O ge transmite em tempo real a decisão entre Manchester City e Internazionale neste sábado, às 16h (de Brasília).

Com média de 96% de acerto nos passes no campo de defesa na atual edição da Liga dos Campeões, o atleta é fundamental no estilo de jogo de posse de bola e envolvimento do adversário. Com passes - e às vezes dribles - curtos e arriscados, Ederson garante a qualidade no toque de bola do City desde o início.

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Em entrevista à TV Globo, Ederson chegou a dizer que prefere ver seus lances de passes e lançamentos com a bola nos pés do que suas defesas. Apesar disso, o goleiro da seleção brasileira se destaca também com as mãos. Na atual temporada, aos 29 anos, chegou à marca de 100 jogos sem sofrer gols na Premier League.

O ge te mostra a história do brasileiro que pode, tanto com as mãos, quanto com os pés, ajudar os Citizens a faturarem o primeiro título europeu da história do clube.

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A qualidade com o pé esquerdo vem desde a infância. Criado em Osasco, no estado de São Paulo, Ederson se destacava desde cedo pela facilidade de bater na bola, além da força física. Atuando na linha, como lateral-esquerdo, deixava a desejar na velocidade. Até que o treinador de sua escolinha de futebol resolveu colocá-lo no gol contra sua vontade.

No futsal, se destacou como goleiro - inclusive marcando gols, apesar da posição - até que chegou ao São Paulo aos 11 anos. Porém, faltaram oportunidades nas categorias de base do Tricolor Paulista, o goleiro pouco atuou e acabou dispensado.

Aos 15 anos, recebeu um convite para testes no Benfica, de Portugal, onde foi aprovado. Nas categorias de base finalmente teve sequência e chegou a marcar um incrível gol chutando de sua área (veja abaixo).

Depois de dois anos nas categorias de base do clube de Lisboa, Ederson foi emprestado ao modesto Ribeirão, de Portugal, e iniciou sua carreira profissional aos 17 anos. Entre 2012 e 2015, foi emprestado ao Rio Ave, da primeira divisão, e retornou ao Benfica na temporada 2015/16 para ser reserva do compatriota Julio César.

Em março de 2016, o ex-goleiro da Inter de Milão se machucou e Ederson assumiu a posição. O destaque foi tanto que ele foi titular até o fim da temporada, mesmo com o compatriota mais experiente já estando à disposição. Na temporada seguinte, novamente foi dono da posição e chegou à seleção brasileira. A rápida ascensão chamou atenção de Pep Guardiola.

Para falar da história de Ederson no Manchester City, precisamos voltar a 2016, quando Pep Guardiola assume o comando do time inglês. O ex-treinador do Barcelona e do Bayern de Munique toma a surpreendente decisão de dispensar o goleiro Joe Hart, que vinha de seis temporadas como titular absoluto, com direito a dois títulos da Premier League.

O então titular da seleção inglesa não se encaixava no estilo de jogo do novo treinador e foi emprestado ao Torino. Para seu lugar, o City contratou o chileno Claudio Bravo, reconhecidamente bom com a bola nos pés. Entretanto, o ex-Barcelona não passou segurança debaixo das traves e nem chegou a ser titular absoluto.

Ao fim de sua primeira temporada, Pep Guardiola foi novamente em busca de um goleiro, e o City desembolsou 40 milhões de euros (R$ 145 milhões na época) na contratação de Ederson, que se tornou um dos goleiros mais caros da história. O brasileiro teve efeito imediato, representando o equilíbrio entre o ótimo goleiro debaixo das traves com o excelente passador.