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Não dá para entender nada da nova série de Wagner Moura. E isso é ótimo!
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Depois de encarnar Pablo Escobar em "Narcos" e emplacar papéis no cinema americano, Wagner Moura volta a mostrar que é um nome em ascensão no mercado internacional em "Iluminadas", série do Apple+, que tem soltado novos episódios semanalmente. A princípio, a trama não tem grandes mistérios: um jornalista, papel do brasileiro, investiga um serial killer que não só mata como deixa objetos dentro de suas vítimas, todas mulheres. Com a ajuda de uma sobrevivente, interpretada pela ótima Elisabeth Moss, ele tenta juntar as peças do quebra-cabeça.
Aparentemente, não há grande complexidade na história. Até mesmo a identidade do assassino é revelada já nos primeiros minutos da produção. Se engana, no entanto, quem acha que a série se resume a uma simples investigação. Em dado momento, não apenas os personagens, como o espectador, são tragados por um sentimento de confusão. A narrativa policial ganha ares de realismo fantástico ou ficção científica. Fãs da Marvel, por exemplo, podem inclusive traçar paralelos com o Multiverso. Não entendeu nada? Pois é. Não dá para entender muita coisa em "Iluminadas". E isso é ótimo, é o grande charme da série.
Wagner Moura e Elisabeth Moss formam uma grande dupla e, por mais absurdos que se tornem os rumos da trama, conferem grande naturalidade aos desdobramentos surreais. Aparentemente, o serial killer e a sobrevivente lidam com questões de tempo e espaço. Como isso ocorre ainda não foi posto, mas, mesmo fora do esperado, essa série de mistério chama a atenção pelos rumos que toma.
Mal comparando, o seriado bebe numa fonte semelhante a "Arquivo X" ou "Lost", em que novos mistérios vão sendo adicionados e pouco esclarecidos. Neste caso, pelo formato de minissérie, provavelmente teremos respostas em breve. Resta torcer para que tudo se esclareça de maneira satisfatória até o último episódio.
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