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Royal Yacht Britannia: Uma tour pelo luxuoso navio que serviu a realeza por mais de 40 anos
No esquenta para o casamento real, o editor-chefe Danilo Saraiva visitou o Reino Unido para tentar descobrir os segredos da realeza; Saiba mais sobre o fabuloso navio que hoje é um destino turístico em Edimburgo, na Escócia
3 min de leiturapor Danilo Saraiva, direto de Edimburgo*
As luxuosas residências reais não se limitam a castelos, palácios e prédios oficiais. Por 40 anos, Elizabeth II também contou com uma casa flutuante. E ao contrário das salas com pés direitos de mais de 20 metros, essa aqui, batizada de Royal Yacht Britannia, ganhou o toque especial da rainha e lembra mais uma tradicional mansão inglesa do que uma residência oficial de príncipes e princesas.
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O navio foi desativado no dia 11 de dezembro de 1997, depois que Charles, o Príncipe de Gales, chegou de Hong Kong, quando em julho daquele ano a jóia do Império Britânico foi devolvida à República da China. Hoje, está ancorado em Edimburgo, na Escócia, onde recebe milhões de visitantes ano a ano. Antes de se tornar museu, o Britannia rodou cerca de quase 2 milhões de quilômetros ao longo do mundo, quase sempre carregando consigo um membro da família real.
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Embora utilizado para compromissos reais, como a tradicional Comunidade das Nações (commonwealth, em inglês), o navio era utilizado por Elizabeth II como um refúgio. Ela passou a lua de mel com o Príncipe Philip no local, assim como fizeram Diana e Charles nos anos 1980. Além dos quartos e ambientes familiares, a embarcação era equipada com uma sala de visitas oficiais, que lembrava claramente uma casa tradicional inglesa composta por sofá, tapetes, louças e porta-retratos da família. Na visita, deu até pra imaginar os pimpolhos Harry e William tomando um chá da tarde no local com a avó!
De imponente, só a sala de jantar, também para visitas, com uma extensa mesa para mais de 60 lugares. Ponto de curiosidade: a rainha nunca se senta na ponta, como nos contos de fadas, mas no meio, para ouvir todos os seus convidados.
Diferentemente do que se possa pensar, o quarto da rainha também não tem nada de luxuoso, apenas uma cama de solteiro - sim, ela dorme separada de Philip -, uma mesa de anotações e criados-mudos. A única cama de casal do local, aliás, foi colocada lá para a lua de mel de Diana e Charles, mas tem um tamanho beeeem menor do que as camas "queen size" vendidas pelas lojas do mundo.
Quem está familiarizado com a série The Crown, do Netflix, vai se lembrar que entre 1956 e 1957 o príncipe Philip foi o enviado da Commonwealth para a abertura das Olimpíadas de 1956, na Austrália. A série reproduz algumas das áreas do Britannia, como a sala de drinques, frequentada especialmente pelos homens a convite do capitão e a sala de jantar anexa a ela. O barco a vela do Príncipe, o The Bloodhound, também fica “hospedado” ao lado do navio, mesmo ainda sendo utilizado por ele e integrantes da família real.
As áreas externas do navio, como a proa, também possuem seus pequenos luxos, como um pequeno bar para encontros informais, com garrafas de gin e uísque, em especial. Era lá que Elizabeth costumava reunir a família. Enquanto a criançada brincava do lado externo, ela aproveitava para ler, tomar sol e degustar um drinque nas espreguiçadeiras ao sol - afinal, os membros da família real também são seres humanos.
Sonho de consumo para poucos, também é possível alugar o Royal Yacht Britannia para eventos próprios, como casamentos e festas de empresas. O preço, no entanto, é bem salgado: uma recepção para 250 pessoas com comes garantidos sai em média R$ 250 mil.
Se você estiver de passagem por Edimburgo, na Escócia, onde o navio está ancorado, não deixe de visitar o Britannia para ficar por dentro dos costumes da família real.
Informações e ingressos: no site royalyachtbritannia.co.uk
Agradecimentos: VisitScotland.com, VisitBritain.com
*O jornalista viajou a convite da VisitBritain