Foi há 50 anos a última vez que a terra tremeu com intensidade em Portugal - Mundo Português

Foi há 50 anos a última vez que a terra tremeu com intensidade em Portugal

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O sismo de 28 de fevereiro de 1969, foi o último sismo a provocar danos importantes e vítimas em Portugal continental. Com uma magnitude de 7.3 na escala de Richter, atingiu particularmente o Algarve.

Com uma magnitude de 7.3 na escala de Richter, um grande sismo atingiu Portugal na madrugada de 28 de fevereiro de 1969. Foi sentido com mais intensidade na região do Algarve e registou “13 vítimas mortais em Portugal Continental, duas como consequência direta do sismo, e 11 indiretas”, relatam os meteorologistas J M Miranda e F Carrilho, num artigo sobre o terramoto, publicado pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) em 2014.
A 28 de fevereiro de 1696, um comunicado do Serviço Meteorológico Nacional, antecessor do IPMA, indicava que ‘foi registado um sismo nas estações sismográficas de Coimbra e Lisboa, com inicio às 3h 41m 41,5s [e] 3h 41m 20,2s, respetivamente, e com o epicentro a cerca de 230 km a SW de Lisboa’.
Revelava ainda que a magnitude era de 7,3 na escala de Richter, tendo sido sentido em Lisboa e noutras localidades do continente. A capital iria sentir ainda outro sismo com início às 5h 28m, de menor intensidade. “O sismo atingiu o sul do país e a região de Lisboa, sendo o último grande sismo a ocorrer em Portugal Continental, e o mais importante do século XX, tendo em atenção a conjugação entre a magnitude e efeitos macrossismicos”, referem os meteorologistas no artigo.
“O sismo provocou alarme e pânico entre a população, cortes na telecomunicações e no fornecimento de energia elétrica (…)A maior intensidade (VIII) foi observada no Algarve, sendo atribuída a Lisboa uma intensidade VI. Foi sentido até 1,300 km do epicentro, particularmente em Bordéus, e nas Canárias.
O sismo teve várias réplicas, tendo a estação WWSSN da Serra do Pilar registado 47 réplicas entre 28 de Fevereiro e 24 de março”, relatam ainda os meteorologistas.
Em Lisboa, o sismo causou a queda inúmeras chaminés de edifícios e paredes, destruiu veículos estacionados e deixou parte da cidade sem energia nem comunicações telefónicas. Na capital do país foram registados 58 feridos ligeiros.
Mas foi no Algarve que o terramoto teve maior intensidade e gerou mais danos, principalmente em Vila do Bispo, Bensafrim, Portimão e Castro Marim. “Nestes locais o sismo foi violento tendo-se verificado a fendilhação de paredes, chaminés e tetos, quebra de vidros, deslocamento de telhas, etc.”, recordam J M Miranda e F Carrilho.
Em Bensafrim caíram mais de 20 casas e em Vila do Bispo e todas as povoações daquele concelho os prejuízos foram avultados, “com muitas casas derrubadas e outras gravemente danificadas”. Em Lagos muitas casas ficaram danificadas, como foi o caso do edifício da Câmara Municipal, que ficou com o piso superior fendido e em risco de derrocada.
“Calcula-se que cerca de 400 casas foram derrubadas ou arruinadas. Algumas pessoas mais amedrontadas utilizaram os seus meios de transporte para, rapidamente, se colocarem a salvo na zona de Santo Amaro. Na cidade houve a lamentar a perda de uma vida devido a desabamento de uma das paredes da habitação degradada onde vivia. Seguiram-se várias réplicas, uma das quais sobressaltou toda a gente”, lembram os meteorologistas no artigo.
Hoje, no dia em que se assinalam 50 anos do abalo, Lagos realizou uma sessão de sensibilização para o risco sísmico.
A sessão evocativa do sismo de 28 de fevereiro de 1969 tem início marcado para as 11:30, na Fortaleza de Sagres, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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