A Promessa (2016) | Leitura Fílmica
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A Promessa (filme)
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A Promessa

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Mesmo com uma direção burocrática, A Promessa cativa o espectador com sua história impactante sobre o evento que levou à morte 1,5 milhão de armênios.

O filme começa às vésperas da Primeira Guerra Mundial, em 1914, em uma pequena cidade no sul da Turquia. O armênio Mikael Boghosian decide se casar com Maral para usar o dote para financiar seus estudos em Constantinopla. Assim, parte prometendo retornar em dois anos como um médico formado. Porém, na capital ele se apaixona por Ana Khesarian, jovem de uma vila vizinha, que namora o jornalista americano Chris Myers. Adicionalmente, a promessa se torna um desafio enorme com o início da guerra, quando o Império Otomano começa a prender, executar e expulsar o povo armênio de suas terras.

Roteiro e direção

Essencialmente, a filmografia do diretor e roteirista Terry George destaca suas obras políticas. Afinal, ele escreveu Em Nome do Pai (1993), dirigido por Jim Sheridan, e co-escreveu e dirigiu Mães em Luta (1996) e Hotel Ruanda (2004). Agora, A Promessa confirma sua preferência.

Por sua vez, o roteiro, de autoria de George junto com Robin Swicord, conta com fluidez esse lamentável fato histórico. Acertadamente, a individualização do evento num personagem principal, Mikael, interpretado por Oscar Isaac, facilita a identificação do espectador. Além disso, esse protagonista possui um ideal, busca seu objetivo. Nesse sentido, ele fica dividido entre o que considera correto e o amor por uma outra mulher, E ainda mostra fragilidade ao não conseguir matar os turcos inimigos.

E Ana, papel de Charlotte Le Bon, é outra sólida personagem importante. Também idealista, ela não resiste à paixão por Mikael, mesmo que isso traia seu amor pelo grande amigo e namorado Chris. Porém, este protagonista, interpretado por Christian Bale, não é tão bem construído, pelo menos em relação a sua passividade em aceitar ser o segundo da fila em relação às preferências de Ana.

Enfim, Terry George dirige A Promessa corretamente, sem arriscar nada de especial. Pelo menos, consegue imprimir o bom ritmo que o roteiro sugere, mantendo os personagens sempre em movimento. De fato, sem muito esforço, o espectador aprende sobre um evento que ainda não foi oficialmente reconhecido pelos agressores.

E, de quebra, os paulistanos aprendem sobre a origem do novo nome da estação de metrô Armênia.


A Promessa (filme)
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