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A MULHER DO MEU MARIDO – JANE CORRY | RESENHA

A MULHER DO MEU MARIDO – JANE CORRY | RESENHA

A Mulher do Meu Marido é um thriller lançado pela editora Record no ano de 2018. Através de muito suspense e mistério, iremos conhecer o drama de cada personagem, no caso, a trindade Lily (a jovem advogada), Ed (seu marido) e Carla (a vizinha de 9 anos de idade).

Lily Hall, mas que logo se torna Lily Macdonald , tem apenas 25 anos no início desta trama, e recentemente se casou com Ed Macdonald – um pintor frustrado. Ed gostaria de poder ser artista e viver de sua pintura, mas por alguns motivos, trabalha com designer gráfico. Lily é uma jovem advogada de Londres. E ela tem um novo caso brilhante em suas mãos.

Joe Thomas foi condenado por ter assassinado sua namorada em uma banheira escaldante. Agora ele exige um recurso, um novo apelo. Esse é um grande caso em que Lily será a advogada principal do escritório onde trabalha. Durante essa primeira entrevista entre cliente e advogada, podemos perceber que Joe é alguém perspicaz e que Lily tem sentimentos conflitantes a respeito dele.

“Quando estamos sempre preparados para as coisas darem errado, é um choque quando dão certo.”

Onde Lily e Ed vivem, em um apartamento vizinho, mora a imigrante italiana Francesca Cavoletti e sua filhinha, a Carla. O então jovem casal não é muito feliz juntos, onde vira e mexe, uma discussão boba surge. E isso porque não tem muito tempo que voltaram de lua de mel. Conquanto Carla acontecer na vida do casal foi como um ‘passa tempo’ agradável, que mudava o foco dos problemas diários.

Francesca tem um ‘amigo’ que a visita com frequência. Carla consegue convencer sua mãe que o jovem casal poderia cuidar dela enquanto a mãe estivesse trabalhando no fim de semana. A verdade é que a mãe não estava fora de casa trabalhando, e que Carla sempre consegue tudo o que quer. Tudo!

Carla é uma criança complicada, que não consegue criar vínculos de amizade com as crianças da escola, e se sente sempre rechaçada pelos demais por suas sobrancelhas grossas ou seu sotaque italiano. Mas, Ed – como o artista que é – percebe a beleza na garota de 9 anos. Dessa forma, enquanto Lily persegue dicas e informações para trabalhar em seu recurso de Joe Thomas, Ed começa a desenhar/pintar Carla.

“Há quem vá para cadeia por crimes que não cometeu. E uma porcentagem desses ‘inocentes’ já escapou impunemente de outros crimes. Por isso, podemos dizer que, no fim, tudo fica equilibrado.”

Também é preciso lembrar que Lily tem um segredo que guarda consigo a respeito de seu irmão Daniel. E a advogada acaba por perceber muito de Daniel em Joe, seu cliente. E seu olhar a respeito de Joe acaba sendo um pouco influenciado. No fim das contas, percebemos que Lily não é tão inteligente e esperta quanto nós que estamos acompanhando a leitura gostaríamos que ela fosse.

Quando menos nos damos conta, o A Mulher do Meu Marido tem um avanço temporal de 12 anos. Por causa de Lily, lá na época que ainda eram vizinhas, Carla e sua mãe foram embora para Itália depois que a jovem advogada reconheceu o amante de Francesca e desmascarou-o na frente das italianas.

Carla agora uma jovem e bela mulher, não perdeu em nada seu jeito de ser. Ela gosta de ter coisas boas, e não se importa em como as vai conseguir. Ela também guarda dentro de si certa vontade de se vingar de Lily, por ela ter despedaçado o coração de sua mãe, numa interpretação bastante juvenil. No decorrer de todos esses anos, Carla decide voltar a Londres para estudar Direito, e rever seus antigos desafetos: sua ex-vizinha e o amante de sua mãe, Larry.

“E – igualmente relevante – quem pode declarar Joe Thomas ‘culpado’ ou ‘inocente’ quando somos todos capazes de fazer o mal, em maior ou menor escala?”

A MULHER DO MEU MARIDO - JANE CORRY

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Ed acaba se tornando famoso com o quadro que pintou de Carla quando criança e hoje tem sua galeria, bem como o casal mora em uma suntuosa casa. Lily teve um filho que está no Espectro Autista, e que o casal pouco compreende ou consegue lidar com o mesmo. Ficando, a todo efeito, a responsabilidade da criação do menino sobre a mãe de Lily.

Não podemos esquecer que Joe, o antigo cliente de Lily se torna uma espécie de stalker e não deixa a mulher muito tempo sem notícias suas. Ele é muito bom em vigiar. Ele também concede dicas anônimas sobre os demais casos, o que faz Lily ser promovida e ser muito bem vista em sua profissão.

“- O Natal é um campo de batalha com comida boa, de quebra – dissera meu irmão, um dia.”

Àqueles mais atentos, assim como aqueles mais acostumados com o gênero literário aqui utilizado, logo perceberão quais entrelaçamentos irão ou poderão acontecer. Novos laços românticos desabrocham, e obviamente a todo tempo pensamos no motivo da escolha de Jane Corry por esse título para sua obra.

Confesso que não me foi uma leitura agradável. Penei ao longo de um mês para dar conta de terminar essa livro. Eu quase nunca tinha vontade de pegar no livro pra dar continuidade A Mulher do Meu Marido. Sabe aquele enredo que te faz ter empatia pelo total de ZERO pessoas? Esse aqui! Não consegui me simpatizar por ninguém, nem querer defender a causa de nenhum deles. A grande maioria das personagens são desagradáveis e a história acaba por se tornar bastante previsível.

“O que desejamos e aquilo de que precisamos na vida são duas coisas muito distintas. Mas a morte é necessária para colocarmos essas duas forças em perspectiva. Agora só desejo uma coisa. Viver.”

FORD VS FERRARI | CRÍTICA

Para deixarmos bem explicadinho os possíveis gatilhos dessa obra, temos declarações detalhadas de assassinatos, também é abordado o tema suicídio, uma possível relação considerada incestuosa, uso e abuso de álcool, alguns pontos sobre doenças/transtornos mentais, e a exploração do tema infidelidade. Caso algum desses assuntos te perturbe e/ou incomode, recomendo que não prossiga. Melhor prevenir!

Esse foi o primeiro romance escrito pela autora, publicado lá fora na gringa em 2016. Ela trabalhou com contato a presidiários como professora de Escrita Criativa. Segundo a autora, mesmo preocupada e com certo receio, esse foi o único trabalho que encontrou naquela época. Enfim, essa sua experiência de vida lhe inspirou a escrever A Mulher do Meu Marido.

“Viva cada dia como se fosse o último.”

Em suma, a edição da editora Record está maravilhosa. A textura da capa aparenta leves pinceladas na tela, tudo no tom vermelho, com o título da obra, o nome da autora e uma frase de impacto na cor branca. Só sinto muito que essas 434 páginas para mim pareceram ser tipo umas mil. Mas, recomendo a leitura, pois somos seres tão distintos, não é mesmo? Tanto o tema, quanto a leitura poderão agradar a você. Só lendo pra ter certeza.

“Todo casamento tem seus altos e baixos. Mas é possível fazê-lo dar certo. Basta ver o meu casamento.”

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Título: A Mulher do Meu Marido
Autor: Jane Corry
Ano: 2018
Páginas: 434
Editora: Record
Gênero: Ficção, Literatura Estrangeira, Thriller, Suspense e Mistério
Nota: 2/5
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Onde Comprar: Amazon

 

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  • Ana Lúcia

    Carol Nery, como confio amplamente no seu gosto.literario, vou ler pra ver se concordo ou discordo da linda aniversariante do dia! Parabéns. Que o sucesso seja companheiro permanente no.seu andar! Bjkas.

    responder
    • Carol Nery

      Ana, minha querida amiga. Rainha dos thrillers tudo!!!! Adoro sua companhia… E sou eu quem confia demais no seu gosto, viu?? Que possamos dividir muitas boas leituras (e outras nem tanto, porque faz parte! hehehehee)
      Beijão

      responder
  • Elzecley

    Bela resenha. Parabéns pelo niver

    responder
  • Marilene

    Inicialmente gostei da abordagem da história, achei que seria uma baita de uma história, realmente prendeu minha atenção, antes do avanço dos 12 anos na história, após isso a história não foi tão fluída e bastante confusa e enrolada, foi uma história mediana.Adoro sua clareza e sinceridade nas resenhas.
    Aproveito para parabenizar por este dia lindo de todos o ano,seu aniversário, saúde,paz e muitas inspirações para suas resenhas maravilyndas.

    responder
    • Carol Nery

      Mari, querida! Minha amiga do coração!!!
      Obrigada pela companhia nessa leitura. Vocês foram DEMAIS! Me sustentaram durante esse momento.
      E obrigada, mais uma vez pelos votos, e por estar em minha vida. Amor eterno!!!!!!

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  • Mary

    Que isso gente??? Quero muito ler. Cada frase da resenha eu já achava que havia descoberto alguma coisa da história, mas não, sempre um vai e volta. Vou anotar o título. Quero muito.

    responder
    • Carol Nery

      Espero que seja uma boa leitura pra ti, Mary! Eu realmente me enrolei um pouco… Mas, a literatura, ela é tão única para cada um de nós. Né mesmo? Beijão.

      responder
  • Regiane

    Amei a resenha. Eu li até que rápido. É um livro que todo mundo é meio dúbio rsrs. E a Carla desde pequena ja era falsiane! E aproveitando parabéns migs! Tudo de melhor sempre!

    responder
    • Carol Nery

      Brigada, migs!!!
      Cê foi muito rainha mesmo. Leu rapidão enquanto eu me arrastei por mais de um mês. CHOCADA!!!! hahahaha

      responder
  • Elaise Lima

    Não conhecia esse livro. Parece interessante. Parabéns pela resenha e pelo seu dia. Bjs!

    responder
  • Helana Ohara

    Estou conhecendo o livro agora e apesar de ter três personagens centrais, a trama envolveu mais a Lily estou correta?
    É uma trama envolvente. Adorei um thriller, um romance policial e quando mais investigação melhor. Quero ler o livro e saber o desenrolar dele..

    responder
    • Carol Nery

      Isso mesmo. A Lily acaba sendo o ponto mais central. Mas, os 3 ficam “brigando” ali pela atenção do leitor. hehehe
      Leia, e quem sabe você não goste mais que eu. hehehe

      responder
    • Carol Nery

      Isso mesmo, a Lily é o ponto mais central da história mesmo. Mas, os 3 ficam “brigando” pela atenção do leitor.
      Leia sim. Quem sabe você não goste bem mais do que eu!!!

      responder
  • Nina Spim

    Oi, tudo bem? Ainda não comecei a ler thrillers, por parecerem meio pesados para mim no momento. Nãome interessei muito por este, mas deve ser uma boa história, com certeza. Fiquei curiosa para conhecer mais de Carla e como se desenrolará essa reaproximação das duas. Obrigada pela dica, não conhecia o livro e a autora.

    Love, Nina.
    http://www.ninaeuma.blogspot.com

    responder
    • Carol Nery

      Opa, Nina. De nada…
      Eu gosto muito de thrillers, mas olha… Esse foi complicado. Nem recomendo começar por ele.
      Mas, pode ser que a trama lhe agrade, realmente.
      Beijão

      responder
  • Kênia Cândido

    Oi Carol.

    Que pena que a história foi imprevisível e os personagens foram desagradáveis. Eu estou com este livro na meta de leitura pois o gênero tem me conquistou muito em cada leitura que estou fazendo. Vou lê-lo em breve para tirar minhas conclusões. Parabéns pela resenha.

    responder
    • Carol Nery

      Hey, Kênia.
      Tenho amigas que foram felizes nessa leitura.
      Pra mim, foi meio torturante… hehehee
      Espero que seja melhor a sua experiência do que foi a minha.
      Abraços

      responder
  • KAROL GONÇALVES

    Oi Carol
    uma pena nao ter gostado tanto da história né. Ela tem potencial, mistérios, segredos e vários personagens. Espero que essa história possa agradar outros leitores, até pq a edição está ótima né

    Beijos e Cheiros
    http://www.livreando.com.br/

    responder
    • Carol Nery

      Sim é verdade, xará.
      Eu espero realmente que a leitura agrade e funcione com outros leitores.
      Porque é uma linda edição e merece ser admirada e aproveitada. hehehehe
      Beijocas

      responder
  • Joanice Oliveira

    Olá

    Para um thriller tem muita página mesmo, porque normalmente esse subgênero do suspense tem em média 320 página porque ser muito extenso acaba desgastando o enredo e introduzindo acontecimentos desnecessários e personagens apenas de muleta.

    Não me senti tentada a ler.
    Beijos

    responder
    • Carol Nery

      Joanice, acho que você descobriu o motivo. Não curto esse monte de página em thriller mesmo. Acabam se delongando em coisas que não são essenciais à trama, e nos cansam…

      responder
  • Pollyanna Campos

    Olá, tudo bom?
    Achei a temática bem interessante, mas um tanto quanto confusa. Uma pena que a leitura foi arrastada para você e a forma como a autora desenvolveu tudo não te envolveu, ao ponto de você sentir que não fluía.
    Não é um livro que vou ler por agora, mas, quem sabe mais para o futuro eu não dê uma chance?
    Beijos!

    responder
    • Carol Nery

      Eu acho que eu posso ter deixado a resenha um pouco confusa, né? Mil perdões. O livro foi realmente muito arrastado, e não foi uma boa experiência. Mas, espero que mais pra frente você consiga ler e que tudo se desenvolva de melhor forma pra ti.
      Beijão

      responder
  • Antonia Isadora de Araújo Rodrigues

    Olá Carol!!!
    Eu não sou a maior fã desse gênero não minto e raramente pego um livro desse mesmo para ler, mas no caso esse me pareceu uma bagunça que confundiria meu cérebro e talvez eu estaria na mesma situação sua achando que o livro tem por volta de mil páginas.
    A capa me lembrou de outro livro e tinha me atraído nesse aspecto, mas de resto eu vou passar a dica dessa vez.

    lereliterario.blogspot.com

    responder
    • Carol Nery

      Olha, eu também fiquei bem perdidinha. Achei chato e enrolado… Então, nem fico triste por você não aceitar a dica de leitura, viu? hehehee
      Outras dicas virão!

      responder
  • Leitura Enigmática

    Não conhecia a obra, mas ela chamou muito minha atenção pelo que escreveu,parece ter um enredo intenso e surpreendente, com uma narrativa fluída e que prende o leitor nela. Anotada a dica.

    responder
    • Carol Nery

      Ok! Espero que seja uma boa experiência pra ti então. Abraços

      responder
  • Lilian de Souza Farias

    Oi, leio poucos thrillers, mas os poucos que li, gostei muito, não me arrependi, apesar do impacto psicológico. Gostei de sua resenha, muito detalhada e cuidadosa e da indicação, vou colocar em minha meta de leitura, não para este semestre, mas quero ler este ano. Pena que não foi a melhor leitura para você, sei bem como é ter que terminar algo pela força

    responder
    • Carol Nery

      Lilian, acontece de às vezes a gente não “bater” com a leitura, né?
      Mas, ela poderá ser uma ótima oportunidade para outras pessoas…
      Por isso, não deixe de ler! Quem sabe seja uma ótima história pra ti!!!

      responder
  • Yvens

    Olá, Carol! Tudo bem?

    Como sempre você arrasa nas resenhas e é um enorme prazer conferir suas opiniões/impressões sobre livros, filmes ou séries. Eu particularmente curto bastante thrillers, mas ultimamente não estou lendo muitos livros do gênero e inclusive desconhecia “A mulher do meu marido”. Gostei da dica!
    Abraço!

    responder
    • Carol Nery

      Eu sou a loka dos thrillers, né Yvens? Então, todo mês tem uns 3 ou 4 livros desse gênero em meio às minhas leituras.
      Bom, que essa indicação seja melhor aproveitada por ti, do que foi por mim. Abração

      responder
  • Lucy

    Oi, Carol! Já li resenhas sobre esse livro, algumas não tão positivas, mas gostei muito do seu parecer. Pelo visto é uma trama mais complexa do que aparenta, isso me atrai numa história.
    bjos
    Lucy – Por essas páginas

    responder
    • Carol Nery

      Oi Lucy. Confesso que não li nenhuma resenha sobre esse livro.
      Mas, algumas amigas minhas que leram comigo, umas acharam chato, outras acharam ok.
      Então, leitura é isso aí! O que pra mim pode ser ótimo, pode não te atrair e vice e versa. hehehehe
      Beijocas e tomara que seja uma boa leitura pra ti.

      responder
  • Thayza Fonseca

    Olá!

    Já tinha lido indicações de livro e foram positivas, mas como não curto muito o gênero nunca considerei a leitura. Gostei muito da sua sinceridade e da forma detalhada que expressa sua opinião sem revelar informações que podem atrapalhar a leitura do outro. Vou continuar não considerando a leitura.

    Beijão

    responder
    • Carol Nery

      Oi Thayza
      Eu nunca li outras resenhas sobre o livro não. Então não sei como tem sido para outras pessoas o contato com essa obra.
      Mas, se não te atrai muito o gênero, melhor nem considerar mesmo. hehehhee
      Beijão

      responder