Resumo de O Futuro De Uma Ilus�o - Sigmund Freud
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O Futuro De Uma Ilus�o
(Sigmund Freud)

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Neste ensaio, Freud apresenta sua teoria de que a civiliza��o � constru�da sobre a ren�ncia do instinto e que a religi�o � ao mesmo tempo um instrumento de coer��o e uma compensa��o pelas priva��es sofridas pelo homem civilizado. A civiliza��o tem levado a humanidade acima do seu status animal, e, para se manter assim, deve impor certas regras para controlar as rela��es entre seus membros. Essas regras s�o um fardo para os indiv�duos, mas se n�o fosse por tais proibi��es, esses indiv�duos demonstrariam (mais frequentemente) sua hostilidade e cederiam aos seus desejos instintivos de incesto, canibalismo e assassinato. Entre os avan�os da civiliza��o, Freud inclui os elevados costumes de pessoas psicologicamente desenvolvidas, ideais culturais, cria��es art�sticas e id�ias religiosas (ou ilus�es). Esses ativos representam a riqueza da realiza��o humana. Eles criam nos indiv�duos um senso de indentifica��o e satisfa��o cultural, sentimentos que percorrem um longo caminho na luta contra a for�a destrutiva da hostilidade, que ele sente em rela��o � opressiva classe dominante. No entanto, Freud est� mais preocupado com a religi�o, em particular, com sua natureza ilus�ria, sua fun��o atual e valor na sociedade, e o curso de seu resultado final. A Religi�o, diz ele, tem tr�s fun��es principais. Primeira, serve para humanizar a natureza, ou seja, ela fornece um sistema de seres que determinam as for�as da natureza e, para quem, s�plicas diversas podem ser feitas para influenciar estas for�as. Segunda, prop�e um contexto no qual se pode chegar a um acordo com a inevitabilidade da morte. Finalmente, consola os indiv�duos pelos sacrif�cios e priva��es impostos pela civiliza��o (ao mesmo tempo em que os obriga cumprir a lei). Com o tempo, o foco da religi�o mudou da primeira fun��o, mais primitiva, para a terceira, presumivelmente porque a ci�ncia nos proporcionou meios muito melhores de entender e controlar as for�as da natureza. Seu ponto principal � que as id�ias religiosas se originaram da id�ia de impot�ncia do ser humano. Com base nisso, ele compara o impulso religoso a uma esp�cie de neurose, cuja ess�ncia � a ansiedade reprimida. Em sua cren�a de que os est�gios de desenvolvimento do indiv�duo s�o refletidos no curso de desenvolvimento da sociedade, e, notando isso, o Deus do Cristianismo tem o car�ter de um pai benevolente, Freud aperfei�oa a analogia da neurose que se refere � rela��o pai-filho (a neurose derivada do complexo de �dipo na inf�ncia). Assim, a religi�o est� fundanda sobre um desejo infantil: o de que um ser supremo, paternal, est� preocupado com nosso bem estar, zela por n�s e nos protege. Como tal, n�o � nada mais do que uma ilus�o. A cren�a generalizada de id�ias religiosas � uma problem�tica para Freud. Ele observa que a religi�o perdeu parte de sua influ�ncia, por causa do efeito dos avan�os cient�ficos e prev� mais desilus�o, que pode ter consequ�ncias desastrosas. Se o comportamento social das massas depende da credibilidade de um sistema religioso, ent�o, o que acontecer� quando eles finalmente perceberem que a religi�o � uma fantasia? Sua vis�o � dist�pica: o colapso da civiliza��o como a conhecemos. Pois, o que haver� para conter as massas, os inimigos da civiliza��o, se n�o a amea�a das puni��es eternas? O sistema moral baseado na id�ia de Deus � inferior ao baseado na raz�o humana - e isso � perigoso. O indiv�duo, diz Freud, deve desistir da ilus�o de um Deus pai onipotente. � prefer�vel que interiorize os preceitos de civiliza��o e entenda que, ao fazer isso, estar� agindo em seu benef�cio. A exist�ncia humana est� repleta de conflitos, o mais poderoso ser � o que se interp�e entre o indiv�duo e as exig�ncias civilizacionais. Ent�o, como conciliar os dois sem a religi�o? A solu��o de Freud reside na primacia do intelecto. O intelecto acabar� prevalecendo e atingindo os mesmos objetivos daqueles esperados da religi�o, ou seja, o amor da humanidade e a diminui��o do sofrimento humano. O desenlace de nossos eus (instintuais) afetivos ocorrer� atrav�s dos avan�os cient�ficos (incluindo a pr�pria teoria psicoanal�tica de Freud); o que a ci�ncia n�o puder nos falar sobre a realidade, sustenta Freud, n�o poderemos, realmente, esperar saber. O alicerce da teoria Freudiana � o conflito. E, neste ensaio, Freud enfatiza o conflito entre os impulsos (interesseiros) anti-sociais do indiv�duo e as exig�ncias sociais da civiliza��o. O conflito tamb�m existe entre o intelecto do homem e seus impulsos instintivos (sexualidade e agressividade), que surgem das profundezas do inconsciente. Na verdade, o inconsciente deve sua exist�ncia � repress�o, um processo necess�rio, devido ao desejo do indiv�duo de evitar a dor do conflito. Assim, n�o � surpresa, para Freud, que o conflito tem um papel importante na etiologia da religi�o. A religi�o � simplesmente uma rea��o � ansiedade que o homem sente por causa de sua fraqueza. Isto � an�logo aos sentimentos que um garoto tem por seu pai, esses sentimentos s�o tamb�m marcados pelo conflito - entre seus sentimentos amorosos e hostis para com seu pai (de acordo com a teoria do complexo de �dipo). A solu��o para o complexo de �dipo ocorre quando o garoto � capaz de suprimir seus impulsos hostis, atrav�s da interioriza��o das proibi��es de seu pai; da mesma forma, a interioriza��o dos ideais sociais � necess�ria para que a civiliza��o avance.



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