom ordenado.
O primeiro ponto da agenda sobre a mobilidade marítima e o regresso de um navio a fazer as ligações entre o continente e a Madeira foi no porto do Funchal, mas a passagem de Gonçalo da Câmara Pereira estende-se até domingo irá focar temas como a construção do teleférico do Curral das Freiras, obra muito contestada pelos ecologistas.